União Europeia aceita exigências da República Checa para ratificação do Tratado de Lisboa. Vale a pena não ser capacho e nem todos os joelhos dos líderes europeus conseguem ser dobrados pelo herói de Vale de Maçada.
Caro Carlos,
" A República Checa tornou-se um dos países, saídos do Pacto de Varsóvia, mais dinâmicos em grande parte graças ao investimento europeu no país. Basta andar nas ruas do país para perceber isso."
Sim. E daí? O facto de ter beneficiado do investimento europeu não faz de nenhum Estado da União vassalo de qualquer suserano, excepto, está claro, quando falamos de países mal governados, com espírito de pedinte e de subserviência primária às vontades de Bruxelas e dos grandes Estados europeus. Por exemplo, José Sócrates gaba-se, na sua biografia autorizada, que, por sinal, tem sido um fracasso de vendas, de "ter feito ajoelhar a Polónia" para aceitar o Tratado de Lisboa. É contra esta Europa, que quer que quem discorde ajoelhe, eu milito. E é contra esta Europa que a República Checa se pronuncia. Bem sei, caro Carlos, que apenas isto basta para que me rotulem de anti-europeu, cbem como a todos aqueles que ousam discordar. Não faz mal.
(publicado no Camara de Comuns)
Refiro-me à República Checa. O primeiro-ministro Mirek Topolonek vai pedir a demissão nos próximos dias, depois do seu Governo ter sido derrotado no Parlamento. À quinta moção de censura, o Governo da República Checa, de centro-direita, caiu. Tudo graças a um pequeno grupo de deputados dissidentes que faziam parte da coligação no poder e que votaram com a oposição social-democrata por considerarem deficientes as medidas económicas e excessivos os escândalos políticos.
A República Checa exerce a Presidência do Conselho de Ministros da União Europeia, durante a qual tem tido a independência de emitir opiniões politicamente incorrectas sobre a Europa e o rumo da União, que, aliás, muito tem irritado os meios fundamentalistas de Bruxelas e arredores.
Agora, os checos não se deixaram condicionar pelo facto de exercerem a Presidência para tomar as decisões que entenderam mais correctas para o seu futuro. Imaginem por breves momentos que tudo isto se passava cá. Aposto, bem apostadinho, que o grande argumento para não fazer cair o Governo seria o de que não se podia pôr em causa o sacrossanto prestígio de Portugal na ordem externa e que era impensável um Governo ser apeado
A República Checa mostrou, apenas, que é um Estado independente. Fez muitíssimo bem.
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal e no Camara de Comuns)
(Foto)
Gosto da Rep. Checa. Não é um país filiado no pensamento único bruxelense, exerce a Presidência do Conselho da União Europeia com carácter próprio e sem correr aos foguetes dos manda-chuvas da União e agora acaba de aprovar uma moção de censura ao Governo, mesmo em plena Presidência. Como é raro hoje vermos Estados independentes...
efemérides(867)
borda d'água(850)
blogues(777)
josé sócrates(537)
ps(339)
psd(221)
cavaco silva(199)
pessoal(182)
justiça(180)
educação(150)
comunicação social(139)
política(137)
cds(126)
crise(121)
desporto(120)
cml(116)
futebol(111)
homónimos(110)
benfica(109)
governo(106)
união europeia(105)
corrupção(96)
pcp(93)
direito(71)
nova democracia(70)
economia(68)
estado(66)
portugal(66)
livros(62)
aborto(60)
aveiro(60)
ota(59)
impostos(58)
bancos(55)
madeira(51)
tomar(49)
europeias 2009(47)
autárquicas 2009(45)
pessoas(45)
tabaco(44)
paulo portas(43)
sindicatos(41)
despesa pública(40)
criminalidade(38)
eua(38)
santana lopes(38)
debate mensal(37)
lisboa(35)
tvnet(35)
farc(33)
mário lino(33)
manuel monteiro(32)
marques mendes(30)
polícias(30)
bloco central(29)
autarquias(28)
vital moreira(28)
sociedade(27)
terrorismo(27)
antónio costa(26)
durão barroso(25)
homossexuais(25)
irlanda(25)
esquerda(24)
f. c. porto(24)
manuel alegre(24)
desemprego(23)
direita(23)
natal(23)
referendo(23)
apito dourado(22)
recordar é viver(22)
combustíveis(21)
música(21)
pinto monteiro(21)
bcp(20)
constituição(20)
liberdade(20)
saúde(19)
cia(18)
luís amado(18)