Terça-feira, 03.11.09

Melhor que a encomenda..., por Rui Costa Pinto, no Mais Actual.



publicado por Jorge Ferreira às 17:25 | link do post | comentar

Quinta-feira, 18.12.08

A sociedade portuguesa assiste a uma curiosa competição. É assim: vem o Governo e diz que por causa da crise toma lá mais um milhão. E reage de imediato a oposição: não chega, são precisos dois milhões. Vem o Governo e diz que vai dar outro milhão às empresas verdes e logo comenta impante a oposição que é preciso também dar um milhão às empresas verdes.

 

E o país assiste a este pingue pongue absolutamente inócuo e inconsequente, em que a oposição alegremente (não é piada…) diz ao país que o Governo está a fazer bem, embora esteja a fazer pouco.

 

Isto demonstra que a oposição se fosse Governo fazia igual ou pior (pior porque a chuva de milhões não resolve, antes agrava a prazo, os problemas da crise). Não há diferenças de ideias nem de projectos. Nada distingue, a não ser o corte dos fatos e a cor das gravatas, os governantes dos oposicionistas. Porque no fundo todos eles são é situacionistas. Vivem deste estado de coisas e sobrevivem dele.

 

A mudança seria a morte dos artistas.

(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)

 



publicado por Jorge Ferreira às 12:06 | link do post | comentar

Quarta-feira, 17.12.08

A oposição diz que o plano anti-crise do Governo é insuficiente. Quer mais. A oposição discute com o Governo na base na quantidade daquilo que o Governo faz e não com base na qualidade daquilo que o Governo faz. Isto é, a oposição abdicou de ser alternativa para se remeter à posição de mera máquina calculadora puxada para cima.



publicado por Jorge Ferreira às 20:52 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Terça-feira, 30.09.08

Ferreira Leite abriu uma nova frente de oposição. O de saber se a serenidade tem um momento próprio para se afirmar. Diz que as palavras de serenidade de Sócrates vieram tarde de mais. Tarde demais porquê? Há um momento próprio para a exibir serenidade? Qual é? Isto sim, é oposição. Caramba, já todos tínhamos saudades de um bom debate ideológico...



publicado por Jorge Ferreira às 23:47 | link do post | comentar

Domingo, 13.07.08

Alberto João Jardim diz que é a verdadeira oposição ao Governo de Sócrates. Ele é capaz de ter razão. E o problema é precisamente ser ele a verdadeira oposição ao Governo. É que só beneficia o Governo ter uma oposição deste jaez.



publicado por Jorge Ferreira às 21:14 | link do post | comentar

Sexta-feira, 30.05.08

O líder da oposição decidiu intensificar a sua campanha contra o Governo. Prevê-se que nos próximos dias se intensifiquem os aumentos da oposição e as acções de contestação à especulação financeira que o Governo desenvolve à custa da oposição.

 

O líder da oposição já custa um euro e meio. O Governo responde com uma poupança de 100 milhões nas SCUTS, resultantes de contrapartidas que deixa de pagar devido à diminuição do tráfego. O governo responde com um aumento da receita do IVA que decidiu aplicar ao líder da oposição. A diminuição do primeiro imposto lançado sobre o líder da oposição, o imposto sobre os produtos petrolíferos, é compensada pela receita do segundo imposto lançado sobre o líder da oposição, o IVA.

 

O especulador fiscal Governo está a ganhar com os preços do crude.

 

O líder da oposição em Portugal é, como já se percebeu, o petróleo.

 

(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)

 

(Foto)

 



publicado por Jorge Ferreira às 16:37 | link do post | comentar

Por uma vez percebe-se melhor o estado do país se olharmos para a situação do que se olharmos para a oposição. Não se encontra um socialista na rua que tenha a coragem de defender o Governo. Sem jornalistas ou outros socialistas por perto os votantes de Sócrates não escondem o desalento, a desilusão e estão tão aflitos com a situação económica e social do país (e a sua…) como qualquer português que não tenha votado nas promessas de Sócrates.

 

Politicamente, vive-se um clima de euforia partidária nas esquerdas. O PCP e o Bloco esperam ultrapassar, somados, os vinte por cento nas próximas eleições legislativas, o que seria um feito partidário mas um desastre para o país. Ter o PCP e o Bloco de Esquerda como faróis da oposição a Sócrates é um verdadeiro susto. Manuel Alegre apresta-se para tentar liderar uma espécie de frente popular anti-Governo, num comício de arrependidos do PCP, do Bloco e de outras franjas de esquerda, que causará manifesto dano no PS, que esta semana se lembrou que tem uma esquerda interna bicéfala, dividida entre Mário Soares e Manuel Alegre, ainda por cima dois candidatos presidenciais de 2006.

