“Vou ficar como vereador a lutar pelo que acredito”, disse Pedro Santana Lopes, que encabeçou a a coligação “Lisboa com Sentido”, que uniu PSD, CDS-PP, MPT e PPM, nas últimas eleições autárquicas de 11 de Outubro. Lopes é daqueles que se ama ou se odeia. Não deixa margem para a indiferença política e eleitoral. Agora: esta decisão é um bofetadão em tanta gente ao mesmo tempo que eu me sinto no dever de sublinhar e louvar aquilo que não deveria ser necessário sublinhar e louvar: respeitar um compromisso. CHAPEAU! Tanto mais vistoso, aliás, quanto o curriculum político que ostenta e que cá nas aldeias do chinquilho e da malha ao sábado de manhã seria imediatamente rebaixado como o político que andou de cavalo para burro...
O pessoal do CDS é danado para a brincadeira...
O debate entre Santana Lopes e António Costa foi uma desilusão. Ambos são melhores que aquilo. Talvez as férias lhes façam bem.
Em Lisboa o debate eleitoral vai de vento em pompa. Discute-se se o défice são 1500 ou 1700 milhões de euros. É mais ou menos uma discussão em que o tipo que anda nu chama mal vestidinho ao tipo que anda de calças rotas.
Os acordos de António Costa com o utilíssimo Sá Fernandes e com Helena Roseta não significam uma coligação. Significa apenas que António Costa conseguiu repôr o 'stock' do PS em Lisboa. No fundo os votos do utilíssimo Sá Fernandes e de Helena Roseta não eram mais do que pequenas fatias subtraídas ao PS.
Quem diria, há apenas dois ou três meses atrás, que Santana Lopes estaria a disputar a Camara de Lisboa com António Costa, taco-a-taco... Santana Lopes sempre foi melhor candidato do que a excercer as funções às quais se candidata. A dinâmica de vitória em Lisboa está com ele e António Costa será mais uma provável vítima da queda de Sócrates. Mário Lino foi o segundo a provar a desilusão de António Costa com o seu próprio ex-Governo. O primeiro foi Rui Pereira. Palpita-me que há mais na lista... a despropósito: o que sucedeu à tentada nova-velha candidatura de Carmona Rodrigues? Desapareceu na voragem Santana Lopes?...
A história do regabofe na Gamalis vai a julgamento. Espera-se que o julgamento não demore uma legislatura.
António Costa, ex-ministro da Administração Interna de José Sócrates e actual presidente da Camara de Lisboa decidiu pedir explicações ao actual ministro da Administração Interna de José Sócrates sobre as questões de segurança em Lisboa. Depois de um tiroteio "à Loures" nas Olaias, num bairro ironicamente chamado Portugal Novo, Costa já percebeu que só tem uma mínima chance de ganhar as eleições em Lisboa: ser oposição ao seu próprio Governo. Outra ironia. Sempre podia ter posto uma alínea sobre o assunto na moção de estratégia de Sócrates sobre o assunto da segurança. Ou descobriu agora que Lisboa é uma cidade com medo?
Digo eu, que não sou de intrigas, que Joana Amaral Dias dava uma boa candidata do Bloco à Camara de Lisboa.
No meio do turbilhão de notícias sobre o caso Freeport, passou despercebida uma notícia segundo a qual a Gebalis terá dado 2 milhões de euros em obras a amigos. Assim mesmo, sem mais nem menos. Sem regra. Sem critério. Sem transparência. Sem respeito. Sem vergonha. A corrupção campeia
Enquanto isto, Carmona Rodrigues decidiu suspender o mandato de vereador para ir participar num rallye algures. Espero que tenha avisado a esquadra mais próxima da sua ausência por período superior a cinco dias, uma vez que deve estar sujeito termo de identidade e residência no âmbito do processo em que é arguido e que se espera que não venha a estar quatro anos parado.
Em Lisboa, entretanto, não se passa nada a não ser eleições. As empresas municipais continuam incólumes.
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)
"A Assembleia Municipal de Lisboa recomendou hoje, numa moção do Bloco de Esquerda, a realização de um acordo de geminação entre a capital portuguesa e Gaza. A moção foi aprovada com a abstenção do PSD, PS e CDS-PP e os votos favoráveis do BE, PCP e PEV." João Vacas chama-lhe a abstenção da vergonha e eu estou de acordo. A alegada direita não é carne nem é peixe. Sobretudo é cobarde.
