Segunda-feira, 09.11.09

"Em primeiro lugar, a construção do muro pelas autoridades da República Democrática Alemã foi seguida com uma grande placidez pelas potências ocidentais em Agosto de 1961. Tive oportunidade de consultar em Boston, nos arquivos do Presidente Kennedy, alguns documentos que demonstram o embaraço, mas também a paciência, com que se encarou em Washington essa medida, vista como puramente defensiva, senão circunstancial, em termos da divisão da Alemanha."

 

José Medeiros Ferreira, Vida e Morte do Muro de Berlim, a ler no "i".



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"Sr. Gorbachev, derrube este muro", disse Ronald Reagan.



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Sábado, 15.08.09

O Hamas, isso mesmo, o Hamas. Ele há notícias extraordinárias!



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Segunda-feira, 29.06.09

Madoff foi condenado a 150 anos de prisão. O paraíso do capitalismo é rápido e eficaz a julgar e punir quem viola a lei. Já por cá, 150 anos, só se fôr mesmo o tempo que duraria o processo...


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publicado por Jorge Ferreira às 18:33 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Domingo, 22.03.09

A responsável do Conselho Económico Consultivo do presidente norte-americano disse hoje que o Governo precisa da ajuda dos investidores privados na compra de activos tóxicos que estão a sobrecarregar os balanços dos bancos. Afinal, parece que o Estado não dá para tudo, nem em momentos de crise. Afinal, parece que é necessário regressar ao neo-liberalismo. Foi manifesta exagerada a notícia da ressurreição das nacionalizações e do socialismo de Estado...
 


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publicado por Jorge Ferreira às 19:45 | link do post | comentar

Quinta-feira, 12.03.09

Marc Litt, o Procurador do processo Madoff, já anunciou já que irá pedir uma pena de prisão de 150 anos. Não me digam que descobriram o elixir da vida eterna para o homem poder cumprir uma pena destas...


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publicado por Jorge Ferreira às 18:41 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Terça-feira, 03.02.09

Ao princípio foram os símbolos e a propaganda. As ordens para encerrar Guantánamo, acabar com as prisões secretas da CIA e proibir tortura e técnicas duras de interrogatório fizeram as manchetes no início da presidência de Obama. Mas entre as ordens executivas assinadas pelo Presidente dos EUA há duas semanas, passou mais desapercebida a decisão de manter intacto um programa controverso da Administração Bush: os raptos secretos e transferências de prisioneiros para países que cooperam com os Estados Unidos, conhecidos como “rendições”. Claro: yes, he can do it. Aguardam-se as reacções dos blogues de esquerda sobre mais esta desilusão.



publicado por Jorge Ferreira às 14:34 | link do post | comentar

Sexta-feira, 23.01.09

O país, com a boçalidade de que infelizmente dá regularmente provas, entusiasmou-se por poder vir a ter um cão de água na Casa Branca. Por mim, tenho a confessar que me é absolutamente irrelevante saber a origem geográfica do cão das filhas do novo messias, entronizado pela comunicação social. Obama, que teve de jurar duas vezes cumprir a Constituição porque se enganou no primeiro juramento e que foi apresentado pelo speaker da cerimónia de posse sem um dos seus nomes, precisamente o do meio, o tal, o Hussein, aposta forte no marketing, é bem fabricado, é bom na performance e obviamente beneficia de um estado de graça que consente tudo aquilo que em Bush seria uma tragédia universal.

 

Obama é uma espécie de Sócrates em bom. Conseguiu brilhantemente a improvável eleição contra o sistema de Washington representado pela senhora Rodham Clinton e o mundo precisa que a Presidência lhe corra bem. Mesmo quem não alinha nas orações que se fazem na comunicação social em louvor do novo pastor e mesmo que se discorde de muitas das suas rezas, cumpre reconhecer que seria uma tragédia que a todos afectaria se corresse mal.

