Quarta-feira, 28.10.09
Devagar, devagarinho, aproxima-se em chinelinhos de lã a póxima época natalícia. Como ultimamente tenho perdido um bocado a timidez, desde já sugiro a amigos, conhecidos, beneméritos que não se coibam de me olissiponar abundante e convenintemente no sapatinho. Sintam-se completamente à vontade. Não se inibam.
Terça-feira, 27.10.09
Ou de como o Ega descobriu o Santo Lenho da conquista de Lisboa aos mouros numa passeaa com a namorada ao Panteão Nacional num solarengo sábada de Outubro cruzando-se destarte inopinadamente com os caboucos da história de Lisboa, na Metafísica do Esquecimeto, nomos que não vai de bem com o post que para este efeito devia mais era chamar-se de Metafísica da Lembrança. Uf! Agora percebo por que é que o Saramago- saneia-jornalistas se deve cansar tanto a escrever sem folego de fonéticas, pontuações, gramáticas e filologias sortidas.
Sexta-feira, 17.07.09
O relatório final do Tribunal de Contas acusa o contrato de exploração do terminal de contentores de Alcântara de só favorecer os interesses da Liscont, a empresa do grupo Mota-Engil e de ser ruinoso para o Estado. Tinham razão todos aqueles que criticaram na altura própria mais este negócio-PS. Suponho que desta vez José Sócrates não estará disponível para denunciar uma campanha negra com epicentro no Tribunal de Contas. Perante este relatório judicial só resta um caminho ao Governo: pedir desculpa por mais esta mariolinada e recuar. O que tem António Costa a dizer sobre este assunto que diz directamente respeito a Lisboa?
Segunda-feira, 01.06.09
Porque sou desde há muito de Lisboa
(umas vezes Cesário, outras Pessoa)
e é com ela que à noite me deito,
não posso conformar-me nem aceito
que certa gente
se obstine em desfeá-la e, não contente,
se gabe disso, como se a cidade
fosse um capricho da sua vontade.
Lisboa, mais que pedra, é sentimento,
é emoção, mais que lugar.
Causa por que nos cumpre revoltar,
há-de ser sempre pouco o empenhamento
que pusermos em a preservar.
*Se ama Lisboa, não deixe de assinar (eu já o fiz) a petição
por debate sobre o Terreiro do Paço:
http://www.gopetition.com/online/28118.html
Torquato da Luz, no seu belo e oportuno Ofício.
"Considerando a aprovação em reunião pública da CML, de 27.05.2009, do “Estudo Prévio do Terreiro do Paço”, sem que até ao momento quem de direito (CML e Governo) tenha promovido o indispensável período de debate que um projecto de espaço público desta envergadura exige (por se tratar de um projecto comprovadamente intrusivo, ex. introdução de novos materiais, desenhos e soluções arquitectónicas), facto que é agravado por se tratar do Terreiro do Paço; e considerando que decorrem a bom ritmo as obras de preparação para a execução do Estudo Prévio agora aprovado, tornando o mesmo irreversível;
Os abaixo-assinados solicitam à CML e ao Governo que procedam, quanto antes, à abertura de um período de discussão pública antes de se iniciar o projecto de execução ou (pelo menos) antes do concurso ser lançado."
Debater o Terreiro do Paço antes que seja tarde de mais. Fiquei assustado com o projecto. E que tal um referendo local antes de tornar irreversível o atentado que se prepara? O Terreiro do Paço não é do PS, é do povo. O povo que decida. Para já subscrevi a petição.
(Foto)
Domingo, 31.05.09
"Em 1948, nasceu em Belém o Museu de Arte Popular. Com um projecto de Jorge Segurado, a partir do Pavilhão da Vida Popular da Exposição do Mundo Português de 1940, trata-se de um dos raríssimos museus construídos de raiz em Portugal para receber um determinado espólio, por sinal a melhor colecção de arte popular existente no País. Foi, para a sua época, um projecto inovador de museologia, concretizado decorativamente com a colaboração de alguns dos nomes mais ilustres do modernismo pictórico português. O edifício e o seu conteúdo constituem, por isso, um todo que não pode nem deve ser separado. (...) Não somos contra o Museu da Língua. Mas não compreendemos porque razão o nascimento de um novo museu deve implicar a destruição de um outro. Acreditamos que ambos os Museus podem ser uma afirmação importante da nossa identidade. Porque um país é feito da sua memória, certamente, mas sobretudo da sua capacidade em saber entendê-la e aproveitá-la, exibindo e estimulando o poder criativo de uma identidade. Não temos dúvidas que o Museu de Arte Popular ainda pode vir a ser um objecto instigante de conhecimento, reflexão e acção. Assim ele se torne de facto um museu vivo." Assim abre a
Petição sobre o Museu de Arte Popular, em Lisboa. É uma boa causa a que aderiro sem reservas. Por isso mesmo o blogue
Museu de Arte Popular é o blogue da semana, aqui no Tomar Partido.
