Comunico oficialmente: estou-me completamente nas tintas para saber com quem namora José Sócrates e como deve ser nominada a namorada de José Sócrates. Poupem-nos lá, oh intelectuais de "mural" a esta inanidade sobre como deve ser tratada a namorada seja lá de quem fôr. Não sei se eles os dois concordarão com esta típica não polémica, mas um país saudável mandará dar uma grande volta a este magna quaestio. Isto ainda dá tudo em doido, se é que já não demos...
"Vamos para um pequeno intervalo porque como o ministro disse há aqui uma questão (o desemprego) muito importante para o futuro dos portugueses...", Fátima Campos Ferreira, sobre Pedro Silva Pereira, acerca de uma frase deste que havia sido dita por Basílio Horta. O resto não interessa nada. Prós & & & & & & & & & & &...
A partir de hoje inicio uma colaboração regular no semanário O Templário. Trata-se de um antigo, prestigiado, histórico e dinâmico semanário de Tomar, o qual fez acrescer ao seu prestígio comunicacional de décadas, uma função política de defesa da Liberdade no período das ameaças a essa Liberdade e à Democracia que Portugal viveu em 1975, por força da tentativa totalitária protagonizada pelo PCP e forças políticas de extrema-esquerda, ainda existentes mas felizmente vencidas. Não esqueço Fernanda Leitão, então Directora do jornal, que nessa altura fez das tripas coração para manter à tona um título de comunicação livre e combatente.
A crónica chama-se "Levada da Breca", o que tem um significado local simbólico, pelo nome escolhido. Esta é a primeira.
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O novo velho rumo do Públio, por André Azevedo Alves, n' O Insurgente.
Em política o que parece é, disse alguém um dia. A mudança de Director do Público, hoje efectivada, tem um claro e confessado objectivo: "não escamoteamos o facto de ser nossa primeira obrigação repor essa credibilidade ameaçada, conscientes que estamos da percepção pública de um excesso de peso ideológico no jornal.". Sócrates continua a ganhar no tabuleiro da comunicação social. Depois da TVI, goste-se ou não, agora é o Público. Um a um, lá vão indo todos ao sítio.
A ceia dos cardinalatos:
"Mais um facto inconcebível e que só se aceita ser verdadeiro porque testemunhado por várias pessoas e depois publicado sem desmentido: o Director de Inforrmação da RTP terá ido cear, juntamente com António Costa e a sua equipa, quando foram celebrar a vitória em Lisboa!... Exactamente, leram bem. O Director da Informação do canal televisivo cujas sondagens deram 12 pontos, três dias antes, e dez pontos, quando encerraram as urnas... Quero sublinhar que sempre considerei José Alberto Carvalho uma pessoa educada e simpática. Mas esta situação não tem a ver com nada disso. É demasiado grave. Será que também não tem consequências? Tudo isto é admissivel?"
Coisinhas boas que, quando temos mais tempo, conseguimos ver à distância: há um julgamento marcado num dos incontáveis processos que o Primeiro-Ministro move, por difamação, contra um orgão de informação de referencia e um seu jornalista. Decorridas as eleições e na semana da audiência de discussão e julgamento, o mesmo orgão de comunicação social de referencia publica uma grande entrevista com o queixoso. Uma coisa em bom, em grande, muita página e belas fotos. A audiencia é adiada. O queixoso entrevistado apresenta uma proposta de transacção judicial para pôr fim ao processo mediante um textinho e tal e uma verba simbólica para comprar umas whiskhas lá para a gataria de casa. O orgão não é a TVI. O jornalista não se chama Manuela. Tudo isto acontece depois das eleições. E eu, para aqui com a revista aberta a ler essa colgateana entrevista, sorrio com tão exuberante mas nojenta exibição de subserviência editorial da comunicação social de referencia ao poder. Seja lá qual fôr. Não haverá, é certinho, visto que a coisa não mete mails, Prós & Contras sobre o assunto. Podíamos nós viver sem tanta e tão transparente independencia da comunicação social de referencia em Portugal? Poder, podíamos. Mas não era, de facto, a mesma coisa...