 

Ora, sucede que no país do cão acontecem, apesar de tudo, algumas coisas. Acontece um Primeiro-Ministro afirmar com a maior tranquilidade do mundo, que desta vez as previsões económicas do Governo “são sérias e responsáveis”, apesar de já terem sido desmentidas pela Comissão Europeia e apesar de qualquer cidadão de média inteligência perceber que a crise não autoriza a arrogância da afirmação. Acontece uma maioria absoluta que é suspeita de condicionar a liberdade de um jornal publicar notícias que comprometem os seus membros no caso Freeport, usando para isso um banco privado (privado?...). Acontece uma oposição sem chama, sem credibilidade, sem força e sem projecto, que já foi experimentada no Governo e não fez melhor do que o PS está a fazer.

 

Isto num ano de profunda crise, em que os portugueses entregam ao Estado um euro em cada dois do que produzem, alimentando um monstro insaciável que não revela capacidade de se reformar e de se conter na despesa.  Resta-nos a consolação das lateralidades. A consolação pacóvia do cão de água, a consolação do grande CR7 que definitivamente não deve ser convocado para entrevistas mas apenas para jogar à bola e a consolação de já terem passado 22 dias do ano da desgraça de 2009. Faltam apenas 343 dias para 2010.

 

(publicado na edição de hoje do Semanário)

(Cão de água português)

 



publicado por Jorge Ferreira às 00:12 | link do post | comentar

Quinta-feira, 22.01.09

Em plena época de crise e incerteza no futuro George Olmert (nome incómodo cuidadosamente omitido e abreviado para O. durante a cerimónia de posse) Bush escandalizou os norte-americanos gastando 131 milhões de dólares nas festas, bailes e demais acontecimentos organizados para ornamentar a sua posse, o que foi visto como uma afronta. Com uma operação de segurança nunca vista no perímetro abrangido pelas cerimónias, Bush fez jus à sua falta de jeito para as cerimónias públicas, fazendo o juramento com uma palavra errada, o que obrigou o Presidente do Supremo a fazer outra cerimónia, desta vez, mais íntima, na Casa Branca, para repetir o juramento como deve ser. Os americanos nem queriam acreditar no que estavam a ver e a ouvir. A primeira dama, entretanto, também entrou com o pé esquerdo, tendo escolhido um estilista de origem israelita e um costureiro da Coreia do Sul para desenhar os trajes que usou na posse do marido. Até agora, entretanto, desconhece-se o pensamento de Bush sobre as denúncias do impacto ambiental da cerimónia da tomada de posse. Os americanos estão entretanto conformados com a ideia de viverem com um Presidente em estado de desgraça durante os próximos quatro anos.

 

(Com a ajuda da Helena Matos)



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Quarta-feira, 21.01.09

Verifico com agrado o encantamento geral que vai por cá com o sistema presidencialista. O dos EUA. E se fosse cá?



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Terça-feira, 20.01.09

Andam para aí almas obamicas surpreendidas com a afirmação de que Bush (perdão, não sabia que hoje era proibido falar de Bush, ops!...) foi o mais popular Presidente de sempre. Foi. A seguir ao 11 de Setembro. A forma como ele desbaratou essa popularidade até se tornar o mais odiado de sempre é outra conversa.


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publicado por Jorge Ferreira às 12:42 | link do post | comentar | ver comentários (3)

Hoje é o dia do mundo deprimido ser todo obamaníaco enquanto se pode. A dura realidade americana e internacional - os EUA não são omnipotentes mas são a única superpotência, o que os torna decisivos para todos - impor-se-á demolidoramente depois das festas. Até agora tomava-se partido pelos candidatos americanos à Casa Branca pelo que eles diziam sobre o mundo, pouco nos interessando o que propunham para a política interna americana. Desta vez, ambas as coisas têm a ver com todos, atenta a crise globalizada que se vive à escala planetária. Há excessivas expectativas sobre Obama, que se explicam em grande parte pelas consequencias da talvez mais difícil presidencia da história americana que foi a de George W. Bush. O mais popular Presidente de sempre e também o mais odiado será talvez o único que sai da Casa Branca à espera que a História lhe faça justiça. É a sua única esperança e, todavia, não é difícil perceber que todos lhe devemos mais do que aquilo que é politicamente correcto admitir, não obstante os erros, os disparates e as gaffes. Obama vai poder continuar a alimentar as ilusões do povo da esquerda com duas ou três medidas bem gerudas no tempo e a que não deixará de dar o devido relevo simbólico, como é o caso do encerramento, embora a prazo e com muita calma, da prisão de Guantanamo. Mas não hesitará em defender os interesses americanos, como é timbre de todos os Presidentes, mesmo que isso seja contrário aos interesses dos europeus que há muito decidiram empanturrar-se em manteiga e deixar de comprar canhões.