O final do ano e as revistas do ano e os balanços do ano são assim: desenterram coisinhas de que nos tentam fazer esquecer. "Alguém sabe que medidas foram tomadas para resolver o escândalo das casas oferecidas pela CML? O que aconteceu aos responsáveis? Terá tudo ficado na mesma?" Pergunta o Bekx.
O Tribunal de Contas confirmou hoje o chumbo ao empréstimo de 360 milhões de euros que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) queria contrair junto da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para saldar dívidas a fornecedores. Terceira má notícia em dias seguidos para António Costa. Não vai ser possível pagar a dívida da Camara com mais dívida da Camara. Depois da fava Santana Lopes, da favinha Helena Roseta, a favona do Tribunal de Contas saiu a António Costa.
Helena Roseta acaba de declarar na SIC-Notícias que será candidata à Camara de Lisboa. Se a logística ajudar. Como certamente ajudará, como ajudou da última vez. Outra má notícia em dias seguidos para António Costa. Helena não quer ser o Zé feminino de António. Helena Roseta torna-se na primeira candidata autárquica do partido de Manuel Alegre. Não é proeza ao alcance de todos ainda nem sequer ter o partido e já ter candidata à Camara mais importante do país.
Nas reacções à escolha de Santana Lopes para candidato do PSD à CML é engraçado ver como o Zé passou a fazer falta ao PS para porta-voz da candidatura de António Costa. Mau sinal para António Costa.Quanto mais Zé na campanha maiores as chances de Santana Lopes.
Pedro Santana Lopes já é candidato à Camara de Lisboa. Eis uma boa oportunidade de corrigir a má imagem que deixou da sua breve experiência governativa. Neste caso não se aplica o ditado que nunca se deve voltar a um sítio onde se foi feliz porque verdadeiramente, face à fuga de Barroso para Bruxelas, Santana Lopes não teve sequer tempo de ser feliz em Lisboa. Ah e uma coisa: goste-se muito, pouco ou nada de Santana Lopes, creio sinceramente que o lúcido António Costa já deve ter percebido que a sua vida complicou-se ainda mais. Já não lhe bastava de ter de carregar a cruz de um Zé sem abrigo político para ainda por cima lhe sair um adversário à altura. Queira-se ou não, no estado a que chegaram os partidos à direita de Sócrates, melhor candidato para Lisboa não estou a ver.
A reinauguração do Cais das Colunas não passa de uma fantasmagoria. Magistratalmente descrita no Bic Laranja. Como fantasmagoria é o Terreiro do Paço da TMN. Uma vergonha o que estão a fazer com Lisboa.
(publicado n' O Carmo e a Trindade)
Passados os números mediáticos e inconsequentes de António Costa sobre a limpeza da cidade, que, aliás, recebeu porca como nunca, vem a dura realidade. Lisboa continua a ser uma cidade suja. Exactamente como os livros de viagem sempre a retrataram desde há séculos. Nem no século XXI a civilização chega a Lisboa na sua versão mais óbvia: a higiene.
(publicado n' O Carmo e a Trindade)
Uma das personalidades políticas mais negativas, esquivas e dispensáveis da política lisboeta caiu em desgraça no Bloco. Xau Zé! É melhor ir preparando a lapela para a rosa. Quanto ao cartaz, apenas um comentário: é mentira. Pergunto: o que têm a dizer as pessoas que foram subscrevendo a frase enganosa nos outdoors?...
(Foto)
(publicado n' O Carmo e Trindade)
Santana Lopes anunciou que é candidato à CML. Más notícias para António Costa e para o CDS. É melhor candidato do que muita gente pensa. A campanha vai ser animada. E já começou.
O Bloco de Esquerda está de candeias ás avessas com o vereador que candidatou a presidente da Camara de Lisboa. Suponho que neste momento o slogan para 2009 será "O Zé não faz falta".
Gebalis I, Gebalis II, Gebalis III, Gebalis, IV, Gebalis V, Gebalis VI, Gebalis VII, Gebalis VIII, Gebalis IX, Gebalis X, Gebalis XI e Gebalis XII. No Fumaças.
