Antes da primeira deslocação à região autónoma Alberto João Jardim ninguém deve dar crédito a qualquer líder do PSD que seja. A Madeira é o verdadómetro do PSD.
Eu não defendo que a Constituição exiba uma lista nominativa de todos os totalitarismos que fazem mal à saúde individual e colectiva que o legislador decida proibir, pois que nenhum decreto tem força para os impedir de florescer. Eu defendo é a eliminação da norma constitucional que proíbe partidos que professem a ideologia fascista. Além disso, se os outros totalitarismos são permitidos, não faz sentido proibir apenas um deles.
Uma verdadeira anedota é este modo de desgovernar e insultar os contribuintes que pagam esta fantochada.
Alberto João Jardim diz que é a verdadeira oposição ao Governo de Sócrates. Ele é capaz de ter razão. E o problema é precisamente ser ele a verdadeira oposição ao Governo. É que só beneficia o Governo ter uma oposição deste jaez.
Alberto João Jardim anunciou que vai fazer um referendo na Madeira sobre uma proposta de revisão constitucional a apresentar à Assembleia da República. É uma boa ideia, que certamente deixará enervado o Presidente da República e talvez o seu próprio partido. Um dos mais qualificados polícias da Constituição, Vital Moreira já veio dizer que não pode ser, já que "os referendos regionais só podem versar sobre matérias de competência decisória regional (legislativa ou política), não estando obviamente a revisão constitucional entre essas competências." Não percebo o argumento, já que é competência da Assembleia Legislativa Regional aprovar propostas de alteração à Constituição e é sobre a proposta que foi anunciado o referendo.
(publicado no Camara de Comuns)
Alberto João Jardim, confirmou hoje que não se candidata à liderança do partido e que o seu candidato à presidência social-democrata é Pedro Santana Lopes. Isto é: Alberto João Jardim é um fenómeno puramente local, sem expressão nacional, que nem no seu partido tem as tais tropas. É um General só, acantonado numa ilha cujo destino é esse mesmo, ficar acantonado numa ilha. Resta-me saber se vai ou não ao Congresso, senão aquilo vai ser uma sensaboria.
Parece que Alberto João Jardim vai dizer hoje que não se candidata a líder do PSD e, pior, vai dizer que não vai ao Congresso do PSD. Se quanto à primeira questão nada tenho a opôr, já quanto à segunda, na qualidade de espectador de televisão, tenho tudo a opôr. É que se Alberto João Jardim não fôr ao Congresso aquilo arrisca-se a não ter graça nenhuma.
Atendendo ao ponto a que chegámos não duvido que Alberto João Jardim tenha perfil e capacidade para liderar o PSD, como diz o inimitável Guilherme Silva. A continuarmos assim, o Inimigo Público corre sérios riscos de fechar e os Gatos Fedorentos poderão ver adiado sine die o seu regresso à televisão. É que por muita imaginação que tenham nunca farão rir tanto como a realidade.
"A Madeira precisava de mão firme em Alberto João Jardim e nos seus abusos. Precisava de um PR que o colocasse na ordem. Se nem o Presidente da Republica interrompe o circo que Jardim promove há 30 anos, gozando descaradamente com a cara do Continente que o subsidia, esqueçam lá isso..."
Baptista Bastos referia-se esta semana na sua coluna do
O homem pode ser pouco recomendável. De quando em vez diz umas alarvidades, anda com maquilhagem e fatos de substituição no carro, estica a pele como Sócrates vai ao Parlamento, e, pior de tudo, tem relações promíscuas com a comunicação social e com os tribunais, que quer vergar á força de lei, prevalecendo-se do seu poder político para se imunizar judicialmente (como, aliás, Chirac fez). Pois pode ser pouco recomendável, mas ganhou as eleições. Apesar de toda esta porcaria, Berlusconi não é da família de alguns porcos que há pelo mundo fora que nem a votos se permitem sujeitar e, diga-se, fazem coisas bem piores do que negócios e tráfico de influências. Cuba? Coreia? Irão? Como chamará Baptista Bastos a esses? Porcos de primeira ou porcos de segunda?
