Quinta-feira, 27.12.07
"Num país normal, qualquer Universidade que tivesse entre os seus licenciados um Primeiro-Ministro, ou um administrador do maior Banco nacional, teria milhares de candidatos a um lugar de estudante. Em Portugal, porém uma Universidade com estes pergaminhos fecha as suas portas por manifesta falta de qualidade e incompetência do seu corpo docente."
Sábado, 16.06.07
Cá está. Foi só deixar passar um tempinho.
António Balbino Caldeira lá vai de arguido. O diploma de José Sócrates ressuscitou. E que tal esclarecer o que falta sobre a matéria? O pessoal aguenta outra entrevista, que não seja por isso...
Quarta-feira, 16.05.07
Silêncio impertinente é o do Primeiro-Ministro sobre a sua alegada violação da lei das incompatibilidades quando era Secretário de Estado do Ambiente de António Guterres. Será que Sócrates aprendeu alguma coisa com a desastrosa gestão política do caso do seu diploma ou será que também desta vez não tem mesmo nada a dizer em sua defesa porque é... tudo verdade?
Estreou hoje no Público o filme José Sócrates II, A Grande Trapalhada. É de calcular que em breve saia outra edição da Grande Entrevista onde a estrela convidada dará cabais explicações da forma convincente que é costume.
Domingo, 06.05.07
Saber o que vai acontecer à Universidade Independente, saber que José Sócrates fez um Conselho de Ministros especial para dar mais qualidade ao ensino superior, saber que são os próprios ministros que gozam com o Primeiro-Ministro sobre as suas qualificações, saber que a PGR enviou para o DCIAP denúncias sobre factos dados a conhecer em blogues que o próprio PGR acha uma vergonha e se recusa a ler, saber ..., o que interessa isso agora?
Quarta-feira, 02.05.07
A quem souber o que é feito da Universidade Independente.
A quem souber o que decidiu o Governo sobre a Universidade Independente.
A quem souber onde pára o Presidente da Camara Municipal de Lisboa.
A quem descobrir o próximo clube de José Mourinho.
A quem explicar por que é que os jogadores do Benfica andaram tanto tempo a jogar lesionados.
Sábado, 28.04.07
O PS e Sócrates caíram 5 pontos na sondagem ontem publicada no Diário de Notícias, sendo que 50,2 dos inquiridos acham que o assunto da licenciatura do Primeiro-Ministro o afectou. Estamos esclarecidos sobre se o tema interessa ou não às pessoas?
Quinta-feira, 26.04.07
Blogue mais da moda não pode haver. O
http://uni-cc.blogspot.com/, dos alunos do curso de 2000/2004 de Ciências da Comunicação, da Universidade Independente.
Sexta-feira, 20.04.07
Quarta-feira, 18.04.07
Diz o
Sol que "Inspectores do Ministério do Ensino Superior foram ontem à Universidade Independente pedir o processo escolar de José Sócrates. Fontes da universidade afirmam que neste processo consta apenas o trabalho de Inglês Técnico e pautas com notas". Se isto fôr verdade, estamos perante um facto de extremíssima gravidade. Se isto fôr verdade, significa que a Administração Pública está ao serviço dos interesses pessoais do Primeiro-Ministro. Se isto fôr verdade, parece que a Inspecção quer safar o Primeiro-Ministro de uma história triste e interminável que, como se vê, não ficou resolvida na entrevista à RTP. Aguardo pelo desmentido da notícia.
Terça-feira, 17.04.07
Faz todo o sentido a sugestão da Veja adoptada pelo
Pedro Correia de passar a escrever Estado com minúscula. Assim como assim, também temos um Governo A4.
As piadas em política, normalmente com malícia, são de todos os tempos. Esta trapalhada do diploma, ou melhor dos diplomas, de José Sócrates é daquelas que se presta a catadupas delas. No PS circula à boca pequena uma boca grande, que não é bem uma boca, já é toda uma análise política e é esta: "Quem será o Santana Lopes de Sócrates?". António Costa lidera as apostas. Obviamente clandestinas.
Domingo, 15.04.07
Já não me lembro quem é que escreveu que se nas 72 horas seguintes à entrevista não se deixasse de falar do diploma de José Sócrates, seria uma derrota do Primeiro-Ministro. Já lá vão quantas?
