O consórcio German Submarine Consortium (GSC), que ganhou o concurso dos dois submarinos adquiridos pelo Estado português, foi avisado a 4 de Setembro de 2003 pelo então presidente da ACECIA, Luís Palma-Féria, de que era o concorrente vencedor do concurso. 21 dias antes do ministro da Defesa assinar o respectivo Despacho. Vai todo um estilo neste pormaior. Havia que dar tempo a que os vencedores preparassem as coisinhas. O Jacinto Leite Capelo Rego é um rapazola preguiçoso, precisa de antecedencias...
Segundo Jaime Silva, dos três anos que Paulo Portas esteve no Governo com o PSD sobraram apenas a “compra de submarinos e 60 ou 70 mil fotocópias”. A propósito: Paulo Portas já intentou a prometida e anunciada acção judicial contra Jaime Silva, da primeira vez que o ministro da Agricultura disse umas verdades sobre a sua passagem pelo Governo? Recordo-me até que tinha constituído Garcia Pereira como advogado para o efeito...
Sócrates queixa-se que Portas não cumpre regras. Terão sido apresentados apenas hoje?...
Portas pede a Sócrates para não fazer números. É para rir, decerto....
Portas trata Sócrates por Primeiro-Ministro em vez de o tratar como candidato a, como devia. Assume um estatuto de inferioridade. Rangel é melhor a debater que Portas.
O contrato dos blindados Pandur, que tem sido objecto de polémica e se revelou ruinoso para o Estado, foi assinado cinco dias antes das eleições de 2005. Mesmo a tempo de qualquer coisa. O líder da empresa portuguesa que participou no negócio era dirigente do CDS. A notícia é da edição de hoje do Sol. A sugestão é: para quando um inquérito parlamentar aos ruinosos, apressados e bizarros negócios de aquisição de equipamento militar decididos por Paulo Portas no ministério da Defesa? Com a recente vocação do CDS para gostar de inquéritos parlamentares, talvez até os seus deputados fossem capazes de mostrar a mesma eficácia, de que agora tanto se gabam relativamente ao caso do BPN...
(Um Pandur, dos que funcionam...)
Desde que decidiu privatizar a banca, disfarçando de concursos públicos alguns negócios preparados antecipadamente, que o cavaquismo se deu mal com bancos. E, muitos dos cavaquistas aproveitaram para se darem bem com os bancos… Aquilo a que o país tem assistido nos últimos meses à volta do BPN e do BPP, e que esta semana teve seu clímax com a segunda audição de Oliveira e Costa no Parlamento, é um triste mostruário dos despojos do cavaquismo.
Não é a primeira vez que estas trapalhadas se evidenciam. Já no inquérito parlamentar à privatização da Mundial Confiança e do Banco Totta & Açores, na VII Legislatura, nos idos de noventa, pudemos assistir a depoimentos assombrosos de várias pessoas, que na altura, por efeito da cumplicidade entre o PS e o PSD e também porque, por milagre inexplicável, ninguém ligava nenhuma aos bancos, conduziu ao silenciamento vergonhoso das conclusões do inquérito. Muitos dos protagonistas eram alguns dos actuais protagonistas. Mas um dia se escreverá toda a história desse imbróglio. Até Paulo Portas e outros, que agora se vangloriam do papel do CDS na Comissão de Inquérito ao BPN, nessa altura, tentaram boicotar o papel do CDS na outra Comissão de Inquérito. Lembro-me bem de todos e todos terão o seu lugar nessa novela que ocorreu porventura antes de tempo.
O segundo depoimento de Oliveira e Costa na Comissão de Inquérito explica-se pelo simples facto de ninguém estar disposto a cair sozinho. Tudo o que disse esta semana poderia ter dito da primeira vez que lá foi. Mas não: preferiu esperar pelos depoimentos dos outros para atacar. Tácticas de guerra aplicadas à política. É um depoimento que compõe um retrato feio da sociedade portuguesa. Está lá tudo, tudo o que se tem criticado, muitas vezes pelo “cheiro”, por instinto ou por meros indícios e que agora aparece confirmado por um dos protagonistas: como se fazem negócios, como se gerem empresas por onde se movimentam milhões e milhões de euros, como se fiscalizam ou não empresas, como lentamente, metodicamente, pelos exemplos públicos que se dão se vai atirando lentamente um país para a descrença. Todo um manual de leveza nacional.
