Sábado, 11.07.09

Manuel Alegre quer um sobressalto de esquerda. Mais ainda? De sobressaltos e de solavancos de esquerda está o país cheio e farto.



publicado por Jorge Ferreira às 11:51 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Terça-feira, 16.06.09

"Em Portugal há três esquerdas, dois centros e nenhuma direita, porque sobre esta ainda pesa a sombra da correcção política anti-salazarista". Jaime Nogueira Pinto, no "i". Exactamente: PS, PSD e CDS pensam à esquerda, com mais ou menos descaramento consoante os ventos e governam-se ao centro, na proporção das sortes eleitorais de cada um.



publicado por Jorge Ferreira às 14:58 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quarta-feira, 18.03.09

Ler Depois dos fetos, os velhor e os doentes, por André Azevedo Alves, n' O Insurgente.



publicado por Jorge Ferreira às 17:39 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sexta-feira, 19.12.08

1. Só uma coisa está ainda em estado mais comatoso do que o país: a alegada direita partidária, a direita geométrica, a que por mero acaso das cadeiras que não das ideias se senta à direita do PS no hemiciclo parlamentar, vulgo PSD e CDS.

 

A esquerda aí está pletórica de rua, de ideologia ao vento, de discurso épico pré-isurrecional nalguns casos mais excitados, de forças sociais e políticas a ressuscitar dos Maios domésticos e até de novos partidos anunciados. E isto tudo, com um partido da esquerda no poder.

 

Os velhos comunistas vêem na luta dos professores uma ressurreição high-tech dos delírios diários de 1975, quando era certo que a reacção iria ficar sem dentes ou, no mínimo, iria parar ao Campo Pequeno. Hoje lá está o PCP no Campo Pequeno, qual nova burguesia partidária, e as ruas cheias de contestação.

 

Para cúmulo, é Manuel Alegre que está a surgir como a esperança de tirar a maioria absoluta ao seu ainda partido, através de um novo partido, onde meterá no bolso meio eleitorado do Bloco, outro meio do PCP e mais uns quantos românticos de esquerda que resistem no PS, mas saudosos das cantilenas do padre Fanhais e do Vá-Vá ali à Av. de Roma, versão pré-fast-food.

 

O que é grave é que, se isto continuar assim, o debate político e eleitoral vai ser novamente amputado de correntes de pensamento e alternativa essenciais para o país. Irá centrar-se entre o estatismo, o despesismo, a falta de reformas a sério que o PS representa e as mais anacrónicas, ultrapassadas e derrotadas ideias da história sobre a melhor forma de organizar as sociedades, que serão representadas pelo NPS (Novo Partido Socialista).

 

Tudo o que se ouve nos Fóruns da velhinha e revolucionária Faculdade de Letras de Lisboa, nas tertúlias, nos blogues dessas esquerdas festivaleiras, cheira a mofo, mas surge como se fossem enormes descobertas que nos vão salvar do mercado, o novo diabo, como se o problema da crise financeira não fosse um caso policial e criminal, mas sim um caso de mau funcionamento do mercado.

 

2. E a alegada direita? Por onde andam e o que fazem? Dão luta, têm alternativa, têm líderes e chefes capazes de competir com o PS, com o PCP, com o BE e com o NPS? Não. Acantonaram-se nas feridas, refugiaram-se nas delícias das sinecuras, asseguraram-se nas mordomias das imunidades.

 

De regresso ao passado, pretendem apenas a façanha desnorteada e poucochinha de disputar eleições com a máquina de Sócrates exactamente com as mesmas pessoas que o eleitorado despediu com alívio do Governo em 2005.

 

Pedro Santana Lopes, por quem tenho apreço e respeito pessoal, vai tentar regressar a um sítio onde não teve sequer tempo de ser feliz porque Barroso, ao fugir a sete pés do Governo, não deixou, ou seja à Câmara de Lisboa, onde nos legou ademais um Carmona Rodrigues de triste memória. No mínimo, ao menos, que se redima desse legado.

