Terça-feira, 03.11.09

Vital Moreira parece andar suficientemente entretido com o seu novo múnus bruxelense de pai fundador derivado da União Europeia. Nem se ouve falar dele, o que tem sem dúvida beneficiado o PS nas últimas contendas que tem tido de travar na frente interna. Ou, então, anda entretido a escrever "A verdadeira história da roubalheira do BPN feita por todo o pessoal do PSD de que forem capazes de se lembrar, dáquém e d'além mar". Se assim fôr, temos pela certa best seller natalício. Mas há outra hipóteses: tendo em acabamentos e polimentos a história da roubalheira do BPN, ter-lhe tomado o gosto e apanhado o balanço e começado a escrever "A verdadeira história da roubalheira da sucata e do fio de cobre da REN, EMPOORDEF, etc. e tal feita por todo o pessoal do PS de que forem capazes de se lembrar d'aquém e d'além mar". Se assim fôr, será possível calçar os dois pézinhos do Menino Jesus na gruta de Belém. Assim, nenhum pézinho se constipa e a obre fica muito mais central, muito mais bloco, muito mais académica, muito mais pedagógica, muito mais completa. Sugestão adicional: a editora benfazeja que Vital Moreira encontrar para editar as duas obres (garanto que não lhe vai ser fácil se não forem uns certos espanhóis que andam por aí..), que faça um comício para cada livro, na Aula Magna, com pompa, Louçã para o BPN e Alegre paara o da sucata, para assegurar o princípio constitucional da  igualdade de tratamento.

(entrada descaradamente inspirada nesta do Afonso Azevedo Neves)



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Quarta-feira, 28.10.09

Luís Filipe Menezes defendeu hoje que poderia estar neste momento a formar governo, caso não tivesse abandonado a presidência do PSD. “Saí porque me fizeram a vida negra. Tenho a consciência que se tivesse ficado porventura o PSD hoje estava a formar Governo”, afirmou Luís Filipe Menezes ao Público. Apenas lhe faltou a coragem de apôr o necessário adjectivo: bom, um bom Governo.



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Domingo, 18.10.09

O PSD está possuído de praga de filoxera política. Passos Coelho, acicatado de ressaca de listas, picado pelos amigos de identico destino e alter-egado pela eterna eminence grise, do golpe de Estado dos pregos na fechadura da casa de banho d' A Brasileira do Chiado em 1982, não consegue esconder a decadente aspiração a uma espécie de Sócrates de 2ª, do género Sócrates-que-nunca-se-desfiliou-da-JSD. O puro, portanto, credo. Deus Pinheiro, aparentemente sem consciencia das figuras politicamente decrépitas que anda a fazer, insiste em candidatar-se a uma entrevistinha no Esmiuça, hoje transformado numa espécie de salvo-conduto para o star sistem situacionista. No dia e se vier a consegui-lo, perderei definitivamente o respeito pelo Esmiuça. E, finalmente, não podia faltar esta D. Constança a este baile!..., temos agora o "sabe tudo" Marcelo (tem a vantagem de ter sido esmiuçado antes de tempo...), a propôr um Concílio. Pobre PSD. Sócrates sorri.


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Sábado, 10.10.09

Portugal é o único país da Europa em que coexistem dois regimes diferentes. Um vigora no continente e nos Açores. O outro vigora na Madeira. Este, distingue-se do primeiro por ser um território onde não existe polícia nacional nem Ministério Público. No continente e nos Açores este regime tem uma delegação chamada PSD, que tem como lema a política de verdade e como objectivo combater a asfixia democrática no continente e nos Açores. É uma paródia de lema e de objectivo. Daqui envio um abraço de solidariedade ao PND da Madeira. Estou certo que quando a Madeira fôr um sítio frequentável o PND da Madeira constará da lista de agradecimentos a fazer por isso.

 

(Foto)



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Segunda-feira, 05.10.09

O próximo Governo do PS vai exigir uma oposição a sério. Pelos vistos, do PSD não virá essa oposição. Depois de 27 de Setembro, a liderança está em aberto, por muito que ninguém o assuma. Passos Coelho não esconde a ansia do poder e os outros entretêm-se em jogos de timings e tácticas, a ver quem dá o primeiro passo em falso. Marcelo Rebelo de Sousa é um deles.