Aguardei, com curiosidade, se Oliveira e Costa também falaria sobre o famigerado “caso Freeport” Mas, desta vez, optou por não falar disso. Talvez tenha incluído esse assunto naquela frase sibilina “eu sei mais do que aquilo que estou a dizer”, o que soou como um aviso à navegação. Mais um. Afinal de contas, parece que também com quem se mete com Oliveira e Costa, leva…
Apesar desta torrente de revelações há perguntas que não podemos deixar de colocar: se António Marta, o responsável pela supervisão no Banco de Portugal, recebeu uma cunha de Dias Loureiro para deixar o BPN sossegado, por que razão não foi o Banco de Portugal mais eficaz e consequente? Se Oliveira e Costa contou e não sabemos se contou tudo aquilo que disse no parlamento ao Ministério Público, como se explica que Dias Loureiro ainda nem ouvido no inquérito tenha sido?
Mistérios que talvez um dia venhamos a perceber. Como estamos agora a perceber muitos dos mistérios do cavaquismo. E, seguramente, viremos a conhecer outros mistérios, os mistérios do socratismo, alguns deles em pleno curso de vida.
Afinal de contas, os despojos do cavaquismo não diferem muito dos que virão a ser os despojos do socratismo. São filhos, esses despojos, de um mesmo sistema de influências que atravessa o bloco central e que têm conduzido Portugal para o estado em que se encontra.
(publicado na edição de hoje do Semanário)
O CDS vai voltar a aceitar ordens de Bruxelas e do Sr. Martens. CDS passará a ser sinónimo de partido federalista. Ao reingressar no PPE inscreve-se numa multinacional partidária europeia, que tem o programa mais federalista que existe na Europa. Perdeu, definitivamente, qualquer utilidade política. Portas só não perde credibilidade porque ninguém pode perder o que já não tem.
Paulo Portas, manifestou hoje o desejo de que "a Justiça vá a fundo e seja célere" no caso Freeport, ao mesmo tempo que pediu que "os políticos não se aproveitem nem interfiram". Ora bem: exactamente o mesmo poderíamos todos dizer das investigações criminais em curso sobre o CDS e sobre o mesmíssimo Portas.
O CDS propõe, num diploma que será debatido na quinta-feira no Parlamento, que o subsídio de desemprego seja entregue de uma só vez à entidade empregadora que celebrar um contrato de trabalho sem termo com um beneficiário. Este CDS está mais socialista que Sócrates, Jerónimo e Louçã todos juntos. Cada cavadela sua minhoca no aumento da despesa pública. Não tarda estão a pedir a nacionalização da banca e dos seguros e a defender o controlo operário. Este CDS é o verdadeiro submarino das esquerdas. Portas merece, sem qualquer dúvida, ser ministro sem pasta do PS, na esteira de Freitas do Amaral...
Ler também José Costa e Silva, no Lóbi do Chá.
Em que estado está o processo que Paulo Portas anunciou que ia meter contra Jaime Silva, tendo para o efeito anunciado como seu Mandatário Garcia Pereira? Meteu, não meteu, esqueceu-se, ou é para entrar no pacote da negociação com José Sócrates para o caso de ser preciso?
Os partidos da dita oposição continuam sonoramente silenciosos sobre as revelações acerca do caso Freeport. Oportunidades para hoje: Manuela Ferreira leite encerra o Congresso do PSD Açores, Paulo Portas encerra o encontro das Caldas, Sócrates, lui même, apresenta a sua moção ao Congresso (cuidado com as tonturas da guinada à esquerda ,,, ) e Louçã, sempre de verbo tão fácil e escorreito e Jerónimo devem ter o telefone dos jornais para proferir uma palavrinha. Ou será que estão todos com medo?
Luís Filipe Menezes quer a demissão da Direcção do PSD. Mais parece o fundador e líder da Liga dos Amigos de Sócrates. O vice-presidente é Paulo Portas.
