Devagar, devagarinho, aproxima-se em chinelinhos de lã a póxima época natalícia. Como ultimamente tenho perdido um bocado a timidez, desde já sugiro a amigos, conhecidos, beneméritos que não se coibam de me olissiponar abundante e convenintemente no sapatinho. Sintam-se completamente à vontade. Não se inibam.

O dia de Natal nas Canárias.

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Presépio em aquário no aeroporto de Fuerteventura, em Espanha.

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Dar de comer aos peixes no aquário do zoo de Chiang Mai, na Tailândia.

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Estádio Olímpico de Pequim.

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O pintor indiano Swapan Das dá os últimos retoques num retrato de Jesus Cristo numa rua de Calcutá.

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O Pai Natal de areia, com 7,62 metros criada por Sudarshan Pattnaik na praia de Puri, em Bhubaneswar, na Índia.

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Crianças acendem velas na igreja da Natividade.

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Um palestinianode uma fábrica de madeiras talha figuras do presépio em madeira.

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Um policía vigia a Puerta de Jaffa, em Jerusalém. As autoridades locais distribuíram árvores de Natal gratuitamente.

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A todos os seus leitores o Tomar Partido deseja um Feliz Natal.

Fiel das horas mortas

Desta noite comprida,

Pergunto a cada sombra recolhida

Que sol figura o lume

Que da lareira negra me sorri:

O do calor cristão?

O do calor pagão?

Ou a fogueira é só a combustão

Da lenha que acendi?

Presépios, solstícios, divindades...

A versátil natureza

Do homem, senhor de tudo!

Cria mitos,

Destrói mitos,

Nega os milagres que fez,

E depois, desesperado,

Procura o mundo sagrado

Nas cinzas da lucidez.

«Natal», de Miguel Torga.

S.Martinho de Anta, 24 de Dezembro de 1972

Um polícia indiano indiano patrulha igreja cristã, decorada para as festas de Natal, durante celebrações em Bhubaneswar, na Índia.

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Uma jovem turista descansa ?, espera ?, contempla ?, reflecte?, junto às colunas da Igreja da Natividade.

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Compras de Natal na Rua 25 de Março, esta tarde, em S. Paulo.

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Um soldado iraquiano passa por um cartaz com uma imagem de Jesus Cristo durante um festival de Natal, no parque Abu Nawas, em Bagdade.

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O Natal em Sofia, na Bulgária é abaixo de zero, embora os tratcores dos agricultores em manifestação a exigir subsídios tente aquecer o ambiente.

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Desapareceram as eleições de blogues. Voltaram as broas de milho nalguns pontos de venda mais tradicionalistas. Houve uma redução substancial de horríveis pais natais a trepar pelas janelas, certamente porque ninguém acredita que este ano haja grandes distribuições de presentes.

Alguns gregos observam a nova árvore de Natal da praça Syntagma, em Atenas. A anterior foi incendiada pelos manifestantes desordeiros.

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Um escaparate em Kiev.

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Pais Natal no Verão australiano.

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Vim a Lisboa num instante. E tirei as minhas dúvidas. Umas voltas rápidas ao El Corte Ingles e ao Oeiras Parque tiraram-me as dúvidas que ainda tinha. É oficial: o Natal, para o comércio, começa a 1 de Novembro. Não há ocorrência mais lamentável do que esta estupidez. Os funcionários públicos recebem o subsídio de Natal para o final deste mês. Os das empresas privadas, os que recebem essa pérola do estado social, que os há e muitos que nem lhe vêem o cheiro, receberão lá para meados de Dezembro. Qual é a ideia deste pessoal? Vi muita gente a passear e a vigiar gulosa mas melancolicamente os objectos à venda. Eles consomem com os olhos, agora que já não podem consumir mais com o crédito. Não comprarão. Algo não bate certo naquelas ruas de consumo para onde melancolicamente emigraram os tempos livres da classe média portuguesa. O comércio gastará mais electricidade. As vendas não aumentarão por causa disso. É a crise.