 

À direita, é o deserto. Com o PSD ausente das dificuldades do país, entretido que está a resolver o problema que a eleição de Menezes criou e com o CDS esgotado e sem capacidade de liderar uma causa que seja, Sócrates tem estado descansado por aí. CDS e PSD discutem e consomem-se essencialmente na discussão dos perfis, das pessoas, dos amigos, das alas, das alas furadas, das facções, das tendências, dos grupos, quando o que deviam era encarar o PS de frente.

 

O problema é se o desnorte à direita se resolve através das dificuldades do país. Isto é, o problema é se as contas do ciclo político saíram furadas ao PS. A ideia era apertar na primeira metade do mandato e aliviar na segunda parte do mandato para renovar a maioria absoluta em 2009. A crise internacional, designadamente o aumento brutal do preço dos combustíveis, a que o Governo não pode continuar insensível durante muito tempo, e que põem a nu a fragilidade da situação económico-financeira do país apesar da redução do défice, pode fazer mais pelo PSD que os quatro candidatos a líder juntos. O Governo, ao contrário do previsto não vai poder distribuir tanto quanto pensava. E o problema é que nenhum dos candidatos a líder do PSD é especialmente entusiasmante ou parece saber o que quer.

 

(publicado na edição de hoje do Semanário)

 



publicado por Jorge Ferreira às 16:15 | link do post | comentar

Sexta-feira, 21.03.08
Em democracia a oposição é tão importante como o Governo. Existe entre nós uma dúvida clássica sobre se a melhor estratégia a adoptar é estar sentado à espera que o poder caia no colo, ou fazer política de forma combativa, mostrando alternativas. Existe também entre nós a ideia que não é a oposição que ganha eleições mas sim o partido do poder que as perde. A história, salvo o exemplo atípico do Governo Santana Lopes/Paulo Portas (o único exemplo de Governo directamente derrotado nas urnas), parece dar razão a esta tese.

Na verdade, Cavaco Silva ganhou em 1985 não a Mário Soares, então Primeiro-Ministro, mas a Almeida Santos. Ninguém sabe qual teria sido o resultado se fosse Mário Soares o “candidato” a Primeiro-Ministro do PS de então. António Guterres, em 1995 também não ganhou a Cavaco Silva, mas a Fernando Nogueira. Ninguém sabe qual teria sido o resultado se fosse Cavaco Silva o “candidato” a Primeiro-Ministro do PSD de então. Durão Barroso também não ganhou em 2002 a António Guterres, mas a Ferro Rodrigues. Ninguém sabe qual teria sido o resultado se fosse António Guterres o “candidato” a Primeiro-Ministro do PS de então.

Parece indiciar-se assim que se Sócrates se candidatar outra vez, não há oposição que valha. Parece. O clima que se vive faz lembrar o de 1991. Então também o país publicado era da oposição e o país real não só votou outra vez cavaco Silva, como lhe ampliou a maioria. Mas para mudar as regras basta uma primeira vez. Como bastou em 1987, quando Cavaco Silva obteve a primeira e até então considerada impossível no nosso sistema eleitoral, maioria absoluta de um só partido.

Só que para que essa regra possa mudar é necessário que várias condições se reúnam e uma delas é ter uma oposição credível. Coisa que em Portugal, neste momento, cumpre reconhecer que não existe.

O PS invadiu o eleitorado do centro-direita. Por sua vez, o PSD e o CDS não aprenderam nada com a humilhação eleitoral de 2005 e repetem na primeira fila os mesmos protagonistas que então se estatelaram na maioria absoluta de Sócrates, por sinal, a primeira do PS.

Resultado: a oposição é hoje o PCP, que cavalga a rua, acolitado por um Bloco de Esquerda repetitivo e sem frescura. Evidentemente que uma coisa é liderar politicamente a oposição, outra bem diferente é ter hipóteses de ganhar eleições. O PCP nunca as ganhará.

Do lado direito o cenário é desastroso. Luís Filipe Menezes irá certamente disputar as eleições. O PSD não tem hoje projecto, programa ou credibilidade próprias, enquanto a oposição interna a Menezes se delicia a discutir a cor de fundo do emblema, as setas e as quotas. Quanto ao CDS transformou-se de um partido num caso de polícia. Suceder-lhe-á no país o que lhe aconteceu em Lisboa.

Isto, claro, a não ser que a situação económica internacional, de que ninguém fala em Portugal, tenha um impacto devastador na situação económica e social do país. E aí, seja Menezes, seja um totem que esteja na cadeira da S. Caetano à Lapa, o poder muda mesmo. O que seria um novo desastre anunciado com este PSD e com este CDS.