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Terça-feira, 29.09.09

As esquerdas sindicais e políticas passam a vida a vociferar contra a precariedade laboral. Talvez possam agora solidarizar-se com os líderes do PSD. Melhor exemplo de trabalho temporário não há.


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Sexta-feira, 25.09.09

A campanha eleitoral foi a mais medíocre da democracia portuguesa, escreveu em Espanha Luís Filipe Menezes em artigo publicado hoje no “El País”. O antigo presidente do PSD defende o TGV e enumera pontos que, segundo ele, devem nortear as relações entre Portugal e Espanha. Se a entrada de Manuel Alegre na campanah do PS contra tudo o que tinha dado a entender antes marcou o início da pré-campanha para as eleições presidenciais, este artigo de Menezes marca o início do próximo Congresso do PSD.
 



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Quarta-feira, 23.09.09

O PSD acha que Cavaco tem a obrigação de o levar às cavalitas até S. Bento.



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Terça-feira, 08.09.09

Antes da primeira deslocação à região autónoma Alberto João Jardim ninguém deve dar crédito a qualquer líder do PSD que seja. A Madeira é o verdadómetro do PSD.



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Quinta-feira, 03.09.09

Tudo mentira, tudo ficção, tudo falso, tudo inventado, tudo, tudo, tudo. É o Portugal irrespirável de há muitos anos no seu melhor. Desta vez toca ao pessoal do PSD. Desta vez.



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Quinta-feira, 27.08.09

A criação da obrigatoriedade de que os processos judiciais tenham datas indicativas da sua duração é uma das medidas propostas pelo PSD no seu programa eleitoral que hoje será apresentado em Lisboa por Manuela Ferreira Leite. É uma típica medida para encher o olho do eleitor cansado da lentidão exasperante da Justiça, mas que na prática nada mudará para resolver o problema. Faz-me lembrar a medida tomada pelo antigo ministro da Justiça António Costa que proibiu a marcação de julgamentos com um intervalo superior a três meses entre a data da marcação e adata marcada. Os juízes começaram a adiar as marcações, obviamente, para não violar a lei. Uma data previsível? Indicativa? E qual a consequência então de não ser respeitada?



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Quarta-feira, 12.08.09

"Gostava que as virgens ofendidas da política que encontramos hoje no PS e no SIMplex se lembrassem, quando falam das listas do PSD, que o seu candidato a Primeiro Ministro tem um track record em matéria de suspeição que faz parecer António Preto e Helena Lopes da Costa dois pastorinhos de Fátima."

 

Rodrigo Adão da Fonseca, no Jamais. Ou o velho provérbio português do "diz o roto ao nu que o aspecto é que conta"...



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Se Manuela Ferreira Leite ganhar as eleições vou divertir-me a ver os críticos de hoje por causa de Passos Coelho, António Preto e tal contornarem as divergencias de "ontem" em nome do interesse nacional e da estabilidade governativa, institucional e tal e tal. Se perder as eleições vou divertir-me a ver os louvaminheiros de "ontem" a encher o curriculum com discordâncias atempadas e oportunas acerca das famosas listas que nunca lhes conheceramos até então. Vai começar a época do futebol...



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Quarta-feira, 05.08.09

Ricardo Almeida e António Proa relataram no Twitter as incidências do Conselho Nacional do PSD, em violação do regulamento disciplinar do PSD. Será muito curioso ver se a mão de ferro de manuela Ferreira Leite na escolha dos candidatos se vai estender à aplicação do regulamento de disciplina do PSD...


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Terça-feira, 04.08.09

A renovação das listas do PSD propagandeada pelas fontes anónimas do PSD parece ser uma renovação para trás. Aparentemente estamos perante um regresso do cavaquismo recauchutado: Couto dos Santos, João de Deus Pinheiro, até Maria José Nogueira Pinto. Hum... não me parece bom prenúncio.



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Segunda-feira, 03.08.09

Em política o importante é o critério. No PSD parece haver arguidos de primeira e arguidos de segunda. Uns podem candidatar-se, outros não podem. Já que todos são inocentes até prova em contrário tem de haver uma explicação política. Porque se não houver cai Manuela Ferreira Leite no domínio do amiguismo ou da arbitrariedade.



