Quarta-feira, 21.10.09

Vem aí borrasca, não se duvide. Dos novos deputados que nos têm sido rotativamente apresentados pelas mini-quadraturas de serviço nos vários canais cabo, Miguel Vale de Almeida tem-me impressionado especialmente pela ostentatória pose another planet came in town  que tem exibido num estilo a meio caminho entre Miguel Portas-Daniel Oliveira e Francisco Louçã. Mas que não se duvide que Sócrates vai ter de tratar deste pelouro com pinças...



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Terça-feira, 20.10.09

Incontornável draft de diplomacia económica emitida para chancelaria internacional com análise prospectiva de evolução tendencial das forças dinâmicas de recomposição de marés políticas com epicentro em pontos difusos e não claramente identificados de uma parte do território continental:

 

"O autor do fax, Keith Payne, administrador da Freeport em Lisboa, alerta para as mudanças políticas em Portugal e manifesta-se preocupado por Sócrates deixar de tutelar a pasta do Ambiente.

“Os efeitos dos acontecimentos do fim-de-semana, com os revezes sofridos pelo PS, nomeadamente nas eleições autárquicas, incluindo Lisboa, e a demissão do Governo de Guterres significam que Sócrates deixou de ser Ministro do Ambiente e que vai haver um compasso de espera de quatro ou cinco meses até que for eleito um novo Governo e nomeado um novo Ministro”, escreve Payne a Rick Dattani, que, por sua vez, reenvia o texto para um outro administrador, Jonathan Rawnsley.

É Dattani quem acrescenta ao texto anotações manuscritas e que refere explicitamente a existência de subornos no valor total de dois milhões de libras: “Jonathan, este é o fulano [Payne] que me telefonou e sabe do suborno de 2 milhões de libras, sublinhei algumas partes interessantes a partir do ponto 4. Se o parlamento é dissolvido até às eleições, o Secretário de Estado não pode aprovar nem rejeitar nada.”

 

Stop.



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Sábado, 17.10.09

Coisinhas boas que, quando temos mais tempo, conseguimos ver à distância: há um julgamento marcado num dos incontáveis processos que o Primeiro-Ministro move, por difamação, contra um orgão de informação de referencia e um seu jornalista. Decorridas as eleições e na semana da audiência de discussão e julgamento, o mesmo orgão de comunicação social de referencia publica uma grande entrevista com o queixoso. Uma coisa em bom, em grande, muita página e belas fotos. A audiencia é adiada. O queixoso entrevistado apresenta uma proposta de transacção judicial para pôr fim ao processo mediante um textinho e tal e uma verba simbólica para comprar umas whiskhas lá para a gataria de casa. O orgão não é a TVI. O jornalista não se chama Manuela. Tudo isto acontece depois das eleições. E eu, para aqui com a revista aberta a ler essa colgateana entrevista, sorrio com tão exuberante mas nojenta exibição de subserviência editorial da comunicação social de referencia ao poder. Seja lá qual fôr. Não haverá, é certinho, visto que a coisa não mete mails, Prós & Contras sobre o assunto. Podíamos nós viver sem tanta e tão transparente independencia da comunicação social de referencia em Portugal? Poder, podíamos. Mas não era, de facto, a mesma coisa...



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Domingo, 04.10.09

José Sócrates diz desconhecer tudo sobre um dos mais delicados casos de corrupção que esperam julgamento, o do aterro da Cova da Beira. Em resposta às perguntas que o tribunal lhe dirigiu e que visavam esclarecer, a pedido de uma das arguidas, o papel que terá tido em muitas situações que fundamentam a acusação, o primeiro-ministro põe-se fora de jogo e diz que nada tem a ver com o assunto. Ora, eis um livro muito oportuno...
 



