Sábado, 10.01.09

O Governo de José Sócrates conseguiu o  4759º feito histórico da sua curtinha existência para tanta produção de história, entenda-se: a evolução da dívida externa portuguesa indica que em 2010 o seu valor igualará ao do PIB, ficando o país totalmente hipotecado ao estrangeiro. Parabéns! Já agora: vamos poder escolher a nossa nova nacionalidade de entre a lista de credores?

(Foto)



publicado por Jorge Ferreira às 11:27 | link do post | comentar

Sábado, 13.12.08

Ainda o Orçamento do Estado não está promulgado, publicado e em vigor, e já o Governo faz de conta que não há Orçamento. Este programa extraordinário anunciado hoje pelo Governo para combater a crise já podia e devia ter sido incorporado no Orçamento para 2009. Não o foi por teimosia e incompetência do Governo, assessorado pelo pior ministro das Finanças de 19 dos 27 Estados membros escrutinados pelo Finantial Times. Cada vez se coloca mais a questão: o que fará o Presidente da República? Promulgará um documento mentiroso, já completamente ultrapassado pela realidade? Ainda para mais, cheira-me que neste plano existem medidas e dinheiros já anteriormente anunciados. Ou não? E não chega de gozar com o pagode? No mínimo, em nome da seriedade política e do rigor orçamental, exige-se um orçamento rectificativo, o que seria sem dúvida mais uma trapalhada a juntar a tantas mais que têm caracterizado o Governo de José Sócrates. Um orçamento rectificativo de um Orçamento que formalmente nem chegou a estar em vigor, a bem dizer nem sequer redacção final da Comissão Parlamentar consegue ter por faltas de deputados...



publicado por Jorge Ferreira às 15:58 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Terça-feira, 25.11.08

Nada como uma crise económica e financeira para os socialistas mostrarem a sua raça, isto é, o seu verdadeiro, eterno e por vezes oculto amor pela despesa pública e pelo défice. Na foto, um verdadeiro socialista já preparado para nos pôr a todos ainda mais de tanga.

 

 



publicado por Jorge Ferreira às 21:58 | link do post | comentar

Sexta-feira, 16.05.08

Finalmente o Governo decidiu encarar a realidade e rever as previsões de crescimento da economia. Três anos depois de Sócrates Portugal tem a pior economia da zona euro.

 
A economia portuguesa apenas deverá crescer 1,5 por cento em 2008, de acordo com as previsões agora corrigidas pelo ministro das Finanças. Este valor fica muito abaixo dos 2,2 por cento inicialmente previstos pelo Governo e ainda abaixo dos 1,9 por cento registados em 2007. Em 2009, segundo o ministro, Portugal deverá crescer dois por cento. Dada a deficiência de capacidade de previsão do Governo, nada garante que em 2009 a situação melhore.
 
O Governo previa para 2008 um crescimento económico de 2,2 por cento, enquanto as previsões do FMI são de 1,3 por cento e as da Comissão Europeia apontam para uma aceleração de 1,7 por cento. Segundo as novas previsões do Governo, em 2009 a economia portuguesa deverá crescer dois por cento, acelerando para 2,2 por cento em 2010 e 2011.

Apesar da desaceleração registada entre 2007 e 2008, o Governo prevê que, ainda assim, a taxa de desemprego diminua de oito por cento em 2007 para 7,6 por cento este ano. Esta desaceleração da taxa de desemprego deverá manter-se em 2010 e 2011 com o número de desempregados em percentagem da população activa a situar-se, respectivamente, em 7,2 e 6,9 por cento. Quanto à inflação, o ministro das Finanças prevê que se situe nos 2,6 por cento este ano e diminua para 2,2 por cento em 2009.

Recorde-se que, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a economia portuguesa abrandou no primeiro trimestre deste ano, apresentando um crescimento real de 0,9 por cento em termos homólogos, o que correspondeu a menos nove décimas do que o valor apurado no trimestre anterior também em termos homólogos.

Já a evolução da economia portuguesa de Janeiro a Março, face aos últimos três meses de 2007, registou uma variação negativa de 0,2 por cento, o que correspondeu também a uma desaceleração de 0,9 décimas quando se compara com a variação em cadeia dos últimos dois trimestres de 2007.
 
A verdade é que o país está de pantanas. O défice está artificialmente controlado, visto que a despesa pública, designadamente a despesa corrente não desce, antes aumenta. O que significa que sem mais receitas, o défice voltará a resvalar. Se a economia não arranca, não há mais impostos. As cobranças derivadas do combate à evasão não se repetem. E como há eleições para o ano a tendência de agradar, que já se nota em vários sectores da governação como na saúde e na função pública fará o resto. O resto da crise que o governo não consegue nem sabe como enfrentar.
 
