Segunda-feira, 09.11.09

É evidente que que será muito difícil ouvir hoje alguém falar de uma noite, num longínquo ano de 1938, já de frio germânico rigoroso, em que, já no poder, as tropas, seguidores, militantes, adeptos, polícias e demais acompanhantes de Adolfo destruíram sinagogas, lojas e habitações de judeus, por toda a Alemanha, naquela que ficou conhecida por Noite de Cristal.



publicado por Jorge Ferreira às 18:33 | link do post | comentar

Quarta-feira, 19.09.07
(Vasili Grossman)

Vida e destino, de Vasili Grossman, o livro que o KGB não conseguiu destruir acaba de ser publicado na vizinha Espanha.
"Grossman (Berdíchev, 1905-Moscú, 1964) cubrió como periodista la batalla de Stalingrado y fue el primero en dar la noticia de los campos de exterminio nazis. Autor de novelas y relatos, no llegó a ver publicada Vida y destino, su obra cumbre, que fue prohibida por el régimen de Jruschov. La temida KGB confiscó los borradores e incluso la cinta de la máquina de escribir que había utilizado el autor. No debía quedar ni rastro de unas páginas -más de 1.000- que "combinan el horror absoluto del exterminio nazi con el del estalinismo ruso", destacó Antich. En los años ochenta se recuperó una copia del manuscrito y la novela se publicó fuera de la antigua Unión Soviética. En España vio la luz una edición traducida del francés, y no directamente del ruso como la que llega ahora a las librerías, gracias al trabajo de Marta Rebón, que asistió también a la presentación junto con el editor Joan Tarrida."


publicado por Jorge Ferreira às 00:09 | link do post | comentar

Segunda-feira, 17.09.07
(Circunstância)

Um bispo alemão disse que a cultura e a arte estão a degenerar. A degeneração era o termo utilizado pelos nazis para qualificar a arte e a cultura a eliminar, a queimar, a destruir, a impedir, a proibir. A palavra ficou ela própria impedida depois da paranóia nazi. O vocábulo degenerar degenerou, pois, ele próprio. Vai grande a indignação na Alemanha pela utilização da palavrinha maldita pelo bispo. Os alemães vêem na oratória bispal uma espécie de renascimento de propósitos, a que a memória da Inquisição confere redobrada importância. Há uns meses, por cá foi Paulo Portas que num comício na Madeira e, aparentemente, a total despropósito político, disse que o trabalho liberta, utilizando em português a célebre expressão nazi que encima o pórtico do campo de concentração nazi de Auschwitz-Birkenau, onde a frase constituía a forma nazi de dar as boas vindas no corredor da morte. Neste caso não houve grande polémica por cá, até porque já ninguém liga ao que ele diz. De vez em quando levanta-se este problema com as palavras. São elas livres? Somos nós livres de usar todas as palavras? Faz sentido que não utilizemos as palavras que já foram usadas num sentido, e dessa forma crucificadas ou glorificadas, com outro sentido? As palavras, com efeito são sempre livres. O problema não está nas palavras, mas na História. É o Homem que estraga as palavras. Cada prosélito constrói um dicionário privativo. Como se tentasse aumentar o seu poder através da apropriação das palavras. E estraga-as. Ao ponto de deixar mal vistos os que as usam sem terem feito parte da prisão dessas palavras. Quando as palavras com um determinado sentido, que totalitariza o seu significado, remetendo outros possíveis para a penumbra, perdem a sua liberdade, isso significa apenas que alguém as estragou. É preciso não esquecer é que como as palavras são livres, existem sempre mil maneiras de dizer uma coisa sem cair nas palavras aprisionadas. Ao não o fazer, quem as profere faz uma escolha de sentido. E sujeita-se. E, quiçá, estatela-se.


publicado por Jorge Ferreira às 23:30 | link do post | comentar

JORGE FERREIRA
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