Sexta-feira, 01.05.09
É da minha vista ou o novo horário da Feira do Livro está feito para um país de desempregados?
Quarta-feira, 17.12.08
Nas reacções à escolha de Santana Lopes para candidato do PSD à CML é engraçado ver como o Zé passou a fazer falta ao PS para porta-voz da candidatura de António Costa. Mau sinal para António Costa.Quanto mais Zé na campanha maiores as chances de Santana Lopes.
Terça-feira, 16.12.08
Pedro Santana Lopes já é candidato à Camara de Lisboa. Eis uma boa oportunidade de corrigir a má imagem que deixou da sua breve experiência governativa. Neste caso não se aplica o ditado que nunca se deve voltar a um sítio onde se foi feliz porque verdadeiramente, face à fuga de Barroso para Bruxelas, Santana Lopes não teve sequer tempo de ser feliz em Lisboa. Ah e uma coisa: goste-se muito, pouco ou nada de Santana Lopes, creio sinceramente que o lúcido António Costa já deve ter percebido que a sua vida complicou-se ainda mais. Já não lhe bastava de ter de carregar a cruz de um Zé sem abrigo político para ainda por cima lhe sair um adversário à altura. Queira-se ou não, no estado a que chegaram os partidos à direita de Sócrates, melhor candidato para Lisboa não estou a ver.
Sábado, 13.12.08
A reinauguração do Cais das Colunas não passa de uma fantasmagoria. Magistratalmente descrita no Bic Laranja. Como fantasmagoria é o Terreiro do Paço da TMN. Uma vergonha o que estão a fazer com Lisboa.
(publicado n' O Carmo e a Trindade)
Quarta-feira, 10.12.08
Passados os números mediáticos e inconsequentes de António Costa sobre a limpeza da cidade, que, aliás, recebeu porca como nunca, vem a dura realidade. Lisboa continua a ser uma cidade suja. Exactamente como os livros de viagem sempre a retrataram desde há séculos. Nem no século XXI a civilização chega a Lisboa na sua versão mais óbvia: a higiene.
(publicado n' O Carmo e a Trindade)
Quarta-feira, 29.10.08
Sábado, 25.10.08
- Conquista de Lisboa, A Cidade Reconquistada aos Mouros, de Pedro Gomes Barbosa, editada pela Tribuna da História.
- A Conquista de Lisboa aos Mouros, num relato anónimo de um cruzado, editado pela Nova Vega.
- A Conquista de Lisboa aos mouros, em 1147, de José da Felicidade Alves, editado pela Livros Horizonte.
"Estamos perante uma reportagem velhinha de cerca de 840 anos, redigida por um cruzado inglês que participou na expedição que em 1147 colaborou com D. Afonso Henriques na conquista de Lisboa aos Mouros.Enviou o seu relato a um senhor de Brawdsey, povoação inglesa do condado de Suffolk, cujo nome seria Osberno, ou Osberto, ou Osborne... O autor da reportagem é desconhecido. Apenas conhecemos a primeira letra do seu nome: um R [será acaso Rogério?!].Além de testemunha presencial dos acontecimentos, teve a preocupação de se documentar: até integrou o texto latino dum sermão pronunciado pelo bispo do Porto em 17 de Junho de 1147! E também o texto oficial do pacto de convenção celebrado entre D. Afonso Henriques e os Cruzados. Sobressaem preocupações de rigor objectivo e de dignidade moral.Não nos diz tudo quanto desejaríamos saber sobre esse acontecimento capital que marcou Lisboa em 1147: mas em parte nenhuma encontramos melhor."