Sexta-feira, 13.04.07
"Sócrates tirou o seu verdadeiro curso no partido, na Assembleia da República, no Governo e na RTP (com Santana Lopes): e a campanha para secretário-geral do PS acabou, na prática, por ser uma espécie de doutoramento. Aqui houve ordem, desígnio, progressão; e "aproveitamento". Não no ISEL e na Universidade Independente. uanto à substância do "caso" em litígio, não é possível examinar uma a uma as peripécias que levaram à licenciatura de Sócrates. Só é possível, e além disso indispensável, deixar claro, cristalinamente claro, que nenhum estudante deve em circunstância alguma seguir o exemplo dele: um exemplo que, segundo Sócrates, revela "nobreza de carácter" e que anteontem ofereceu com "orgulho" aos portugueses. Ninguém que pretende genuinamente aprender anda a saltar de escola em escola, ou escolhe uma universidade porque "é mais perto", ou pede equivalências sob palavra, ou aceita o mesmo professor no mesmo ano para quatro cadeiras, ou se importa em especial com títulos. Sócrates simboliza tudo o que está errado no ensino que por aí existe. Como o acabrunhante espectáculo de quarta-feira, aliás, provou. "
Vasco Pulido Valente, no Público de hoje.
Pois claro.
Ao ouvir alguns comentadores-jornalistas sobre a entrevista de José Sócrates à RTP parece que se tornou mais importante escrutinar a imagem do Primeiro-Ministro do que escrutinar a verdade dos factos. Foi o que me ocorreu ao ouvir Eduardo Damaso hoje no Rádio Clube Português.
De uma coisa estou certo: se Jorge Sampaio fosse Presidente da República e usasse os mesmos critérios políticos que usou para avaliar Santana Lopes para avaliar José Sócrates, o país já se estaria a preparar para uma campanha eleitoral.
Defendo que o PS e o seu líder devem ser julgados politicamente, em eleições, sobre o que estão a fazer, de bem e de mal, e o que não estão a fazer, de bem e de mal, na governação. Mas a democracia contemporânea está muito longe de ser um mero pronunciamento eleitoral de quatro em quatro anos.
Ao contrário de muitos entendo que a questão da licenciatura do Primeiro-Ministro e das sucessivas trapalhadas que vieram a público nos últimos dias carece de discussão. O país tem certamente assuntos mais importantes e urgentes para tratar, mas a ética republicana, tão cara aos socialistas, impõe que quem exerce o poder não se tenha prevalecido de várias coisas feias, designadamente de se intitular aquilo que não é.
José Sócrates parece lidar mal com a franqueza. Iniciou logo a entrevista a dizer que não se tinha preparado especialmente para debater o assunto da licenciatura. O que seria patético e revelador de enorme incompetência política se fosse verdade. Ora, se há político mediaticamente competente é justamente José Sócrates. Numa entrevista que se sabia antecipadamente que iria tratar de verdades e mentiras é má política começar logo desta maneira. É que ninguém acredita.
Uma entrevista que, diga-se, começou logo por ser mal promovida pela própria RTP. Todos sabíamos que o tema da entrevista seria a licenciatura e não o balanço dos dois anos de Governo. Sempre o jogo de sombras, sempre a irresistível tendência para fazer dos outros parvos.
José Sócrates, como é seu direito, defendeu-se. Mas uma coisa é defender-se, e, até, ser convincente na defesa, outra bem diferente é esclarecer todas as dúvidas que, legitimamente, repito, legitimamente, foram colocadas com assinaturas várias e não anónima e cobardemente, sobre a regularidade da sua licenciatura e das suas declarações acerca das habilitações e qualidades profissionais ou não.
Na defesa talvez tenha sido convincente, no esclarecimento é que não foi. Ficaram várias questões por explicar, o que talvez não tivesse sucedido se os entrevistadores tivessem sido mais objectivos e claros nas perguntas. Havia seguramente vontade de esclarecer tudo, mas faltou alguma objectividade. Tinha-se obtido o mesmo resultado em metade do tempo se tivesse havido a coragem de obrigar o Primeiro-Ministro a falar claro. E apesar da torrente de palavras os entrevistadores deixaram escapar questões importantes, como a das equivalências, a do conhecimento prévio de António Morais e a de se intitular uma coisa que não era.