 

Durão Barroso tem a vidinha tratada à custa dos seus compromissos eleitorais internos. Emigrou, como se fazia nos anos sessenta para ter algum de seu. Vive bem, aparece com os grandes do mundo nas televisões e sem ter certamente os reflexos de George W. Bush para se furtar a sapatadas imprevistas, tem a suficiente sabedoria maoísta para não se deixar enlear em enxurradas. Fala línguas e é mestre no artesanato da sobrevivência e é tudo a quanto aspira. Está-se nas tintas para Portugal até ao dia em que achar que chegou a altura de disputar Belém com Marcelo Rebelo de Sousa. Lá está, ainda há estrelas escritas no firmamento.

 

Manuela Ferreira Leite, a ministra de Estado de Barroso, está como está, sem necessidade de mais explicações.

 

Um verdadeiro serviço patriótico seria se estas pessoas se empenhassem em encontrar uma solução nova, que unisse, motivasse, federasse e não que dilacerasse ainda mais estes dois tristes partidos, que hoje não passam de sombras, de medíocres espectros do que já foram.

 

3. As directas do CDS não passaram de um acto político inútil. Um ritual vazio para distrair incautos. Portas, que atropelou Ribeiro e Castro da forma alarve que se viu, que meteu Conselhos Nacionais com agressões físicas e insultos vários e tudo, para regressar ao sítio de onde ninguém lhe havia pedido para sair (vícios antigos...), até já expulsa Luís Guedes do Congresso (ao que eles chegaram!...).

 

O esquema era perfeito. Luís Guedes e Paulo Portas combinaram a divergência pública estratégica, como forma de animar um Congresso ritual, sem competição eleitoral nem interesse político. Durante dois dias as televisões fariam os animados directos com Guedes e Portas a debater: um show mediático que encheria de gáudio o pequeno comentário político doméstico, atreito às maiores metafísicas sobre este tipo de actuação partidária.

 

Mas havia um problema: para o esquema funcionar e, posteriormente, a dilacerante e emotiva disputa entre amigos ser sanada em animado e frequentado jantar de reconciliação, o que daria mais uns apetitosos directos e provaria a reconciliação entre os conciliados, Guedes tinha de ser eleito. Pequeno senão democrático: são precisos votos. Para isso há que os pedir, coisa que Guedes não gosta de fazer por feitio e Portas não lhe apeteceu fazer por cíume político e irreversível atracção para o abismo. Assim envenenou a sua relação política com Manuel Monteiro. Assim envenenou a sua relação política com Marcelo Rebelo de Sousa (e sem necessidade de sopas quaisquer) e assim envenenou agora a sua relação política com Luís Guedes.

 

O resultado foi um caldo entornado dos grandes. Portas serviu o seu melhor (e único?...) amigo político de bandeja aos ressabiamentos internos, está com um Congresso nas mãos sem saber o que fazer a não ser uns discursos de quatro horas à Fidel Castro e um enormíssimo manto de descrédito, mais um, a somar aos que já carrega às costas.

 

Perguntava-me esta semana uma estação de rádio se eu achava que havia vida no CDS depois de Portas. Respondi que sim, mas que era tão má, tão má, que não a desejaria ao pior dos inimigos.

 

4. Paulo Portas só aguenta a maçada de liderar os destroços de 2005 por que precisa de um seguro judiciário, uma imunidade, que previna sustos próximos, como se leu numa escuta telefónica oportunamente publicada na imprensa.

 

Em dez anos, o balanço de Portas no CDS é notável para um génio: menos militantes, menos eleitores, menos deputados na Assembleia da República, menos deputados no Parlamento Europeu, menos autarcas, mas mais processos de investigação criminal, que foi a herança de Governo deixada pelo CDS.

 

As trapalhadas que o CDS fez no Governo foram tantas, os negócios públicos pouco claros foram tantos, que os ex-governantes do CDS passaram a ser mais conhecidos pelos diminutivos “gate” do nome dos processos de investigação do que pela obra que (não) fizeram. Com uma excepção que é justo assinalar: Celeste Cardona, o maior desastre político que aconteceu à Justiça, mesmo considerando os vindouros José Pedro Aguiar Branco e Alberto Costa, soube prevenir-se e ficará apenas conhecida como o tripé decorativo, embora muitíssimo bem pago pelo Estado dos avales, do bloco central na CGD.