Por cá temos um fenómeno parecido: Alberto João Jardim. Com algumas especificidades, a Madeira é uma mini-Itália de Sílvio. O Governo tem jornais, os negócios são suspeitos, o clima é de medo de alguém se opôr ao chefe do partido, o qual, aliás, é mais um partido regional do que o PSD que todos conhecemos. Também há trapalhadas com o Ministério Público local.
Argumenta-se frequentemente que o homem ganha eleições como eu mudo de camisa e é verdade. Mas os outros deputados, que os deputados de Jardim insultam sem limite nem temor na Assembleia Regional também foram eleitos, argumento este muito menos utilizado não percebo bem porquê.
Claro que há pior que Alberto João Jardim: Mugabe, Ahmadinejad, Kim Jong II, um ror de dirigentes chineses, os Castro, é tudo bem pior. Só que não se pode comparar a qualidade e a seriedade de uma democracia pelo padrão de ditaduras sanguinárias.
Nestes termos, já não há pachorra para os dislates de Jardim. Com uma agravante: não há, na República, quem ponha o senhor na ordem. Resta a esperança que desta vez ele tenha sido sincero quando disse que este é mesmo o último mandato. É que a avaliar pelas ocorrências do último Congresso Regional secreto,
(publicado na edição de hoje do Semanário)
Cavaco Silva, ainda às voltas na Madeira, prometeu hoje voltar à Madeira no próximo mandato de Jardim. Este, surpreendido, lembrou que já afirmou que este é o seu último mandato. É como quem diz: tu prometes uma coisa e fazes outra, já assim foi e assim será. Ora aqui está uma subtileza deliciosa. Cavaco silva chamou mentiroso a Jardim. Embora inconsequente, a subtileza presidencial deve ter irritado bastante o político local.
Cavaco Silva recebeu hoje o PS e o PC madeirenses. Depois de Alberto João ter dito que não havia sessão solene no Parlamento regional porque não apresentava aquela gente, leia-se os deputados da oposição, a ninguém, prova-se, afinal, que Jardim não faz falta para o pessoal se conhecer todo.
Cavaco Silva, disse no Funchal, após uma audiência concedida a Alberto João Jardim, que tinha tido uma «audiência normal», mas esclareceu que «hoje foi um dia perfeito». A audiência «correu bastante bem», acabou por dizer o Chefe de Estado à saída do Palácio de S. Lourenço. Esta é «a demonstração de que o Presidente da República traz bonança para a Região Autónoma da Madeira», enfatizou. Eu não duvido do Presidente. Nem duvido do dia perfeito, nem duvido que ele tenha levado a bonança à Madeira. Apenas duvido que um país com políticos tão perfeitos como Cavaco Silva e Alberto João seja um país perfeito.
Ninguém me tira da cabeça que Alberto João Jardim pretendeu ensombrar a visita do "Sr. Silva" à Madeira, com as afirmações boçais que proferiu. Está habituado a que toda a gente aceite os dislates que cultiva em dizer de quando em vez e aproveitou o seu grau de inimputabilidade discursiva para diminuir o brilho da visita presidencial. Seguro que está que a falta de reacção à altura de Cavaco Silva lhe permitirá reforçar o estatuto de intocável que a República sempre lhe cedeu e lhe proporcionará uma pequena vingança sobre o Cavaco Silva que contribuiu, como é reconhecido, para a queda do Governo PSD/CDS, o que Alberto João parece disposto a não perdoar. Quem se mete com Jardim, também leva. Quanto ao Presidente da República, com mais indirectas ou menos, regressará rápido ao Palácio, tentando fazer esquecer depressa a figura de subserviência que Alberto João o obrigou a ir fazer à Madeira. Já agora, uma correcção de argumento: não foi só Alberto João Jardim que foi eleito na Madeira, os deputados regionais também o foram. Respeitem-se todos, pois.
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