Cavaco Silva tornou-se na má moeda de Ferreira Leite?
Antes da primeira deslocação à região autónoma Alberto João Jardim ninguém deve dar crédito a qualquer líder do PSD que seja. A Madeira é o verdadómetro do PSD.
Antes de mais parabéns, Senhor Engenheiro, pelas 52 primaveras. Agora, deixe-me que lhe diga: Manuela Ferreira Leite também está de parabéns, porque o senhor anda com o seu discurso a reboque do dela.
"Portugueses,
A situação que encontrámos nas contas públicas é muito mais grave do que a que julgávamos encontrar e que o Governo anterior, mentindo ao país, dizia existir. Tenho bem presente o compromisso que assumi com o país nas últimas eleições. Continuo determinada em consolidar as contas públicas para colocar Portugal no caminho do desenvolvimento e dar mais bem estar às famílias. É por isso que, a contra-gosto, o Governo terá de proceder a um ajustamento fiscal até a situação estar normalizada. Será um ajustamento transitório, apenas com o propósito de não criar mais dificuldades ao país e às gerações vindouras, no futuro. Estou certa que, apesar das dificuldades, todos compreenderão o esforço colectivo que nos é pedido. Para colher é preciso semear.
Conto com todos.
Boa noite"
Para evitar um discurso nocturno deste tipo num canal de televisão perto de nós, o do costume, o que todos os partidos gostam, é muito aconselhável a prudência. Mesmo muito.
A política tem um domínio do sub-consciente, das sensações que nos são provocadas por quem fala. Independentemente das discordâncias que tenho com Manuela Ferreira Leite, reconheço que ver uma entrevista da senhora é um saudável contraponto ao clima de palhaçada política em que temos vivido. A entrevista de ontem saiu-lhe bem. No tom. Na serenidade seca. Mas duvido que chegue para repetir as europeias.
Para Ferreira Leite o principal problema do país é a asfixia democrática. Já pelo menos há dois anos, desde que Paulo Rangel teorizou sobre a claustrofobia democrática. Não sei se é o principal, mas é um dos problemas, sem dúvida. O problema é que quem fez uma asfixia interna democraticamente, não tem muita autoridade para falar na asfixia democrática no país. Cuidado: o clima de elan que foi criado pelas vitória nas europeias tem-se diluído lentamente com uma confrangedora falta de presença e de mensagem de Ferreira Leite. E não, não é preciso ser catedrática, ser uma papagaia ou entrar nas revistas do social político. Basta fazer oposição. E o PSD não a tem feito. Cavaco, sim, percebe-se isso. Mas será a mesma coisa?
Em política o importante é o critério. No PSD parece haver arguidos de primeira e arguidos de segunda. Uns podem candidatar-se, outros não podem. Já que todos são inocentes até prova em contrário tem de haver uma explicação política. Porque se não houver cai Manuela Ferreira Leite no domínio do amiguismo ou da arbitrariedade.
Rasga, não rasga, rasga, não rasga, rasga, não rasga, rasga, não rasga. Deve ser política para iniciados...
Caro João, estamos quase entendidos sobre esse assunto. É verdade o que dizes sobre a autoria material do pagamento especial por conta. Já quanto à autoria moral ela tem de ser partilhada com o PSD de Marcelo Rebelo de Sousa na S. Caetano à Lapa e de Manuela Ferreira Leite no Parlamento, já que o PSD viabilizou esse orçamento com a abstenção, num tempo em que a maioria do PS era relativa e nem isso, como se vê ainda hoje, era salvaguarda da asneira.
Manuela Ferreira Leite garante que não fará coligação pós-eleitoral com o PS. Ou seja: que com ela não haverá o tão famoso e sinistro bloco central partidário. Falta o se. E se Manuela Ferreira Leite deixar de ser líder do PSD? Quem nos garante que não virá outro Mota Pinto?
Em política, quem passa a vida a ter de esclarecer, corrigir, especificar, desmentir, clarificar, o que disse é porque não acerta. Está nos livros.