(Foto)

 

(publicado no Camara de Comuns)



publicado por Jorge Ferreira às 10:31 | link do post | comentar

Segunda-feira, 15.12.08

As coisas parece que andam agitadas em Chicago e Washington. O governador do Illinois Rod Blagojevich está à beira da demissão, depois de ter sido apanhado a vender o lugar do senador Obama e o chefe de gabinete de Obama, Rham Emanuel, também ele oriundo de Chicago anda a fugir aos jornalistas. Isso mesmo: parece que há escutas em que o belo do Ralph combina, articula, comenta alguns dos potenciais adquirentes do lugar do chefe, isto depois de Obama ter afirmado "estar confiante" que ninguém da sua equipa terá estado envolvido nesta negociação tão, tão, tão mafiosa que só se julgava admissível no horrível Partido Republicano do horrível Bush. Depois das proclamações éticas de Obama durante a campanha, não começamos mal. Ah, entretanto parece que as negociatas eram mais pelo lado dos Clinton, não era?...

(Obama e Emanuel)



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Sexta-feira, 05.12.08

A Europa em peso queria mesmo era ter votado nas eleições presidenciais americanas. Os americanos não têm uma história milenar e gostam de preencher a lacuna comprando monumentos antigos na Europa para os montar piéce par piéce nos seus ranchos. Os europeus, que não querem gastar dinheiro com ninharias como a defesa, gostariam mesmo era de votar nas eleições americanas, onde sentem que se decide muito do futuro da Humanidade. É uma relação esquisita mas é mesmo assim.

 

Ora, depois de oito anos de Bush, as esquerdas europeias julgaram ver em Obama uma espécie de reencarnação de Lenine, mas eleito por voto popular, a comer hamburger e a beber coca-cola, pequenos vícios imperialistas toleráveis em tão arrojada alma presidencial que se avizinhava. Numa palavra, o Presidente perfeito para o mundo. Os europeus não votaram, mas também não foi preciso porque Obama ganhou na mesma. O pior ainda estava para vir.

 

Subitamente as loas a Obama cessaram nas crónicas, nos blogues, nas conversas de café dos recém-especialistas em americanologia, diplomas obtidos na leitura dos sites americanos sobre política e nos blogues americanos credenciados, quais jornalistas, para cobrir as primárias e as secundárias e as terciárias norte-americana.

 

Esta semana, Obama, que afirmou querer matar Osama Bin Laden durante a pré-campanha e que cometeu várias gaffes tal e qual o bronco Bush, escolheu a sua equipa para governar o mundo, ou sejam os Secretários de Estado Hillary Clinton e Robert Gates e o conselheiro de segurança nacional Jim Jones. Um susto para as esquerdas atónitas, ainda na ressaca da vitória.

 

Por junto, Obama serviu-lhes dose cavalar. Hillary é uma espécie de falcão fêmea em matéria de política externa. Votou a favor da invasão do Iraque e afirmou preto no branco que invadiria o Irão se necessário. Ora toma. Robert Gates é, nada mais nada menos do que o actual Secretário da Defesa de Bush, sucessor do célebre Rumsfeld. E Jim Jones foi tão-só comandante supremo da NATO.

 

Pois é: na América a política tem razões que a razão desconhece e não, não é um alinha recta, ou seja, o caminho mais curto entre dois continentes. Obama é americano e no catálogo americano não entram as parvoíces românticas com que as esquerdas europeias gostam de se entusiasmar.

 

Certamente que Obama não deixará de dar uns toques à esquerda. Fechará Gunatánamo, dará prioridade ao Afeganistão em detrimento do Iraque, o que nem está mal visto. As esquerdas mundiais terão assim argumento para continuar a defender o homem. Agora, as grandes coordenadas da política externa e de defesa americana, tirem o cavalinho da chuva. Serão as mesmas porque são constantes.