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Domingo, 02.08.09

Conjunto organizado de sete pessoas ilustres. Vocábulo originário do grego "Pleiás, ádos", que significa constelação das Pleiades, formada por sete estrelas. Do latim "pleiades" ou "pliades", sete filhas de Atlas, transformadas em constelação. Colectivo de estrelas. Em português: colectivo de social-democratas, criaturas do cavaquismo, caídas em desgraça.



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Se todos pensam que os partidos não respeitam os seus programas eleitorais quando chegam ao Governo, porquê tanta polémica sobre o facto de o PSD ainda não ter apresentado o seu? Sim, o PS já apresentou. E daí? Alguém continua a levar a sério o que o PS diz em campanha?... Interessa-me mais o que eles fazem do que o que eles dizem. Todos.



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Terça-feira, 28.07.09

Está em curso um campeonato sinistro: ver que partido mais contribui para chegarmos mais depressa  ao abismo da despesa pública. Se PS, se PSD, se o CDS acólito do PSD. Encomendam-se estudos, comparam-se décimas, mas a conclusão é sempre a mesma: todos aumentam a despesa pública. Depois queixem-se que as pessoas pensem que são todos iguais, excepto na intensidade, na velocidade, no ritmo.



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Segunda-feira, 27.07.09

Se não os podes vencer, abate-os a tiro. Um "must" sul-americano em território nacional.



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Sexta-feira, 24.07.09

Manuela Ferreira Leite não deve estar a par da forma como o PSD de Tomar está a executar a sua política de "verdade". Pois foi sobre o que escrevi na edição desta semana de O Templário.



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Terça-feira, 14.07.09

A diferença entre o PS e o PSD é muito simples: na essencia fariam os dois a mesma coisa, na prática o PSD diz que executaria melhor. Ora, o que precisamos é de quem faça diferente. O resto é retórica, estilos, poses, acessórios.


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Quinta-feira, 09.07.09

Rasga, não rasga, rasga, não rasga, rasga, não rasga, rasga, não rasga. Deve ser política para iniciados...



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Em Tomar, temos certamente uma miniatura do PSD. Já disponível o meu artigo de hoje n' O Templário, sobre os gastos da Camara Municipal de Tomar em agencias de comunicação, publicidade e assessorias de imprensa. Um mimo.


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Terça-feira, 07.07.09

PSD e CDS dão pulinhos de indignação com o que o PS fez do inquérito parlamentar ao BPN. Talvez convenha lembrar o que PSD e CDS fizeram do inquérito parlamentar às demissões de Maria José Morgado e Pedro Cunha Lopes da Polícia Judiciária na sequência do célebre caso Moderna. Todos diferentes, todos iguais.



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Quinta-feira, 18.06.09

Paulo Rangel admite sair do Parlamento Europeu caso o PSD ganhe as eleições legislativas. É tão mau um político candidatar-se ao mesmo tempo a todos os cargos possíveis, como abandonar os cargos para que foi eleito depois de o ser e sem que tenha prevenido os eleitores dessa possibilidade durante a respectiva campanha. PS e PSD são iguais até nisto. A única diferença é que o PS faz batota à partida e o PSD faz batota depois da chegada.



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Quarta-feira, 17.06.09

Esta moçãozeca de censura não passa de uma manifestação da insustentável leveza da espuma política ou de uma versão de política "light". Só surpreendeu que o PSD fosse a reboque do CDS. Mas este é daqueles factos que duram no dia e amanhã já ninguém se lembra...


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Terça-feira, 16.06.09

"Em Portugal há três esquerdas, dois centros e nenhuma direita, porque sobre esta ainda pesa a sombra da correcção política anti-salazarista". Jaime Nogueira Pinto, no "i". Exactamente: PS, PSD e CDS pensam à esquerda, com mais ou menos descaramento consoante os ventos e governam-se ao centro, na proporção das sortes eleitorais de cada um.