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Sexta-feira, 02.10.09

Depois de uma boa conversa, parece que vai sair um Governo "hiper-político" da cabeça de José Sócrates. Teme-se o pior.



publicado por Jorge Ferreira às 11:16 | link do post | comentar

1. O maior partido português tem actualmente 3.678.536 militantes e é incapaz de gerar uma solução de Governo. É o Partido da Abstenção. Portugal será, assim, governado pelo segundo maior partido, o PS, que representa actualmente 21,75% dos eleitores recenseados. Este resultado significa, deveriam todos os partidos e instituições políticas da República assumirem-no, uma pesada derrota da democracia. Duvido que o façam. O Partido da Abstenção não tem porta-voz nem vai à televisão. Muito menos é susceptível de ser convidado para a novíssima liturgia dos Gato Fedorento. Não existe, portanto. Cá vamos, pois, votando e rindo.

 

2. Finalmente Cavaco Silva falou ao país. O Presidente não se dá nada bem com as comunicações das 20 horas para os telejornais. Já com o problema dos Açores, tendo razão na substância, não acertou no método. Voltou a acontecer. O que mais enerva em Cavaco Silva é que se fica sempre com a sensação de que ele não diz tudo o que tem para dizer. Se não pode dizer tudo o que tem para dizer é porque está refém de alguma coisa. Do que será? O certo é que quanto mais fala mais permite a José Sócrates fazer figura de estadista. Suprema ironia.

 

3. Quanto à questão de fundo, o que há a dizer é que nenhuma democracia saudável pode viver em estado de suspeição permanente sobre a segurança e a privacidade das comunicações, sejam elas electrónicas, telefónicas ou postais. Mas é nesse estado que vivemos, aparentemente para sossego das esquerdas, outrora tão reactivas a tudo quanto fosse suspeita de violação de direitos fundamentais dos cidadãos e hoje tão domesticadas. E este estado de suspeição não se resolve com mezinhas nem com jogos de sombras. Ele resulta de um sistema que está em vigor e que foi construído pelo PS, pelo PSD e pelo CDS, relativamente ao modelo de serviços de informações, sua orgânica e funcionamento. Nunca, como desde que José Sócrates chegou ao poder este tema tem estado tão presente na agenda política… por que será? Ah, sim, as campanhas negras, claro…

 

4. Soube-se também esta semana que o Ministério Público decidiu fazer buscas a quatro escritórios de advogados, ao que se diz, à procura de um contrato do … Estado! Três anos depois, o Ministério Público decidiu que é importante ler um contrato do Estado de compra de submarinos. Três anos. E decide procurar esse contrato nos escritórios dos advogados? É estranho. É suposto haver arquivos nos ministérios. Terá procurado no Estado e o contrato desapareceu das prateleiras do Estado? Alguém o levou para casa (não era a primeira vez que desapareciam documentos de Estado dos ministérios para casa de ministros…)? Se não fosse grave seria cómico. Por vezes temos a sensação que alguém anda a brincar com assuntos sérios. A brincar demais. Simultaneamente, a Associação Sindical dos Juízes declarou publicamente a sua perda de confiança no Conselho Superior de Magistratura. Na Justiça, isto é mais ou menos a mesma coisa que o conflito aberto entre Cavaco e Sócrates. Mas a Justiça no fundo reflecte o estado de degradação geral em que as instituições se encontram.

 

5. Não admira, por tudo, que o Partido vencedor das eleições tenha crescido tanto.

 

(publicado na edição de hoje do Semanário)



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Parece que é muita a curiosidade dos portugueses em lerem a história de José Sócrates. Por isso, na próxima semana, sai a 2ª edição.

 

José Sócrates - O homem e o líder (Biografia não autorizada). Autor: Rui Costa Pinto
 

 



publicado por Jorge Ferreira às 00:55 | link do post | comentar

Quarta-feira, 30.09.09

Sócrates faz as vezes de estadista. Como descrevi a semana passada, é um profissional do poder e não está escrito em lado nenhum que as opções eleitorais dos cidadãos tenham de coincidir com as melhores virtudes políticas...



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Sexta-feira, 25.09.09

Helena Matos escreve no Blasfémias, sobre "José Sócrates", O Homem e o Líder", a biografia de autoria de Rui Costa Pinto.



publicado por Jorge Ferreira às 10:12 | link do post | comentar

Desde que José Sócrates tomou o poder no PS que Portugal não tem tido descanso. Bem avisou António Vitorino, há quatro anos, à porta da sede do PS, para nos irmos “habituando”… Desde então, o homem que dizia que ser ministro “era o seu limite” e que Primeiro-Ministro “jamais” porque não tinha qualidades para tal (onde pára tamanha lucidez?...), tratou de realizar a maior concentração de poder num só homem de que há memória desde o 25 de Abril.