 

Se eu fosse americano teria votado McCain. Apesar de tudo prefiro os originais. Mas nunca me preocupei excessivamente com a previsível vitória de Obama. Bom negócio mesmo nestes tempos de crise deve ser o dos lenços de papel. Conheço muita gente com muita lágrima para secar com os primeiros passos de Obama. Em todo o caso, num certo sentido, todos podemos dormir um pouco mais tranquilos. E com uma enorme vantagem: Jon Stewart terá material de sobra para mais quatro anos de Daily Show, que não tenciono perder, até para arejar do seguidismo que por cá vigora em relação ao poder.

(publicado na edição de hoje do Semanário)

(Foto)

 


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Sexta-feira, 21.11.08

Se Hillary Clinton fôr a Secretária de Estado de Obama como o New York Times avança esta noite os EUA passarão a ter uma liderança bicéfala. Um liderança para dentro, outra, bem diferente para fora. Os obamistas que já se encontram desiludidos deverão passar em breve à oposição.


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publicado por Jorge Ferreira às 22:22 | link do post | comentar

Segunda-feira, 10.11.08

Histórico mesmo foi o martelar do Muro de Berlim. Nesse dia começou um mundo novo, ao qual, em boa verdade, ainda nos estamos a adaptar. Tudo era mais fácil quando havia o lado dos bons e o lado dos maus, isto é, o lado do Ocidente, liderado pelos EUA e o lado do leste, liderado pela URSS.

 

Agora, parece que há bons e maus por todo o lado, o que é bem mais representativo da realidade. Afinal de contas o maniqueísmo, a bipolarização, distorcem sempre a realidade. Na política internacional e na política interna. Por cá também há um muro a derrubar. Quando será?

 

(Foto)



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Sexta-feira, 07.11.08

Terminou finalmente o longo, cansativo, caro, global e desgastante processo eleitoral democrático do mundo: as eleições presidenciais americanas. No início do processo eleitoral poucos apostariam que as eleições viriam a ser disputadas por McCain, avesso à ortodoxia republicana e a muitas decisões da Administração Bush, e por Barack Obama, que decidiu ousar desafiar a poderosa máquina do clã Clinton. Eles eram dois candidatos improváveis, que as forças nucleares dos republicanos e dos democratas não queriam.

 

A verdade é que contra todas as expectativas ganharam as respectivas nomeações e fizeram uma campanha notável. Ambos a correr por fora, ambos pouco confortáveis para os seus partidos, embora tudo o mais os separasse.

 

Quanto a McCain, fez uma campanha absolutamente heróica, à imagem e semelhança do que foi a sua vida e a sua carreira política. Esteve simplesmente derrotado, abandonado e falido no início da corrida. Sem dinheiro e sem staff. Apenas ele acreditava. Mais uma vez, reergueu-se e teve um resultado notável considerando a conjuntura adversa, a herança Bush e, mesmo num crucial momento da decisão eleitoral de milhões de americanos, o eclodir da crise financeira, que se tornou o principal assunto da vida dos americanos, o decisivo tema da campanha e que lhe caiu em cima de modo fulminantemente comprometedor.

 

Quanto a Obama, teve na competição com a supostamente infernal máquina política dos Clinton (uma espécie de bloco central doméstico) o seu maior teste. Ao contrário do que é lugar comum ler por aí, não penso que o racismo tenha sido um problema. Se o fosse nunca Obama teria obtido a nomeação, quanto mais ganho as eleições. Eu teria votado McCain, embora reconheça que talvez fosse o candidato certo no tempo errado. Discordo das propostas de Obama e desconfio profundamente da distância que existe entre o embrulho e o conteúdo. Não pode ser só o ódio vigente contra Bush a explicar a reunião de tantas simpatias pelo novo Presidente americano, como as que vão do Hamas a Fidel e Chavez, passando por gente sensata e equilibrada e alguma outra que ainda admira Salazar. Definitivamente, este gigantesco partido de ocasião não dá confiança.

 

Ao longo da campanha foram desfilando os habituais clichés da esquerda contra o candidato republicano. Exemplo disso foram os fantasmas agitados preventivamente acerca de eventuais fraudes que a Administração estaria a congeminar para derrotar Obama, como se Bush fosse o melhor amigo de McCain… que Obama era o candidato do mundo contra o candidato prisioneiro da madame Alaska… ques e mais ques.

