O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, defendeu hoje, na Assembleia da República, que Portugal assumiu «uma posição sensata» ao decidir ratificar o Tratado de Lisboa sem recorrer a referendo. Sensata a decisão. E mentirosa a decisão. Para Luís Amado, um até agora lamentável ministro, quando oscila entre a sensatez e o compromisso, o ministo ama a sensatez.
O calor dilata os corpos. As campanhas dilatam as ideias. “Portugal só pode ser um país plenamente inserido na Europa quando a Espanha o for, a Ibéria for, a Península Ibérica for um espaço de integração económica e política”, afirmou Luís Amado, por meríssimo acaso o delegado regional dos Negócios externos da Comunidade Autónoma de Lisboa. Já o delegado regional das estradas e pontes, D. Mário Lino, havia ousado sugerir a extinção deste piqueno pormenor burocrático chamado Portugália, há uns anos atrás. Todos iberistas, todos ministros. Que Pátria generosa a minha, que tanto atura com paciência chinesa (chinesa, Dalai Lama, Amado... isto está tudo ligado...).
Luís Amado, defendeu hoje, em Bruxelas, que Lopes da Mota "tem toda a legitimidade de continuar" na presidência do Eurojust enquanto essa organização assim o entender. Não me surpreende esta posição. Corresponde ao PS sem ética republicana que vigora com Sócrates. Legitimidade tem. Credibilidade e autoridade é que não.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, reconheceu de forma inaudita e inédita, até aqui pouco usual, que "o país adaptou-se mal ao choque da integração na união económica e monetária" europeia. A "rápida convergência" de Portugal resultou num "processo de divergência paulatino" a partir da integração no "núcleo duro" da moeda única europeia, há dez anos. Daí advieram problemas estruturais para o país, como a existência de um "Estado pouco eficiente, uma economia pouco competitiva e uma sociedade com pouca autonomia, excessivamente dependente do Estado", afirmou o imprudente ministro Amado.
"O Governo procurou reagir" com um programa de reformas e de contenção orçamental, mas a crise internacional veio "interromper um processo de recuperação que o país vinha seguindo", reconheceu o ministro, apontando: "No momento em que é preciso mais intervenção do Estado, o Estado tem limitações e constrangimentos orçamentais inquestionáveis. No momento em que a economia se devia flexibilizar e adaptar rapidamente a uma mudança de ambiente tão drástica, as fragilidades do tecido produtivo português sobressaem. E no momento em que precisávamos de uma sociedade mais forte, com níveis de bem-estar sustentáveis, a fraqueza do tecido social evidencia-se".
Neste contexto, só com "esforço e sacrifício" Portugal se manterá no núcleo duro da União Europeia (UE), a que quis pertencer desde o primeiro momento, frisou o governante.
Estas afirmações passaram relativamente despercebidas e foram feitas num encontro com diplomatas estrangeiros
Que era preciso entrar no euro para acabar com o défice do Estado, diziam-nos os fundamentalistas do euro. Viu-se. Que era preciso entrar a toda a velocidade no euro para acabar diminuir a dívida pública. Viu-se. Hoje, a dívida pública ascende ao valor recorde de 64% do PIB, segundo os números inseguros do Governo. Estamos conversados sobre o sucesso dos argumentos de quem forçou o euro.
Ninguém queria ouvir os argumentos
(publicado na edição de hoje do Semanário)
(Foto)
O Governo, certamente com má consciência pelo que se passou com os vôos da CIA, apressou-se no disparate de dizer que Portugal estava disposto a receber presos de Guantanamo, porventura pensando que sempre se teriam poupado umas maçadas e uns trocos se eles tivessem cá ficado quando passaram por cá. Como é próprio dos socialistas, trata-se de cometer um erro depois de se ter cometido outro. Até Freitas do Amaral avisa e bem sobre os riscos. Não se percebe, de facto, o que é que temos a ver com este assunto.
Portugal não autoriza sobrevoos ou aterragens em aeroportos portugueses de aeronaves que transportem material militar para Israel enquanto se mantiver a operação israelita em Gaza, indicaram hoje fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Ora aqui está um ministro humanitário dia sim dia não. Para Luís Amado, uns seres acorrentados vestidos de cor de laranja tudo bem. Armas para Israel se defender de terroristas tudo mal. Estou comovido com o sentido humanitário deste Mistério, perdão, Ministério. Será que o assunto também vai para a moção de Sócrates para dar uma de esquerda bem pensante?