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Terça-feira, 09.06.09

Paulo Rangel ganhou, está certo, já todos o reconheceram. Mas, ponhamos alguma água na fervura. Além do problema da falta de memória que leva a que não se lembre por que partidos andou filiado, Rangel mostra alguns sinais preocupantes para tanta, tanta, tanta promessa. Se não vejamos: " "O PSD nunca pretendeu que estas alterações que motivaram o veto do senhor Presidente da República fossem avante", declarou Paulo Rangel aos jornalistas, no Parlamento. Segundo Paulo Rangel, o PSD "aceitou apenas isso em última instância, para garantir um consenso unânime, que achou que era uma coisa positiva, mas nunca foi a favor, pelo contrário, até foi contra isso". " Se o PSD era contra por que é que votou a favor? Que diabo... não têm posição própria? São uma Maria vai com as outras? Ou mudam de posição, fazendo crer que tinham a posição certa depois de verem que deu buraco?... , não dá para confiar...



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Domingo, 24.05.09

José Sócrates foi começar a campanha para as eleições para o Parlamento Europeu em “espanhol”, um poliglota, a Valencia e em português a Coimbra num pequeno pavilhão semi-vazio. Paulo Rangel diz que vai interpelar José Sócrates todos os dias para compensar a falta dos debates quinzenais na… Assembleia da República portuguesa. O pessoal do CDS, com o outrora especialista de feiras à cabeça, quis começar a campanha numa feira que já tinha decorrido há dois dias. Uma campanha cada vez mais estimulante, sem dúvida…



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Quarta-feira, 06.05.09

O PSD apresentou hoje o seu contrato com os eleitores para as eleições de 7 de Junho. Por junto, é assim: apoiar Durão Barroso, manter o português como língua comunitária,  “garantir o emprego e criar riqueza”, “mais segurança, justiça e liberdade”, “reforçar a coesão económica e social”, “colocar os jovens na frente da construção europeia”, “dar prioridade ao ambiente e à energia” e “assumir uma estratégia marítima europeia”. Ou seja, uma questão fulanizada, Barroso, a manutenção de um dado, a língua e um conjunto de generalidades que mais parece uma redacção da 4ª classe. Numa palavra: uma pobreza. Rangel, apesar de federalista, merecia melhor. Quem se atreve a concretizar?



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Segunda-feira, 04.05.09

Manuela Ferreira Leite garante que não fará coligação pós-eleitoral com o PS. Ou seja: que com ela não haverá o tão famoso e  sinistro bloco central partidário. Falta o se. E se Manuela Ferreira Leite deixar de ser líder do PSD? Quem nos garante que não virá outro Mota Pinto?



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Segunda-feira, 27.04.09

Palpita-me que muito nos vamos divertir com as campanhas eleitorais que aí vêm. Agora, que vemos o PS a fazer tin por tin aquilo que tem criticado ao PSD, a reboque da agenda de Ferreira Leite, no cartaz e de Paulo Rangel, no tema, aguardo, deliciado as justificações, certamente alicerçadas em robustos argumentos teóricos, do cabeça de lista do PS sobre o seu desaparecimento da estratégia e do ecran da campanha europeia do partido pelo qual se candidata…



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Sexta-feira, 17.04.09

A mordaça reentrou no debate político pela voz de Paulo Rangel, que acusou o outrora constituinte amordaçante Vital Moreira de querer impor uma mordaça no debate eleitoral das eleições para o Parlamento Europeu. Com aquela pose de anti-fascista das origens o candidato socialista reagiu, ofendido, invocando curriculum anti-mordaça, ainda Rangel não era nascido e acusando o candidato do PSD de desrespeitar a História.

 

A isto tudo chama-se desconversar e não é certamente por acaso que os estudos internacionais apontam para uma abstenção nas eleições de Junho na ordem dos 75% em Portugal. A verdade é que as preocupações dos eleitores são bem outras do que a sorte dos políticos a caminho da prateleira dourada de Estrasburgo, onde, aliás, se decide pouca ou nenhuma coisa, tirando a sorte de um comissário politicamente incorrecto. Aliás, o próprio Vital Moreira considerava em 2004 que a eleição para o Parlamento Europeu era irrelevante. Deve ter mudado de opinião, o que no caso de Vital Moreira, é recorrente.