 

O ambiente político do país tornou-se nos últimos quatro anos verdadeiramente irrespirável e desaconselhável a menores de 18 anos. Sócrates concentrou poderes sobre as polícias, Sócrates pressionou e ameaçou jornais, televisões e jornalistas, Sócrates processou jornais, televisões, jornalistas, cronistas como nenhum político até hoje.

 

Durante quatro anos vimos o nome de Sócrates envolvido em sucessivas embrulhadas e suspeições, até hoje não esclarecidas. De uma simples licenciatura até a um complexo licenciamento, o do Freeport de Alcochete, passando por assinaturas em projectos de autoria discutida de casas deprimentes, nada em que tenha mexido parece claro. Evidentemente que esta situação contribuiu para degradar ainda mais a credibilidade das instituições e da política, o que manifestamente não incomoda nada o líder do PS.

 

Quanto à acção governativa o balanço é apenas uma enorme desilusão. As contas públicas estão num fanico, as reformas timidamente ensaiadas ficaram a meio, os empregos não só não foram criados como foram destruídos. O governante Sócrates criou dois países: o verdadeiro e o da propaganda. Os portugueses vivem hoje pior do que viviam há quatro anos. Portugal deve mais dinheiro do que devia há quatro anos. O Estado deve mais dinheiro e gasta mais do que sucedia há quatro anos.  O país produz menos e está por isso mais pobre do que há quatro anos.

 

Mas, ao que parece, Sócrates prepara-se para ganhar as eleições de domingo. Depois de tão estrondosos quatro anos, já é extraordinário ter a possibilidade de as ganhar. Ganhá-las será um verdadeiro feito. Porquê? Pela simples razão de que é um profissional do poder. O deplorável episódio das escutas que dominou a campanha eleitoral mostra bem o grau de amadorismo que tem permitido ao profissionalismo político de Sócrates brilhar. Conseguir pôr Cavaco Silva na lamentável posição de dar uma ajudinha ao PS, quando as sondagens mantinham tudo em aberto é de mestre. Mestre do poder, sempre o poder. E o poder, quando se transforma num fim em si próprio, como é o caso paradigmático de Sócrates faz mal ao país.

 

A oposição talvez mereça este desfecho. Porque em quatro anos não conseguiu construir uma credibilidade nem um programa. Portugal é que mereceria, sem dúvida, muito melhor. (publicado na edição de hoje do Semanário)

(Foto)

 



publicado por Jorge Ferreira às 09:43 | link do post | comentar

Quarta-feira, 23.09.09

«Muita água já tinha passado debaixo das pontes, entre o abandono de Vilar de Maçada e a chegada vitoriosa ao poder. Longe iam os tempos da pequena aldeia, dos estudos na Covilhã e em Coimbra, dos dias difíceis vividos pela sua mãe depois da separação do marido, do primeiro aparta­mento comprado em Cascais, com dinheiro de uma herança do seu avô materno, e da casa que comprou depois de casar. Chegou, seguramente, onde poucos se atreveram a vaticinar. Nem o próprio, a acreditar num dos seus mais célebres diálogos com a imprensa, que guardei religiosamente:

« – Engenheiro José Sócrates, vamos vê-lo, um dia, primeiro-ministro?»

