Quinta-feira, 19.11.09

TOMAR OCULTA'. A propósito de ocultismos:

" Soube-se ainda que já existiu uma auditoria da Inspecção-geral de Finanças onde se apuraram alguns factos da maior gravidade: sistemático empolamento orçamental da receita de capital no quadriénio 2005/2008", com taxas de execução de receitas de 52% em 2005, 55% em 2006, 64% em 2007 e 61% em 2008. sistemática violação do princípio do equilíbrio orçamental em sentido substancial. Reduzida disponibilidade financeira para realizar despesas “não rígidas” do seu orçamento. Falta de relevação contabilística de 1 milhão e 226 mil euros, proveniente da dívida administrativa/ comercial. Prazos médios de pagamento superiores a 230 dias. Saldos finais de gerência insuficientes para pagar a totalidade da dívida municipal. Situação financeira desequilibrada em termos conjunturais. Omissão de cerca de 3 milhões e 606 mil euros na comunicação à Direcção Geral das Autarquias Locais. Fragilidades dos procedimentos de controlo interno. Numa palavra bem portuguesa: uma bagunça."

 

Falta saber se também haverá contratos enluvados. Se houver dá trabalho, mas chega-se lá. Veremos.

 

  



publicado por Jorge Ferreira às 02:10 | link do post | comentar

Quinta-feira, 12.11.09

Regressam hoje as minhas crónicas Levadas da Breca, n' O Templário. "Mandatos Inquinados".

 

"... é cada vez mais frequente ver surtos de semi-candidatos: uns dizem que só são candidatos a presidentes de câmara, mas não aceitam ser vereadores; outros dizem que aceitarão exercer os mandados que decorrerem dos votos que os cidadãos entenderem confiarem-lhes, independentemente dos lugares que estiverem em questão.

 

Normalmente, os cidadãos interpretam estes jogos florais como resultando de calculismo de vantagens políticas, partidárias, patrimoniais, pessoais ou outras, que cada candidato faz a partir do tipo de função para que vier a ser eleito. Justa ou injustamente as pessoas associam juízos de credibilidade, ou melhor, de falta dela, aos candidatos que assim se comportam e não faltam exemplos recentes na política portuguesa da tripla eleição destes ano para o demonstrar.".

 


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publicado por Jorge Ferreira às 11:31 | link do post | comentar

Quinta-feira, 05.11.09

A partir de hoje inicio uma colaboração regular no semanário O Templário. Trata-se de um antigo, prestigiado, histórico e dinâmico semanário de Tomar, o qual fez acrescer ao seu prestígio comunicacional de décadas, uma função política de defesa da Liberdade no período das ameaças a essa Liberdade e à Democracia que Portugal viveu em 1975, por força da tentativa totalitária protagonizada pelo PCP e forças políticas de extrema-esquerda, ainda existentes mas felizmente vencidas. Não esqueço Fernanda Leitão, então Directora do jornal, que nessa altura fez das tripas coração para manter à tona um título de comunicação livre e combatente.

A crónica chama-se "Levada da Breca", o que tem um significado local simbólico, pelo nome escolhido. Esta é a primeira.

 

(Foto)



publicado por Jorge Ferreira às 18:25 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quarta-feira, 28.10.09

Já agora, para quem já ouviu falar na coisa, mas nunca teve oportunidade de a ver de perto e ao vivo, permito-me, com vénia ao Leonel Vicente reproduzir um acordo escrito de "bloco central", chapéu de chuva onde em notas de pé de página, tipo contratos de adesão aparecem as letrinhas pequeninas, que ninguém lê, mas que é onde está o que realmente interessa: poder, alcatifas, pelouro, penacho, gabinete, sofás de afundanço para selar bons negócios, de sucatas por exemplo, motoristas, viaturas de serviço para ir ao Vau em Agosto ver Mário Soares, secretária Lizete, telefone integrado de video e fax, farpelas adomingadas, administrações em empresas municipais, serviços municipalizados, licenças, taxas, títulos e demais utensílios de trens de cozinha que ninguém sabe para que servirão, mas que na altura própria revelarão todo o génio de quem lá o pôs, pois que alguém, certamente, vai precisar deles.

(Camara Municipal de Tomar)



publicado por Jorge Ferreira às 23:24 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Existe uma riquíssima blogoesfera local activa, dinâmica, influente, polémica, agressiva sobre os quatro cantos de Portugal. Por circunstâncias várias, umas públicas, outras privadas, tenho-me dedicado ultimamente a acompanhar especialmente a blogoesfera tomarense, que julgo não dever fugir muito à regra da que pontua os quatro cantos de Portugal. De lá, permito-me destacar o Tomar a Dianteira, o Tomar, do incontornável Leonel Vicente, o Tomar, a Cidade, do militante tomarense Luís Ribeiro, o Algures Aqui, do militante socialista, agora cara metade bloco central com Miguel Relvas, Hugo Cristovão e o Nabantia, escrito por curioso cuja identidade não interessa, mas cujo anonimato não é dos que exovalham nem conspurcam. Há muitos mais, (desde logo os vários projectos de Virgílio Alves, que colaborou no blogue Eleições 2009, do Público.Desculpo-me, desde já, por ficar por aqui. Ora, justamente no Nabantia descubro uma pérola: Miguel Relvas, do PSD, talvez ex-futuro-vice-de-qualquer coisa de Pedro Passos Coelho  no PSD, no Governo, na ONU, em Plutão, onde fôr, prepara-se para convidar Carlos Trincão, o intelectual local do partido Louçã para dirigir as comemorações da fundação dos 850 anos da fundação de Tomar, que ocorrem para o ano. Vale a pena ler e, se for verdade, chorar por mias...

(Gualdim Pais)


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publicado por Jorge Ferreira às 22:58 | link do post | comentar

Sexta-feira, 09.10.09

 

No próximo domingo os tomarenses vão decidir o destino da sua terra nos próximos quatro anos. A avaliar pelo que temos ouvido nas ruas de há quatro anos a esta parte seria certo e seguro que alguns dos candidatos perderiam as eleições. Há quatro anos muitos tomarenses votaram em candidatos por exclusão de partes, votaram noutros candidatos para chatear os candidatos do lado, ou nem votaram. E, há que ter presente, diz-nos qualquer vulgata de política prática, que uma coisa é o que as pessoas dizem e outra, bem diferente é a que as pessoas fazem. Por isso falham as sondagens, por isso se discutem tanto os palpites e, no final, é o eleitor silencioso que decide soberanamente.

 

Eu sou adepto do princípio de votar por convicção. Votar em quem se acredita. Desde logo, votar. Quem não vota perde autoridade moral para criticar as escolhas de que abdicou de participar, Desresponsabilizou-se. Desertou da democracia. Não é proibido, mas não é construtivo. No discurso de comemoração do 5 de Outubro, Cavaco Silva foi certeiro quando disse que “Os cidadãos, por seu turno, têm o dever de participar na vida cívica, ao invés de se queixarem sistematicamente do Estado ou da classe política”, sublinhando que os portugueses têm de vencer a tendência para se lamentar de “tudo e de todos” e pouco fazerem para melhorar “o que é de tudo e de todos”. É isso mesmo.

 

Os tomarenses acham que Tomar parou no tempo? Então não votem Pedro Marques nem votem PSD. São eles os responsáveis por Tomar ser hoje das terras menos desenvolvidas do distrito de Santarém e onde pior se vive no país, segundo os estudos disponíveis, apesar das potencialidades únicas que tem, em termos de pessoas, de património, de história e de riqueza por rentabilizar.

 

Os tomarenses sentiram-se abandonados por António Paiva e consideram que Corvelo de Sousa é apenas uma figura decorativa que serve para disfarçar o poder de terceiros? Então não votem no PSD.

 

Os tomarenses acham que há candidatos que só querem ser eleitos para fazer negócios em proveito próprio e não em proveito da comunidade? Então não votem neles.

 

Os tomarenses não acreditam que o PS faça em Tomar muito diferente do que tem feito no país? Então não repitam o erro de votar PS.

 

Os tomarenses acham que é mero oportunismo político sair de um partido que se serviu durante anos a fio na Câmara, só porque não se ficou na lista, e por causa disso inventar em dois meses uma candidatura? Então não votem em Ivo Santos.

 

Depois dos debates realizados pela Rádio Hertz e pela Rádio Cidade de Tomar, depois de ouvir os candidatos e ler os seus programas e depois de conhecer o passado político de todos eles, defendo que o voto por convicção é em José Lebre. Os debates e a campanha demonstraram que, além de necessário, é, desta vez, possível mudar. Assim os tomarenses queiram mesmo.

 

(publicado na edição de hoje de O Templário)



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Quinta-feira, 10.09.09

Os Presidentes de Câmara Municipal eleitos pelo PSD no distrito de Santarém estão contra as “regras restritivas do endividamento” nos Municípios. Acham que gastaram pouco. Querem gastar mais. Mas querem gastar mais do dinheiro que não têm. Ou seja: querem poder pedir mais dinheiro emprestado. Têm gerido mal o que pediram e ainda não pagaram, mas ainda não estão satisfeitos.