Os Governos de Sócrates e de Zapatero, embora diferentes em pormenosres, entendem-se às mil maravilhas. Pensam o mesmo no essencial e fazem essencialmente o mesmo na prática. Luís Amado, o ministro português destacado para a pasta de Gunantanamo, esteve de serviço esta tarde para reafirmar a política de combate á crise através do duche de milhões na construção da linha do célebre TGV. Será que Amado se lembrou de sugerir ao seu congénere espanhol uma vaquinha para receber os presos de Guantanamo em estreita cooperação ibérica, assim como o projecto de Mundial de 2018, no modelo lá e cá, cá e lá, lá mais cá?
Primeiro, receberam Mugabe como "Grand Seigneur" em Lisboa, na cimeira da fotografia. Agora querem sancioná-lo, como se já não o devessem ter feito na cimeira. Vá lá perceber-se a diplomacia de ocasião.
O Dalai Lama anda em visita a vários países europeus. Vai encontrar-se com o Presidente francês Nicolas Sarkozy e com os primeiros-ministros da Bélgica e da República Checa. Alguns laureados com o Prémio Nobel da Paz, como o polaco Lech Walesa, deverão igualmente encontrar-se com o líder tibetano. Como se vê só por cá é que vai tendo sucesso a diplomacia de joelho perante os poderosos chineses, que ficam irritadíssimos quando alguém conversa com o Dalai Lama. Que afirmou, aliás, no Parlamento Europeu que não é separatista, apenas pretente uma autonomia para o Tibete. Por cá todos fogem do homem a sete pés com medo de que um chinês escondido a cada esquina vá contar a Pequim a pequena traição. Praticamos em relação à China e, veremos, se em relação a mais alguém, a diplomacia dos agachados.
José Vera Jardim e Paulo Pedroso, dois deputados do PS, ousaram fazer um requerimento ao Governo, formulando perguntas sobre os vôos da CIA que incomodam tanta gente que até alguns escravos de serviço se atrevem a dizer que é um assunto estúpido. Pois bem: dirá um maquiavélico que se trata de uma manobra para colocar alguns socialistas mais amigos do ambiente interno a fazer marcação sobre o assunto à incómoda Ana Gomes, que assim perderia o monopólio político da questão. Dirá um mero jornalista: ai, ai os meninos estão-se a portar mal, cuidado, assim não vão nas listas em 2009, estão preparados para concorrer a umas Camarazitas Municipais?. Dirá um simples cidadão sem quaisquer reservas mentais: ah, bem, até os socilistas desconfiam das afirmações sedativas de Luís Amado.
"Concedo: é muito desagradável e constrangedor um político ser confrontado com o conhecimento cúmplice (em vão se procurará neste caso um despacho "homologo" ou "autorizo"…) de que seres humanos agrilhoados, acorrentados pelos pés, todos meros suspeitos da prática de crimes e consequentemente presuntivamente inocentes, e muitos deles efectivamente inocentes como posteriormente se tem vindo a provar, foram impunemente passeados em território nacional, nas barbas de polícias, políticos e jornalistas. Politicamente, seria fatal para qualquer político e, no mínimo, criminalmente arriscado." Dedicado a Luís Amado.
O Governo quis proteger Durão Barroso no caso dos voos da CIA, diz Luís Amado. Não entendo. Durão Barroso precisa de ser protegido? De quê, se o Governo diz que não há nada a esconder?
Eu não percebi bem ainda qual é o interesse português em reconhecer a independencia do Kosovo. Pode ser que haja, mas convinha explicá-lo aos ignaros cidadãos. O ministro também não explica, aliás, o ministro dos Negócios Estrangeiros socialista nunca explica nada. Mas aparentemente os socialistas têm aqui uma oportunidade de mostrar que têm dois pesos e duas medidas quando se trata de aplicar os bons princípios e o chamado Direito Internacional. O Gabriel Silva, faz o que a assessoria do ministro não fez: mostra-lhe as normas. será que vale a pena?...
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