A zona euro tornou-se na zona neuro.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, reconheceu de forma inaudita e inédita, até aqui pouco usual, que "o país adaptou-se mal ao choque da integração na união económica e monetária" europeia. A "rápida convergência" de Portugal resultou num "processo de divergência paulatino" a partir da integração no "núcleo duro" da moeda única europeia, há dez anos. Daí advieram problemas estruturais para o país, como a existência de um "Estado pouco eficiente, uma economia pouco competitiva e uma sociedade com pouca autonomia, excessivamente dependente do Estado", afirmou o imprudente ministro Amado.
"O Governo procurou reagir" com um programa de reformas e de contenção orçamental, mas a crise internacional veio "interromper um processo de recuperação que o país vinha seguindo", reconheceu o ministro, apontando: "No momento em que é preciso mais intervenção do Estado, o Estado tem limitações e constrangimentos orçamentais inquestionáveis. No momento em que a economia se devia flexibilizar e adaptar rapidamente a uma mudança de ambiente tão drástica, as fragilidades do tecido produtivo português sobressaem. E no momento em que precisávamos de uma sociedade mais forte, com níveis de bem-estar sustentáveis, a fraqueza do tecido social evidencia-se".
Neste contexto, só com "esforço e sacrifício" Portugal se manterá no núcleo duro da União Europeia (UE), a que quis pertencer desde o primeiro momento, frisou o governante.
Estas afirmações passaram relativamente despercebidas e foram feitas num encontro com diplomatas estrangeiros
Que era preciso entrar no euro para acabar com o défice do Estado, diziam-nos os fundamentalistas do euro. Viu-se. Que era preciso entrar a toda a velocidade no euro para acabar diminuir a dívida pública. Viu-se. Hoje, a dívida pública ascende ao valor recorde de 64% do PIB, segundo os números inseguros do Governo. Estamos conversados sobre o sucesso dos argumentos de quem forçou o euro.
Ninguém queria ouvir os argumentos
(publicado na edição de hoje do Semanário)
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