 

Os autarcas tiveram a militância de se reunirem num jantar (que câmara Terá pago o repasto?...) no Entroncamento para tomar uma posição conjunta sobre estas matérias. Nunca se juntaram para coordenar posições e fazer exigências sobre qualquer assunto daqueles que preocupam as populações. Só tiveram esta ideia para protestar por não poderem pedir mais dinheiro emprestado.

 

Estiveram presentes Corvelo de Sousa (Presidente da Câmara Municipal de Tomar), Fernando Moleirinho (Sardoal), Francisco Moita Flores (Santarém), Luís Ribeiro Pereira e Jacinto Lopes (Presidente e Vice-Presidente da Câmara de Ferreira do Zêzere), Jaime Ramos (Entroncamento), José Saldanha Rocha (Mação), Miguel Relvas (Coordenador Autárquico Distrital) e Vasco Cunha (Presidente da Comissão Política Distrital do PSD). Não esteve presente, “por motivos de agenda”, Vítor Frazão (Presidente da Câmara Municipal de Ourém).

 

Os autarcas constataram “que as regras restritivas do endividamento, e os limites que lhe são impostos, puseram em causa muitos investimentos necessários e prioritários – bem como o aproveitamento do QREN – para tornar os nossos Municípios e a nossa região mais competitivos”.

 

Concluíram que “é fundamental para os Municípios (na sua relação com a Administração Central) a evolução para uma maior partilha na afectação de impostos – sem que daí tal possa constituir um agravamento fiscal – designadamente através do IVA e do IRS”.

Ninguém sabe quanto é que a Câmara Municipal de Tomar deve ao certo. Sabe-se que é muito.

 

Nos últimos meses todos temos lido na comunicação social as notícias da crise nas empresas do concelho de Tomar. Empresas que amaçaram fechar as portas, empresas que deixaram de pagar porque quem lhes deve não lhes paga, empresas que fecharam, trabalhadores que deixaram de receber, famílias inteiras em crise de rendimento, que perderam os seus ordenados, protestos dos trabalhadores, pedidos de ajuda ao Governo.

 

O que não temos lido na comunicação social são notícias acerca das pessoas que nos últimos anos quiseram investir em Tomar, criar empregos em Tomar, criar riqueza em tomar, pagar impostos em Tomar e não conseguiram devido à imensidão de obstáculos que a Câmara Municipal sistematicamente lhes foi colocando até conseguir que essas pessoas fossem investir para outras paragens.

 

Não temos lido, mas sabemos. E sabemos até de pessoas que foram agora contactadas à pressa para virem investir, já sem os obstáculos inicialmente colocados, porque daria jeito a um mês de eleições dar um aspecto dinâmico à imobilista, inoperante e desinteressada Câmara Municipal de Tomar. Nestas vésperas de eleições os obstáculos de outrora desapareceram como que por magia. O PSD está desesperado por mostrar serviço, depois de ano0s de marasmo e inoperância.

 

O que se tem feito em Tomar é com dinheiros públicos e como se sabe muitas vezes mal gastos e desbaratados. O poder municipal do PSD tem horror à iniciativa privada, prefere o investimento público, porque empresários privados são livres e quem depende de subsídios tem de ser atento, venerando e obrigado. Mas para seguir neste caminho tem de se estar a pedir sempre dinheiro emprestado. Insaciavelmente e com uma consequência óbvia: todos pagaremos no futuro muito caro esta irresponsável maneira de desgovernar. O programa eleitoral do PSD em Tomar e nos concelhos do distrito em que desgoverna resume-se a quatro palavras: pedir mais dinheiro emprestado. É preciso mudar.

(publicado na edição de hoje d' O Templário)

 



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Quinta-feira, 03.09.09

 

                                         TOMAR EM PRIMEIRO LUGAR!



publicado por Jorge Ferreira às 17:28 | link do post | comentar

Quem decidiu entrar na competição eleitoral em Tomar tem um adversário natural: o PSD e a sua desastrosa gestão do concelho nos últimos doze anos. Quem não percebe este facto elementar e prefere distrair-se com pormenores laterais está a beneficiar o PSD e o situacionismo clientelar que criou em Tomar. Mas cada um sabe de si e, como se costuma dizer, Deus sabe de todos. O PSD concorre, aliás, através de duas candidaturas diferentes: a do próprio PSD e a de um alegado CDS que tem como cabeça de lista um vereador do PSD, tão responsável pelo desastre dos últimos anos como os seus ex-colegas de partido, do qual saiu de resto, apenas porque não teve lugar nas listas, mostrando assim a força das suas convicções de ontem e de hoje. Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão já escreveram tudo sobre este tipo de política pequenina.

 

Mas o que interessa verdadeiramente aos eleitores é a substância das ideias e a credibilidade dos candidatos. Nos dias que correm é oportuno lembrar que o PSD tem sido mestre em promessas, mas um desastre nas realidades. Apenas três exemplos.

 

Há alguns anos, o PSD prometeu um parque temático em Tomar. Típica promessa para eleitor ver. Onde está ele, que ninguém o vê? Onde se esconderam os investidores? Em que gaveta foi esquecida essa promessa? A verdade é que o parque temático virou esquecimento e até hoje ninguém pediu responsabilidades por essa ilusão eleitoral falhada.

 

Há alguns anos o PSD decidiu construir uma fonte cibernética numa rotunda onde deviam estar mil outras coisas, mas nunca aquilo que lá está. Gastaram-se milhões. A fonte está lá. A cibernética, mal se vê. Agora, o PSD quer tirar a fonte cibernética e pôr lá qualquer coisa. Presume-se que se vão gastar mais uns milhões. Quem paga são sempre os mesmos. Mas quem gasta passa incólume, sem ser responsabilizado pelos desastres estéticos e pelo desvario no gasto.

 

Há alguns anos o PSD decidiu fechar o parque de campismo. O parque era fonte de turismo e de receitas, tão necessárias à economia local. Alegou na altura que o encerramento se devia ao facto de ser necessário realizar umas obras. Acresceram algumas birras pessoais, com as quais o PSD sempre teve a arte de confundir a nobre política autárquica. Perderam-se milhões com a inépcia e com a birra. Os campistas rumaram para outras paragens e abandonaram Tomar. Coincidentemente, aliás, com o que aconteceu com muitos tomarenses que também tiveram de abandonar Tomar em busca de emprego, de carreira, de rendimento e de futuro. Agora, na véspera de eleições o parque lá reabriu. Quem responde pelos prejuízos que o encerramento do parque durante tantos anos causou à economia local?

 

A resposta é ninguém. Os responsáveis por estas situações andam por aí como se nada fosse. O perigo é que são reincidentes e estão de novo a pedir o voto. Seria muito saudável para o futuro de Tomar que o eleitorado decidisse deixar de ir em cantigas repetidas. O PSD precisa de uma longa cura de oposição e de uma profunda renovação. Tomar precisa de um novo presente e de construir um futuro de desenvolvimento e progresso. Podem começar-se as duas coisas já em 11 de Outubro.

(publicado na edição de hoje de O Templário)

 



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Sexta-feira, 21.08.09

Hoje, foi inaugurada a sede da candidatura Tomar em Primeiro Lugar à Camara e à Assembleia Municipais de Tomar. Fica na R. dos Moinhos, nºs 37 e 39, em Tomar. O local é simbólico: a R. dos Moinhos fica exactamente no centro histórico de Tomar, está esventrada e com as obras paradas há meses, para desespero dos seus habitantes, dos comerciantes e dos transeuntes. É bem a imagem de um centro histórico cuja identidade multisecular tem sido metodicamente destruída pela gestão António Paiva/Corvelo de Sousa/PSD dos últimos quase doze anos.



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Quinta-feira, 20.08.09

Para quem fez toda a sua vida política através da participação em partidos políticos, tem constituído uma experiencia muito gratificante e enriquecedora participar num movimento de cidadãos eleitores que decidiu apresentar uma candidatura autárquica. Descubro-me assim candidato à Assembleia Municipal de Tomar por uma candidatura chamada "Tomar Em Primeiro Lugar". E pasmem, oh gentes do sistema, que apesar de todas as dificuldades e escolhos da lei, os cidadãos são capazes de contornar os obstáculos que os partidos foram semeando na selva normativa e, com determinação, entrar na competição eleitoral. Aprendi já uma coisa: todas as pessoas que apoiam estes movimentos não controlados tornam-se alvos dos partidos clássicos e são apresentados como uma espécie de troféus de caça quando sucumbem aos encantos de quem nunca lhes ligou nenhuma até se terem revelado. O que também mostra que a natureza humana é a mesma em todo o lado: nos partidos e fora deles.



