O Partido Trabalhista aprovou hoje a entrada no Governo de coligação de direita em Israel, liderado pelo Likud, de Benjamin Nethanyahu, de acordo com uma televisão israelita, citada pela agência AFP. Revejam, por favor, as entradas todas que escreveram por esses blogues afora sobre o desastre que seria um tenebroso Governo da extrema-direita obscurantista, radical, extremista e tal e tal de Nethanyahu...
vitória escassa de Tzipi Livni nas eleições legislativas em Israel, de acordo com todas as sondagens das televisões israelitas. O Kadima apresta-se assim para vencer o Likud de Benjamin Netanyahu. À tangente. Assim vai a vida da ditadura israelita, de acordo com Ruben de Carvalho, segundo ouvi na SIC Notícias um dia destes, contando na altura com a assessoria em arabismo de Angelo Correia (e não fui só eu que reparei)...
Israel iniciou a retirada gradual das suas tropas da faixa de Gaza. Provando assim mais uma vez que falou verdade quando afirmou que retiraria quando os seus objectivos de neutralização do agressor Hamas estivessem atingidos. "Podem lançar os fogos"..
Já Israel tinha declarado o cessar-fogo unilateral ainda o Hamas lançava rockets, continuando a provocar Israel. Agora parece, com eles nunca se pode acreditar, que aceitam o cessar-fogo e concedem uma semana para que Israel abandone o território. O problema do Hamas e do Hezbollah é que combatem Israel por procuração. O Irão está a divertir-se na região, fazendo uma guerra sem entrar nela. O Hamas que despreza os palestinianos e os uiliza e manipula para o seu objectivo que é o do Irão, ou seja destruir Israel, nunca parará enquanto os deixarem andar. Eles são um biombo do Irão. Vejam e preparem-se enquanto é tempo.
(publicado no Camara de Comuns)
Este anúncio por Israel de um cessar-fogo unilateral é um passo concreto para a paz e uma bofetada de luva branca. Se assim fôr, mais uma vez ficará nas mãos dessa inofensiva organização de caridade e benfeitorias que é o Hamas mostrar se querem mesmo o fim das hostilidades ou se vão continuar a provocar Israel.
Portugal não autoriza sobrevoos ou aterragens em aeroportos portugueses de aeronaves que transportem material militar para Israel enquanto se mantiver a operação israelita em Gaza, indicaram hoje fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Ora aqui está um ministro humanitário dia sim dia não. Para Luís Amado, uns seres acorrentados vestidos de cor de laranja tudo bem. Armas para Israel se defender de terroristas tudo mal. Estou comovido com o sentido humanitário deste Mistério, perdão, Ministério. Será que o assunto também vai para a moção de Sócrates para dar uma de esquerda bem pensante?
O Hamas quer negociar tempo. Um ano por uma semana. Daqui a um ano já se pode continuar a guerra. Isto deve ter a ver com os prazos de garantia dos rockets.
"Confirma-se que mais uma vez uma cadeia de televisão europeia, a France 2, transmitiu imagens falsas numa reportagem que dedicou ao ataque israelita a Gaza. Crianças mortas e uma casa destruída ilustravam os efeitos dramáticos entre os civis palestinianos dos bombardeamentos efectuados pelo exército de Israel. Poucas horas após a emissão da reportagem concluía-se que destas imagens apenas os cadáveres e o prédio destruído não foram ficcionados. Aquelas pessoas morreram mas não morreram a 5 de Janeiro de 2009, como afirma o jornalista da France 2, mas sim a 23 de Setembro de 2005. Também não morreram na sequência dum ataque israelita mas sim no resultado da explosão acidental dum camião que transportava rockets do Hamas dentro do campo de refugiados de Jabalya."
Livro de Estilo para Referir Israel, por Helena Matos, no Blasfémias.
O Governo israelita recusou os termos do cessar-fogo proposto pelos diplomatas europeus, dizendo que tentou tudo para resolver o problema antes da ofensiva. Obviamente que os diplomatas europeus ficaram sentados nos seus cadeirões enquanto Israel foi atacado e quando o Hamas declarou unilateralmente o fim do último cessar-fogo. Lamentavelmente, a diplomacia europeia é complacente com tudo o que se passa na Palestina, mesmo quando isso se vira contra os próprios palestinianos. Agora é muito mais difícil. Muito mais.
O Hamas quer destruir o Estado de Israel. O Hamas combate a Fatah, a força moderada palestiniana com quem Israel tem dialogado no sentido de lograr uma paz tão exigida e desejada na região. Há anos que o Hamas ataca e provoca Israel com rockets e atentados suicidas. Israel defende-se e decide tentar eliminar o braço militar do Hamas (haverá outros?...). O resultado é este. Quem se defende passa por agressor, como se devesse existir uma espécie de dever de morrer às mãos do terrorismo. Para mostrar a superioridade. Dos cemitérios, é claro.
"No Sul de Israel, os habitantes queixam-se de não ter vida por causa dos rockets do Hamas. Sderot, a cidade mais afectada, perdeu metade da população nos últimos 8 anos, a economia está estagnada, as crianças têm medo. Agora, os rockets do Hamas começam a chegar mais longe e a cidades maiores, como Ashdod e Ashkelon, onde já fizeram vítimas mortais.".
O lado de que não se fala não existe. Só há civis de um lado. Só há vítimas civis de um lado. Não. Há dos dois lados.
Uma pena que Bank Ki-Moon não tenha feito a mesma consideração sobre a inaceitabilidade da violência em Gaza quando era só o Hamas a atacar Israel. Uma pena.
Depois de ter denunciado unilateralmente o cessar-fogo com Israel, o Hamas já está disposto a assinar outro cessar-fogo. Compreende-se porquê. Perante a reacção de Israel, o Hamas percebeu que não pode brincar impunemente aos rockets e aos atentados.
Os factos de Gaza:
19 Junho - É assinada uma trégua para a Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas
24 de Junho - Militantes palestinianos lançam trêm rockets contra o sul de Israel, violando a trégua apenas alguns dias depois de ela ser acordada.
25 de Junho - Israel lança um ataque em retaliação, matando uma pessoa. A fronteira é fechada.
19 de Dezembro - Hamas não renova trégua de 6 meses com Israel.
20-26 Dezembro - Hamas lança ataques contra o sul de Israel. Os ataques são de tal maneira indiscriminados que chegam a atingir duas crianças palestinianas.
27 de Dezembro - Preparando uma ofensiva terrestre, Israel lança um ataque sobre as instalações de segurança do Hamas construídas no meio da cidade. Morrem mais de 200 pessoas, muitas das quais civis.
28 de Dezembro - A contagem dos mortos é seguida pela comunidade internacional. O Hamas, sabendo que os números jogam a seu favor, faz os possíveis para os aumentar, impedindo o tratamento de feridos. A imprensa relembra as palavras de Obama durante a campanha: “If somebody was sending rockets into my house where my two daughters sleep at night, I’m going to do everything in my power to stop that. And I would expect Israelis to do the same thing.”
A oportuna cronologia é de Carlos Guimarães Pinto, n' O Insurgente.
O Hamas, aquele pacífico e simpático movimento do Médio Oriente, pôs fim unilateral ao cessar-fogo com Israel. Israel sofreu um ataque de rockets lançados a partir de bases do Hamas. Istrael contra-atacou causando mortos e freridos na faixa de Gaza. Obviamente o mau da fita é Israel. Nunca mais ninguém consegue convencer os israelitas a deixarem-se matar pacificamente. Uma maçada. Vá Obama, resolve.
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