Depois da TVI chegou a vez do Público. Quem se mete com o PS leva mesmo, não é boutade.
Um dos aspectos de que menos se fala a propósito da comunicação social é o da edição de fotografia. E, todavia, essa é uma das dimensões mais importantes da comunicação: a imagem. Como se sabe, pela imagem se constrói e pela imagem se destrói. Um bom exemplo disso é a fotografia escolhida pelo Diário de Notícias para ilustrar a peça sobre a comunicação ao país de Cavaco Silva. Ora vejam lá...
José Sócrates, requereu a abertura de instrução do processo que moveu contra o jornalista João Miguel Tavares, depois do Ministério Público ter arquivado, considerando que o artigo de opinião, “José Sócrates, o Cristo da política portuguesa”, publicado no "Diário de Notícias", não ultrapassava os limites da crítica a Sócrates, enquanto figura pública. Este é apenas um dos vários processos que José Sócrates tem movido contra jornalistas. Curiosamente, nenhum terminou antes das eleições.
Se há característica desta campanha eleitoral ela é a de que os jornalistas e afins não ousam incomodar os grandes líderes com assuntos incómodos. Até Ricardo Araújo Pereira está transformado numa espécie de televisão cor de rosa. E daqui tiro o chapéu a Maria Flor Pedroso, a quem pertence até agora a condução da melhor entrevista ao candidato a deputado José Sócrates.
Afinal, Cavaco Silva não é nenhum cara de pau. Tem sentido de humor, gosta de brincar, roça até a difícil arte da ironia. Este filão pode colocar rapidamente em perigo o sucesso dos Gato Fedorento. Pormenor perfeitamente ultrapassável: é Presidente da República.
"Um estudo sobre a influência das fontes na construção do noticiário político em Portugal concluiu que "só um terço do produto jornalístico dos diários estudados é produzido por iniciativa das redacções". "Mais de 60% das notícias analisadas resultaram da acção de indução por parte de assessores de imprensa, relações públicas, consultores de comunicação, porta-vozes e outros peritos em 'spin doctoring’, ou seja, são determinadas pelas chamadas fontes sofisticadas de informação"
O Comunicar a Direito está de volta. E com uma interessante notícia, especialmente oportuna nestes tempos eleitorais.
José Sócrates deixou de falar a Pina Moura porque este, enquanto esteve a representar os espanhóis na administração da Media Capital não acabou com o Jornal de opinião privativo de Manuela Moura Guedes, como Sócrates desejava enquanto era tempo. Pina Moura vingou-se da desfeita, declarando-se "focado", isto é, próximo e concordante com o programa eleitoral do PSD e não do PS, partido pelo qual foi deputado da Nação em acumulação com a representação de interesses de empresas espanholas em Portugal. O grupo Prisa, dantes amigo do PSOE e de Jose Luis Zapatero, por sua vez muito amigo de José Sócrates, zangou-se entretanto com os ditos PSOE e Zapatero, porque estes deram um volumoso negócio de comunicação em Espanha a outro grupo de comunicação que não a Prisa. Vai daí toca de começar a escrever artigos contra o PSOE e Zapatero nos orgãos do grupo. Sabendo do momento delicado, judiciário e eleitoral, que o amigo lusitano de Zapatero vive em Portugal, toca de correr com Moura Guedes da pantalla, sabendo de antemão que o poderosíssimo ónus político do saneamento recairia sobre Sócrates, o especial amigo de Zapatero, ora ódio de estimação do grupo. Cavaco Silva, tomado de esperada amnésia, declarou esperar que o saneamento de Moura Guedes não tenha nada a ver com ameaças à liberdade de informação, esquecido que está do que fez o seu Governo com a RTP e o então elemento de ligação a Moniz, marido da ora saneada da TVI, quando este era Director de Informação da RTP, o ministro Marques Mendes (esse mesmo...) que, ao que consta, famas injustas certamente, tinha uma especial predilecção pela análise antecipada dos alinhamentos do telejornal.