Manuela Ferreira Leite considerou hoje que o primeiro-ministro não tirou «a lição do Freeport» porque volta a tomar «decisões polémicas» em véspera de eleições, «nomeadamente o TGV e o aeroporto». Numa entrevista à SIC que será transmitida esta noite, Manuela Ferreira Leite acusou o Governo de optar por grandes investimentos «a pensar em questões eleitorais e em questões de interesses de grupos fortes que dominam, por exemplo, a questão das obras públicas» e não «no interesse do país».
Paulo Rangel foi demolidor para José Sócrates no debate quinzenal. E se trocassem Manuela Ferreira Leite por Rangel? Ainda há tempo...
Manuela Ferreira Leite, disse ontem à noite, em Leiria, que a corrupção é "um grande constrangimento" ao desenvolvimento do País, que é necessário ultrapassar e minimizar. Muito bem: e o que vai o PSD fazer para ajudar? Que propostas vai fazer na Assembleia da República?
Manuela Ferreira Leite encerrou no passado fim de semana uma Universidade de Verão em plena Primavera. Remeta-se um calendário com as estações do ano para a S. Caetano. Isto explica muita coisa...
Excelente discurso de Manuela Ferreira Leite esta tarde sobre os 4 anos de Sócrates. "Intervalo publicitário" é um bom resumo destes 4 anos. O problema é que precisa de fazer milhares deles ao mesmo nível e não há tempo. Santos Silva respondeu malhando com a cassette. O PS já não vai além da cassette.
O "ministro-do-golpe-de-Estado-de-Cavaco-Silva-se-ganhasse-as-eleições-presidenciais", diz que Manuela Ferreira Leite usa linguagem "de extrema-direita". Sr. ministro, pense bem: considerando o resultado prático da advertência nacional que fez nas presidenciais, tem mesmo a certeza que deseja provocar mais um resultado perverso para o seu partido?
Os partidos da dita oposição continuam sonoramente silenciosos sobre as revelações acerca do caso Freeport. Oportunidades para hoje: Manuela Ferreira leite encerra o Congresso do PSD Açores, Paulo Portas encerra o encontro das Caldas, Sócrates, lui même, apresenta a sua moção ao Congresso (cuidado com as tonturas da guinada à esquerda ,,, ) e Louçã, sempre de verbo tão fácil e escorreito e Jerónimo devem ter o telefone dos jornais para proferir uma palavrinha. Ou será que estão todos com medo?
Não votarei na Dra. Leite para governar o meu pobre país. Posto isto, constato que a entrevista de ontem doeu aos socialistas. De facto, o contraponto com Sócrates é flagrante, para melhor, é claro, para quem está farto do estilo vendedor ambulante de Magalhães e de todas as banhas disponíveis e necessárias, incluindo naturalmente a da cobra. Não deixa de ser curioso ver grandes apoiantes de Sócrates criticar a líder do PSD por ter mudado de opinião sobre o TGV. Se aplicassem o mesmo critério ao seu ídolo não lhes chegava um blogue para escrever. Era preciso uma dúzia deles. No fundo, no fundo, estão muito bem uns para os outros.
O PSD lá continua o seu calvário oposicionista. Ontem, Manuela Ferreira Leite, que foi deputada na mesma legislatura em que eu também fui, chamou Paulo Rangel para o responsabilizar pela falta de 30 deputados na votação do projecto de resolução que previa a suspensão da avaliação dos professores, apresentado não pelo PCP, não pelo Bloco de Esquerda, mas pelo Bloco de Direita, perdão, pelo CDS. Ora bem: a senhora sabe perfeitamente por que é que faltaram 30 deputados na sexta-feira. Foram de fim de semana e marimbaram-se literalmente para os trabalhos parlamentares. Pronto. Como já iam no nosso tempo. Melhor fora propôr uma alteração aos métodos de funcionamento do Parlamento do que chamar Paulo Rangel para ouvir o que já sabe. Entretanto, uma figura do Porto ultrapassou Manuela no disparate e quer a demissão de Paulo Rangel. Dizem-me que antes do último Congresso, Marco António, qual imperador romano chefiando as suas legiões, chegou a ver-se candidato a líder e sequente Primeiro-Ministro, tendo sido desmotivado por um olhar de escárnio de Alberto João a quem fora pedir apoio. E assim vai o suposto maior partido da oposição. Sócrates agradece. E Eça ou Ramalho, se cá voltassem, teriam de actualizar as Farpas com mais um milhar de capítulos. Oh, se tinham!