« – Não! Primeiro, porque não tenho o talento e as qualidades que um pri­meiro-ministro deve ter. Segundo, porque ser primeiro-ministro é ter uma vida na dependência mais absoluta de tudo, sem ter tempo para mais nada. É uma vida horrível e que eu não desejo. Ministro é o meu limite»

 

Esta passagem do livro de Rui Costa Pinto sobre a vida do nosso Primeiro-Ministro é verdadeiramente deliciosa. Chegamos à conclusão que Sócrates tem vivido nestes quatro anos fora dos seus limites! Bem me parecia. Resta-nos uma possibilidade: ajudar Sócrates a regressar aos seus limites. Pode ser já no próximo Domingo.



publicado por Jorge Ferreira às 18:03 | link do post | comentar

Portugal perdeu no ano passado 71 milhões de euros de fundos estruturais comunitários por falta de absorção no prazo previsto, o que representa o valor mais elevado dos 27 países da União Europeia (UE). Graças à determinação de José Sócrates temos avançado muito. Na incompetencia e no desperdício. Somos certamente um país riquíssimo que s epode dar a estes luxos...



publicado por Jorge Ferreira às 11:26 | link do post | comentar

Terça-feira, 22.09.09

«Recordo, perfeitamente, o aborrecimento de me ter enganado, pois tinha assinado uma artigo de opinião, assumindo uma opinião altamente positiva sobre o político que apelidei de revelação da política portuguesa. Fui, com total convicção, o primeiro a prognosticar, em termos de opinião publicada, que chegaria a São Bento. Fi-lo muito tempo antes dos elogios da corte do costume, sempre disponível para bajular o poder, qualquer que ele seja. Após a publicação do artigo, as reacções não se fizeram es­perar: os meus colegas fartaram-se de me gozar e o próprio fez questão de me convidar para almoçar nas ‘Belgas’, mesmo ao lado da Assembleia da República, então um dos restaurantes da moda. José Sócrates é assim. Gosta de ‘marcar’ quem julga poder ser um futuro aliado...» (pag. 19)

 

« Depois da nossa última conversa telefónica, a propósito da investi­gação da PJ sobre o caso da “Cova da Beira”, preparei-me, imediatamente, para uma qualquer diatribe da sua parte ou de um qualquer dos seus apa­niguados. O que nunca imaginei, nem no maior dos pesadelos, foi passar por situações que vieram a acontecer posteriormente, que a serem coinci­dências são absolutamente extraordinárias.

No dia 5 de Março de 1999, sexta-feira, fui avisado, telefonicamente, que tinha sido alvo de uma carta anónima.» (pag 23)

 

«Hoje, ainda não sei quem inventou e enviou a carta anónima. Até posso desconfiar, mas não o posso provar». (pag 25).

 

Cá vamos, cantando e lendo...



publicado por Jorge Ferreira às 16:31 | link do post | comentar | ver comentários (1)

José Sócrates, requereu a abertura de instrução do processo que moveu contra o jornalista João Miguel Tavares, depois do Ministério Público ter arquivado, considerando que o artigo de opinião, “José Sócrates, o Cristo da política portuguesa”, publicado no "Diário de Notícias", não ultrapassava os limites da crítica a Sócrates, enquanto figura pública. Este é apenas um dos vários processos que José Sócrates tem movido contra jornalistas. Curiosamente, nenhum terminou antes das eleições.



publicado por Jorge Ferreira às 05:14 | link do post | comentar | ver comentários (1)

O afastamento de Fernando Lima por Cavaco Silva não anuncia nada de bom. Talvez ainda não se veja tudo, mas a política portuguesa está a viajar a grande velocidade para as profundezas das catacumbas do sistema de podridão em que vivemos há muito tempo. Cheira-me que isto não fica assim. Cavaco pode ter muitos defeitos mas não é pessoa de levar desaforo para casa e ficar-se.



publicado por Jorge Ferreira às 00:19 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quarta-feira, 16.09.09

– «E tu acreditas?».

 Foi a pergunta que José Sócrates me fez, insistentemente, durante uma longa e tardia conversa que se foi revelando tensa, muito tensa. Na última semana de Janeiro de 1999, mais precisamente no dia 28, uma quinta-feira, fui incumbido de telefonar ao então ministro adjunto do primeiro-ministro para o confrontar com o resultado de um pré-inquérito da Polícia Judiciária. (...) José Sócrates nunca deixou em mãos alheias a iniciativa de evitar a publicação de uma notícia. Os telefonemas, as ameaças e as pressões multiplicaram-se  até altas horas da madrugada seguinte, depois de lhe ter telefonado.