Isto é uma história de pura ficção e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. E tenho mais ficções para escrever.
Se calhar, no dia em que o PS foi mesmo vítima de uma cabala o PS já não podia dizer que foi vítima de uma cabala porque ninguém acredita no PS.
Cavaco Silva espera que a liberdade de expressão não tenha sido posta em causa na TVI. Conselho amigo: o melhor então é esperar sentado, Sr. Presidente...
Dizia alguém que percebia muito de política antes de muitos outros que "em política o que parece é". A campanha eleitoral está irreversivelmente inquinada pelo episódio Manuelamouragate. Sócrates já o percebeu. O resto, Prisa incluída, é ruído.
José Sócrates, negou hoje que ele próprio, o Governo e o PS tenham interferido na decisão da administração da TVI de suspender a emissão do Jornal Nacional de hoje. Claro que não. Claro que não. Claro que não, Sr. Engenheiro. E nós somos todos tolos... O Congresso chavista do PS nunca existiu. A tirada do jornalismo travestido nunca existiu. Hoje foi um dia de viragem na campanha eleitoral. O resto é conversa e péssimos exemplos do PS, o outrora partido da liberdade. Mas pode ficar descansado Sr. Engenheiro: terá certamente uma avenida com o seu nome num município socialista qualquer perto de si...
Manuela Moura Guedes tinha uma peça pronta sobre o caso Freeport. A corrida em osso chegou mesmo a tempo....
Nenhuma das três televisões abriu os jornais da uma com a notícia do caso Moura Guedes-Sócrates. O respeitinho é muito bonito...
Manuela Moura Guedes, cujo tipo de jornalismo não aprecio, foi corrida da TVI e o seu célebre Jornal Nacional das sextas-feiras negras para José Sócrates foi sacudido dos ecrans. Sócrates, o homem que mais poder concentrou nas suas mãos nos 35 anos de democracia, não brinca em serviço, não perdoa, não facilita. O caso Rui Gomes da Silva e Marcelo Rebelo de Sousa mais Pais do Amaral ao pé do caso Sócrates e Manuela Moura Guedes, foi uma brincadeira. Portugal está irrespirável.
Faz hoje anos 34 anos que foram saneados 24 jornalistas do Diário de Notícias em pleno período gonçalvista. José Saramago, democrata de longa data, deve lembrar-se bem deste extase revolucionário...
A poucos dias de uma campanha eleitoral decisiva para o futuro político de José Sócrates, Moniz sai da TVI hoje mesmo. Durante as férias para não dar tanto nas vistas. O poder funciona mesmo. E é o fim de um ciclo, goste-se ou não do resultado final, com obra feita.
O Governo parece não se ter dado conta que o clima, depois das europeias, mudou mesmo. Sobre o famigerado negócio PT-Media Capital, Sócrates não só não desmentiu o Expresso, que noticiou que Sócrates sabia do negócio desde o início, ao contrário do que afirmou, mentindo, no Parlamento, como agora, esse hábil político que dá pelo nome de Mário Lino vem anunciar, talvez julgando que se vai repetir a maioria absoluta em dissolução, que depois da seleições o negócio poderá fazer-se. É preciso descaramento! Ou então, Mário Lino já está a dizer propositadamente umas coisas para entalar ainda mais o chefe, depois das afrontas da Ota e do TGV...
Mesmo em maioria absoluta é difícil exercer o poder absoluto. O coro de indignações que se levantou com a hipotética nacionalização da TVI deu frutos.
O negócio da venda da TVI pela Prisa à PT significa que ainda vivemos no tempo das nacionalizações da comunicação social disfarçadas de economia de mercado. Sócrates não está disposto a facilitar. Fará tudo o que achar necessário para manter o poder a todo o custo. Até tornar-se o novo chefe de José Eduardo Moniz e de Manuela Moura Guedes.
Poderá um blogue ser considerado um orgão de comunicação social? O meu texto de hoje no Blogue do Público sobre as Eleições 2009.