 

No final, Obama ganhou, McCain perdeu e ambos fizeram dois discursos notáveis na noite da decisão.

 

Estas eleições americanas foram um momento magistral de política. Ilustrado, aliás, por uma afluência maciça às urnas num país que costuma revelar alguma indiferença pela escolha, através de um sistema eleitoral complexo, do seu Presidente que é também o seu Primeiro-Ministro. Que nos deu a perceber melhor a diferença com os momentos políticos banais e medíocres que se vivem por cá.

(publicado na edição de hoje do Semanário)

 


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Quarta-feira, 05.11.08

Ainda o homem está a dormir e a escolher o cão que vai oferecer à filha e já Obama começa a sofrer as primeiras pressões. Os analistas dos principais meios de comunicação norte-americanos dizem que o novo Presidente, que só toma posse em 2009 e a sua maioria democrática no Congresso têm obrigatoriamente de começar desde já a fazer face à crise financeira e económica que assola o país e o mundo e a muitos outros problemas pendentes. Os Messias são assim: têm de estar abertos 24 horas por dia.


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publicado por Jorge Ferreira às 23:33 | link do post | comentar

Obama é, enfim, Presidente. Ele dizia que pode. A partir de agora, deve. Se é ou não uma mudança histórica, só o futuro o dirá. Veremos como é que Obama vai gerir as expectativas que criou e que vão de Hugo Chavez e Fidel Castro a Luís Guedes, do CDS.


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publicado por Jorge Ferreira às 15:47 | link do post | comentar | ver comentários (3)

A esta hora da noite McCain ainda não perdeu as eleições!


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publicado por Jorge Ferreira às 01:08 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Segunda-feira, 03.11.08

 

Hoje, John McCain, como ao longo de toda a sua vida, tem tudo contra si. O mundo elegeu Obama. Os jornais elegeram Obama. As sondagens elegeram Obama. Os blogues, salvo raras e honrosas excepções e até os mais inesperados, elegeram Obama. Palin, apesar dos serviços republicanos prestados, elegeu Obama. Ora porque tem uma voz dos anos cinquenta, ora porque tem setenta e tal anos, ora porque... sim. Para toda esta gente, as eleições de hoje são absolutamente desnecessárias. Um pró-forma. Bem sei que toda esta mesma gente, a começar pela esquerdalhada que tem viajado à boleia de Obama, se vai desiludir se Obama chegar onde eles todos querem que ele chegue. Mesmo assim, eu votaria McCain, se fosse americano. Homens desta tempera é do que a política precisa. De autómatos de propaganda, sejam brancos, pretos, ou seja lá de que cor forem, estou farto. E se McCain ressuscitar outra vez? Aí é que eu me ria. 

 

(Foto)


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publicado por Jorge Ferreira às 22:57 | link do post | comentar | ver comentários (4)

Segunda-feira, 27.10.08

 

Obama está ungido como próximo Presidente dos EUA. Nos jornais, no marketing, na moda, nas televisões. Para John Mccain, candidato que prefiro, ganhar as eleições parece uma missão impossível. Mas também não seria o primeiro a consegui-las. Às missões impossíveis.

 

(Foto)


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publicado por Jorge Ferreira às 12:31 | link do post | comentar

Terça-feira, 14.10.08

Dia 16 de Outubro há muito que ver e ler. O último debate entre Mccain e Obama pode ser visto em directo aqui, às duas da manhã, hora portuguesa. Já às 15.30 horas, no Auditório Afonso de Barros, no ISCTE, é lançado o livro "Corrupção e os Portugueses", de Luís de Sousa e João Triães, com apresentação de Maria José Morgado. O livro é editado pela RCP Edições. Um dia cheio.

 



publicado por Jorge Ferreira às 14:14 | link do post | comentar

Quinta-feira, 02.10.08

Calma. Não escrevam nada. É melhor esperar pela votação na Camara dos Representantes. À cautela. Não vá o diabo tecê-las outra vez.


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publicado por Jorge Ferreira às 10:38 | link do post | comentar

Terça-feira, 30.09.08

No preciso momento em que os EUA discutem como salvar o capitalismo financeiro, a China vê o seu primeiro astronauta regresssar de uma missão espacial e anuncia que o próximo passo é chegar à Lua. Coincidências.