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Terça-feira, 18.08.09

As listas.



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Quinta-feira, 13.08.09

O tique socialista de pagar dívidas com mais dívidas e fazer propaganda de pagar umas dívidas a alguns com as dívidas contraídas junto de outros. É em Tomar e é o tema do meu artigo de hoje n' O Templário. A curiosidade é que é o tique socialista é, neste caso, do PSD.


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Quarta-feira, 29.07.09

A Camara Municipal paga as dívidas de alguns com o dinheiro de todos. É o tema do meu artigo desta semana n' O Templário.



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Sexta-feira, 24.07.09

Manuela Ferreira Leite não deve estar a par da forma como o PSD de Tomar está a executar a sua política de "verdade". Pois foi sobre o que escrevi na edição desta semana de O Templário.



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Terça-feira, 21.07.09

novidades em Tomar.



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Quarta-feira, 15.07.09

"O que interessa, neste momento, sobretudo, é mobilizar os tomarenses em torno de três ideias fortes: a de que a Câmara Municipal precisa de ser devolvida aos cidadãos, a de que Tomar precisa de investimento e criação de riqueza e de que Tomar tem todas as condições para ser uma capital internacional de cultura. Naturalmente, estas três ideias não nasceram do nada. A Câmara Municipal de Tomar, de há vários anos para cá, desconsidera os cidadãos, não dá resposta às suas solicitações, não responde, não decide, gasta de mais onde não deve e não gasta o que deve onde é preciso, bloqueia o investimento e o progresso, afugenta as empresas de Tomar e elas têm-se deixado afugentar para Torres Novas, para Ourém, até para Abrantes e exibe um tão olímpico, quanto altivo e arrogante divórcio com a sua história e o seu património, desprezando uma das suas maiores riquezas.

Foi para denunciar isto e propor novas posturas que os subscritores do Manifesto se juntaram, julgo eu, já que não tenho procuração dos demais e cada um falará naturalmente por si. Num tempo de desistência e indiferença este Manifesto veio dizer publicamente aos tomarenses que há futuro, que há gente que não desiste e que é necessário ser consequente. Em democracia as coisas mudam-se através das instituições. Não se mudam apenas dizendo mal, criticando, deitando abaixo. É pela positiva, querendo fazer e não apenas falar, é arriscando o sufrágio e o julgamento soberano do povo. Não é presidente de câmara quem quer mas quem os eleitores querem. E quando se perde a noção de serviço público e se passa apenas a tratar das pequenas ambições, dos negócios pessoais, do poder pelo poder, os eleitores percebem e mudam. Essa é a minha esperança para Outubro, quer como eleitor de Santa Maria dos Olivais, quer eventualmente noutra qualidade."

 

O meu artigo desta semana n' O Templário. Já publicado aqui.



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Quinta-feira, 09.07.09

Em Tomar, temos certamente uma miniatura do PSD. Já disponível o meu artigo de hoje n' O Templário, sobre os gastos da Camara Municipal de Tomar em agencias de comunicação, publicidade e assessorias de imprensa. Um mimo.


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Quarta-feira, 01.07.09

"Um grupo de cidadãos preocupados com a estagnação de Tomar decidiu criar o Movimento Tomar Em Primeiro Lugar, com o objectivo de intervir na sociedade tomarense e de apresentar uma candidatura aos órgãos autárquicos do concelho de Tomar nas eleições de 11 de Outubro de 2009."
Assim começa o Manifesto que pode ser lido aqui, juntamente com a lista de subscritores, na qual me incluo.



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Sexta-feira, 26.06.09

Hoje decidi estar presente na reunião da Assembleia Municipal de Tomar. Miguel Relvas conduziu os trabalhos com elevação e eficácia, como, aliás, eu já esperava.

Confirmei as minhas impressões sobre o ainda Presidente da Camara, Corvelo de Sousa. Acho que facilmente o PSD conseguiria escolher melhor. E não me ficaram dúvidas de que Tomar necessita como de pão para a boca de um Presidente de Camara. Oiço, boquiaberto, Corvelo de Sousa propôr, por escrito!..., a criação de um Gabinete de Apoio ao Investidor e, acto contínuo, dizer que não afecta pessoal ao Gabinete, porque não precisa do Gabinete para nada, visto que o próprio Gabinete da Presidência trata directamente com os investidores! Não entendo, pois, qual a razão por que maçou a Assembleia com a proposta de criação do Gabinete....

Surpresa: o deputado municipal do Bloco de Esquerda critica o PSD por não ter uma política de promoção do investimento privado! Esqueceu-se certamente da política de nacionalizações que o Bloco de Esquerda defende! Francisco Louçã acompanha pouco Tomar...

Agradável surpresa: a qualidade das intervenções Bruno Graça, que se diz que será o candidato da CDU à Camara e que tem obra feita na Sociedade Filarmónica Gualdim Pais.

Gostei das intervenções que ouvi aos Presidentes de Junta e o facto de não me referir ao PS não é gralha, é que nada há mesmo a registar...


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Segunda-feira, 22.06.09

"... queremos saudar todos os tomarenses, independentemente da idade, sexo ou opção política. Somos um grupo de cidadãos eleitores que decidiu apresentar uma candidatura aos orgãos autárquicos de Tomar nas próximas eleições autárquicas, que se realizarão em Outubro de 2009. Somos independentes, o que quer dizer que pomos os interesses de Tomar em primeiro lugar. Não nos candidataremos em representação de interesses partidários, económicos ou de qualquer outra natureza. O objectivo deste blogue é o de promover as ideias e os candidatos do Grupo de Cidadãos Eleitores denominado "Tomar Em Primeiro Lugar"."

Tomar em Primeiro Lugar.



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Domingo, 21.06.09



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Sexta-feira, 19.06.09

Em breve darei novidades sobre Tomar. Mais um pouco de calma por favor. Eu prometo que conto tudo.


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Quarta-feira, 03.06.09

Nestes tempos de desvario e passivos astronómicos dos chamados grandes clubes do futebol português, eis um insólito exemplo de um clube com bom senso. O Riachense, que se sagrou campeão distrital da A. F. de Santarém, ganhou o direito de disputar na próxima época a III Divisão. Pois bem, surpresa das surpresas, não quer. Isso mesmo, não quer. Resultado: o senhor que se segue é o União de Tomar, que assim regressaria aos campeonatos nacionais muitas épocas depois. Julgam que jorram foguetes em Tomar? Nada disso. A Direcção do clube não disse que sim, está a ponderar se tem condições financeiras para a aventura. Ainda há gente no futebol português. Mais informação aqui, aqui e aqui.

(Foto)


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Segunda-feira, 27.04.09

Nove pedaços de história sobre D. Nuno Álvares Pereira e a cidade de Tomar, a propósito da canonização, no Nabantia. Vale a pena dar atenção às realidades perenes.



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Quarta-feira, 22.04.09

 

Em Tomar, as instituições têm uma difícil relação com a internet. O que é, à partida, improvável, dado que uma terra que tem o conjunto monumental que Tomar tem, classificado pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade, indiciaria uma maciça presença na internet. Mas não. Tudo é pouco e tudo é lento. A Camara só há cerca de ano e meio tem um sítio na internet e a jóia da coroa, o Convento de Cristo, só no passado sábado inaugurou o seu sítio. Parabéns ao IGESPAR por ter trazido o maravilhoso Convento ao estranho mundo da world wide web no ano da graça de 2009. Ao que consta, o sítio teve hontas de inauguração oficial com a presença ministerial e tudo. Afinal de contas, alguma utilidade terá d eter o ministério, nem que seja inaugurar sítios na web. Ah, o mais importante: o sítio é bom. Visitem-no.

( A imagem pertence ao Tomar, do Leonel Vicente)


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publicado por Jorge Ferreira às 21:00 | link do post | comentar

Sexta-feira, 27.03.09

Os tempos não estão para histórias nem para História. A crise do crédito que, em catarata se abateu sobre o mundo inteiro, puxa irresistivelmente a atenção de todos para as consequências da crise. Um pouco por todo o lado descobrem-se bancos falsos, fraudes financeiras de milhões, empresas a falir, desempregados a aumentar vertiginosamente, pobreza a alastrar. Especialmente em Portugal acresce um aumento preocupante da criminalidade, o recrudescimento das velhas suspeitas de corrupção à volta dos poderes, e um sem número de preocupações, nas quais, no meu caso, não entra, definitivamente, o penalty de Lucílio.

 

Aparentemente, pois, este será um texto deslocado no tempo e no espaço. Permito-me, desde já e antecipadamente, discordar. Creio que é nos momentos mais difíceis que os povos necessitam de reencontrar forças e energias no seu passado, na sua história, na sua identidade, como fonte de confiança para superar as dificuldades e olhar com mais serenidade o presente e o futuro.

 

Arrisco, por isso falar de duas histórias. Ou melhor de História, com agá grande.