A democracia tem a Zara, o PSD tem a Salazara.
Com o ideólogo da recredibilização aprisionado pela bactéria que alimenta o Morfus, Manuela Ferreira Leite transmutou-se nas últimas semanas. O silêncio deixou de ser o assunto. Agora há mil assuntos. De líder ausente será que Manuela Ferreira Leite se vai despistar na versão século XXI da célebre bactéria picareta falante? Nem oito nem oitenta.
O que dira o PSD, Manuela Ferreira Leite, Pacheco Pereira, Cavaco Silva, se o que se passa na Madeira se passasse nos Açores, em que por causa de uns artigos do Estatuto, Cavaco Silva parou o país durante um dia para uma comunicação ao jantar?
Amanhã vêm mais autocarros com professores para Lisboa para uma manifestação. Sugestão da casa: não deixem de provar umas castanhas assadas, que este ano saíram boas. Entretanto, Manuela Ferreira Leite quer uma terceira via: avaliação sim, mas este modelo não. Quando se começa a discutir modelos, entramos no modelismo e saímos da política. Qual Blair da Educação, a líder do PSD preparar-se-á para aparecer na manifestação? Isso é que era Dra. Manuela!
Este fim de semana, Pedro Passos Coelho apareceu em reuniões com militantes do PSD a comentar a actualidade governamental. Ele foi o primeiro membro do PSD a pronunciar-se sobre a situação das Forças Armadas e a reagir à nacionalização do BPN. Enquanto isso, Manuela Ferreira Leite dava entrevistas a justificar afirmações anteriores mal feitas e a gaguejar sobre as obras públicas. Em política não há acasos.
(publicado no Camara de Comuns)
Manuela Ferreira Leite declarou que a aposta do Governo nas obras públicas pode ajudar a reduzir o desemprego em Cabo Verde ou na Ucrânia, mas duvida que tenha efeitos no emprego em Portugal. Nada que já não acontecesse quando a senhora estava no Governo. Em todo o caso, convém lembrar que os portugueses não estão dispostos a trabalhar em certas coisas. E que a economia tem horror ao vazio.
Finalmente consegui ver uma entrevista de Manuela Ferreira Leite, ontem na SIC Notícias. Centrada no Orçamento, a líder do PSD conseguiu fazer passar uma mensagem consistente e credível de diferença nos pormenores relativamente ao PS, com o qual se sabe que concorda no essencial. Do ponto de vista político a entrevista foi segura e convincente. O PSD até pode perder as eleições, mas Manuela Ferreira Leite está a marcar um estilo próprio que lhe poderá render dividendos no médio prazo. Ou no curto, que a vida dá muitas voltas.
É conhecido, posso dizê-lo sem risco de que me acusem de plagiar quem quer que seja, o mundo de ideias que me separam de Manuela Ferreira Leite. Mas tenho de confessar que há duas coisas que me agradam no desempenho da líder do PSD. Primeira: fala do que quer, da sua agenda e será julgada por isso. Não fala do que certas luminárias qurem, muito menos fala daquilo que dá jeito aos jornalistas. Segunda: fala quando entende e não quando os outros entendem. Isto revela por si independencia de espírito.
O verdadeiro problema de Manuela Ferreira Leite não é o de estar muito tempo calada. Os verdadeiros problemas de Manuela Ferreira Leite são dois: o de estar muito tempo ausente da televisão nem que seja para dizer um simples bom dia Portugal, e o de pensar exactamente como o Governo nas matérias essenciais. Ah, e agora criou outro: Santana Lopes. Uma grande bota, sim senhor.
Cavaco Silva, Presidente da República, é o novo assessor diplomático da líder do PSD. Coisas veradeiramente estranhas.
Ferreira Leite abriu uma nova frente de oposição. O de saber se a serenidade tem um momento próprio para se afirmar. Diz que as palavras de serenidade de Sócrates vieram tarde de mais. Tarde demais porquê? Há um momento próprio para a exibir serenidade? Qual é? Isto sim, é oposição. Caramba, já todos tínhamos saudades de um bom debate ideológico...
