Depois de ter autorizado os seus compatriotas a comprar telemóveis, luxuosos objectos da civilização capitalista, Raul Castro, o clone do ditador Fidel saiu-se com esta: "Construam as vossas casinhas com o que puderem", numa visita a 100 petrocasas a 900 kms. da capital cubana. Tanta motivação deve-se certamente à penúria revolucionária que se vive em Cuba, onde só se pode ser duas coisas: estudante e doente oftalmológico. Tudo o mais é um desatre económico e social. Uma petrocasa é uma habitação feita de um material composto por PVC, cimento e ferro, uma "tecnologia" venezuelana. O Estado tem tido o monopólio da construção civil, mas exactamente por isso´existem cerca de um milhão de casas em risco de derrocada. Raul rendeu-se à evidência e estabeleceu o direito à propriedade da casinha. O problema é que os cubanos, fruto do elevado grau de desenvolvimento proporcionado pela revolução e pelo monopólio não têm materiais com que construir. O Estado vende cimento, mas não areia nem pedra, pelo que os cubanos, subitamente e inesperadamente convidados à propriedade, terão de recorrer ao mercado negro. No momento em que se celebra o cinquentenário da revolução totalitária cubana, eis os índices de desenvolvimento a mostrarem a pujança da revolução.
 

Há filas em Cuba para comprar telemóveis. Pelos vistos os cubanos gostam das coisas boas do capitalismo. Se os deixarem, é claro.