 

A primeira história é esta: no próximo dia 26 de Abril de 2009 D. Nuno Álvares Pereira será canonizado. Esclareço que não sou nem especialista, nem militante da causa e dos ritos religiosos. Mas não confundo opções individuais com características do povo português e com traços essenciais da identidade e da cultura portuguesas. D. Nuno Álvares Pereira, além de herói da nossa história, passará a ser um herói e um exemplo da Igreja.

 

Sinceramente temo que este acontecimento, porque o é, indubitavelmente, passe ao lado da nossa tão bizarra agenda mediática e social. Em Portugal e em Tomar. E, todavia, penso que nem o país nem a cidade deveriam deixar passar esta oportunidade para realçar o significado do acto, o papel de D. Nuno na constituição da portugalidade que hoje somos e o exemplo pessoal de figura da História que venceu dificuldades e obstáculos, que foi portador de uma convicção nacional, hoje tão rara de encontrar nestes tempos desvairados em que tudo vale.

 

Até agora, não registei notícia de qualquer actividade, salvo referências de monárquicos (também não sou) e de membros da Igreja. Sucede que a Nação a que hoje gostamos de apelar deve a sua sobrevivência a muitos homens que, como D. Nuno Álvares Pereira se sacrificaram por ela. “Sacrificaram” vem de sacrifício, vocábulo entretanto caído em desuso de todas as áreas da vida comunitária. A noção de sacrifício para progredir, para trabalhar, para estudar, para lograr riqueza, é absolutamente estranha ao modo de vida moderno, em que se confia apenas na facilidade para ter tudo. Na facilidade de um sorteio, na facilidade de ser seleccionado para um big brother, na facilidade de encontrar professores que “dêem” notas independentemente do merecimento e dos conhecimentos que se mostrem ter. Mas, se na economia não existem almoços grátis, também na História não existem países grátis. Eles hão-de necessariamente ser o produto de muitas vontades, de muitos esforços e, inevitavelmente, de muitos sacrifícios.

 

Não duvido que qualquer país no nosso lugar faria da canonização de D. Nuno Álvares Pereira um acontecimento mediático de projecção mundial. Mesmo em plena crise e, se calhar, justamente por causa dela. Para aumentar a auto-estima colectiva e, pragmaticamente, para vender mundialmente o seu país e o seu produto histórico. Como nos disseram que aconteceu com o Euro 2004… Por cá, temo que nos fiquemos por uma coroa de flores na estátua que jaz junto ao mosteiro da Batalha, uns artiguitos de opinião sem dificuldade muito mais eruditos que este e uns posts nuns blogues mais desalinhados do main stream.

 

Tomar devia colocar-se, neste particular, no centro das atenções. Os poderes públicos e privados deviam celebrar a canonização de D. Nuno Álvares Pereira. Chamo a atenção, entretanto, para o facto de em 2008 se ter reatado uma tradição que parecia ter caído no esquecimento. Pela primeira vez em 35 anos foi celebrada missa campal por ocasião do 10 de Agosto junto à capela de S. Lourenço.

 

O Conselho Pastoral, dinamizado pelo sargento António Vasconcelos, em colaboração com o Regimento de Infantaria 15, de Tomar, decidiu voltar a assinalar o martírio de S. Lourenço e a junção dos exércitos de D. Nuno Álvares Pereira e do Mestre de Avis, antes de seguirem para a batalha de Aljubarrota. Ora, eis uma ligação de Tomar à gesta de D. Nuno Álvares Pereira que justifica acção e comemoração.

 

Já que não sou autarca, mas um simples cidadão anacronicamente interessado pelas pequenas coisas do meu país, gostaria de saber se a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia de Sta. Maria dos Olivais, ou instituições privadas do concelho estão a pensar realizar alguma iniciativa relacionada com este acontecimento.

 

A segunda história é esta: em 2010, faz precisamente 850 anos que D. Gualdim Pais fundou a cidade de Tomar. Tudo o que fica dito sobre D. Nuno Álvares Pereira vale para este importantíssimo aniversário. Bem sei que os Templários, a Ordem de Cristo (essa malandragem que legou a Tomar pesada factura de atraso que ainda hoje se paga a prestações, assim como à Bragaparques…) e em geral o património e o seu profundo significado nesta terra, não está propriamente nas boas graças nem nas prioridades dos actuais responsáveis autárquicos. Mas esses responsáveis têm de perceber, ou alguém explicar-lhes de forma veemente, que não passam de transitórios e efémeros representantes de uma comunidade que já existia antes deles nascerem e existirá seguramente depois deles deixarem de representar o povo. Cumpre-lhes apenas estar à altura dos cargos (inocência persistente a minha neste particular…).

 

Bem sei que este ano há eleições e quem manda e quem quer mandar dá mostras de não ser capaz de pensar em mais nada senão na eleição, no poder, no lugarzinho, no penachito, nas medidas anti-crise, nas rotundas e, dizem-me, no metro de superfície! Mas, azar de calendário, passa-se que 2009 é também o ano de pensar e de programar uma dignificante comemoração do 850º aniversário da fundação de Tomar.

 

Resta, então, repetir-me: já que não sou autarca, mas simples cidadão anacronicamente interessado pelas pequenas coisas do meu país, gostaria de saber se a Câmara Municipal, as Juntas de Freguesia, ou instituições privadas do concelho estão a pensar realizar alguma iniciativa relacionada com este acontecimento. E o que dizem disto, se é que dizem, os candidatos à Câmara?

 

Mas também digo: se fôr para fazer umas coisitas rascas e pindéricas, como frequentemente acontece, de envergonhar qualquer um, mais vale estarem quietos. Não me apetece mesmo observar o comportamento habitual no nosso país quando se trata de comemorar os valores nacionais e os símbolos que ao longo dos tempos os vão ilustrando por obra humana. E não, não falo de dinheiro. Falo de dignidade nacional. Falo de poder nacional que os símbolos traduzem. Um povo que abdica desses valores, desses símbolos e de continuamente os projectar, local, nacional e internacionalmente, abdica de uma parcela estrutural do seu poder nacional, o mesmo é dizer, da justificação da sua independência enquanto Estado. Dirão alguns: e daí? E daí eu respondo: ide para alcaides de Ayuntamientos, ide …

(publicado n' O Templário)

(D. Gualdim Pais)



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Segunda-feira, 23.03.09

Hoje vou estar aqui. E na quarta-feira estará lá também um conhecidíssimo administrador da Fomentivest...


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Sábado, 03.01.09

 

O Estado tem um ministro da Cultura. O Estado dá dinheiro para filmes que ninguém vê, peças de teatro a que ninguém assiste e institutos e funcionários de uma burocracia inepta. Mas deixa arruinar o património. O seu e o da Humanidade. Mais uma vergonha do Estado português.

(Convento de Cristo)



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Sexta-feira, 02.01.09

Do leitor do Tomar Partido e jornalista António Freitas, reproduzo um texto recebido por email acerca deste artigo, com a devida autorização:

 

"Acabo de ler no Templário a sua opinião acerca da entrevista paga do Côrvelo. Finalmente alguém ataca esta questão, que nos envergonha a todos nós TOMARENSES. Era para escrever, pois quando vi no DN ou melhor no Suplemento Comercial do DN deu-me vontade de rir. Há anos que não lia uma idiotice tão grande. O Côrvelo vive noutro mundo, não é deste, só que vai desgovernando a Câmara o nosso concelho e até dizem que volta a ganhar a Câmara. Volta não... nunca a ganhou!

 
Não escrevi, porque a minha conotação política, podeia ser tida em conta e não darem grande significado ao escrito... mas ainda bem que alguém escreveu já que os colegas dos jornais de Tomar estão presos pelo beiço e quase que proibidos de escrever e falta em TOMAR alguém que vá todos os dias denunciando estes idiotas... 
 
Ironia das ironias a pseudo entrevista veio no mesmo suplemento onde vinha Óbidos.
 
Ambas são autarquias do PSD, mas Telmo Faria, apostou no Parque Tecnlógico, tem deputados como Feliciano Barreiras Duarte que aconselham e não tem RELVAS e outros intelectuais que cagam postas de pescada, mas nada sabem de turismo, nem de investimento em eventos. Em Óbidos há a Óbidos Patrimonium que tem que prestar contas dos eventos e os eventos tem que dar dinheiro directa e indirectamente. Na passada edição do Cidade de Tomar apresento o exemplo de PENELA que apostou no Natal. Estive lá e vi. Na próxima vou focar Óbidos, estive lá e vi... mas nada vale pois em Tomar aposta-se na SOPA, no feijão e na festa dos Tabuleiros de 4 em 4 anos, fora disso nada e ainda por cima eventos entregues a um médico que a população detesta e que deveria gozar a sua choruda reforma longe mas longe de TOMAR.
 