Manuela Ferreira Leite falou duas vezes numa semana. Cuidado, Dra. Manuela, não vá algum dos seus críticos pelo silêncio desatar a chamar-lhe fala barato, ou então, picareta falante...
Caro CMC,
O silêncio em política, quando bem gerido, é uma arma tão poderosa como a faladura. Valoriza a fala, gera expectativa. Não estou convencido que os eleitores se deixem encantar por um líder de oposição tipo Menezes, que passa o tempo a falar de tudo e de nada. Manuela Ferreira Leite pode perder as eleições, mas não é a falar todos os dias, por tudo e por nada, de tudo e de nada, que as ganha certamente.
(publicado no Camara de Comuns)
Não, não é sobre Vergílio Ferreira que escrevo. É sobre a aparição de Manuela Ferreira Leite. Disse que estamos mais pobres e inseguros. É verdade, toda a gente diz, está certo. Diz que com o PSD mudávamos esta situação. Está errada e não oiço ninguém dizer isso.
Animem-se, oh gentes! Manuela Ferreira Leite amanhã vai falar em público. Desculpem, não é isso que queria dizer. Manuela Ferreira Leite amanhã vai aparecer na televisão. Isto é que eu queria dizer. Momento único de satisfazer a avidez de imagem que grassa por aí. Verão, assim, que a senhora existe mesmo e é mesmo o que se diz para aí que ela é: líder do PSD e candidata a substituir José Sócrates em S. Bento. Vamos, portanto, poder mudar de assunto.
(publicado no Camara de Comuns)
Antigamente dizia-se que a política tinha horror ao vazio. Hoje, deve adaptar-se essa frase para esta outra: a política tem horror ao silêncio. Ou melhor: não é bem ao silêncio mas à ausência que a política hoje tem horror. À ausência de onde? Da televisão. Porque vivemos na era da imagem. E as imagens que não aparecem significam inexistência. E para haver imagens são necessárias algumas concessões. Concessões aos episódios efémeros, concessões ao dia-a-dia, concessões à superficialidade e, nos casos mais doentios, que são os de maior sucesso, concessões à futilidade. Frequentemente não interessa o que se diz. Apenas interessa dar motivo para que se fale do político. É o falatório que se gera do que o político diz que faz muito da impressão que os cidadãos, os eleitores, isto é, o mercado, colhe para efeitos de decisão de voto.
Este é o verdadeiro problema da Manuela Ferreira Leite. Ao contrário do que se tem escrito e dito o drama do PSD não é o silêncio da líder, já que não é de discussão de ideias substantivas que vive o debate público. É verdadeiramente surpreendente ver e ler jornalistas e colunistas que se deliciam com o fait-divers, com o folclore, com o acessório, com a roupa dos políticos, com as refeições dos políticos, com os hábitos matinais dos políticos, com o jogging, com as fotografias que têm nas estantes onde puseram os livros pré-escolhidos para as peças televisivas, de repente exigirem ideias, debate, profundidade, substância a Manuela Ferreira Leite.
As ideias de Manuela Ferreira Leite conheço-as eu. Foi ministra de duas pastas sensíveis, foi deputada vários anos, tem vasta intervenção pública. Se eu dissesse que não sabia o que a líder do PSD pensava estaria a chamar-lhe nomes feios de forma implícita. Não creio que se trate de pessoa de mudar muito aquilo que andou a dizer, a propor e a defender durante anos. É por isso que obviamente não votarei PSD.
Alguém duvida que se Manuela Ferreira Leite fosse Primeira-Ministra alguma coisa de essencial mudaria? Na despesa pública, que aumentou quando secretária de Estado do Orçamento? Na educação, que não mudou quando pôde fazê-lo enquanto ministra? Na União Europeia, onde sempre alinhou pelo federalismo, pela perda de soberania, por tudo o que de mau e pernicioso Bruxelas tem imposto aos Estados membros? No papel do Estado alguma coisa mudaria, ela que é uma social-democrata “à Cavaco Silva”? Sinceramente…
Por mim, Manuela Ferreira Leite pode continuar sossegada e calada, que não me afecta nada. Já quanto ao PSD, tratem de a pôr na televisão a ir ao supermercado, a adormecer o neto ao colo ou a dar palpites sobre quem vai ganhar a Superliga deste ano e desaparecerão as críticas sobre o silêncio. O sistema, na verdade, não a quer ouvir. Quer apenas vê-la.