A questão do Estatuto dos Açores, à qual a Pátria, de férias no Verão e de férias no Natal, é perigosamente indiferente é a nova fronteira do primeiro mandato de Cavaco Silva. Nada será como dantes entre Belém e S. Bento. Paulo Portas decidiu fazer mais uma primeira página, desta vez parlamentar, com Cavaco Silva e abriu uma nova fronteira dentro do CDS, que hipocritamente apoiou a candidatura presidencial de Cavaco Silva. Eanes fez um serviço a Cavaco, gritando o que o Presidente não pode sequer sussurrar. Engana-se quem espera que depois do Ano Novo a coisa vai esmorecer. Como se verá, provavelmente já na Mensagem de Ano Novo do Presidente da República.
1. Só uma coisa está ainda em estado mais comatoso do que o país: a alegada direita partidária, a direita geométrica, a que por mero acaso das cadeiras que não das ideias se senta à direita do PS no hemiciclo parlamentar, vulgo PSD e CDS.
A esquerda aí está pletórica de rua, de ideologia ao vento, de discurso épico pré-isurrecional nalguns casos mais excitados, de forças sociais e políticas a ressuscitar dos Maios domésticos e até de novos partidos anunciados. E isto tudo, com um partido da esquerda no poder.
Os velhos comunistas vêem na luta dos professores uma ressurreição high-tech dos delírios diários de 1975, quando era certo que a reacção iria ficar sem dentes ou, no mínimo, iria parar ao Campo Pequeno. Hoje lá está o PCP no Campo Pequeno, qual nova burguesia partidária, e as ruas cheias de contestação.
Para cúmulo, é Manuel Alegre que está a surgir como a esperança de tirar a maioria absoluta ao seu ainda partido, através de um novo partido, onde meterá no bolso meio eleitorado do Bloco, outro meio do PCP e mais uns quantos românticos de esquerda que resistem no PS, mas saudosos das cantilenas do padre Fanhais e do Vá-Vá ali à Av. de Roma, versão pré-fast-food.
O que é grave é que, se isto continuar assim, o debate político e eleitoral vai ser novamente amputado de correntes de pensamento e alternativa essenciais para o país. Irá centrar-se entre o estatismo, o despesismo, a falta de reformas a sério que o PS representa e as mais anacrónicas, ultrapassadas e derrotadas ideias da história sobre a melhor forma de organizar as sociedades, que serão representadas pelo NPS (Novo Partido Socialista).
Tudo o que se ouve nos Fóruns da velhinha e revolucionária Faculdade de Letras de Lisboa, nas tertúlias, nos blogues dessas esquerdas festivaleiras, cheira a mofo, mas surge como se fossem enormes descobertas que nos vão salvar do mercado, o novo diabo, como se o problema da crise financeira não fosse um caso policial e criminal, mas sim um caso de mau funcionamento do mercado.
2. E a alegada direita? Por onde andam e o que fazem? Dão luta, têm alternativa, têm líderes e chefes capazes de competir com o PS, com o PCP, com o BE e com o NPS? Não. Acantonaram-se nas feridas, refugiaram-se nas delícias das sinecuras, asseguraram-se nas mordomias das imunidades.
De regresso ao passado, pretendem apenas a façanha desnorteada e poucochinha de disputar eleições com a máquina de Sócrates exactamente com as mesmas pessoas que o eleitorado despediu com alívio do Governo em 2005.
Pedro Santana Lopes, por quem tenho apreço e respeito pessoal, vai tentar regressar a um sítio onde não teve sequer tempo de ser feliz porque Barroso, ao fugir a sete pés do Governo, não deixou, ou seja à Câmara de Lisboa, onde nos legou ademais um Carmona Rodrigues de triste memória. No mínimo, ao menos, que se redima desse legado.
Durão Barroso tem a vidinha tratada à custa dos seus compromissos eleitorais internos. Emigrou, como se fazia nos anos sessenta para ter algum de seu. Vive bem, aparece com os grandes do mundo nas televisões e sem ter certamente os reflexos de George W. Bush para se furtar a sapatadas imprevistas, tem a suficiente sabedoria maoísta para não se deixar enlear
Manuela Ferreira Leite, a ministra de Estado de Barroso, está como está, sem necessidade de mais explicações.
