Sábado, 26.01.08
""Manuel Maria Carrilho não se deixou intimidar pela onda de violentas críticas a propósito do seu livro «Sob o Signo da Verdade», lançado a 11 de Maio. Consciente da manifesta incapacidade dos jornalistas discutirem os seus próprios problemas, o deputado do PS elevou o debate e avançou com duas ideias: a declaração de conflito de interesses dos jornalistas e o código de conduta das agências de comunicação. As propostas vão ser apresentadas num encontro com estudantes de Comunicação Social, na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, terça-feira, 6. É evidente que o deputado socialista está a jogar a sua sobrevivência política à custa da promoção de um debate sobre a imprensa. Mas confundir o discurso despeitado e o direito à crítica tem um risco: transformar Carrilho em herói da liberdade de imprensa. Quanto mais se varrer para debaixo do tapete os podres da informação, mais o politico Carrilho ganha protagonismo à custa de uma causa que nunca o interessou. As propostas de Manuel Maria Carrilho podem ser criticadas. Até podem não ser suficientes para alterar o Estatuto do Jornalista. Mas os profissionais da comunicação social não podem confundir a árvore com a floresta."
"As relações entre as agências de comunicação, a política e a comunicação social têm estado na berra. Na passada segunda-feira o Público fez um execelente trabalho sobre este mundo que o país viu começar a ser desvendado por Manuel Maria Carrilho. Respigo desse trabalho este excerto: "Para Salvador da Cunha, dono da Lift (grupo Bairro Alto), as técnicas usadas para assessorar na política são as mesmas que numa empresa: trabalhar a definição da mensagem e dos públicos. "É preciso estruturar as promessas, o discurso e as ideias do político", diz." Por aqui se vê o que as agências pensam do seu trabalho na política. Nomes alugam-se... eles tratam do resto."
A "guerra da agência" actualmente em curso no PSD, traz à memória a questão levantada por Manuel Maria Carrilho depois das eleições autárquicas de Lisboa. E que, na altura, muito boa gente, sobrepondo antipatias pessoais à relevância do problema, preferiu não discutir abertamente.
Segunda-feira, 24.09.07
A Implosão Partidária, de
Manuel Maria Carrilho, no Diário de Notícias de hoje. O artigo visa sobretudo o PS, onde duvido que alguém esteja interessado em prestar atenção ao aviso, mas aplica-se também aos partidos geometricamente à direita do PS, que se encontram num estado deplorável.