 

Recentemente, à votação do seu próprio projecto de suspensão da avaliação dos professores (proposta já de si substancialmente esquerdista, como outras que a alegada direita tem apresentado), conseguiu o Grupo Parlamentar a proeza de faltar com três dos seus deputados! Bem sei, são apenas dez por cento dos faltosos do PSD, mas são 25% do Grupo. O que pretende este grupito (o que resta do Grupo…) oferecer ao país? Um nicho de decência já os teria remetido à aposentadoria. Um pingo de vergonha já os teria encostado numa travessia do deserto do tamanho do Sahara. Mas não: prometem continuar para gáudio de José Sócrates, que é muito mais esperto do que Portas. Como se verá.

 

5. E o futuro? Futuro, neste estado de coisas, para a alegada direita parlamentar vai ser outro estrondo eleitoral como o de 2005. Muitos vaticinam precoce e temerariamente, aliás, a meu ver, o risco de Sócrates perder a maioria absoluta e precisar de gente de confiança e de carácter como Paulo Portas, para fazer umas limianices estruturais de legislatura.

 

Não tenho por certo que o NPS não reforce a imagem de Sócrates junto do eleitorado como líder de estabilidade para estes tempos de aguçada crise como vão ser por certo os tempos eleitorais de 2009. O espantalho de um tripé de partidos de esquerda a mandar no PS é suficientemente arrepiante para que o eleitorado não se assuste e reaja. E o problema é que olhando para o lado direito de Sócrates o que verá é o que acima se descreve… um filme político hard-core a passar em cinemas de reprise.

 

Razão teve Manuel Monteiro nas declarações públicas que fez esta semana. Inconformado com a ausência de uma alternativa credível à direita, Manuel Monteiro fez um apelo público à convergência, desafiando Luís Guedes, mas também personalidades como José Ribeiro e Castro, João Luís Mota Campos, José Luís Nogueira de Brito, Jaime Nogueira Pinto, Pedro Ferraz da Costa, entre outros, para, "num clima de liberdade", organizarem um Fórum das Direitas.


"Se as esquerdas são capazes de o fazer, seria grave que a direita não o conseguisse. Paulo Portas e o seu partido é um bunker fechado sobre si próprio, de ar viciado, que não permite que alguém respire", disse Manuel Monteiro. E considera mesmo que aquilo que aconteceu com Luís Guedes mostra que o CDS se tornou "num partido de talibans, não de gente livre", concluindo que "o problema da direita é o de estar presa dos pés à cabeça em processos de suspeição e corrupção. Enquanto José Sócrates tiver os seus principais dirigentes nas mãos, eles nunca serão a verdadeira alternativa".

 

Pois não.

(publicado na edição de hoje do Semanário)

(Foto)

 

PS- A repetição da fotografia utilizada na entrada anterior é obviamente intencional. São as duas faces da má moeda em circulação no território político nacional.



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Quarta-feira, 17.12.08

Pedro Passos Coelho disse ontem no Conselho Nacional do PSD: é preciso “não cair na armadilha” de deixar José Sócrates ocupar o espaço natural dos social-democratas para se demarcar da reconfiguração em curso à esquerda do PS. Ora aí está: tal e qual o que eu penso. Três blocoquinhos de esquerda à esquerda do PS assustam qualquer eleitor de senso comum, quanto mais o eleitor de bom senso.



publicado por Jorge Ferreira às 12:02 | link do post | comentar

Domingo, 14.12.08

Manuel Alegre defendeu hoje a criação de uma “alternativa de poder” de esquerda, que “vá a votos” e não excluiu o cenário de criação de um partido político. Para alguma coisa havia de servir o tal Forum das Esquerdas, que nestas coisas os comunistas não são parvos. Agora, se o tal partido de esquerda avançar, como se faltassem partidos de esquerda ao país (só no Parlamento estão actualmente cinco sem contar com os fantasmagóricos Verdes melancia), avizinham-se tempos ainda mais difíceis para o PSD e o CDS: o eleitor comum, pouco dado à ideologia e ao médio prazo, tenderá a ver em Sócrates um verdadeiro líder de direita. Ao que isto chegou.
(publicado no Camara de Comuns)



