Do inglês técnico de Sócrates ao português bancário de Vara. Via Nortadas.
Foi ontem publicada em Diário da República a Resolução da Assembleia da República nº 3/2009, que recomenda ao Governo que elabore um plano nacional de promoção da bicicleta e outros modos (meios não soaria melhor?...) de transporte suave. Nessa Resolução pode ler-se esta pérola: "este plano dirige-se a entidades públicas e privadas, associações, bem como ao cidadão individual...". Ora aqui está um dos muitos exemplos de normas mal redigidas por quem devia dar o exemplo. "Cidadãos individuais"? Será que para os preclaros legisladores parlamentares existem cidadãos colectivos? Tanto quanto me lembro existe uma fase do processo legislativo parlamentar que é a redacção final, em que é suposto tratarem-se destes erros, antes das normas seguirem para publicação. Ou será que os senhores deputados precisam de umas liçõezitas de português?
Estarão as palavras a cair em desuso por excesso de uso? Será necessário para comunicar e para nos fazermos ouvir, talvez para gritar, usar o excesso absurdo? Comparar Alberto João Jardim ao ex-patrocinador de terroristas e hoje afamado homem de negócios Kadhafi, como faz hoje um jornalista qualquer em Espanha, ou comparar Bush com Hitler, como fez Freitas do Amaral, ou usar a palavra terrorismo para qualificar algumas atitudes do Ministério Público, pode ser uma técnica de chamar a atenção para problemas reais, mas contribui para perdermos o respeito pelas palavras. Elas deixam de significar o que realmente são, para se normalizarem, para se banalizarem, ao ponto de um dia, assistirmos a mais histórias do menino Pedro e do selvagem lobo.
O pretuguês da célebre Margarida Moreira, Directora Regional de Educação do Norte (Educação?...), numa redacção sobre o não menos célebre Magalhães, produzido por uma das empresas que, vá lá saber-se por que razão, José Sócrates decidiu apoiar. Via Tomás Vasques.
Quem até hoje se desentendeu por causa do desacordo ortográfico? Que negócios até hoje deixaram de se fazer por causa do desacordo ortográfico? Acaso algum português não percebe um texto brasileiro? Acaso algum brasileiro não percebe um texto português? Numa palavra: qual a necessidade de um acordo ortográfico?
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