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publicado por Jorge Ferreira às 14:42 | link do post | comentar

Segunda-feira, 29.09.08

Os mercados estão a reagir mal ao plano de recuperação anunciado por Bush. Esta crise do capitalismo financeiro não é a primeira nem será a última. Mas serve para reflectir. Quando o capitalismo financeiro se desliga da economia real entra em crise. Produzir é preciso. Para distribuir riqueza a folha de Excel ainda não chega.


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publicado por Jorge Ferreira às 17:09 | link do post | comentar

Sexta-feira, 26.09.08

McCain decidiu ir ao debate com Obama. Por muito desfavorável que seja o momento económico, a verdade é que não ir, o efeito da cadeira vazia, seria eleitoralmente mortífero para o candidato republicano.


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publicado por Jorge Ferreira às 18:54 | link do post | comentar

Segunda-feira, 15.09.08

Se o FMI não está surpreendido com a falência do Lehman Brothers, quem sou eu para estar? E já agora: poderiam ter avisado antes sobre a ausência de surpresa sobre este facto, assim como fazem nos EUA com os furacões, em que avisam antes e quem quer morrer fica em casa mas é lá com eles? E já agora: poderia o FMI informar se vai acontecer mais alguma coisinha brevemente que não lhes seja surpreendente?


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publicado por Jorge Ferreira às 18:27 | link do post | comentar

Segunda-feira, 08.09.08

Há mesmo eleições nos EUA, é um texto que publiquei no Sempre a Produzir, que é sempre bom e interessante ler. Agradeço o simpático convite do Johnnyzito para escrever no Sempre a Produzir, que muito me honrou.


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publicado por Jorge Ferreira às 21:49 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sexta-feira, 08.02.08
Se não sabe quem é o seu candidato à Casa Branca, é fácil. É só fazer o teste aqui (via Direito de Opinião).

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publicado por Jorge Ferreira às 13:17 | link do post | comentar

As eleições americanas transformaram-se no maior espectáculo político do mundo, vendido como tal. Só que desta vez é mais do que espectáculo. É uma verdadeira decisão democrática com implicações no futuro de todos. É verdadeiramente comovente ver como todas as esquerdas europeias, sobretudo as esquerdas “Armani” acompanham com tanto entusiasmo o que se passa no país que passam a vida a abjurar. Até a esquerda, pois, faz a sua directa a ver a CNN para saber os resultados das primárias. Os candidatos suspenderam a campanha para os americanos assistirem à final do Super Bowl, mas isso durou um dia. O espectáculo político vai durar até às eleições propriamente ditas.

Na super terça-feira (nunca percebi as maiúsculas nesta expressão) muito se decidiu. Decidiu-se quem vai ser o candidato republicano e decidiu-se que os democratas ainda não sabem quem querem que seja o seu. Hillary ganhou avanço mas não a vitória. Obama tremeu, mas ainda não perdeu. Vantagem de McCain: a partir de agora pode começar a campanha para a Casa Branca enquanto os seus eventuais adversários ainda terão de discutir nas televisões os clientes mais sinistros dos seus respectivos escritórios de advogados, como já fizeram.

Da terça-feira há dois dados importantes a reter.

O primeiro é este: quem até agora consultasse a comunicação social parecia que os democratas estavam a escolher o futuro Presidente dos EUA. Nada mais existia. A partir de agora parece que vão ter de aturar um maçador candidato republicano que tem fortes hipóteses de ganhar, até porque tem no curriculum uma nítida discordância com Bush e de quem este não esconde que não gosta.

O segundo é este: a vitória de Clinton no Massachusets tem um significado especial. Obama, o candidato chique, simpático, cativante, com voz soul, que tem uma simpática e oportuna avó nos confins do Quénia, escolheu um slogan para a sua campanha que pareceu apropriado ao fim de um ciclo político que termina com uma enorme crise económica nos EUA: “Mudar”. Pois não se sabe bem o quê, para quê, onde, como e com quem, mas também as campanhas não tratam de minudências. Ora, o candidato que promete mudar chegou ao Massachusets e apresentou-se com uma guarda de honra de meter respeito, no Partido, na América e em qualquer parte do mundo: o clã Kennedy, com todo o seu peso clientelar, com toda a sua história quase mítica na política americana, com todo o seu aparelho político familiar. Ou seja: o candidato da mudança apresentou-se com o passado. Com a arqueologia do Partido Democrata, como diria por cá o Primeiro-Ministro que fica aflito com notícias dos anos oitenta. Resultado: perdeu para Clinton.