Um verdadeiro serviço patriótico seria se estas pessoas se empenhassem em encontrar uma solução nova, que unisse, motivasse, federasse e não que dilacerasse ainda mais estes dois tristes partidos, que hoje não passam de sombras, de medíocres espectros do que já foram.
3. As directas do CDS não passaram de um acto político inútil. Um ritual vazio para distrair incautos. Portas, que atropelou Ribeiro e Castro da forma alarve que se viu, que meteu Conselhos Nacionais com agressões físicas e insultos vários e tudo, para regressar ao sítio de onde ninguém lhe havia pedido para sair (vícios antigos...), até já expulsa Luís Guedes do Congresso (ao que eles chegaram!...).
O esquema era perfeito. Luís Guedes e Paulo Portas combinaram a divergência pública estratégica, como forma de animar um Congresso ritual, sem competição eleitoral nem interesse político. Durante dois dias as televisões fariam os animados directos com Guedes e Portas a debater: um show mediático que encheria de gáudio o pequeno comentário político doméstico, atreito às maiores metafísicas sobre este tipo de actuação partidária.
Mas havia um problema: para o esquema funcionar e, posteriormente, a dilacerante e emotiva disputa entre amigos ser sanada em animado e frequentado jantar de reconciliação, o que daria mais uns apetitosos directos e provaria a reconciliação entre os conciliados, Guedes tinha de ser eleito. Pequeno senão democrático: são precisos votos. Para isso há que os pedir, coisa que Guedes não gosta de fazer por feitio e Portas não lhe apeteceu fazer por cíume político e irreversível atracção para o abismo. Assim envenenou a sua relação política com
O resultado foi um caldo entornado dos grandes. Portas serviu o seu melhor (e único?...) amigo político de bandeja aos ressabiamentos internos, está com um Congresso nas mãos sem saber o que fazer a não ser uns discursos de quatro horas à Fidel Castro e um enormíssimo manto de descrédito, mais um, a somar aos que já carrega às costas.
Perguntava-me esta semana uma estação de rádio se eu achava que havia vida no CDS depois de Portas. Respondi que sim, mas que era tão má, tão má, que não a desejaria ao pior dos inimigos.
4. Paulo Portas só aguenta a maçada de liderar os destroços de 2005 por que precisa de um seguro judiciário, uma imunidade, que previna sustos próximos, como se leu numa escuta telefónica oportunamente publicada na imprensa.
Em dez anos, o balanço de Portas no CDS é notável para um génio: menos militantes, menos eleitores, menos deputados na Assembleia da República, menos deputados no Parlamento Europeu, menos autarcas, mas mais processos de investigação criminal, que foi a herança de Governo deixada pelo CDS.
As trapalhadas que o CDS fez no Governo foram tantas, os negócios públicos pouco claros foram tantos, que os ex-governantes do CDS passaram a ser mais conhecidos pelos diminutivos “gate” do nome dos processos de investigação do que pela obra que (não) fizeram. Com uma excepção que é justo assinalar: Celeste Cardona, o maior desastre político que aconteceu à Justiça, mesmo considerando os vindouros José Pedro Aguiar Branco e Alberto Costa, soube prevenir-se e ficará apenas conhecida como o tripé decorativo, embora muitíssimo bem pago pelo Estado dos avales, do bloco central na CGD.
Recentemente, à votação do seu próprio projecto de suspensão da avaliação dos professores (proposta já de si substancialmente esquerdista, como outras que a alegada direita tem apresentado), conseguiu o Grupo Parlamentar a proeza de faltar com três dos seus deputados! Bem sei, são apenas dez por cento dos faltosos do PSD, mas são 25% do Grupo. O que pretende este grupito (o que resta do Grupo…) oferecer ao país? Um nicho de decência já os teria remetido à aposentadoria. Um pingo de vergonha já os teria encostado numa travessia do deserto do tamanho do Sahara. Mas não: prometem continuar para gáudio de José Sócrates, que é muito mais esperto do que Portas. Como se verá.