Segunda-feira, 09.06.08
Por iniciativa da esquerda, mais especificamente do PS e do Zé que fazia falta, a Praça das Flores, em Lisboa, está hoje sob sequestro político-comercial.
Sábado, 24.05.08
Acabo de chegar da Feira do Livro. Muito pouca gente. Uma noite fria e até chuvosa fez do Parque um sítio triste de stands vazios. As conversas dos livreiros são pessimistas: este ano vai ser pior que o anterior, dizem eles em conversas de circunstância. O grupo Leya destaca-se no meio da apatia visual geral. Stands modernos, pessoal com "ar de marketing" a circular de camisolas iguais, encarnadas, mas com os pavilhões também vazios. Triste, a feira. Os livros do dia, em que o desconto é maior são, regra geral, desinteressantes. Os descontos nos restantes livros não motivam carteiras empobrecidas pela situação económica. E até o S. Pedro, certamente irritado com polémicas estéreis e anacrónicas, decidiu vingar-se.
(publicado n' O Carmo e a Trindade)
Finalmente, abriu de cesariana a 78ª Feira do Livro de Lisboa. Está tudo aqui.
Quarta-feira, 07.05.08
É voz corrente que nós nascemos para os grandes feitos. Fizémos os Descobrimentos, por exemplo. Fomos 3ºs no Mundial de 1966 em Inglaterra e finalistas do Euro 2004, tudo em futebol. No atletismo temos umas medalhitas de ouro olímpicas. Há a Vanessa e o Nélon e o Obikwelu, que por acaso para ser grande teve de se pôr a treinar em Espanha. Tudo coisas improváveis em tão concentrado povo nuns parcos noventa e tal mil quilómetros quadrados. O pior, é o resto. Fazer bem as coisas banais é que é o cabo dos trabalhos. Não motiva, não apetece, a coisa não sai. Por exemplo, uma feira do livro. Até nisso, por pobre que ela seja, por melhor que se pudesse ter inventado, até nisso conseguimos abrir uma guerra. É o que está a suceder em Lisboa. Não tarda, ricos como somos, mercado vasto que temos, estão a fazer-se duas feiras do livro em Lisboa. A legítima e a outra ou a outra e a legítima. Nós também somos assim. Além de vocacionados para a imemorialidade, também gostamos de milagres. Das rosas e dos livros.
(publicado n' O Carmo e a Trindade)
(Foto)
Segunda-feira, 03.03.08
Bem me pareceu que o carácter categórico da declaração de Louçã sobre a não coligação do Bloco com o PS nas próximas autárquicas iria gerar (mais) confusão. Aí está ela, logo no dia seguinte.
O Zé está a gostar do poleiro. Como, aliás, é visível desde que foi eleito.
Domingo, 02.03.08
Louçã
garante que o Bloco não fará coligação com o PS nas autárquicas de 2009. Fica por esclarecer quase tudo. E so o PS não tiver maioria absoluta, como actualmente sucede? E Sá Fernandes volta a ser candidato depois desta experiência de muleta do PS?
Confissões de Domingo: tenho a dizer que já estive preso várias vezes e que numas saí com caução, noutras tive de esperar pelo cumprimento de pena. Já fui proprietário de casas e de hotéis e já perdi tudo ao jogo. Já fui dono do Rossio, da 24 de Julho, da Almirante Reis, da Av. da Liberdade, do Campo Grande, da Av. da Boavista e de sta. catarina, no Porto, da R. Augusta, da R. do ouro, da Av. da República, perto da qual vegeto agora numa fracçãozita arrendada. Já tive empresas de electricidade e de caminho de ferro. Já fui credor e devedor de elevadas quantias ao banco. A minha vida já foi, pois, uma montanha russa. Calma: já me aconteceu isto tudo mas foi no célebre e mítico curso básico de capitalismo chamado Monopólio. Hoje, vi na televisão que este jogo inventado por um americano desempregado durante a Grande Depressão (Charles Darrow, um antigo vendedor de sistemas de aquecimentos que vivia em Germantown, na Pensilvânia) vai comemorar os 75 aninhos de vida com uma nova edição. Claro está que essa nova edição será globalizada e terá propriedades e ruas das principais cidades do mundo. Lisboa não está lá. Acho que isto merecia uma petição on line!