Este facto transportou-me para a realidade política portuguesa. Não é possível prometer mudar exactamente com os mesmos que foram mudados. É uma lei da vida. Ainda não foi inventada maneira de transformar múmias egípcias em reis do futuro. É por isso que nem PSD nem CDS vão a lado algum no estado em que estão. Aprendam com Obama, por muito que lhes custe. Sob pena de aprenderem à sua custa. Já em 2009. Outra vez.
(Foto)

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publicado por Jorge Ferreira às 00:07 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quinta-feira, 07.02.08
Ler esta análise de Bruno Alves, no Desesperada Esperança.

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publicado por Jorge Ferreira às 23:56 | link do post | comentar

Quarta-feira, 06.02.08
Ocorre que Luís Filipe Menezes ainda não mostrou nada. Falso: mostrou alguma coisa, mas de pior em relação a Marques Mendes. Como ocorre, na ressaca da remodelação, que a esquerda-extrema ralha, ralha, ralha, mas vai a correr para o cadeirão assim que lhe assobiam. Como ocorre que todos falam, falam, falam, mas não perdem pitada das presidenciais norte-americanas. Como ocorre que nos tempos de hoje está desculpada a ilegalidade, desde que ocorrida nos tempos de ontem e fosse praticada por todos os cidadãos. Como ocorre que se o Padre fosse vivo talvez não se dedicasse aos sermões mas passasse à clandetsinidade.


publicado por Jorge Ferreira às 14:40 | link do post | comentar

(Foto)

Apesar da comunicação social apresentar as primárias norte-americanas no Partido Democrático como sendo quase a selecção do futuro Presidente dos EUA, não estou convencido que o Partido Republicano tenha as eleições perdidas, sobretudo se se confirmar a nomeação de McCain, de quem, aliás, Bush não gosta, o que se pode revelar um trunfo precioso. Já agora: Obama, que se rodeou das famílias do passado no Massachussets, Kerry e a mais poderosa máquina político-familiar dos EUA, os Kennedy, perdeu as eleições nesse estado. Ou seja: a bandeira da mudança não admite arqueologia política.

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publicado por Jorge Ferreira às 02:00 | link do post | comentar

Sexta-feira, 11.01.08
(Ai, ai)

Vejo grande excitação à volta das eleições para a escolha dos candidatos Republicano e Democrata à sucessão de Bush, nos EUA. Mas verifico também que a grande questão da campanha é uma lágrima. O debate sobre quem vai disputar o lugar gira, isso mesmo, em torno de uma lágrima. Atenção: a lágrima é de branca. Se fosse uma lágrima de preta, o debate seria um bocado mais ideológico. Mas é de branca. O Obama está tramado.

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publicado por Jorge Ferreira às 15:15 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Segunda-feira, 11.06.07
Como o filho de Kruschev vê a actual situação de tensão entre os EUA e a Rússia.

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publicado por Jorge Ferreira às 09:56 | link do post | comentar

Terça-feira, 05.06.07
"Lewis "Scooter" Libby a été condamné pour avoir menti à la justice lors d’un scandale politico-médiatique lié à la CIA et à la guerre en Irak. Il devrait faire appel. ". Afinal, a tenebrosa democracia americana funciona.

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publicado por Jorge Ferreira às 23:04 | link do post | comentar

Quarta-feira, 21.02.07
(Le Figaro)

Derrubar Berlusconi foi mais fácil do que é governar prisioneiro da extrema-esquerda. Prodi demitiu-se por causa da política externa. Queria alargar o contingente italiano no Afeganistão e alargar as facilidades concedidas aos EUA na base de Vicenza. Pecado fatal. Os comunistas e os verdes não deixaram. Está out. É o preço da prisão política em que se meteu.


publicado por Jorge Ferreira às 19:58 | link do post | comentar

JORGE FERREIRA
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