 

A mordaça é um tema sazonal que vai bem com a mitologia de Abril. Pode inspirar até o regresso das canções de protesto sem necessidade de as pedir emprestadas aos Xutos e Pontapés.

 

Paulo Rangel tem razão num ponto: hoje é quase impossível, a não ser para mentes abstractas e esotéricas, discutir a Europa sem discutir a política interna. Basta pensar num debate sobre a utilização dos fundos comunitários na agricultura, no desenvolvimento regional, na formação profissional e em inúmeros programas de apoio ao comércio, à indústria e por aí fora: a forma como foram utilizados e desbaratados pelos Governos do PSD e do PS. Ora lá está: é preciso cuidado com esses debates internos, porque eles podem cair em cima da cabeça do excelente cabeça de lista do PSD…

 

Já ao PS não convém nada a discussão interna. O PS está desejoso de se livrar dos fardos eleitorais e quanto mais irrelevante fôr a participação eleitoral, melhor, porque mais irrelevantes politicamente serão as conclusões a tirar dos resultados. As eleições de Junho correm o risco de se transformar numa grande sondagem paga pelo Estado, que sairá de borla à comunicação social e aos partidos, que ainda receberão um bónus financeiro por aceitarem participar na sondagem…

 

Quanto à mordaça: há mordaças para todos os gostos. O PS quer fugir do debate interno e o PSD quer fugir do debate sobre o modelo federalista da União Europeia e das suas próprias responsabilidades no estado a que isto chegou com vários milhões de fundos comunitários desperdiçados pelo meio.

 

No fundo, a verdadeira mordaça é a mordaça do politicamente correcto que molda o debate de surdos que está em curso e que promete tornar ainda mais desinteressante o sufrágio. E quanto mais irrelevante fôr o sufrágio melhor para ambos: o PS disfarça a crise de credibilidade e de decadência governativa em que está mergulhado e o PSD disfarça a crise de oposição e de afirmação em que se consome há vários anos.

(publicado na edição de hoje do Semanário) 



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Quinta-feira, 16.04.09

"No dia em que, por iniciativa da extrema-esquerda, são aprovadas uma série de medidas demagógicas e perigosas para os direitos e liberdades individuais, o pior é que as abstenções cobardes do PSD e do CDS-PP e a posição anti-sigilo bancário de Cavaco Silva já nem sequer constituem surpresa."

 

André Azevedo Alves, n' O Insurgente.



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Terça-feira, 14.04.09

Paulo Rangel deve esclarecer se vai ser também candidato a deputado nas eleições legislativas deste ano, tentando segurar-se a dois carrinhos, como é moda dos e das socialistas ou se, pelo contrário, é candidato em exclusivo ao Parlamento Europeu.



publicado por Jorge Ferreira às 22:54 | link do post | comentar

A escolha de Paulo Rangel é um prémio mas também um sacrifício partidário. De entre os disponíveis num Grupo Parlamentar de baixa qualidade, o PSD não encontrará, a meu ver, substituto à sua altura para os debates quinzenais com Sócrates. Pior ainda é uma solução de interinato parlamentar, como ouvi na rádio que vai acontecer. A escolha significa ainda uma derrota de Rui Rio e do mendismo, seja lá o que fôr que signifique o mendismo



publicado por Jorge Ferreira às 20:13 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Sexta-feira, 10.04.09

Saudações de Direita,

Quem Faz a Moeda,

O Suprapátrida,

Sejamos Práticos,

Alvíssaras,

Ocorreu-me e

O Contratempo Europeu.

 



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As próximas eleições europeias, as primeiras do ciclo de três que teremos este ano, são um contratempo para os partidos da alegada direita. CDS e PSD têm revelado enorme dificuldade em encontrar quem os represente e têm um discurso nulo sobre o que está em causa nas eleições. Esta realidade demonstra que a oposição está sem capacidade de decisão e de atracção política. O que é deveras surpreendente, dada a crise que atravessamos, o desencanto com o Governo do PS e a falta de credibilidade que José Sócrates exibe.

 

O CDS decidiu-se, enfim, esta semana e não teve alternativa se não recrutar no refugo interno um personagem que não aquece nem arrefece. A lista europeia dos neo-federalistas do CDS é uma lista de obediências internas, não de convicções políticas. Já se percebeu que Portas já não encanta ninguém que não tenha a obrigação de se deixar encantar.