Quarta-feira, 23.01.08
Ainda há amoladores em Lisboa. N'
O Carmo e a Trindade.
Domingo, 18.11.07
Sou dos que gosto de ver bandeira portuguesa hasteada ao cimo do Parque Eduardo VII. Lembro que foi
Carmona Rodrigues (justiça seja feita) que a mandou pôr lá. Foi hasteada em 12 de Setembro de 2005. O que já não gosto é de a ver esburacada. Haverá uma alminha na CML que se importe de tomar conta da ocorrência? O desleixo tem limites. Ou será que o buraco da bandeira reflecte o buraco em que a Pátria está metida?
Sábado, 17.11.07
Fazia falta. Teve cartazes espalhados pela cidade. Vereador da edilidade. Aceitou o pelourito. En-costou. Chamaram-lhe Zé. Dão-se alvíssaras a quem der informações sobre paradeiro político.
(publicado n'
O Carmo e a Trindade)
Quarta-feira, 14.11.07
Lentamente tenho retomado as minhas obrigações quotidianas, após período de férias forçadas. Uma das que ainda continuavam por retomar era justamente a minha participação neste admirável e tão plural blogue. Ao dar uma vista de olhos pela jornalada entretanto publicada, deparei-me com
esta pérola. T-R-I-N-T-A. Discordo do limite de trinta quilómetros hora, para eventual surpresa dos meus críticos relativamente às minhas observações sobre os radares de Lisboa. Sim, discordo. Proponho que nessas zonas se regresse aos tempos da carroça. Sempre é mais rústico, embora exija reforço do já de si depauperado pessoal de limpeza camarário, dada a inflação de bosta cavalar e burral que este regresso às origens não deixaria de comportar. Com o preço a que estão os combustíveis era até uma medida economicamente sadia para o bolso desses bombos da festa fiscais que são os automobilistas.
Segunda-feira, 24.09.07
Sobre a receita universal socialista para resolver problemas de despesa, ou seja, esganar os contribuintes sempre com mais impostos, agora em Lisboa, ver
André Azevedo Alves, n' O Insurgente. Ou seja cada vez estamos todos a trabalhar mais para alimentar os vícios de cada vez menos gente. É o Estado de Direito Fiscal.
Quarta-feira, 19.09.07
"A Câmara Municipal de Lisboa aprovou hoje o loteamento dos terrenos do antigo Estádio de Alvalade com os votos do PS, dos movimentos independentes, os votos contra do PCP e PSD e a abstenção do Bloco de Esquerda.". Leio na Lusa esta novidade e chego à conclusão que a frase do cartaz, afinal, era verdadeira. O Zé estava mesmo a fazer falta. Ao PS e ao Sporting.
Quinta-feira, 30.08.07
Caiu
O Carmo e a Trindade. Por causa dos radares de Lisboa.
Aqui e
aqui.
Domingo, 15.07.07
(
Tejo)
"Na simplicidade rústica do Piodão, o Rossio liberta-se das suas pombas turísticas, que afinal não voam e só servem para sujar o mosaico, do seu chafariz decorativo, fonte inútil que não lhe mata a sede, dos seus cafés ruidosos, onde não consegue esquecer as misérias; na Avenida da Liberdade, o Piodão despe o surrão, escapa-se da missa dominical, e chega a sentir-se janota e civilizado. O abismo não é, pois, intransponível.
Talvez mesmo que lá no fundo, no fundo da desavença, não haja senão sentimento de culpa comum, a mesma mágoa inconfessada de uma desgraça que atingiu toda a nação, mas que tem na capital o seu estigma indelével. Uma espécie de recalcamento freudiano que espera a sua hora de consciencialização.
Enamorado de si, morreu Narciso à beira de um regato onde se mirava. E as ninfas, compadecidas da sua desgraça, pediram aos deuses que o transformassem numa flor. Narcisos que fomos também um dia, esperava-nos um destino igual ao do filho de Céfiso. Lisboa é essa flor em que o destino nos transformou; o Tejo, o rio onde nos perdemos a contemplar a própria imagem."
Miguel Torga, sobre Lisboa, em "Portugal".