Diz o Sol que o Tribunal de Contas está a seguir com atenção o negócio público do terminal de contentores de Alcantara e que até já perguntou para a PGR se existe alguma investigação em curso. Um assunto a seguir com a maior atenção.
Sessenta e quatro mil euros em restaurantes, em dois anos, o que dá trinta e dois mil por ano, o que dá dois mil seiscentos e sessenta e seis vírgula sessenta e seis por mês. Bens gourmet, ou seja, produtos alimentares de elevado custo. DVD’s com fins lúdicos, romances e ficção variada, CD’s de música, tudo para benefício pessoal, foi onde três gestores da GAMALIS ou GAMELIS ou Gebalis para os tecnocratas, gastaram de dinheiro público. Tudo bens de primeiríssima necessidade para uma vida com qualidade. Com um pequeno senão: o dinheiro não era deles e não era para isso que lhes foi confiado.
Não quererá o Ministério Público investigar as restantes empresas municipais de norte a sul deste Portugal em crise?
A Gebalis afinal devia chamar-se Gamalis, de gamar ou Gamelis, de gamela. Gebalis, de gerir é que não.
Insisto: extingam-se estas fontes de luxúria financeira. É de prever, entretanto, que todos os partidos vão ficar caladinhos. Pudera! Bem os entendo.
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)
Vai para três anos, soube-se que o grupo Tertir solicitou ao Governo que clarificasse a sua posição sobre a localização da actividade portuária, porque estava insatisfeita com a ideia de ter de deslocar o terminal de contentores portuário para fora de Lisboa. Estava na altura em causa a meritória ideia de “devolver" a área ribeirinha à população de Lisboa.
A Tertir era então proprietária da Liscont e, para além de não desejar suportar os custos inerentes à construção de uma nova central de contentores, tinha óbvio interesse na renovação da concessão de Alcântara. Claro que a Tertir ficou sem resposta, o Governo calou-se muito bem caladinho, sempre brandindo o ideal da libertação da zona ribeirinha para uma nova era de lazer, a que de resto os lisboetas aspiram há décadas.
Então o que fez a Tertir? Em 2007, vendeu a sua posição na Liscont à Mota-Engil, que assim passou a controlar a empresa. E é justamente aqui que importa esclarecer: como é que antes a renovação do contrato de concessão desejada pela Tertir era impossível por força da estratégia de libertação da zona ribeirinha e, assim que a Liscont passa para as mãos da Mota-Engil, o contrato de concessão é logo celebrado, ainda por cima com condições mais favoráveis e sem concurso público?
Destes factos pode concluir-se, em primeiro lugar, que para o PS Lisboa é carne para canhão de negócios e, em segundo lugar que há um dado novo, que parece ter alterado tudo: Jorge Coelho na Mota Engil. Claro que o silêncio de outrora vai regressar. O silêncio sempre foi o método de explicação dos negócios públicos inexplicáveis. Pela comunicação social passou vagamente uma reacção do PSD, que se revelou até agora inconsequente. Nem sequer o Bloco de Esquerda se lembrou de tentar um inquérito parlamentar, não fosse José Sá Fernandes na Câmara fugir ainda mais de controlo. E depois, venham-me cá com belos discursos…
Só isto, Sr. Presidente? Só que vai aumentar as rendas escandalosamente baixas? Então e para o futuro, vai a CML continuar com esta prática de dar casas aos amigos e sem critério? Ou vai mudar isso?
"Estava tranquilamente à espera de fotografar algum pássaro mais descuidado no Parque da Bela Vista quando fui surpreendido pela guarda florestal, informaram-me que nos parques públicos era proibido fotografar ou filmar e questionaram-me sobre se tinha uma autorização para o fazer. Como à entrada do parque não havia qualquer informação disseram-se que em todos os parques públicos da CML se aplicava essa regra. "
O Jumento.
O Jumento, algo atónito, descobriu que não se pode fotografar os passarinhos e as ervas nos parques públicos da Camara Municipal de Lisboa. É verdadeiramente extraordinário o ponto a que chega o zelo de gestão pública da CML. Pena que esse zelo não se aplique às casinhas.
Finalmente percebo para que é que existem moedas de cinquenta cêntimos. Até agora não conhecia nada que custasse isso ou menos, salvo algumas bicas nalguns cafés atrasados. Agora percebo que também chega para pagar renda de casa à CML.