 

Diz-se, por outro lado, que vai pedir a adesão formal ao partido federalista chamado Partido Popular Europeu, o que será, a confirmar-se, o selo de garantia da inutilidade europeia superveniente deste partido. O PSD, até à hora em que escrevo, nem refugo nem não refugo. Está sem candidato, sem programa e sem discurso, embora não se espere nenhuma novidade de um partido que pertence ao decadente projecto europeu vigente na União Europeia. Tem um cartaz de Manuela Ferreira Leite espalhado pelo país, um cartaz necessário para a líder do PSD, mas bastante desfasado da agenda política, a não ser que seja ela própria a candidata do PSD ao Parlamento Europeu…

 

Para quem acredita numa Europa de Estados soberanos, as eleições para o Parlamento Europeu são relativamente desinteressantes. Para os cidadãos dos países em que o voto não é obrigatório também, visto que os mesmos cidadãos dispensam a essas eleições um altivo desinteresse, optando por taxas de abstenção maciça, por muito que alguns pedagogos se esforcem por nos demonstrar a importância das decisões que o órgão toma durante os cinco anos de cada mandato, de acordo com os esotéricos Tratados europeus.

 

O Parlamento Europeu surge aos olhos dos cidadãos como uma prateleira política dourada, para onde são recambiados políticos em fim de carreira ou sem ocupação, regiamente pagos, que dão uma despesona à União, o mesmo é dizer, aos orçamentos dos Estados da União, o mesmo é dizer e sempre, ao nosso bolso. As grandes decisões da União, todos o sabem, não são tomadas ali.

 

Melhor seria, para poupar sucessivos vexames democráticos à União, que se regressasse à eleição indirecta dos deputados do Parlamento Europeu, como se fazia, aliás, no tempo em que a Europa era uma Europa de soberanias e não de federalismos.

 

Mas as eleições vão mesmo acontecer. O interesse que resta, que é o interesse das consequências internas dos resultados eleitorais, tal e qual ocorreu nas últimas eleições homólogas com uma estrondosa e histórica derrota do CDS e do PSD, vale de pouco para a mudança política de que o país precisa.

(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

 



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Quarta-feira, 08.04.09

Paulo Rangel foi demolidor para José Sócrates no debate quinzenal. E se trocassem Manuela Ferreira Leite por Rangel? Ainda há tempo...



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Segunda-feira, 23.03.09

A escolha do novo Provedor de Justiça transformou-se num paradigmático símbolo do esgotamento do sistema político tal qual ele hoje está configurado pelas leis da República e pela vontade dos eleitores. Sim, PS e PSD têm dois terços dos votos, dos lugares, dos subsídios, dos vícios, por vontade dos eleitores. O que limita um bocadinho a moralidade dos mesmos eleitores para se queixarem desta gente que recorrentemente escolhem para os lugares.

(Foto)



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Sexta-feira, 20.03.09

O bloco central diverte-se à grande. Em ruptura estão eles há nove meses!  Se não, a esta hora, já havia Provedor...



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Quarta-feira, 18.03.09

Na memorabilia dos acontecimentos pretéritos assinala-se que precisamente neste dia, há cinco anos, em 2004, o PS interpelava o Governo PSD-CDS, na Assembleia da República, com base nas promessas feitas e não cumpridas, em cada distrito do país. Olha do que eu me fui lembrar... Julgo que apesar de toda a retórica e dos milhares nas ruas, ainda nenhum partido da oposição se lembrou de fazer uma interpelação ao Governo do PS metodicamente centrada nas promessas feitas ao país, para todos os distritos, e não cumpridas. Ah, já sei: uma interpelação ao Governo não chegava, nem deve existir figura regimental que permita fazer essa responsabilização, tal é a dimensão do incumprimento.