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Quinta-feira, 02.10.08

Este texto é um atentado à classe operária. Qualquer gajo de direita que curta explorar o homem pelo homem e sugar a mais valia do suor da classe operária fica reconfortado por verificar que há pessoal de esquerda que pensa que há pobres mais iguais que outros, sobretudo quando esses são eles próprios. Eis uma revolução.



publicado por Jorge Ferreira às 00:53 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Segunda-feira, 15.09.08

Daniel Oliveira vê finalmente realizado o seu sonho: fazer um verdadeiro Arrastão de blogues. O Arrastão virou blogue colectivo, com divertidos sinais frentistas de esquerda, a que nem faltam uns independentes, como é costume. Obviamente mais fácil fazer isto com blogues do que com os respectivos partidos, não é verdade?



publicado por Jorge Ferreira às 17:20 | link do post | comentar

Quinta-feira, 29.05.08

O deputado do PS Manuel Alegre, o do BE José Soeiro e a professora catedrática e ex-secretária-geral do Graal Isabel Allegro de Magalhães serão oradores da Festa por Abril e Maio que se realiza a 3 de Junho, no Teatro da Trindade, em Lisboa. Às intervenções seguem-se concertos dos Rádio Macau, de António Manuel Ribeiro e o conjunto Terrakota. Um cocktail de esquerdas decidiu promover uma festa contra a pobreza. Não me parece adequado festejar a pobreza. A festa chama-se festa de Abril e Maio, mas está marcada para Junho. Desfasada do calendário, portanto. Evidentemente que o empobrecimento alimenta o PCP, que não vai em carnavais nem em arraiais, e o Bloco. Agradeça-se a Sócrates. Portugal é o único país da União Europeia onde estas esquerdas têm tantos votos. Além do atraso no desenvolvimento, temos mais este atraso político às costas.



publicado por Jorge Ferreira às 10:12 | link do post | comentar

Sexta-feira, 02.05.08

Pedro Passos Coelho afirmou que não é de direita nem de esquerda e que a questão é entre o passado e o futuro. Parcialmente de acordo. A questão é entre a direita do passado e a direita do futuro. Mas já me parece que não se coaduna com a "novidade" que pretende introduzir e até tem conseguido, no PSD, com a sua candidatura, que Pedro Passos Coelho fuja ao problema. O que revela um complexo de esquerda. Bem sei que tacticamente, se Manuela Ferreira Leite se afirma de centro-esquerda é natural a tendência para querer competir nas mesmas águas. Mas se o PSD está a precisar de clarificação, o centro é mau conselheiro. Até porque está ocupado.



publicado por Jorge Ferreira às 12:03 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quarta-feira, 30.04.08

No debate com José Sócrates o deputado Louçã anunciou a posição dos sindicatos quanto às propostas do Governo sobre o Código de Trabalho. Não, os sindicatos não são correias de transmissão dos partidos. E disse mais o deputado Louçã: que Sócrates tinha aberto uma guerra contra a esquerda. Queria Louçã dizer, traduzindo, que Sócrates guinou à esquerda e PC e BE estão furiosos por sentirem a sua margem de rua a estreitar. Não é por acaso que a guinada dói. Nas vésperas de um 1º de Maio, não se vê uma especial mobilização contra as propostas do Governo, o que é sintomático de elas aguaradam à esquerda laboral. O pior é o país.

 

(Foto)



publicado por Jorge Ferreira às 16:40 | link do post | comentar

Segunda-feira, 07.04.08
A Assembleia da República recebeu hoje uma petição assinada por cerca de 11 mil pessoas em que se pede a condenação, pelo Parlamento, da violência no Tibete pela China. Se eu pudesse também tinha assinado. Mas esta petição vai ser uma chatice para as esquerdas que não gostam de ser vistas com o Dalai Lama, nuns casos, que seleccionaram outras violências como prioritárias noutros casos e, noutros casos ainda, se agarram à China que outrora combateram como resíduo de sovietismo.


publicado por Jorge Ferreira às 19:26 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Sexta-feira, 04.04.08
Ministério da Cultura manda fazer estudo sobre a língua portuguesa que já está a ser feito. A esquerda está feliz. Há subsídios para o pessoal todo.


