O Irão está a ferro e fogo. Neste momento ouvem-se tiros em Teerão e a situação está explosiva. Tudo o que se passar no Irão vai afectar irremediavelmente não apenas a vida internacional mas a nossa vida quotidiana. Basta pensar numa eventual nova subida do preço do petróleo que ponha em causa a tão desejada recuperação da crise. Obama será posto à prova e corremos o risco de ainda vir a compreender a agenda de George W. Bush à luz dos acontecimentos de hoje. Resta saber se Obama será um presidente "à Carter", do tipo "fala, fala, mas eu não o vejo a fazer nada" ou se, pelo contrário se revelará um político à altura do momento.
Um bombista suicida fez-se explodir perto do santuário do fundador da República Islâmica, ayatollah Ruhollah Khomeini, em Teerão. É uma suprema ironia ver os amigos da Al Qaeda serem vítimas dos métodos que andaram a propagar pelo mundo árabe inteiro contra os EUA e o Ocidente em geral. Bombistas suicidas e candidatos dispostos a tudo, mesmo ao martirio. Deus não dorme. Ou será Alá?
Também no Líbano há boas notícias. Também no Líbano as sondagens falharam. Contrariando as sondagens, a coligação pró-ocidental liderada por Saad Hariri, no poder desde 2005, venceu as legislativas de ontem no Líbano, superando as formações lideradas pelo movimento xiita Hezbollah. Perde o Hezbollah, perde o Irão.
O “ayatollah” Ali Khamenei, Guia Supremo iraniano, disse hoje que a proposta de Obama para a melhoria das relações entre os dois países não passa de um “slogan”, mas garantiu que o Irão vai responder se os Estados Unidos fizerem alterações concretas na sua política. E nós, teremos o direito de exigir também mudanças concretas na política iraniana? O direito de exigir é recíproco ou o "ayatollah" só "tollah" para um lado?
Obama anunciou ontem que pretende criar 4 milhões, sim, leram bem, milhões de empregos. Tal qual Sócrates prometeu na campanha eleitoral criar 150.000. Agora, Obama pretende uma nova abordagem com o Irão no respeito do seu povo. Ora aí está uma espécie de Sócrates romântico e à escala americana, ou seja, em grande. O actual Irão com o líder que tem é mesmo sensível a novas abordagens. Um piedoso, este Obama.
(publicado no Camara de Comuns)
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