Terça-feira, 15.05.07
Segunda-feira, 02.04.07
Calcorrear os bairros históricos de Lisboa podia ser um momento único. Um reencontro com a história de Lisboa. Um tempo agradável de contacto com a mística de Lisboa. Um roteiro de factos que foram fazendo Lisboa a pulso, à força de histórias de vida que tiveram o sortilégio de ganhar a eternidade. Mas não é. É uma experiência desgradável, de puro convívio com lixo, com buracos nos passeios e nas ruas e com um espaço urbano pouco preservado. Hoje aconteceu-me em Alfama e na Mouraria. Quem subisse a Rua dos Cavaleiros a partir do Martim Moniz dir-se-ia num subúrbio do terceiro mundo, tanto era o lixo na rua. As coisas não melhoravam para quem descesse pelo Largo da Severa e pela Rua do Capelão, para ver a casa onde nasceu Fernando Maurício e, em frente, a casa onde viveu Maria Severa Onofriana. A nossa cidade não é hoje, infelizmente, um espaço urbano de que nos possamos orgulhar. Andar nas suas ruas faz, por vezes, lembrar os célebres relatos de viagens de quem nos visitava e se escandalizava com a falta de higiene, com a porcaria nas ruas, com a imundície. Que diabo, onde páram os carros do lixo, as agulhetas de outrora?
Apesar da eterna e invicta vaidade dos edis cuidar de assegurar sempre uma lápide para a posteridade.
Quarta-feira, 28.03.07
A deserção da candidata do CDS à CML nas últimas eleições autárquicas é apenas mais uma. Os eleitores de Lisboa (e não só) já estão habituados a assistir a este triste espectáculo de deserções políticas de quem não ganha as eleições mas a quem conferem um mandato. Por estas e por outras é que a credibilidade dos políticos é nula. Os partidos brincam com o voto, desrespeitam o voto, inutilizam o voto. E estes comportamentos são sempre mais chocantes quando as pessoas em causa têm a mania de exibir uma superioridade moral em relação aos demais, sabe-se lá por que graça genética, supostamente só ao alcance de iniciados. É o caso de Maria José Nogueira Pinto, cujo percurso na CML revela o pior do sistema.
PS - Já quanto à saída do CDS, seja bem-vinda ao clube. Escusava era de ter passado estes últimos anos a dizer mal de quem percebeu antes que pessoas com convicções e princípios já não tinham lugar naquele partido.
Quarta-feira, 28.02.07
Dança das Cadeiras.
Segunda-feira, 05.02.07
Santana Lopes é
contra eleições intercalares em Lisboa. Que o antigo Presidente da Camara queira submeter o seu amigo Carmona Rodrigues a uma tortura política até ao último segundo de mandato, até se percebe. Mas que não se importe de fazer o mesmo aos lisboetas é que já se lhe pode levar a mal.
Quarta-feira, 31.01.07
Só falta o Vesúvio e a sua erupção histórica para vivermos em Pompeia. Os últimos dias não são de sexo desregrado, mas de dissolução política dolorosa. Já dói olhar para tanta Praga Com ou Sem Parques. Entretanto, o Casino de Lisboa, a única coisa nova na cidade desde 2002, acaba de atribuir o maior jackpot da sua pequena história: 250.000 euros. Certamente uma ninharia para a roleta da política autárquica. Seguramente uma terminação na raspadinha da dívida municipal. O jogador, de 45 anos, pediu anonimato. Caça dotes, acautelem-se: peçam já uma escuta telefónica ao contemplado. Quiçá lhe conseguirão vender um T0, ou qualquer coisa, enfim, vender. Entretanto, apesar da tortura do labirinto das eternas obras do Metro no Saldanha, salva-se a Versalhes, cujos croquetes, pastéis de bacalhau e rissóis continuam iguais a si próprios. Do melhor.
(publicado em
O Carmo e a Trindade)
Terça-feira, 30.01.07
Gostaria que alguém me explicasse o que é
ser constituído arguido informalmente, se fizerem o obséquio. Como será? Entre uma bica e uma imperial? No corredor do DIAP? Na degustação de um pastel de bacalhau e de uma ginjinha na Tendinha? Alguém que me explique, por favor, que nos canhanhos do processo penal e respectivo Código não há meio de encontrar a figura, nem com recurso aos melhores indíces analíticos do mercado.