Veja-se com mais minúcia um exemplo: os dois registos biográficos do deputado José Sócrates na VI legislatura, existentes na Assembleia da República, com informações diferentes quanto à profissão e habilitações literárias são, afinal, um original corrigido e uma fotocópia feita antes da correcção. Isso mesmo foi confirmado pelo gabinete do Primeiro-Ministro.
A pedido de vários órgãos de comunicação social, a secretaria-geral da Assembleia da República divulgou os fac-similes dos dois registos existentes nos serviços. Ambos têm a mesma data (13 de Fevereiro de 1992) e são em tudo idênticos. Mas num deles consta a profissão de engenheiro e na rubrica das habilitações a referência “Engenharia Civil”, enquanto no outro surge a profissão de engenheiro técnico e nas habilitações académicas surge a abreviatura “Bach.” antes da “Engenharia Civil”. Ontem, na entrevista, Sócrates limitou-se a dizer que não se lembrava. Isto é, ficou por esclarecer. Mas numa nota de 10 de Abril do seu próprio Gabinete afirma-se que Sócrates é alheio a esta confusão. Não bate a bota com a perdigota.
Quando a entrevista saiu do tema difícil, José Sócrates melhorou em muito. E acabou por estar ao seu nível já conhecido. Já saber se matou ou não o assunto é coisa que só o futuro dirá.
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)
Quinta-feira, 12.04.07
Esta
tréplica que faz ao que escrevi
aqui sobre o Suplício carece novamente de correcções. A primeira é a de que não sou aveirense. Fui candidato a deputado pelo círculo de Aveiro nas últimas eleições legislativas pela Nova Democracia, mas não sou de Aveiro e não faço
estas figuras tristes. A segunda é que não escrevi que existe a necessidade de haver um efectivo encerramento da UNI. Como se pode comprovar facilmente pela leitura da minha entrada.
Segunda-feira, 09.04.07
Caro João Gomes,
Agradeço as suas simpáticas palavras. Sei bem que há um prazo no Código de Procedimento Administrativo que é necessário cumprir no processo que o Governo resolveu desencadear sobre a Universidade Independente. Esta é a questão administrativa. Mas é impossível rodear que há uma questão política, em parelelo. E aqui fez mal o ministro em falar do problema do Primeiro-Ministro no mesmo momento em que comunicava a sua decisão sobre a Universidade. Inevitavelmente o Governo mistura assim os dois problemas. E mal, muito mal. Sob todos os pontos de vista. A partir daqui o prazo administrativo está inquinado de consequências políticas. Para mim, não há volta a dar.
Depois de dez dias de suplício mediático e político, o ministro que José Sócrates escolheu para o Ensino Superior acaba de anunciar mais dez dias de suplício. Não há ninguém, um político digo eu, da equipa tão extraordinária até há dez dias atrás, de José Sócrates que veja isto?
Leio na Lusa que o Governo decidiu encerrar a Universidade Independente. Como os seus alunos deverão ser transferidos para outras instituições universitárias, cumpre recomendar que se tenha a máxima das cautelas na definição das respectivas equivalências. É cá por coisas...
Sexta-feira, 06.04.07

O poder por um canudo?
(A foto é de um sítio chamado Ressaca Moral)
Terça-feira, 27.03.07
- O que me dizes da Universidade Independente?
- Hummm..., prefiro uma Universidade mais Moderna.
Domingo, 25.03.07
Sexta-feira, 23.03.07
"
No “affaire Sócrates”, pouco me interessa que o PM seja licenciado, doutorado ou tenha apenas a instrucção primária. O que me interessa é saber se Sócrates deliberadamente mentiu ou tenta “abafar” qualquer tentativa de investigação.", por
Miguel Noronha, em O Insurgente.
Claro.
"
Mas, pergunto, se tal insinuação alguma vez se levantasse a respeito de Santana Lopes - o tal que foi alvo de gargalhada geral quando, há dias, ousou afirmar que leccionava Direito Constitucional numa universidade poligrupo - que clamor de indignação, que estupor colectivo, que fúrias de vestais pudibundas não se levantariam para denunciar o trapalhão ? Seria o fim, com as tv's, os senhores jornalistas, as comissões técnicas, as ordens profissionais excomungando o atrevido, o fura-vidas e o aventureiro indigno de carregar as insígnias de deputado da Nação. Tudo é relativo ao lobby, à curibeca, às cumplicidades e influências a que cada um está ligado.", por
Miguel Castelo-Branco, no Combustões.
Claro.
Quinta-feira, 22.03.07