5. E o futuro? Futuro, neste estado de coisas, para a alegada direita parlamentar vai ser outro estrondo eleitoral como o de 2005. Muitos vaticinam precoce e temerariamente, aliás, a meu ver, o risco de Sócrates perder a maioria absoluta e precisar de gente de confiança e de carácter como Paulo Portas, para fazer umas limianices estruturais de legislatura.
Não tenho por certo que o NPS não reforce a imagem de Sócrates junto do eleitorado como líder de estabilidade para estes tempos de aguçada crise como vão ser por certo os tempos eleitorais de 2009. O espantalho de um tripé de partidos de esquerda a mandar no PS é suficientemente arrepiante para que o eleitorado não se assuste e reaja. E o problema é que olhando para o lado direito de Sócrates o que verá é o que acima se descreve… um filme político hard-core a passar em cinemas de reprise.
Razão teve
"Se as esquerdas são capazes de o fazer, seria grave que a direita não o conseguisse. Paulo Portas e o seu partido é um bunker fechado sobre si próprio, de ar viciado, que não permite que alguém respire", disse
Pois não.
(publicado na edição de hoje do Semanário)
PS- A repetição da fotografia utilizada na entrada anterior é obviamente intencional. São as duas faces da má moeda em circulação no território político nacional.
É como eu estou a ler as incidências, sequelas, resultados, fait-divers das directas do CDS. "Quando fui oposição a Manuel Monteiro, fui eleito delegado e até com uma margem grande. Agora os militantes não quiseram ou o dr. Paulo Portas não quis, por isso está decidido”, disse Luís Guedes, que não conseguiu ser eleito delegado ao Congresso por dois votos e assim lá se vai a estratégia alternativa pelo cano. É a vida. Quem quer democracia não é com Portas certamente que tem que contar.
Paulo Kim Il Sung Portas foi eleito com 95%, perdão, 95,1% dos votos nas directas do CDS. Grandes líderes... Já agora, importaria saber o que aconteceu aos 4,9% sobrantes. Uns desmancha-prazeres.
Portas não passa, afinal, de uma criatura de Luís Guedes.
No Caldas brinca-se às escondidas. Quem é capaz de esconder durante um ano a demissão de um vice-presidente, é capaz de esconder tudo. O que esconde Portas da sua polémica e, ao que se lê na comunicação social, investigada passagem pelo Governo? O CDS está em estado de patética putrefacção política.
Ocorreu mais uma debandada no CDS. Agora são umas dezenas de militantes de Setúbal que saiem, porque, leio, Paulo Portas "não promove a meritocracia, mas o amiguismo e clientelismo". Se fosse só isso, acrescentaria eu ... Desde que tomou o poder de assalto que Portas subtrai e reduz. Agora, convenhamos que perceber isto tantos anos depois é obra. Houve quem avisasse em tempo.
Continua a amnésia localizada que afecta o período 2002-2005 na cabeça de Portas. Bem podia ter aproveitado quando esteve no Governo para fazer a investigação ao financiamento da parasitagem social pelo rendimento mínimo. O CDS até teve a pasta, mas nessa altura andava certamente distraído demais com negócios para descer a estas preocupações comezinhas.
Depois de querer o Estado a intervir nos preços, como fazia Vasco Gonçalves, Paulo Portas continua o seu tirocínio para talvez suceder a Louçã no Bloco de Esquerda. Agora decidiu ser contra a gestão por objectivos. Certamente sem mais nada para fazer, Portas decidiu inventar que a ASAE não deve ser gerida por objectivos. Com a falta de votos que ele tem até se compreende a aversão à gestão por objectivos. Mas não deixa de ser divertido ver quem passa a vida a exigir qualidade e produtividade ao Estado fazer esta cruzada ridícula. Certamente está a pensar que voltará a ter suceso nas feiras a dizer mal da ASAE. Além de que já foi desmentido. E que tal devolver as fotocópias?
Ana Gomes publica no Causa Nossa cinco entradas demolidoras sobre a impunidade de que têm beneficiado as tropelias e os gravíssimos comportamentos de Paulo Portas no tempo em que foi ministro. Depois de as ler, é inevitável perguntar: afinal, foi para isto que se fez o 25 de Novembro?
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