Estamos tramados e depois para engordar a noiva há que pagar publicidade nos grandes jornais e dizer baboseiras.
 
A coisa ficou-nos por mais de 3.500 euros, acredite e dê-lhe com força, para ver se esses BURROS ganham juízo.
 
António Freitas
Jornalista"

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Quarta-feira, 31.12.08

“Como define a cidade de Tomar?”

 

Corvelo de Sousa: “ … Viveu séculos á sombra do Convento de Cristo que, durante muito tempo, albergou a Ordem de Cristo, uma organização que teve um papel importante nos Descobrimentos, mas que não permitiu que a cidade ou o concelho se modernizassem. Não era permitida a construção de grandes edifícios e a Ordem é que explorava tudo o que era passível de ser explorado: o rio, os moinhos, os açudes. Todas as pessoas eram obrigadas a pagar uma taxa à Ordem.

 

Esta situação afectou o crescimento da cidade?

 

Corvelo de Sousa: “ Isto afectou e afecta de alguma maneira, porque estas situações levam séculos a desaparecer. A iniciativa privada que no fim da Ordem se manifestou, faliu pouco tempo depois, gerando momentos de grande intranquilidade face ao desemprego existente na cidade. Pouco tempo depois surge o Instituto Politécnico de tomar que trouxe um novo ânimo…”.

 

O acidental Presidente da Câmara Municipal de Tomar em exercício deu uma entrevista bizarra a uma estranha publicação de natureza comercial, distribuída encartadamente com a edição de domingo passado do Diário de Notícias, assim do género das revistas de vinhos, relógios, material de escritório e telemóveis nos suplementos dos semanários. Aparentemente, trata-se de publicidade paga, o que, se fôr verdade, coloca desde logo a questão de saber a razão pela qual um município sobreendividado, como é o caso de Tomar, se dispõe a pagar entrevistas do Presidente da Câmara em publicações de publicidade paga.

 

É verdade que hoje talvez não existam razões meramente jornalísticas para entrevistar o Presidente da Câmara. Mas daí até pagar anúncios disfarçados de entrevista vai uma certa distância orçamental e contabilística. E se é verdade, muito interessaria saber quanto custou a entrevista aos contribuintes. É que no tempo da Ordem de Cristo pagavam-se taxas sim, mas certamente por razões bem mais virtuosas do que a propaganda pessoal paga à custa dos contribuintes.

 

Mas o principal problema desta entrevista não é o preço. É o conteúdo. Trata-se de uma entrevista lamentável para quem tem a responsabilidade de gerir e representar o município de Tomar. Corvelo de Sousa desbaratou o único activo da cidade: a história. A entrevista revela um deficiente entendimento do passado e quem não é capaz de perceber o passado pode ter presente, mas não tem seguramente futuro. Bem sei que os tempos vão nervosos para Corvelo de Sousa, dadas as polémicas internas no PSD para a escolha do candidato nas próximas eleições autárquicas. Mas nem isso justifica o cariz desnorteado das afirmações proferidas naquela entrevista.

 

Quer se goste, quer não, Tomar tem duas marcas: Templários e Ordem de Cristo. A verdade é que a cidade e as elites locais convivem mal com essas marcas e revelam agora não perceber o tesouro que têm nas mãos. Qualquer Presidente de Câmara a primeira coisa que tem de perceber é que se Tomar existe, aos Templários e à Ordem de Cristo o deve. Criaram-na e desenvolveram-na. É o seu código genético, o seu principal factor identitário. Corvelo de Sousa vê na Ordem o factor de atraso de Tomar. Eu, pelo contrário, vejo nos autarcas de Tomar o seu factor de atraso. Cada um com as suas manias…

 

Qualquer terra que tenha tido o sortilégio de ter sido bafejada pela classificação dos seus monumentos como património mundial da humanidade faz o que pode e o que não pode para tirar partido disso. Atrai investimento, cria merchandising, desenvolve estratégias de marketing para chamar turismo, o que como se sabe significa actividade económica e riqueza. Em Tomar não, passa-se justamente o inverso. Lamenta-se que a cidade tenha vivido à sombra do Convento. Pois é justamente esse o mal. Tomar vive à sombra mas não é do Convento. É da bananeira. Os seus responsáveis criticam até os malandros que construíram esse património.

 

A primeira obrigação do Presidente da Câmara de Tomar, qualquer que ele seja, é a de rentabilizar os factores diferenciadores do município, no sentido de valorizar a sua história e as suas gentes, potenciar o seu património, dos pontos de vista cultural, económico e social. Para Corvelo de Sousa, não. É dizer mal da herança poderosa que lhe caiu no colo, diga-se de passagem, sem saber ler nem escrever, como diz o povo.

 

Quanto à economia e ao desenvolvimento então nem é bom falar. Basta olhar para a decadência de Tomar no século XXI para perceber que não é certamente ao Infante D. Henrique nem à Ordem de Cristo que se deve esse atraso. Talvez Corvelo de Sousa devesse pôr a mão na sua consciência antes de atirar catapultas para o século XVI acerca desse tema. A Ordem de Cristo explorava o rio, os moinhos e os açudes? Competência dela. A câmara Municipal de Tomar nem umas gaivotas conseguiu pôr no rio porque o concurso para a exploração do negócio ficou deserto! Continua a vantagem a estar do lado do Infante! Cobravam taxas? Pois também a Câmara de Tomar cobra e não é pouco. A água acaba de aumentar 3,1%...

 

Para Corvelo de Sousa a Idade Média não devia ter sido assim. Certo. As ordens militares provavelmente nem deveriam ter existido. Certo. Mas a história não foi assim. E não se pode mudar. Desgraçadamente as Ordens não eram atreitas, ao contrário dos nossos eficazes autarcas, a arranha-céus. Deviam ter sido, mas não foram. Ainda assim, se se medirem bem as coisas, talvez o castelo e o convento sejam ainda hoje dos edifícios mais altos de Tomar… Quanto à economia e ao desenvolvimento, pois bem, as ordens faziam coisas insignificantes. Mas olhem, para espanto geral, as construções que se faziam por obra e graça desses exploradores medievais não padeciam dos defeitos de construção tão populares hoje em dia em pontes, paredões e outros senões das obras municipais feitas pelos contemporâneos…

 

Na mesma edição do Diário de Notícias em que vinha o encarte, o Editorial era sobre Óbidos. Castelo conservado, património conservado, feira medieval à séria, feira do chocolate de projecção internacional, vila Natal onde a criançada faz questão de ir, milhares e milhares de pessoas anualmente a visitarem a terra, a deixarem lá dinheiro, investimento privado de qualidade e, acrescento eu, sem a história, a valia, a arquitectura e o valioso património que Tomar tem. Paradoxos oportunos. Óbidos não tem história, mas tem gestão.

 

Esta entrevista é lamentável. Mostra sobretudo que a geração actual que governa Tomar não está à altura da empreitada. Mas isso é juízo pessoal que pode não contagiar os eleitores. Veremos.

 

(publicado na edição de hoje de O Templário)

(Convento de Cristo)


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Quinta-feira, 18.09.08

Na era do Plano Tecnológico, todos os sectores da vida social evoluíram tecnologicamente. Assim, depois das célebres mães de Bragança, passámos hoje aos bombistas de Tomar como meio de combate à prostituição...



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Domingo, 31.08.08

Há muito que é devida uma palavra de agradecimento ao histórico jornal O Templário, de Tomar, e ao seu Director, José Gaio Martins Dias, que em sucessivas edições semanais cometem a gentileza de citar o Tomar Partido. É uma distinção que aqui registo, agradecido.


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Sexta-feira, 18.07.08

Neste momento está a decorrer uma batalha campal entre ciganos, em Tomar em plena rua. De uma vez por todas ou o Governo percebe que tem de mudar de política e passar a actuar com mão firme em relação a quem põe em causa a segurança e a tranquilidade dos cidadãos ou isto ainda vai acabar mal.



publicado por Jorge Ferreira às 16:00 | link do post | comentar

Quarta-feira, 07.05.08

Apesar de tudo, longe dos centros comerciais, há um país que areja e se consegue divertir. Em Alpedrinha vai haver uma festa da cereja que mete caminhada pela Gardunha a 17 de Maio. É o programa ideal para desmoer da festa de 10 de Maio, em Tomar, no Mouchão Parque: o XV Congresso da Sopa, onde as candidaturas são ao gosto do freguês e com a vantagem de não ter de ser militante do Partido respectivo.



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Terça-feira, 06.05.08

"A Charola, lentamente e com muito empenho, renova-se e reaparece-nos cuidada, rejuvenescida, próxima daquilo que foi na sua origem, no entanto respeitando o seu tempo no nosso tempo.

Haverá quem pergunte porque são tão visíveis as lacunas do arco triunfal.

Haverá quem não perceba porque ficaram os blocos em pedra com a pedra tão à vista.

Haverá quem ache que deveria ter sido feito mais.