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Quarta-feira, 19.03.08
Irresistível esta leitura do Decálogo do Bom Esquerdista Contemporâneo, do Pedro Correia.


publicado por Jorge Ferreira às 19:30 | link do post | comentar

Quarta-feira, 24.10.07
"As organizações anti-racistas espanholas pedem "uma pena exemplar" para o indivíduo que humilhou e espancou uma imigrante no metro. Não se esqueçam que o direito penal não soluciona o crime, que as penas pesadas não dissuadem os criminosos e que os "jovens" delinquentes não são responsáveis pelas condicionantes psicossociais em que evoluíram.", Filipe Nunes Vicente, no Mar Salgado.


publicado por Jorge Ferreira às 01:13 | link do post | comentar

Sábado, 01.09.07
"Infelizmente, é já absolutamente normal, e até expressão de uma certa forma de coerência, que, em nome dos «sagrados princípios do internacionalismo», o PCP convide os bandidos armados e narcotraficantes das FARC ou os oligarcas, denunciantes e torcionários do partido único da Coreia do Norte – para além dos representantes dos regimes totalitários cubano ou bielorusso e de outras forças consabidamente antidemocráticas – para a sua Festa do Avante!. O que me parece mais preocupante é que a opinião pública de esquerda considere o facto de somenos importância e abandone a denúncia deste tipo de situação nas mãos dos conservadores ou mesmo dos descendentes da velha direita. As preocupações a propósito das liberdades fundamentais e a decência política mais elementar parecem, uma vez mais, submergir por estes lados diante de pequenas prioridades tácticas. Um mau, ou um péssimo, sinal."
Rui Bebiano, em A Terceira Noite.


publicado por Jorge Ferreira às 21:56 | link do post | comentar

Segunda-feira, 30.07.07
"E agora a necessidade, à direita, de repensar tudo. Como a esquerda teve que se adaptar à década cavaquista que mudou drasticamente a política portuguesa."
Caro Pedro, salvo o devido respeito e melhor opinião a esquerda não repensou tudo por causa do cavaquismo. Limitou-se a esperar. A esperar pelo declínio do cavaquismo. Parece que a direita está condenada ao mesmo. A esperar. A esperar pelo declínio do socratismo. Quem estiver à janela quando a procissão passar, seja lá quando isso fôr, será chamado a pegar no andor.


publicado por Jorge Ferreira às 22:16 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quinta-feira, 10.05.07
Pelo andar da carruagem parece que a esquerda quer transformar as eleições em Lisboa numa espécie de mini-presidenciais. Quem quer ser o Cavaco Silva de Lisboa?


publicado por Jorge Ferreira às 11:01 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Terça-feira, 10.04.07
O centro-esquerda, a esquerda e a extrema-esquerda rejubila com Cavaco Silva. Nada que eu não tivesse previsto. Para aproveitar a maré, decidi jogar esta semana no Euromilhões.


publicado por Jorge Ferreira às 22:31 | link do post | comentar

Domingo, 18.03.07
(O programa PS)

José Sócrates parece que se vangloriou, referindo-se à aberrante lei da paridade e à aberrante liberalização do aborto, de ter deixado marcas de esquerda no país, como espécie de taça devida por um campeonato que só pode ter disputado com o PCP, com o Bloco e com António Guterres, únicos termos de comparação diponíveis no mercado político. É estranho que um político de esquerda deste gabarito e palmarés use a palavra marca para dizer o que disse. Talvez se esperasse uma nomenclatura também ela mais de esquerda, como causas, conquistas ou irreversibilidades. Mas até na faladura José Sócrates deixa a sua marca de imagem. Mas a bem da verdade, José Sócrates devia ter também enumerado todas as marcas de esquerda que vêm desde 1975 e que recusa desmarcar. Porque o passivo do país são as marcas que ele encontrou, acrescidas daquelas que acaba de lhe acrescentar. Assim é que é fazer contas bem feitas. Seja com mais duas marcas ou com menos duas marcas, o desastre em que o país está transformado, para orgulho e gáudio do secretário-geral, é um país de marcados. Mas é mais pela desgraça de ter Sócrates a mandar. Como um dia se verá.