(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)


publicado por Jorge Ferreira às 00:26 | link do post | comentar

Quinta-feira, 25.10.07
José Sócrates há-de voltar do seu deslumbramento europeu, depois dos inúmeros feitos históricos que tem anunciado ao mundo em português vernáculo e com champanhe. E quando voltar atrevo-me a pensar que encontrará certamente mais feitos históricos do seu Governo que achará certamente porreiros. Um deles será obviamente a descida do défice do Estado. O problema é que a história não disfarça nem engana. A descida do défice tem-se feito à custa do aumento da receita e não da diminuição da despesa. A despesa do Estado não desce, a reforma da administração pública não pode avançar porque em 2009 há eleições e tudo vai ficar na mesma. O que significa que quando houver outro aperto voltaremos à estaca zero. E isto, sim, é verdadeiramente histórico. Mas pela negativa. Que a história não é só felicidade e coisinhas boas.
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)


publicado por Jorge Ferreira às 18:45 | link do post | comentar

Sexta-feira, 23.03.07
O Governo celebrou com a pompa a que já nos habituou, mas com excessiva circunstância o número do défice, os tais 3,9%. O entusiasmo foi tanto, que foi com o número e não com palavras, que o Primeiro-Ministro iniciou o seu discurso no debate mensal. O número, supra-sumo da tecnocracia, inimigo oculto das palavras, esses símbolos de retórica inconsequente, é o meio natural dos tecnocratas. Nada a opôr. Ainda que cumpra recordar a veemência com que o PS dizia que havia mais vida para além do défice, quando outros Governos tentavam fazer o que este anda a fazer.

Ainda bem que o défice baixou. Mas esse facto não nos deve impedir de compreender que o problema de fundo do país continua. E o problema de fundo do país é a economia, é o crescimento, é a produtividade, é, numa palavra, a criação de riqueza. Porque só com crescimento, com produtividade e com criação de riqueza pode haver descida do desemprego, que é causa, não consequência. No tempo em que para o PS as pessoas estavam primeiro e não eram números, como se lia nos cartazes de António Guterres em 1995, havia menos desemprego.

E, se se reconhecer que o problema de fundo do país é este, então tem de se reconhecer que o Governo até agora falhou. A economia não arranca, não cresce, não gera empregos e não revela mais produtividade. É, aliás, por isso, que o Governo ataca o défice pelo lado do aumento de impostos que em campanha eleitoral o primeiro-ministro havia prometido não aumentar. Isto, enquanto a despesa corrente do Estado continua a aumentar, revelando o fracasso da reforma da Administração Pública. Esta reforma só é possível com uma modificação das funções do Estado. Mas essa reforma o PS não quer fazer. Porque é socialista, porque é estatista, porque precisa da máquina do Estado para se perpetuar no poder como os partidos do sistema.

O défice pode continuar a baixar, pode até descer para menos de 3%, mas se os males estruturais do país, se o gigantismo do Estado persistir, se se continuar a entender que é pelos impostos que podemos eternamente resolver os sufocos, então o país jamais sairá da cepa torta. E o Governo tem de perceber, para seu bem, mas sobretudo para bem de todos os portugueses que a boa comunicação tem, como tudo na vida uma utilidade marginal. Quando o discurso oficial se afasta demais da realidade é o discurso que perde.
(publicado na edição de hoje do Semanário)


publicado por Jorge Ferreira às 00:29 | link do post | comentar

Quarta-feira, 21.03.07
Hoje, que é o Dia Mundial da Poesia, poderíamos ser levados a concluir que o Governo vai fazer um debate mensal poético. Sim, que essa coisa do défice estar 0,9% mais crescido do que a promessa só por poesia pode ser louvado. Mas também é o Dia Mundial do Sono, pelo que poderíamos ser levados a concluir que o Governo nos vai tentar adormecer no debate mensal, com essa coisa do défice estar 0,9% mais crescido do que o prometido. Mas hoje também começa a Primavera, o que nos poderia levar a supôr que o Governo vai tentar convencer-nos de que tem uma boa notícia para nos dar por o défice estar 0,9% acima do que foi prometido. O problema é que o mar invade a costa, o frio voltou, e nem de mais umas tempestadezitas estamos livres, como está a suceder aqui em Espanha, para onde José Sócrates tentou dar guia de marcha logo no início do seu mandato. E, assim, já se compreende que o Governo nos fale hoje do défice que está mais gordo 0,9% do que aquilo que foi prometido. No fundo, não passa de mais uma tempestade associada a uma massa de ar frio.


publicado por Jorge Ferreira às 13:05 | link do post | comentar

Quinta-feira, 15.02.07
O défice do sub-sector Estado foi de 549 milhões de euros em Janeiro, mais 47% que em igual mês de 2006, segundo os dados hoje divulgados pela Direcção-Geral do Orçamento. A contribuir para o agravamento de 175 milhões de euros do défice esteve o crescimento de 12% das despesas (mais 387 milhões de euros), num mês em que as receitas subiram apenas 7,5 % o equivalente a 213 milhões de euros. A subida de 9,4 por cento das despesas com o pessoal (cerca de 100 milhões de euros) e o acréscimo das transferências correntes (178 milhões de euros) foram os principais responsáveis pelo crescimento das despesas. Está à vista a eficácia do Governo no emagrecimento do Estado. Nenhuma. Antes pelo contrário.


publicado por Jorge Ferreira às 19:05 | link do post | comentar

JORGE FERREIRA
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