Mas como podemos fazer o que não conhecemos? Como poderíamos inventar o que lá não se via? O princípio da conservação e restauro de pintura mural tem uma ética que foi respeitada - não existe, não se sabe com era , não se faz. Foi isso que fizemos ou melhor, que não fizemos, fazendo muito."

 

Um blogue interessante e original, o Diário do Restauro da Charola do Convento de Cristo, em Tomar.


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Terça-feira, 08.04.08
Parece que a Camara Municipal de Tomar anda preocupada, adivinhem lá, com quê? Com os saltos dos sapatos das senhoras. Que bom haver assim autarquias cavalheiras.

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Quinta-feira, 28.02.08
Portugal descobriu que além dos dezasseis partidos políticos actualmente inscritos no Tribunal Constitucional, existem mais alguns, que não constam dos respectivos registos. São partidos que não concorrem com listas próprias às eleições, que não têm estruturas locais e que, consequentemente, não têm votos. Podíamos simplificar e chamar-lhes os partidos dos tentáculos. Esses partidos são as empresas que financiam partidos às ocultas para poder ter um quinhão dos negócios públicos. E os negócios públicos são concedidos pelos partidos que vencem as eleições. Infelizmente e tristemente, parece que quando os cidadãos entregam o seu voto a um partido estão também a entregá-lo, embora sem o saber, a interesses ocultos que só mais tarde se mostram através de obras e contratos.
O país ficou a saber recentemente que um desses partidos se chama Somague e ao que se sabe, pelo menos até agora, além de outras despesas desinteressadas pagas ao PSD, pagou inclusivamente a alteração do símbolo (!) do PSD.
Este é o primeiro caso conhecido e punido de financiamento ilegal de partidos políticos. Aquilo de que muitos suspeitavam viu, enfim, a luz do dia. Como de costume em situações de grande aperto, foi encontrado um bode expiatório: José Luís Vieira de Castro, então secretário-geral adjunto do PSD. Evidentemente o PSD não tinha à altura secretário-geral nem líder. Claro que não. E, se por mero sortilégio do destino os tivesse, eles não saberiam obviamente de nada. Na hora do aperto, assobia-se para o lado, é-se tomado de amnésia, ou sacode-se a água do capote para quem está mais à mão.
Mas este caso é apenas a ponta de um imenso "iceberg". No CDS até nomes ridículos de doadores falsos constam da lista de financiadores. Além da ilegalidade revela-se o descaramento. Há muitos anos que se fala em surdina de casos de financiamentos partidários ilícitos, ou de financiamentos partidários lícitos que são moeda de troca de negócios do Estado com esses financiadores quando o partido financiado chega ao poder. A todos os poderes. Do poder do Estado aos poderes das autarquias. Ao Governo e às Câmaras Municipais. Por todo o país, em quase todos os concelhos, circulam boatos, histórias, acusações. Em Tomar também. Apontam-se coincidências. A democracia torna-se uma infindável suspeita.
Portugal precisa de uma operação "mãos limpas". Como começar? Podia ser assim: comparar os financiadores das campanhas eleitorais de todas as autarquias com as adjudicações de obras dos respectivos concelhos. E investigar. O que não se pode é viver continuamente com a democracia sob suspeita generalizada. E os políticos que estão na política de forma séria devem ser os primeiros a reagir e a não deixar que o seu nome seja misturado numa lama que a todos ameaça contaminar.
As empresas de construção civil, têm um interesse económico óbvio: fazer obras públicas para ganhar dinheiro. Os partidos têm um interesse económico óbvio: obter receitas para pagar as campanhas eleitorais faraónicas, que ofendem os milhões de portugueses que todos os meses contam os cêntimos até ao fim do mês para sobreviver. Junta-se a fome à vontade de comer, como diz o povo. Não seria de admirar se amanhã se viesse a saber que empresas de construção civil ou doutros ramos de actividade, tivessem financiado campanhas autárquicas do PSD ou do PS e feito obras públicas ou obtido contratos nesses concelhos.
A questão que se levanta agora é a seguinte: como resolver o problema do financiamento dos partidos, que se suspeita que é a verdadeira causa da grande corrupção? Com a actual lei do financiamento dos partidos foi criada uma Entidade a quem compete fiscalizar a regularidade dos financiamentos partidários. Mas não é certamente a contar os comensais dos jantares partidários da "carne assada", a contar as cabeças nos Congressos nos hotéis para aferir do valor do arrendamento da sala, ou a contar carros e quilómetros percorridos pelas caravanas partidárias que se está a dar um contributo válido para atacar de frente o problema. Não é no pagamento do combustível ou do porco que se corrompe e se espera corromper no futuro.
Existem duas soluções: financiamento totalmente e exclusivamente público. Financiamento livre e misto, em que o Estado paga uma parte e os donativos são livres por particulares e empresas, com a condição de serem públicos e de notificação obrigatória à Entidade que fiscaliza as contas dos partidos, que os publicaria imediatamente no seu sítio da Internet, sujeitando-os à transparência pública, tornando-os de todos conhecidos. Desta forma poderíamos avaliar em cada momento, em cada negócio autárquico ou governamental, se havia ou não relação entre os financiadores das campanhas e os negócios públicos que envolvessem empresas privadas.
Porque a verdade é que em Portugal se passam casos verdadeiramente misteriosos e extraordinários, como por exemplo, o de se atribuírem concessões de jogo a casinos sem concurso público e com contrapartidas escondidas, que envolvem alterações de leis à medida e a pedido para satisfazer reivindicações privadas.
Estamos em crer que, sendo a natureza humana atreita à tentação, o remédio mais eficaz e dissuasor ainda é o da transparência.
(publicado na edição de hoje de O Templário)


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Terça-feira, 12.02.08
Recomendo vivamente a representação de uma adaptação de O Nome da Rosa, pelo grupo Fatias de Cá, de Tomar, no Convento de Cristo. O espectáculo inclui um jantar desdobrado por seis momentos devidamente intercalados pela peça e decorre por todo o Convento, obviamente depois da hora de fecho ao público. Para além da excelente representação teatral, há outras vantagens. Visitar zonas do Convento não acessíveis ao público. Ver a célebre janela manuelina à noite, iluminada. Tudo, por entre o policial fradesco de Eco, com frades e crimes à solta. Claro, os espectadores têm de estar em forma para acompanhar o ritmo da peça, atrás dos actores que vão recriando os vários episódios. Já agora, informo sobre os acepipes: abertura de nozes e figos, canja legítima para aquecer os interiores agredidos pela humidade local, um arroz de pato competente, com as inevitáveis fatias de Tomar, bolos oportunos e café. Como o Castelo fecha as portas às cinco da tarde, quem chegar depois não entra. E não poderá terminar a noite entre archotes e cantos gregorianos no templo emblemático dos Templários.
(Foto)

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Domingo, 06.01.08
O Francisco fez aqui uma oportuna recensão de locais onde se pode comer e fumar. Dou mais uma contribuição. Em Tomar, o Pic Nic 3, pode ser acrescentado à lista.

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Sexta-feira, 21.12.07
Recomendo os coscorões da pastelaria Pimpinela em Tomar. São divinos.

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publicado por Jorge Ferreira às 01:53 | link do post | comentar

Quinta-feira, 20.12.07
António Paiva, Presidente da Camara Municipal de Tomar eleito pelo PSD foi escolhido para administrador do QREN e raspa-se a grande velocidade da tortura autárquica. A cada concelho o seu Barroso. Assim viaja entre cargos, indiferentes a mandatos e a compromissos eleitorais, a classe média do bloco central. Cheira a negócio político.

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Quarta-feira, 10.10.07
Há uns tempos perguntei aqui, se seria pedir muito que a Camara Municipal de Tomar pensasse em criar um sítio na internet, visto que não o tinha. É justo reconhecer que não era pedir muito. O sítio já existe e embora para meu gosto pessoal devesse ter as cores da cidade expressas no sítio e pudesse ser mais chamativo e arrojado, é digno, tem a informação essencial e sobretudo retira Tomar da incómoda posição de ausência institucional da internet. Mais vale tarde que nunca.

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publicado por Jorge Ferreira às 22:23 | link do post | comentar

Sexta-feira, 27.07.07
Parece que fui armado cavaleiro da imprensa nabantina. Aqui fica o meu agradecimento ao Templário e ao seu Director.