O que está a falhar na liderança do PSD não é a palavra. É a imagem.
Sócrates elogia Leonor Beleza pelo que fez no Serviço Nacional de Saúde. Manuela Ferreira Leite elogiará em breve Correia de Campos pelo que fez no Serviço Nacional de Saúde. Trata-se do novo passatempo de Verão.
A deputada do PS Ana Catarina Mendes garantiu esta semana que a Petição pela Igualdade no Acesso ao Casamento Civil, entregue na Assembleia da República em 2006, vai ser discutida em plenário no início da próxima sessão legislativa. Isto significa que o PS assumiu o compromisso político correspondente. A Petição foi lançada para promover a revisão do Código Civil, para que casais de pessoas do mesmo sexo possam ter acesso ao casamento civil e deu entrada na Assembleia da República em Fevereiro de
Há cerca de duas semanas, o líder parlamentar socialista, Alberto Martins, defendeu que os casamentos homossexuais devem merecer um amplo debate na sociedade portuguesa. "É uma questão que deve merecer um debate na sociedade portuguesa e o PS nunca se furta aos grandes debates da sociedade portuguesa”, defendeu.
Este entusiasmo renascido do PS pelo casamento dos homossexuais tem duas origens: uma recente e outra remota. A origem recente é uma resposta de Manuela Ferreira Leite numa entrevista televisiva, que a uma pergunta sobre o assunto se manifestou contra a possibilidade de existirem casamentos entre homossexuais. O PS, que anda com uma fixação obsessiva na figura da nova líder do PSD, achou por bem ressuscitar o assunto para se demarcar da declaração de Ferreira Leite.
É lamentável que perante problemas tão graves, e tão sérios, como aqueles que os portugueses atravessam, os socialistas, que aliás têm neste momento responsabilidades de Governo, andem entretidos com estes assuntos. É lamentável, e é estranho, como pode um grupo esmagadoramente minoritário na sociedade portuguesa, ocupar tanto tempo de tantos políticos portugueses. Será que os deputados não têm mais nada para fazer? Ou será que estão "prisioneiros" de algum compromisso que os portugueses desconhecem?
A origem remota encontra-se na alteração do artigo 13º da Constituição que, na revisão constitucional de 2004, passou a proibir qualquer discriminação em função da orientação sexual. Esta alteração foi espantosamente aprovada pela alegada direita parlamentar, ou seja, pelo CDS e pelo PSD!
Face à nova redacção da norma constitucional é muito duvidoso que o Código Civil possa continuar a definir o casamento como um contrato entre pessoas de sexo diferente e é justamente esta nesga constitucional que o CDS e o PSD ofereceram ao lobby gay que serve de rampa de lançamento para o PS se entreter com esta “causa fracturante”. Nessa altura Manuela Ferreira Leite e Paulo Portas estavam no Governo em coligação e tinham maioria na Assembleia da República. Não se lhes ouviu uma palavra contra, nem se lhes conhece gesto de desaprovação. Sem eles o artigo 13º não tinha sido alterado. Estranha-se por isso a posição actual de Ferreira Leite e o incompreensível silêncio do CDS perante o assunto.
Não está para nós em causa o direito à livre opinião, tal como o direito à diferença, mas o que começa a ser intrigante é como um partido com as responsabilidades do PS, perante o extraordinário silêncio das bancadas mais à direita, perde tanto tempo com matérias laterais, acessórias e objectivamente residuais para a quase totalidade dos eleitores portugueses.
Não vi a entrevista de Manuela Ferreira Leite, embora pelos comentários que tenho lido, me pareça que não perdi nada. Mas estou surpreendido com a afirmação de que o fim do casamento é a procriação. Não que isso interfira com a eventual competência da senhora para governar, que isso já é outra conversa. Mas do ponto de vista humano, estritamente humano, choca-me que alguém, com todo o direito, aliás, pense tal coisa. Será que a senhora considera que quem não pode ter filhos não poderá jamais constituir família, já que o objectivo do casamento é a procriação?