A TVI, mais concretamente algumas das suas emissões do Jornal da Noite de sexta-feira, foi condenada pelo Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social por “desrespeito de normas ético-legais aplicáveis à actividade jornalística”. Não sabia que competia à ERC fiscalizar o cumprimento de normas éticas. Acaso haverá por lá algum serviço, até agora desconhecido, de fiscalização deontológica? De qualquer forma, a ERC, que é filha legítima da coligação PS-PSD, mostra mais uma vez que não esquece a quem deve a sua existência. Os amigos são para as ocasiões.
Já operacional o sítio do Público exclusivamente dedicado às três eleições deste ano. Uma bela companhia para o corrente ano...
Afinal, José Sócrates dá entrevistas à maldita e travestida TVI. O problema é que combina previamente as questõezinhas com a TVI. Ora, se José Sócrates combina previamente as questõezinhas com a TVI, isso significa que a TVI combina previamente as questõezinhas com José Sócrates. Hoje, o combinado foi Madeira e economia. Pedimos desculpa por esta interrupção. O Jornal Nacional segue dentro de momentos. Viva a comunicação social livre e independente!
Sócrates "rosna", disse hoje, ao prório, uma jornalista. Ora, quem rosna são os cães. Se Sócrates se ficar desta vez, sai mal da fotografia na carrada de processos que tem contra meio mundo...
Numa página perdida, lá bem para o meio da edição e numa peça sobre os Procuradores do caso Freeport, os pressionados, a edição desta semana da Visão devenda o mistério: o caso dos vôos nada secretos da CIA vai ser arquivado em breve (página 38, coluna do meio). A isto chama-se ter olho ou então saber muito do que se passa no Ministério Público. Depois de, pela quarta vez, Pinto Monteiro ter anunciado o desfecho do caso com anúncio para Fevereiro passado, já vamos em Abril e nada. Mas, valha-nos o consolo, existe a Visão para nos informar com rigor e por antecipação, que o caso vai ser arquivado em breve. Gostei especialmente do "em breve". É uma expressão que até permite esticar o problema até uns meses largos. Arquivado, diga-se pelo Ministério Público. Porque caso encerrado é que não será certamente. Digo eu, mesmo sem ter a terceira visão que a Visão tem.
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"Nota final: Como é do conhecimento público, José Sócrates decidiu processar-me por difamação, devido a um artigo de 3 de Março em cuja primeira frase o seu nome coabitava com o de Cicciolina. Por muito tentadora que possa parecer a ideia de ir a tribunal discutir tangentes entre o primeiro-ministro e a ex-deputada italiana, há que fazer justiça ao engenheiro Sócrates e ao escritório de advogados do dr. Proença de Carvalho e esclarecer que fui processado por muitas frases desse artigo, mas nenhuma delas inclui antigas estrelas de cinema pornográfico. Lamento pôr em causa tanta criatividade textual e visual que saiu em meu auxílio na blogosfera, mas opiniões são opiniões - e factos são factos."
João Miguel Tavares, hoje no Diário de Notícias.
Parece que José Sócrates processou mais três: José Manuel Fernandes, Cristina Ferreira e Paulo Ferreira, todos do Público. José Sócrates é o novo maná dos advogados... e para bloggers não vai nada, nada, nada?...
Mais dúvidas inocentes: durante quanto mais tempo durará a coluna de João Miguel Tavares no DN? E quanto tempo teremos de esperar para ver os seus e as suas colegas, em espaço de opinião ou em prime-time, a saírem em sua defesa e em defesa da sempre invocada liberdade de expressão? Um caso a seguir meticulosamente, até porque se existem causas fracturantes em Portugal neste momento, que deviam merecer destaque em todos os espaços de opinião livre, são justamente a corrupção, a traficância, os compadrios, as pressões do poder absoluto do actual sistema, não apenas na Justiça, mas também na comunicação social.