O inenarrável vereador Sá Fernandes da CML mandou tirar um cartaz político da rua cujo lema era "Imigração, Não!". Onde é que vamos parar com estes Torquemadas hodiernos a mandar na nossa liberdade de expressão? Pouco me importa o partido a que pertence o cartaz. Pretende o vereador que só se afixem cartazes a favor da imigração? Será que só se pode ser a favor da imigração? Viverá o vereador na Albânia de Enver Hoxha? Ou aspirarará à reencarnação de um sub-Mao Zedong? E não há ninguém que páre o vereador? Já não bastavam as figuras tristes que anda a fazer no bolso político do PS em demanda do prolongamento do seu mandato (o poder sabe bem, não é?). Este vereador não faz falta nenhuma. Espero que não lhe renovem o mandato.
Tenho trocado argumentos sobre as autarquias e as casas com o Luís Novais Tito. É óbvio o que nos separa: elé é socialista e acredita que a CML deve ter casas próprias para dinamizar o mercado de arrendamento. Eu não sou e digo que as autarquias não devem arrebanhar casas ao sector privado a troco de licenças de construção, porque isso acaba em compadrios e abuso. Quanto às casinhas que lá estão defendo que a CML as deve leiloar publicamente pela melhor oferta. O Luís vê a CML como mais uma empresa imobiliária a operar no nicho do mercado de arrendamento. Eu digo que não é função da CML actuar no mercado como se de uma vulgar empresa se tratasse. A CML tem muito mais que fazer, ou deveria ter... E já agora, como o Luís bem sabe não é por as autarquias exigiram uma percentagem das casas que licenciam em troca da licença que deixaram de haver contrapartidas menos claras, pelo que o argumento do combate à corrupção é neste caso ineficaz. Não é só o Estado que se mete onde não é chamado e descura as funções essenciais. Outras entidades públicas, com as autarquias à cabeça também o fazem. Com os resultados bonitos que se vêem. Ouvi dizer que andam à procura de neo-liberais... eis-me.
Entretenho-me, entretanto, a debater com Luís Novais Tito um caso do submundo gerido por António Costa. Onde? Na Barbearia mais famosa de Lisboa.
Pedro Santana Lopes vai ser candidato à CML. Animação não vai faltar. Mesmo depois de tudo, esta é uma má notícia para António Costa.
"O caso actual foi claramente o resultado de manobras eleitorais e tinha como alvo o PSD, e acabou, como sempre acontece, por rebentar nas mãos do PS, envolvendo uma actual vereadora. Também como é habitual, agora toda a gente quer moralizar a atribuição de casas, torna-la “transparente”, regulamentar burocraticamente o sistema de atribuição, batendo com a mão no peito como se não soubessem o que se passava. Depois o escândalo deixará de ser novidade, e os favores migrarão para outra área qualquer, porque nunca será possível regulamentar tudo, nem sequer vantajoso, e os favores e as cunhas são de cima a baixo o lubrificante dos sectores intermédios das estruturas partidárias, principalmente no poder autárquico."
Pacheco Pereira, no Abrupto.
Este texto é um atentado à classe operária. Qualquer gajo de direita que curta explorar o homem pelo homem e sugar a mais valia do suor da classe operária fica reconfortado por verificar que há pessoal de esquerda que pensa que há pobres mais iguais que outros, sobretudo quando esses são eles próprios. Eis uma revolução.
"Ao que o CM apurou, segundo dados da autarquia lisboeta referentes a 2005, a Secção do PS dos Olivais e Encarnação, que funciona rua Cidade da Praia, traseiras, lote 365, lojas A,B e C, pagava de renda mensal 75 euros. Já a Secção G do PSD, com sede na rua do Lumiar, tinha, no mesmo ano, um encargo mensal com a renda à autarquia lisboeta no valor de 46 euros. E os serviços do PCP, que ocupavam a rua Armando Lucena, Lote 47, loja, despendia, também naquele ano, 4,55 euros de renda."
Onde é que tu estavas no 25 de Abril? Numa casa da Camara.
O Zé faz falta, dizia o cartaz. Agora, perante a situação de Ana Sara Brito e sua casinha de favor, o vereador Zé diz que nem pensar em a senhora demitir-se. "Foi uma coisa entre a vereadora e o engenheiro Abecassis, com um contrato de arrendamento, com critérios da altura". O Zé, afinal, fazia falta para branquear os socialistas. Sobretudo os moralistas.