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Quinta-feira, 12.07.07
(A Janela)

A escolha das sete maravilhas de Portugal deixou de fora o Convento de Cristo, em Tomar, que foi designado pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade em 1983. As escolhas, como se sabe, recaíram sobre o Palácio da Pena, a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, o Mosteiro da Batalha, o Mosteiro de Alcobaça, o Castelo de Óbidos e o Castelo de Guimarães. É verdadeiramente espantosa a exclusão do Convento.
Quem vive ou trabalha em Tomar sabe bem como o facto de a cidade ter um monumento desta envergadura não é suficientemente valorizado pelas instituições locais, com a autarquia à cabeça. Obras de restauro que se eternizam, partes do moonumento vedadas ao público, falta de roteiros para o Convento, até de sinalética urbana a condizer, sente-se em geral uma falta de valorização, que tem, como é óbvio, consequências económicas, turísticas e culturais para a cidade e para a comunidade tomarenses. E é pena. Nos locais classificados como património mundial por onde tenho passado e basta ir aqui à vizinha Espanha, a atitude é toda outra.
Face à escolha destas maravilhas de Portugal e sendo certo que essa escolha vale o que vale e é o que é, compete perguntar: o que se fez em Tomar para promover o monumento? O que fizeram Camara Municipal e as outras instituições locais para promover a escolha do Convento? Organizou-se algum grupo de trabalho para o efeito? Se sim, que acções concretas foram desenvolvidas? E nesse caso, por que falharam? Será que houve ao menos uma preocupação com o assunto? Parece que não mas aguardo informação de quem de direito. Compete perguntar: por que razão o Presidente da Camara Municipal de Tomar se declarou não surpreendido pela exclusão do Convento (que lhe competia promover) das escolhas finais? Será que já esperava porque sabia que nada foi feito a sério para que o resultado tivesse sido outro, como o monumento e Tomar mereciam?
Valha que no mesmo fim de semana outra edição da Festa dos Tabuleiros conseguiu minorar o carácter negativo desta exclusão. Que é muito difícil de entender, mais a mais se repararmos que nas escolhas finais existem monumentos que não têm a qualificação da UNESCO que o Convento de Cristo tem. Já agora e senão fôr pedir muito, será que a Camara Municipal pode começar a pensar em criar um sítio na internet, hoje por hoje um meio indispensável de fazer o que quer que seja?

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Sábado, 07.07.07

Festa dos Tabuleiros.
Blogues a visitar: Algures Aqui e Tomar.

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Quinta-feira, 28.06.07
(Convento de Cristo)

Resposta a esta pergunta: a Camara Municipal portuguesa que tem um monumento classificado como património mundial da humanidade da UNESCO, mas nem sítio na internet tem, é a Camara Municipal de Tomar. É lamentável que um município com a importância e as responsabilidades que Tomar tem, não esteja condignamente representado na internet. Quem quiser saber coisas de Tomar o melhor é ir ao Google. Ou então a um blogue que é um compêndio da terra, de autoria do incansável Leonel Vicente, cidadão que entre os passeios históricos na Carreira da Índia e as indispensáveis Memórias Virtuais, presta a Tomar um serviço público que a autarquia devia prestar e não presta. Lamentável. Quando são os próprios portugueses a não saber valorizar e promover o que é seu, como esperar projecção, turismo, investimento, cultura? O melhor é mesmo ir esperando sentado...


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Sábado, 23.06.07
(Festa dos Tabuleiros)

A Origem

A Festa dos Tabuleiros ou Festa do Divino Espírito Santo é uma das manifestações culturais e religiosas mais antigas de Portugal.Segundo os investigadores a sua origem encontra-se nas festas de colheitas à deusa Ceres. A sua cristianização pode dever-se à Rainha Santa Isabel que lançou as bases do que seria a Congregação do Espírito Santo, movimento de solidariedade cristã que em muitos lugares do reino absorveu as primitivas festas pagãs. O ponto alto das festividades que juntava ricos e pobres sem qualquer distinção ocorria no Domingo de Pentecostes, dia em que as línguas de fogo desceram sobre os Apóstolos simbolizando a igualdade de todos perante Deus.

Esta Festa de «Acção de Graças» e de oferendas manteve as suas características inalteráveis até ao século XVII. Algumas das alterações que foram surgindo justificam-se no sentido de conferir uma maior grandiosidade a esta Festa. A tradição continua e muitas das suas cerimónias como o Cortejo da chegada dos Bois do Espírito Santo que tem o nome de Cortejo do Mordomo, o Cortejo dos Tabuleiros, a sua bênção, a forma do tabuleiro, os vestidos das raparigas portadoras dos Tabuleiros e a Pêza ou distribuição do pão e da carne mantêm-se (desde há alguns anos a esta parte também se distribui o vinho).
A principal característica da Festa dos Tabuleiros é o Desfile ou Procissão, com um número variável de tabuleiros, em que estão representadas as dezasseis freguesias do concelho. Esta procissão de dignidade, cor, brilho e emoção percorre as principais ruas da cidade, num percurso de cerca de 5 Km, por entre colchas pendentes nas janelas, milhares de visitantes nas ruas e uma chuva de pétalas que de forma entusiástica é lançada sobre o Cortejo.
A Festa é do Tabuleiro que deve ter a altura da rapariga que o leva à cabeça, sendo constituído por trinta pães enfiados em cinco ou seis canas que partem de um cesto de vime ou verga e é rematado ao alto por uma coroa encimada pela Pomba do Espírito Santo ou pela Cruz de Cristo.
A Festa
O início da Festa dos Tabuleiros é marcado pela chamada do povo para uma reunião pública, convocada pelo Presidente da Câmara, para o Salão Nobre dos Paços do Concelho onde se decide se há Festa dos Tabuleiros no ano seguinte e se a opinião do povo for favorável é escolhido o Mordomo. Após a decisão sobre a Festa e se o povo decidir que há Festa são lançados três foguetes a anunciar que há Festa Porquê tanto tempo de antecedência?A Festa dos Tabuleiros engloba vários Cortejos, o trabalho de várias centenas de pessoas que durante mais de seis meses confeccionam as flores que vão ornamentar os tabuleiros e decorar as ruas populares a maioria situadas no centro histórico da cidade.
A necessidade de planear, de organizar e de angariar fundos e subsídios leva à necessidade de se começar a trabalhar com muito tempo de antecedência (mudança dos tempos). Por outro lado a Festa engloba várias cerimónias tradicionais como o Cortejo das Coroas, o Cortejo dos Rapazes, o Cortejo do Mordomo ou a chegada dos Bois do Espírito Santo, a abertura das Ruas Populares Ornamentadas, os Cortejos Parciais, os Jogos Populares, o Grande Cortejo ou Cortejo dos Tabuleiros e a Pêza que necessitam de serem pensadas e organizadas devidamente porque o fundamental é cumprir o que os nossos bisavós e avós também fizeram., ou seja, manter a tradição e principalmente respeitá-la.
Além destas cerimónias tradicionais, durante o período da Festa decorrem vários espectáculos culturais e recreativos que são uma mostra do que de melhor fazem as várias Associações do Concelho. Após a eleição o Mordomo começa os contactos necessários à constituição da Comissão Central onde se encontram os Mordomos responsáveis pelas várias Comissões sectoriais como por exemplo: Cortejo, Bodo, Mordomo, Rapazes, Ornamentações, Ruas Populares ornamentadas, Logística, Contactos Institucionais, Gestão Financeira, Serviços Jurídicos, Programa Cultural, Angariação de Fundos, Trânsito e Transportes, Feira e Arraial, Publicidade e Marketing, Espectáculos Populares, Secretariado, Relações Públicas, Comunicação e Som e Serviços Técnicos. O Presidente da Câmara, o Prior e o Provedor da Misericórdia são por inerência dos seus cargos membros efectivos da Comissão Central.
Cortejo das Coroas
Apesar da decisão da realização da Festa dos Tabuleiros ser tomada com um ano de antecedência, as cerimónias só têm início no Domingo de Páscoa do ano seguinte.O Cortejo das Coroas é o primeiro acto solene da Festa dos Tabuleiros e destinava-se, antigamente, a anunciar à população a próxima celebração da sua Festa maior. No chamado terceiro ciclo da Festa (após 1950), O Cortejo sai da Misericórdia fiel depositária do Pendão e Coroas da cidade de Tomar, dirige-se à Igreja de S. João Baptista ou Igreja de Santa Maria do Olival onde é celebrada a Missa Solene do Espírito Santo na presença das Coroas e dos Pendões que são colocados na capela-mor. Terminada a Missa, o Primeiro cortejo das coroas percorre o itinerário do Cortejo dos Tabuleiros. Como é uma Festa religiosa há sete saídas de Coroas. 7 é o número perfeito a nível da Igreja Católica: 7 dias da semana; 7º dia é o da plenitude da caminhada (quando Deus descansou); 7 Dons do Espírito Santo; 7 domingos da Páscoa ao Pentecostes quando se celebra a plenitude da Vida Nova.
A primeira saída é no Domingo de Páscoa, a segunda no Domingo de Pascoela e as restantes de quinze em quinze dias até ao dia 24 de Junho, último Cortejo de Coroas antes da Festa dos Tabuleiros. O percurso das restantes saídas de Coroas é variável e tem sido adaptado ao crescimento da cidade pretendendo-se levar o anúncio da Festa à maioria dos habitantes.