Os concorrentes ao 5º canal de televisão foram excluídos pela ERC. O 5º canal agora não dava jeito nenhum ao PS, em ano de três eleições. O 5º canal, antes de ser já não era....
O PS quer limitar a circulação de jornalistas na Assembleia da República. Volta, Pacheco Pereira, estás perdoado! Senhores do Governo: e que tal inventarem um chipzito também para os jornalistas?...
As ondas mediáticas e as campanhas negras têm destas coisas. Quando todos falam tudo serve para acrescenter um ponto ao conto. Quando a moda passa as notícias são remetidas para as páginas mais inóspitas das edições. Aconteceu no sábado no Expresso e no domingo no Público. Esta notícia passou despercebida. Até nos blogues. Para acompanhar os ciclos mediáticos neste particular é favor consultar José Paulo Fafe e Rui Costa Pinto.
Estamos num país em que já nem dança com lobos há. Há apenas dança de cadeiras, ao pé de Sua Majestade D. Sócrates I. Cada um tratando da sua, lutando pelo seu assento, como na pré-história os primitivos disputavam o fogo, a carne e as peles para sobreviver ao frio e à fome. Ao que isto chegou...
Só tardiamente pude ver com olhos de ver a nova TVI 24. Esperava diferença para além das caras, naturalmente, do logotipo e do cenário. Afinal, constato que a TVI 24 é igualzinha à SIC Notícias: as mesmas notícias, às mesmas horas, os mesmos directos, os debates sobre os mesmos temas, quase às mesmas horas. Como escolher, então? Por sorteio, talvez...
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"Como é que um ser humano normal se sujeita a ir ao programa de Fátima Campos Ferreira?
PS: Lembro-me de uma vez ter ido e de não ter tido tanto a sensação de estar numa feira popular (populista?). Ela - e a RTP - deve ter descoberto que quanto mais demagógico e caceteiro mais rende..."
Miguel Vale de Almeida, no Jugular, no dia 9 de Fevereiro de 2009.
Miguel Vale de Almeida esteve presente no Prós & Prós de ontem, dia 16 de Fevereiro de 2009, a convite de Fátima Campos Ferreira. Sem mais comentários. Vale tudo para sacralizar a agenda política do Primeiro-Ministro.
"A investigação jornalística não está liquidada, mas está cada vez mais à mercê de incompetentes receosos de incomodar o poder.
Foi preciso sentir a crise, que enfraqueceu o primeiro-ministro, pelo menos nas ruas, para as páginas dos jornais se encherem, subitamente, de notícias e artigos de opinião sobre um caso típico de corrupção que envolve o nome de José Sócrates.
(...)
Céleres a acusar os poderes político e judicial a propósito do arrastamento das investigações, a generalidade da Imprensa ainda não fez o seu mea culpa: nos últimos anos, o que fizeram os principais órgãos de comunicação social para apurar o que se passou no 'Caso Freeport'?
Nada ou quase nada.
À excepção de investigações que foram barradas à partida, a generalidade das chefias editoriais não tiveram capacidade para mobilizar esforços para escrutinar um primeiro-ministro com uma maioria absoluta.
O calculismo até pode recompensar, mas não serve o jornalismo."
Rui Costa Pinto, numa das suas Crónicas Modernas.
O Serviço de Informações de Segurança negou hoje qualquer vigilância dos magistrados encarregues do processo Freeport, garantindo serem "falsas e fantasiosas" as notícias que referem que o SIS estaria a investigar eventuais fugas de informação. Alguém esperava razoavelmente que o SIS ou algum dos seus elementos confessasse alguma coisa? Seria fantástico! O que já me parece grave é o facto de existirem magistrados que se dizem sob vigilância. O juiz Carlos Alexandre, por exemplo, até tem uma mensagem no seu telemóvel dizendo que o mesmo está sob escuta. Mas estas notícias levantam outra questão: como os serviços de informações estão dependentes do Primeiro-Ministro, é de supôr que José Sócrates venha a apresentar queixas contra o Expresso e o seu jornalista que publica a notícia. Para usar igual critério ao que usou no passado em relação a outas publicações e a outros jornalistas. Aguardemos, com curiosidade, se José Sócrates vai reagir à notícia de hoje do Expresso e onde é que o fará.
