Continua o campeonato nacional do disparate de promoção de um livrito que saiu agora chamado Caim. Agora, um não sei que eurodeputado do PSD exorta o camarada Saramago a renunciar à nacionalidade portuguesa. Consta que foi o pontapé de saída para a 859ª edição do livrito. Já agora: é-me completamente indiferente a nacionalidade do saneador revolucionário de Lanzarote. Estranho muito que que haja tanto ócio político que permita que alguém se preocupe com esta minudência.
Como seria de esperar (convém a todos...) prossegue o entretém Saramago. Mas creio que laboramos num equívoco. O Nobel dele é da Literatura, não da Paz...
A Igreja, a comunidade judaica e mais uns quantos de costume e bonita farpela mediático-intelectual, acabam de constituir a "Associação de Amigos de Saramago". Desataram a dar-lhe troco e, assim, a fazer as vezes da distribuidora e a vender-lhe os cadernitos.
Faz hoje anos 34 anos que foram saneados 24 jornalistas do Diário de Notícias em pleno período gonçalvista. José Saramago, democrata de longa data, deve lembrar-se bem deste extase revolucionário...
António Costa cedeu-lhe a casa dos Bicos e paga-lhe um filme. Saramago desiste de Ruben Carvalho e apoia António Costa. Estão quites. Assim é que é bonito. Toma lá, dá cá. Um mimo de esquerda.
Leio na Lusa que o escritor José Saramago parafraseou hoje Hitler para definir o que são os direitos humanos actualmente, definindo-os como "papel molhado". "Em todo o Mundo os direitos humanos não contam nada. São, como dizia o Hitler que tem frases interessantes, papel molhado", disse o escritor e prémio Nobel da Literatura à agência Lusa à margem de um encontro comemorativo do 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem pelas Nações Unidas, realizado em Lisboa. Pronto! Outro nazi. Com que então o Adolfo até tinha frases interessantes e tudo, camarada? Sai queixa-crime se faz favor...
Para a entrada redonda 3500, haveria de seleccionar uma coisa redonda. José Saramago, quem mais podia ser, agora mesmo, em conversa com Sandra Braga Fernandes do Rádio Clube Português:
(o Nobel) - ... o bolígrafo... como é que vocês dizem aí?
(a jornalista) - caneta.
Fixe.
"A concessão da Casa dos Bicos à Fundação Saramago resume-se a isto: a entrega pelo poder municipal socialista, em processo camarário estranhamente acelerado e dispensador de burocracias, de um monumento nacional e marco histórico de Lisboa, a um escritor que já é mais espanhol do que português, para que este possa ter um lugar onde arrumar a biblioteca e a papelada, e fazer umas vagas iniciativas de "agitação". Tudo à custa da bolsa benemérita dos cidadãos, em vez de ser a expensas da fundação, como sucederia numa cidade normal governada sem favoritismos, tratmentos de excepção e complexos de reverência cultural."
Eurico Barros, em O Carmo e a Trindade.
No meio da crise em que vivemos não deixa de ser realmente uma consolação saber que a cama dos avós maternos de José Saramago foi pintada com as cores originais, para ser exposta no museu da Azinhaga. Que bom.
Eu bem me esforço por não ligar muito a Saramago, mas é difícil. Agora, o militante do PCP que um dia anunciou um voto em branco nas eleições, diz que haver pavilhões diferentes uns dos outros na Feira do Livro é discriminar as classes sociais. Para Saramago, é claro, era tudo igual: pavilhões, livros e pessoas. E jornalistas. Os que encontrou diferentes da cartilha do PCP ele saneou-os. Tem bom remédio: tente sanear os pavilhões de que não gosta. Eh, eh.
(publicado n'O Carmo e a Trindade)
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