Muito à portuguesa, o país acordou para um novo escândalo: na Câmara Municipal de Lisboa atribuem-se casas por cunha. Tudo porque segundo o
Eu não sei se Santana Lopes vai ser arguido ou não. Sei que esta notícia surgiu no momento em que ele revelava disponibilidade para se recandidatar ao cargo que já exerceu, o que não dá jeito nenhum ao PS.
Quanto ao fundo da questão, constata-se que ao longo dos anos a CML gere o património público por encomenda, por telefonemas de autoridades públicas diversas, por amiguismo. Ou seja, sem regras nem critérios transparentes e objectivos, como devia ser. E, olhando para trás, vemos que nesta matéria não há esquerda nem direita camarárias que tenham logrado distinguir-se. Infelizmente, todos fizeram.
É isto que é necessário mudar. Esta maneira de “gerir” os bens públicos. Quando as entidades públicas elas próprias, dão o exemplo de comportamentos deste tipo, como exigir rigor aos cidadãos no cumprimento dos seus deveres legais? Quanto a Santana Lopes, talvez quem tenha tentado ir buscar lã, venha a sair tosquiado.
A política tem duas dimensões: a das propostas para resolver os problemas e a dos valores éticos e de comportamento na gestão dos negócios públicos. Lamentavelmente, nesta segunda dimensão da política, a distinção entre direita e esquerda não opera. Há bons e maus exemplos dos dois lados.
(publicado no Portal Lisboa)
Capa do Expresso: Manuela admite Santana em Lisboa.
Capa do Diário de Notícias: Santana arguido em processo da Camara de Lisboa.
Esta é a coincidência do dia. Uma coincidência muito oportuna, aliás, para o PS. Apesar de tudo, o poder eleitoral federador que Santana Lopes teria em Lisboa, numa área vasta das direitas feitas em cacos, é uma enorme ameaça política para António Costa e para o PS. Por isso, quiçá excessivamente apressadamente, mas não vá alguém esquecer-se de o escrever, alguns já decretam a incandidatabilidade de Santana. Tudo demasiado óbvio.
"A concessão da Casa dos Bicos à Fundação Saramago resume-se a isto: a entrega pelo poder municipal socialista, em processo camarário estranhamente acelerado e dispensador de burocracias, de um monumento nacional e marco histórico de Lisboa, a um escritor que já é mais espanhol do que português, para que este possa ter um lugar onde arrumar a biblioteca e a papelada, e fazer umas vagas iniciativas de "agitação". Tudo à custa da bolsa benemérita dos cidadãos, em vez de ser a expensas da fundação, como sucederia numa cidade normal governada sem favoritismos, tratmentos de excepção e complexos de reverência cultural."
Eurico Barros, em O Carmo e a Trindade.
Carmona Rodrigues anunciou que não se vai candidatar à Presidência da Camara Municipal de Lisboa nas próximas eleições. Eis uma boa notícia para o ambiente político. Fica mais respirável.
Afinal, a propaganda era verdadeira. O Zé fez mesmo falta. Vai daí, tornou-se o primeiro vereador da CML censurado pela Assembleia Municipal de Lisboa por ter arrendado uma praça pública a uma marca comercial. Imaginem um certo cívico que providenciava cautelarmente tudo e todos em Lisboa, se estivesse agora na oposição ... este conúbio com o tenebroso capitalismo comercial deve ter-lhe custado a reedição do patrocínio do Bloco na próxima eleição. A lista de António Costa começa, assim, a ser feita. Numa palavra: marcaram falta ao Zé que fazia falta.
(Foto)
Coitado do Carlos Lopes. Além dele, só José Saramago e Durão Barroso têm a chave da cidade de Lisboa. Mas o que é isto? Alguém me explica estes critérios? É que não me lembro de ninguém a quem Carlos Lopes tenha feito mal. Acaso Lopes terá saneado alguém do seu posto de trabalho? Acaso Lopes terá deixado uma final olímpica a meio sem chegar à meta, deixando um estádio, perdão, um país inteiro pendurado na tanga e na surpresa da desistência?
(Foto)
(publicado n' O Carmo e a Trindade)
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