Vamos lá a ver: quem adianta dinheiro no IRS é o cidadão ao Estado, não é o Estado ao cidadão. O cidadão adianta dinheiro sempre que recebe e no caso dos trabalgadores por conta de outrém, a imensa maioria, adiana dinheiro doze vezes ao ano. Esta manchete do Correio da Manhã de hoje está literalmente ao contrário. Antecipar os reembolsos do dinheiro retido a mais não é adiantar dinheiro. É reduzir o atraso da devolução. Digamos que esta manchete é um ligeirinho favorzeco ao Governo. Qual é a necessidade?...
Não sou adepto da moda revolucionária da acção directa que consiste em manifestar oposição atirando sapatos às pessoas. Mas ocorre-me desabafar: e não se pode atirar um sapato à RTP? Depois do Prós & Prós & Pós & Prós de ontem, alegadamente sobre o envolvimento do Primeiro-Ministro no caso Freeport, dou por muito mal empregue o dinheirinho dos contribuintes que bai (é gralha..., digo "vai") para aquela casa.
(Corrigido)
Os "Media e Leis Penais", de Sara Pina. Mais informação aqui.
O país, com a boçalidade de que infelizmente dá regularmente provas, entusiasmou-se por poder vir a ter um cão de água na Casa Branca. Por mim, tenho a confessar que me é absolutamente irrelevante saber a origem geográfica do cão das filhas do novo messias, entronizado pela comunicação social. Obama, que teve de jurar duas vezes cumprir a Constituição porque se enganou no primeiro juramento e que foi apresentado pelo speaker da cerimónia de posse sem um dos seus nomes, precisamente o do meio, o tal, o Hussein, aposta forte no marketing, é bem fabricado, é bom na performance e obviamente beneficia de um estado de graça que consente tudo aquilo que em Bush seria uma tragédia universal.
Obama é uma espécie de Sócrates
Ora, sucede que no país do cão acontecem, apesar de tudo, algumas coisas. Acontece um Primeiro-Ministro afirmar com a maior tranquilidade do mundo, que desta vez as previsões económicas do Governo “são sérias e responsáveis”, apesar de já terem sido desmentidas pela Comissão Europeia e apesar de qualquer cidadão de média inteligência perceber que a crise não autoriza a arrogância da afirmação. Acontece uma maioria absoluta que é suspeita de condicionar a liberdade de um jornal publicar notícias que comprometem os seus membros no caso Freeport, usando para isso um banco privado (privado?...). Acontece uma oposição sem chama, sem credibilidade, sem força e sem projecto, que já foi experimentada no Governo e não fez melhor do que o PS está a fazer.
Isto num ano de profunda crise, em que os portugueses entregam ao Estado um euro em cada dois do que produzem, alimentando um monstro insaciável que não revela capacidade de se reformar e de se conter na despesa. Resta-nos a consolação das lateralidades. A consolação pacóvia do cão de água, a consolação do grande CR7 que definitivamente não deve ser convocado para entrevistas mas apenas para jogar à bola e a consolação de já terem passado 22 dias do ano da desgraça de 2009. Faltam apenas 343 dias para 2010.
(publicado na edição de hoje do Semanário)
O DCIAP e a PJ realizaram hoje, no âmbito do caso Freeport, buscas na casa e empresas de Júlio Carvalho Monteiro, empresário e tio materno de José Sócrates, e no escritório de advogados de Vasco Vieira de Almeida, diz o semanário “Sol”. De acordo com o jornal, em causa estão suspeitas de corrupção no processo que permitiu a construção do “outlet”, em Alcochete, e cujo inquérito criminal começou em Fevereiro de 2005, estando igualmente a ser investigado pelas autoridades inglesas. O Sol insiste em brilhar, apesar das pressões e das tentativas de asfixia.
(Actualizado)
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