As ruas estão decoradas com colchas coloridas nas janelas e o chão com verdura. À passagem do Cortejo o povo vai lançando flores criando assim um efeito de cor ímpar e o clima de alegria que se vive sempre em anos de Festa dos Tabuleiros. A antecipar o Cortejo e bem à frente vai o fogueteiro anunciando a aproximação da procissão; em seguida vêm os gaiteiros e tamborileiros, a Banda, o Pendão do Espírito Santo, as três Coroas do Espírito Santo da cidade, as dezasseis Juntas de Freguesia representadas por um Pendão e por uma Coroa, os membros das diferentes Comissões e o povo. Nas demais saídas vai havendo rotatividade entre as dezasseis Juntas de Freguesia que só se voltam a juntar no dia do Cortejo dos Tabuleiros.
Cortejo dos Rapazes
Desde o início das suas actividades, os Jardins de Infância e Escolas de 1º ciclo do concelho de Tomar tiveram como filosofia trabalhar junto da comunidade local dando a conhecer o meio, preservando a cultura e tradições e principalmente transmitindo esses valores às crianças com quem trabalhavam. Desta ideia inicial e com o aproximar da Festa dos Tabuleiros de 1991 rapidamente se passou, com o apoio dos elementos da Comissão de então, dos pais e das crianças, para uma ideia mais arrojada: porque não participar e reviver o «Cortejo dos Rapazes» que se tinha realizado a última vez em 1892?
Tudo é feito como se se tratasse do Cortejo dos Tabuleiros dos «adultos». As crianças levam os trajes de tradição: as meninas vestidas de branco com uma fita de cor à cintura e à tiracolo, sogra ou rodilha e transportam o tabuleiro que terá a sua altura e os rapazes trajam calça preta, cinta preta, barrete preto no ombro, camisa branca e gravata habitualmente da cor da fita da menina. A alegria e o entusiasmo da população foi tanta que em 1995 o número de crianças já foi maior e no Cortejo dos Rapazes de 2003 estiveram envolvidas cerca de duas mil crianças dos Jardins de Infância e Escolas do 1º ciclo do concelho. Este ano realiza-se a 1 de Julho.
Cortejo do Mordomo
Perde-se no tempo a origem do «Cortejo do Mordomo». De início seria um hino à abundância simbolizada nos bois que iriam ser abatidos para o Bodo. «Os Bois do Espírito Santo» como eram chamados, desfilavam perante o olhar da população sendo posteriormente abatidos e a carne distribuída a toda a população, ricos e pobres, em memória de um mundo novo e fraterno. Desde 1966 que os bois já não são abatidos e a carne não é distribuída a todos passando a ser distribuída unicamente pelas famílias carenciadas. A carne é obtida junto dos proprietários dos talhos. No entanto a tradição mantém-se: os bois são enfeitados com colares e brincos de flores desfilando pelas ruas da cidade ao som de foguetes, gaiteiros e banda de música. A acompanhar vão algumas charretes que transportam os Mordomos e convidados e vários cavaleiros. Este Cortejo decorre no dia 6 de Julho (sexta-feira).
Ruas Populares Ornamentadas
A Festa dos Tabuleiros é, essencialmente, uma festa de cor e movimento. Uma das formas mais características da população mostrar a alegria pela realização da Festa é a ornamentação das suas ruas, chamadas de populares porque a maioria se encontra no chamado centro histórico da cidade onde o bairrismo ainda vive.
Assim, centenas de pessoas despendem milhares de horas de trabalho durante mais de seis meses, a confeccionar milhares de flores de papel com que vão ornamentar as suas ruas. A ornamentação é da sua autoria e responsabilidade e o segredo é sempre mantido até à sexta-feira à noite em que se dá a abertura oficial das ruas populares. O talento e o trabalho dos «decoradores» é premiado e avaliado pela Comissão que oferece placas que premeiam por exemplo a Cor, a Harmonia, a Tradição sendo contempladas todas as ruas concorrentes. As Ruas Populares são abertas oficialmente no dia 6 de Julho.
Cortejos Parciais
No sábado de manhã decorrem os chamados «Cortejos Parciais». A necessidade de reunir os Tabuleiros das diferentes freguesias para o Cortejo de Tabuleiros levou, a partir dos anos 50, à introdução de um elemento novo – um desfile em separado dos tabuleiros das diversas freguesias que partindo de um local previamente escolhido passam junto ao edifício dos Paços do Concelho onde são recebidos pelo Mordomo, Presidente da Câmara e Vereação dirigindo-se para a Mata Nacional dos Sete Montes onde ficam em exposição até ao Cortejo de domingo.Os Cortejos Parciais decorrem no dia 7 de Julho (sábado de manhã).
Jogos Populares
A inspiração vem de tempos recuados pois a Festa dos Tabuleiros era o grande acontecimento que atraía a Tomar a população das redondezas que se deslocava, como era habitual na época, a pé, de carroça ou sobre os muares. A corrida de burros era a parte mais animada e interessante da festa. Em 1964, realizaram-se os primeiros Jogos Populares adaptando-se os jogos tradicionais inspirados no trabalho da nossa gente rural (corte de troncos a machado e corte de troncos a serrote).
Cada freguesia tem um representante em cada jogo, excepto no chinquilho (equipa), na gincana de burros (um rapaz e uma rapariga), na luta de tracção (equipa) e no corte de troncos a serrote (dois homens). Além destes jogos também se disputam a corrida de carroças, corrida de cântaros, subida de mastro, corrida de sacos, corrida de pipas, corrida de púcaros e corte de troncos a machado.Os Jogos Populares realizam-se no dia 7 de Julho (sábado da parte da tarde).
Cortejo dos Tabuleiros
O motivo principal da Festa dos Tabuleiros é o Grande Cortejo dos Tabuleiros que adquiriu tanta importância que deu o nome à Festa que hoje só é conhecida por Festa dos Tabuleiros.
Como afirmava o saudoso Dr. Fernando Araújo Ferreira «o tabuleiro é um hino de cor. Um poema nascido da arte popular tomarense. Das mãos e inspiração do seu povo. Obedecendo a regras tradicionais, é ele que o arma é ele que o ornamenta. De gerações em gerações passou o jeito, a herança bonita. O Tabuleiro é uma oferta de pão, por isso o pão deve ficar à vista, a ornamentação pertence ao gosto de quem o decora, com flores de papel e verdura se for caso disso. O Cortejo vive e encanta pela variedade de cores e ornamentações.» Não resistimos a transcrever algumas das palavras do Dr. Manuel Guimarães, historiador, que traduzem a emoção que percorre quem vai no Cortejo e quem assiste à sua passagem: «As raparigas, figuras principais, desfilam em duas longas filas ao lado dos seus ajudantes (os rapazes) que seguem do lado de dentro mas sempre atentos às companheiras. Dirigem-se à Praça da República onde o Cortejo enrola harmoniosamente até preencher sem sobressaltos a placa central. Um representante da Igreja vem à Praça, paramentado, dar a bênção aos Tabuleiros. Depois, a um sinal do sino, é a elevação, um momento inesquecível. Uma moldura humana impressionante, aplaude comovida este momento mágico, único, pela sua grandiosidade, simbolismo e beleza, único na nossa arte e na nossa cultura.» O Cortejo dos Tabuleiros realiza-se na tarde do dia 8 de Julho (domingo).
Bodo ou Pêza
Os bodos do Espírito Santo, (refeição sagrada), instituídos pela Rainha Santa Isabel que em Tomar, com a passagem dos anos se passaram a designar Pêza e é o último acto de cada Festa dos Tabuleiros. Acontece no dia a seguir ao Cortejo dos Tabuleiros (segunda-feira) e seguindo a tradição (porque os Dons de Deus - frutos da terra e dos rebanhos - carne, pão e vinho - são para todos), numa forma de agradecimento a Deus, consta da partilha do pão, da carne e do vinho agora só com os mais pequenos, os mais necessitados. O Bodo ou Pêza decorre na manhã do dia 9 de Julho (segunda-feira).
Sítio oficial.

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Sábado, 12.05.07
Neste Congresso paga-se para entrar e paga-se para votar. Lamentavelmente não haverá intrigas de corredor e os trabalhos decorrem de dia e ao ar livre. Não se usa o teleponto. Não há encenação mediática nem directos nas televisões. A cidade de Tomar volta hoje a "pôr o país a comer sopa", em mais uma edição do Congresso da Sopa, que decorre à hora do almoço no antigo parque de campismo da cidade. Por oito euros, os milhares de visitantes esperados poderão provar até 69 sopas colocadas à sua disposição, juntamente com uma tigela, uma colher e um copo, que podem encher com água ou uma das 14 variedades de vinhos de cinco produtores locais postas à sua disposição. Ensopem-se que vale a pena.

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publicado por Jorge Ferreira às 12:26 | link do post | comentar

JORGE FERREIRA
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