publicado por Jorge Ferreira às 22:11 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quarta-feira, 28.02.07
A criação de "salas de chuto" é desaconselhada no último relatório da Órgão Internacional de Controlo de Estupefacientes (OICE) da ONU, por violar as regras internacionais segundo as quais as drogas deverão apenas ser usadas para fins médicos e científicos. Presumo que a esquerda tenderá desta vez a não valorizar o Direito Internacional e o célebre papel das Nações Unidas como exuberantemente fez a propósito da invasão do Iraque. Distribua-se rapidamente este relatório aos Vereadores do PSD na CML, que parece que não têm mais nada com que s eentreter e vão criar salas de chuto em Lisboa.


publicado por Jorge Ferreira às 12:18 | link do post | comentar

Os idiotas úteis do Sim, por João Miranda, no Blasfémias. Mesmo na esquerda há uns mais iguais que outros.


publicado por Jorge Ferreira às 11:52 | link do post | comentar

Quinta-feira, 15.02.07
Há muita gente genuinamente convencida que numa noite invernosa de Fevereiro o país mudou. Isto, enquanto Salazar é sadicamente submetido, a título póstumo, à tortura democrática de ganhar votações em urna tecno-telefónica de natureza televisiva. Contradições que certamente os sociólogos da escola oficial não deixarão de aproveitar para teses de mestrado e doutoramento.

Seja. Não desiludamos estes crédulos por enquanto, embora seja óbvio o seu niilismo analítico. Olhemos antes para os partidos políticos actuais. Com o império de Sócrates em pleno esplendor, o que temos de verdadeiramente entusiasmante na oposição? Isto: PSD e CDS fazem oposição ao PS pela esquerda. Se Sócrates estivesse na oposição pediria moderação ao seu PS se alguém se lembrasse de fazer as propostas que Marques Mendes e o CDS (sem mando nos dias que correm), têm feito sobre a política de saúde.

Ouvir uma deputada do CDS exigir o respeito do programa constitucional sobre o Serviço Nacional de Saúde, como se ouviu há pouco tempo, ver Carmona Rodrigues distribuir seguros de saúde pagos pela falida CML pelas criancinhas que frequentam o ensino básico no seu martirizado município, é verdadeiramente revolucionário. Fidel, Chavez, Morales, não fariam melhor. Não admira que Sócrates esteja em alta.

A nova esquerda, afinal, não é o Dr. Louçã. É o CDS e o PSD.
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)


publicado por Jorge Ferreira às 22:46 | link do post | comentar

Quarta-feira, 14.02.07
" (...) que conceito de "modernidade" e "progresso" autoriza a fazer dos concelhos mais rurais, envelhecidos e analfabetos do Sul - aqueles em que o "sim" teve os melhores resultados -, a vanguarda do "progresso" e da "modernidade"? Para perceber esta estranha mentalidade, teremos de recuar ao século XIX. As esquerdas em Portugal acreditaram sempre que a "modernidade" consistiria numa simples versão laicista da homogeneidade católica do Antigo Regime: onde antes todos eram "católicos", todos um dia seriam "homens de esquerda" (inclusive as mulheres...). Foi o que aprenderam com Auguste Comte. O "progresso" iria consistir no triunfo total do secularismo socialista, tal como a história antiga teria consistido na expansão da igreja cristã. As direitas seriam uma espécie de índios americanos, condenadas a desaparecer perante as caravanas e comboios da esquerda. Foi assim que Afonso Costa, em 1910, se convenceu de que podia acabar com o catolicismo em "duas gerações". O que aconteceu a seguir é conhecido. Mas, pelos vistos, houve quem não tivesse aprendido nada. As esquerdas portuguesas dão-nos as boas-vindas ao século XXI com as ideias do século XIX."
Rui Ramos, no Público


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JORGE FERREIRA
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