(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

(Foto)


publicado por Jorge Ferreira às 00:23 | link do post | comentar

Domingo, 28.10.07
À direita do PS pensa-se que criticar as opções políticas da Presidência portuguesa do Conselho de Ministros da União Europeia é ir contra o interesse nacional. Exactamente como Sócrates quer que se pense. É uma oposição pacóvia. E, além do mais, é uma oposição que demonstra que não pensa coisíssima nenhuma sobre a União e sobre o futuro de Portugal na dita. Felizmente, o interesse da carreira internacional de José Sócrates ainda não é a mesma coisa que o interesse nacional. Ou será?...


publicado por Jorge Ferreira às 23:25 | link do post | comentar

Domingo, 23.09.07
"Portugal é um país muito pequeno e com demasiado Estado para ter uma sociedade civil com efectiva independência e isso é mortífero para qualquer partido da oposição que não queira ser apenas uma variante pobre de "bloco central". É este o problema estrutural número um da oposição. A não ser em períodos em que se torna evidente que vai haver uma mudança política a curto prazo, como quando Barroso fez uma convenção no Coliseu com tudo que era colunável na política e na economia na primeira fila, os "notáveis" primam pela prudência e pela cautelosa reserva da política."
Pacheco Pereira, no Abrupto.


publicado por Jorge Ferreira às 17:14 | link do post | comentar

Segunda-feira, 20.08.07
Assim se vê a alternativa. Por causa desta notícia relativa ao ano politico-parlamentar que passou. Nada de novo, ou seja, PS descansado.


publicado por Jorge Ferreira às 12:08 | link do post | comentar

Segunda-feira, 12.02.07
Depois do aborto, Sócrates continua em maré alta. Durante os próximos dias o tema da agenda vai ser o sismo. O Governo continua a poder dormir descansado, até porque com Marques Mendes na liderança do PSD, até dá para ressonar. Já agora convém lembrar que em Portugal a maior parte da construção não respeita as regras de construção anti-sísmica e que as entidades fiscalizadoras parece nada fazerem para obrigar ao cumprimento da lei. Vai um referendozito sobre o assunto?


publicado por Jorge Ferreira às 12:28 | link do post | comentar

JORGE FERREIRA
Novembro 2009
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9

20
21

22
23
24
25
26
27
28

29
30


ARQUIVOS

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

subscrever feeds
tags

efemérides(867)

borda d'água(850)

blogues(777)

josé sócrates(537)

ps(339)

psd(221)

cavaco silva(199)

pessoal(182)

justiça(180)

educação(150)

comunicação social(139)

política(137)

cds(126)

crise(121)

desporto(120)

cml(116)

futebol(111)

homónimos(110)

benfica(109)

governo(106)

união europeia(105)

corrupção(96)

freeport de alcochete(96)

pcp(93)

legislativas 2009(77)

direito(71)

nova democracia(70)

economia(68)

estado(66)

portugal(66)

livros(62)

aborto(60)

aveiro(60)

ota(59)

impostos(58)

bancos(55)

luís filipe menezes(55)

referendo europeu(54)

bloco de esquerda(51)

madeira(51)

manuela ferreira leite(51)

assembleia da república(50)

tomar(49)

ministério público(48)

europeias 2009(47)

autárquicas 2009(45)

pessoas(45)

tabaco(44)

paulo portas(43)

sindicatos(41)

despesa pública(40)

criminalidade(38)

eua(38)

santana lopes(38)

debate mensal(37)

lisboa(35)

tvnet(35)

farc(33)

mário lino(33)

teixeira dos santos(33)

financiamento partidário(32)

manuel monteiro(32)

marques mendes(30)

polícias(30)

bloco central(29)

partidos políticos(29)

alberto joão jardim(28)

autarquias(28)

orçamento do estado(28)

vital moreira(28)

sociedade(27)

terrorismo(27)

antónio costa(26)

universidade independente(26)

durão barroso(25)

homossexuais(25)

inquéritos parlamentares(25)

irlanda(25)

esquerda(24)

f. c. porto(24)

manuel alegre(24)

carmona rodrigues(23)

desemprego(23)

direita(23)

elites de portugal(23)

natal(23)

referendo(23)

apito dourado(22)

recordar é viver(22)

banco de portugal(21)

combustíveis(21)

música(21)

pinto monteiro(21)

bcp(20)

constituição(20)

liberdade(20)

saúde(19)

augusto santos silva(18)

cia(18)

luís amado(18)

todas as tags