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Segunda-feira, 16.03.09

A tertúlia foi uma ocasião para rever Macário Correia, que este ano decidiu arriscar trocar a garantida reeleição como presidente da Camara Municipal de Tavira, pela disputa da Camara Municipal de Faro. Procura, assim, rentabilizar o bom trabalho feito em Tavira para desalojar José Apolinário e o PS da capital do Algarve. Se o conseguir, será um dos heróis do PSD na noite eleitoral. E confiança parece não lhe faltar. Adianto que a expectativa na cidade é de mudança, pelo que me apercebi em várias conversas informais, o que o pode favorecer. Apesar de Apolinário já ter a cidade forrada de outdoors, embora tenha o seu blogue de campanha de há quatro anos desactivado....



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Quinta-feira, 12.03.09

Oito meses depois de ter terminado o mandato do actual Provedor de Justiça, PS e PSD, que tão bem se entrelaçam nos negócios de Estado, não  se entendem na escolha do nome que há-de ser votado por dois terços na Assembleia da República. Apenas mais uma vergonha. Já ninguém liga.



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Quarta-feira, 11.03.09

Excelente discurso de Manuela Ferreira Leite esta tarde sobre os 4 anos de Sócrates. "Intervalo publicitário" é um bom resumo destes 4 anos. O problema é que precisa de fazer milhares deles ao mesmo nível e não há tempo. Santos Silva respondeu malhando com a cassette. O PS já não vai além da cassette.



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Quarta-feira, 25.02.09

O PSD decidiu atacar as auto-estradas de Sócrates na crise, depois de ter construído ele próprio auto-estradas noutra crise, na década de noventa. Cá para mim, a política de Sócrates para perceber e combater a crise não precisa de tanto adjectivo, de tanta imaginação, de tantas figuras de estilo, como Paulo Rangel julga que tem de usar nos debates quinzenais para fazer títulos de jornal. Basta uma palavra: incompetencia.



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Sexta-feira, 13.02.09

Ângelo Correia disse hoje que, se dependesse dele, a presidente do partido, Manuela Ferreira Leite, saía já amanhã da direcção social-democrata. Já cheira, não a golpe de estado, mas a golpe de partido no PSD. Começa a ser estranho que tantos interesses se reúnam em coligação para derrubar Manuela Ferreira Leite.

 

Ler também: Manuela e a Fronda, pelo João Gonçalves, no Portugal dos Pequeninos.


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Domingo, 25.01.09

Tanto esforço, tanto denodo, tanto afã, de tantos ao longo de tanto tempo para encontrar diferenças visíveis e que valham a pena entre o PS e o PSD, para nada. A verdadeira diferença é esta: no PSD são os sobrinhos que tramam os tios. No PS são os tios que tramam os sobrinhos. Vamos ter, enfim, concorrência a sério! Esta é de um preclaro amigo meu.



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Segunda-feira, 19.01.09

"O problema de Passos Coelho não é ser como Menezes, não é o de ser uma ameaça ao futuro do PSD, é o de não acrescentar nada, mas ao mesmo tempo, ser alvo de uma atenção desmedida, que, por não se traduzir em nada que contribua para resolver os problemas do PSD e do país, só contribui para os agravar. Passos Coelho é como Di Maria no Benfica: obviamente, não é um pé torto como Binya ou uma nódoa como Balboa, e até sabe fazer umas fintas e marcar uns golos bonitos. Mas como a comunicação social e quem só vê os dois minutos dos resumos dos jogos pensam que ele é um génio, há uma certa pressão para pô-lo a jogar. No entanto, como ele não faz mais do que uns meros fogachos, a sua entrada na equipa, embora rendendo um outro golo de vez em quando e um outro momento mais espectacular, significa, na maior parte do tempo, que o Benfica joga com um a menos (a maior parte das vezes que a bola vai parar aqueles pézinhos, acaba por ser igual a fazer um passe para o adversário). E se o Benfica até pode lucrar com a ilusão de que Di Maria é um grande jogador, vendendo-o ao Real Madrid (que tem o triste hábito de cair nestas esparrelas), o PSD só tem a perder com a injustificada atenção de que Passos Coelho é alvo. Se fosse devolvido à sua verdadeira dimensão, ele não seria qualquer problema. Passos Coelho não precisa de ser “sacrificado”. Apenas seria preciso que as pessoas abrissem os olhos e percebessem bem o que tem à sua frente, para ele deixar de ser um problema."

 

Bruno Alves, em O Insurgente.



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