O Governo anunciou hoje que está a elaborar uma Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas, a aprovar ainda neste mandato. Apenas um dia depois de o PSD ter uma nova líder, eis que o Governo decide tomar medidas... Havia o efeito de estufa. Agora há o efeito Manuela (é uma piadola!).
A nova líder do PSD é a segunda edição de Cavaco Silva. O que tem tanto de preocupante em relação ao futuro do país, como tem de eleitoralmente prometedor. O resto são pormenores. Pedro Passos Coelho pagou a factura de remar contra uma maré fatal, a maré da dependencia do Estado, de quem, em Portugal todos esperam tudo, inclusivamente alguns dos liberais, que esperam que o Estado lhes pague o ordenadinho ao fim do mês. Evidentemente que ninguém pode esperar um país diferente para melhor de Manuela Ferreira Leite. Mas José Sócrates tem uma concorrente à altura. Com a vantagem de que ninguém duvida do diploma da líder do PSD e todos sabem que ela não corre o risco de violar a lei a bordo dos aviões. No domínio da concorrência de estilos, terreno medíocre em que hoje se disputam as eleições legislativas, Ferreira Leite é uma forte ameaça a Sócrates.No fundo, a senhora é apenas candidata a um Sócrates em bom.
(publicado no Camara de Comuns)
1. Por força da vontade do povo português, expressa periodicamente em sucessivas eleições legislativas, Portugal vive em regime de bloco central há várias décadas. Por força da vontade do povo e da habilidade de uns quantos artistas, uma espécie de seita informal que vegeta em redor dos decisores de S. Bento e de Belém, que não raro são previamente ungidos pela seita antes d ela chegarem, já os negócios dão-se mal com a imprevisibilidade de gente não devidamente controlada..
(publicado na edição de hoje do Semanário)
Compreendo: Pedro Santana Lopes quer ficar livre de responsabilidades nesta nova era do PSD. E, vai daí, apressou-se a marcar eleições para o Grupo Parlamentar já para a semana. Esqueceu-se que agora é Manuela Ferreira Leite que manda. Resultado: adiou. Não se safa assim tão facilmente de defender a honra parlamentar da líder.
A vitória de Manuela Ferreira Leite será prolongar no tempo a agonia (do PSD). Por Paulo Gorjão.
O PSD tem, enfim, uma líder cuja diferença em relação a José Sócrates é o facto de ser mulher, segundo palavras da própria. Não foram precisas as famigeradas quotas para o PSD ter um líder mulher. E quem não deve estar muito confortável deve ser Cavaco Silva, que tem agora uma amiga pessoal na liderança do partido que também já liderou. Até que ponto a oposição necessária ao PS não ficará prejudicada pela cooperação estratégica entre Belém e Sócrates?
Foi o resultado de Manuela Ferreira Leite, que deu para ganhar. Santana Lopes demite-se de líder parlamentar.
Manuela Ferreira Leite ganhou, diz Pedro Passos Coelho. Uma tendencia, diz o Conselho de Jurisdição. O pior do sistema continua feliz e a poder fazer a sua vidinha.
Manuela Ferreira Leite descobriu ontem (o que umas eleições fazem, senhores ...), que o principal problema do país é de natureza social e de não de contas públicas. Por este andar PS e PSD ainda trocam mas é de líder. Vai Sócrates para o PSD (bom filho à casa torna) e vai Manuela dar "alegrias" para o PS.
É tão ridículo o argumento contra Manuela Ferreira Leite que é "velha", como o argumento contra Pedro Passos Coelho que é "novo". É mesmo o tipo de coisa que se diz quando não se tem mais nada para dizer.
A candidatura de Manuela Ferreira Leite vai de vento em popa. Incapaz de revelar o que a separa de José Sócrates, excepto a diferença sexual óbvia, sem dinâmica, sem juventude, sem ideias, está portanto no bom caminho... O vazio cai às mil maravilhas no bloco central. Só não percebo o que é que Pacheco Pereira está lá a fazer.
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