Há mais de dez anos, já era assim. O resultado foi surpreendente: a notícia foi adiada, apesar de ter chegado a estar planeada e paginada para mais uma manchete. (...)»

 

Uma biografia não autorizada de José Sócrates está prestes a ser publicada, isto claro, se não acontecer numa gráfica ou numa distribuidora quaisquer o que sucedeu na TVI. Se o livro não fôr silenciado, uma coisa é certa: desta vez não haverá Dias Loureiro nem o biografado no lançamento. Coisas da democracia. 



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Domingo, 06.09.09
Portas diz que Sócrates "está em dívida para com o país". Eu acho que é capaz de ser melhor não fazer as contas. Não sei dizer qual deles no fim deveria mais...


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Antes de mais parabéns, Senhor Engenheiro, pelas 52 primaveras. Agora, deixe-me que lhe diga: Manuela Ferreira Leite também está de parabéns, porque o senhor anda com o seu discurso a reboque do dela.



publicado por Jorge Ferreira às 21:11 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sábado, 05.09.09

O alegado debate de hoje entre os dois Sousas das esquerdas mostrou uma coisa muito simples: o Sousa do PCP é muito atrevido nas ruas, nas manif's, mas quando se apanha com o Sousa do PS à frente é mais manso que um congressista de Espinho do PS. Cá para mim hoje vai haver mosquitos por cordas nos centros de trabalho...



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José Sócrates deixou de falar a Pina Moura porque este, enquanto esteve a representar os espanhóis na administração da Media Capital não acabou com o Jornal de opinião privativo de Manuela Moura Guedes, como Sócrates desejava enquanto era tempo. Pina Moura vingou-se da desfeita, declarando-se "focado", isto é, próximo e concordante com o programa eleitoral do PSD e não do PS, partido pelo qual foi deputado da Nação em acumulação com a representação de interesses de empresas espanholas em Portugal. O grupo Prisa, dantes amigo do PSOE e de Jose Luis Zapatero, por sua vez muito amigo de José Sócrates, zangou-se entretanto com os ditos PSOE e Zapatero, porque estes deram um volumoso negócio de comunicação em Espanha a outro grupo de comunicação que não a Prisa. Vai daí toca de começar a escrever artigos contra o PSOE e Zapatero nos orgãos do grupo. Sabendo do momento delicado, judiciário e eleitoral, que o amigo lusitano de Zapatero vive em Portugal, toca de correr com Moura Guedes da pantalla, sabendo de antemão que o poderosíssimo ónus político do saneamento recairia sobre Sócrates, o especial amigo de Zapatero, ora ódio de estimação do grupo. Cavaco Silva, tomado de esperada amnésia, declarou esperar que o saneamento de Moura Guedes não tenha nada a ver com ameaças à liberdade de informação, esquecido que está do que fez o seu Governo com a RTP e o então elemento de ligação a Moniz, marido da ora saneada da TVI, quando este era Director de Informação da RTP, o ministro Marques Mendes (esse mesmo...) que, ao que consta, famas injustas certamente, tinha uma especial predilecção pela análise antecipada dos alinhamentos do telejornal.

 

Isto é uma história de pura ficção e qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. E tenho mais ficções para escrever.



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Se calhar, no dia em que o PS foi mesmo vítima de uma cabala o PS já não podia dizer que foi vítima de uma cabala porque ninguém acredita no PS.



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No PS suspira-se pelo dia em que o partido se verá livre de Sócrates. É que já nem ajudas de políticos experientes como Mário Soares hoje na entrevista ao "i" chegam para aliviar o peso partidário em que o ainda líder do PS se transformou para o seu próprio partido.



publicado por Jorge Ferreira às 10:56 | link do post | comentar

Sexta-feira, 04.09.09

Dizia alguém que percebia muito de política antes de muitos outros que "em política o que parece é". A campanha eleitoral está irreversivelmente inquinada pelo episódio Manuelamouragate. Sócrates já o percebeu. O resto, Prisa incluída, é ruído.



publicado por Jorge Ferreira às 14:22 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Quinta-feira, 03.09.09

José Sócrates, negou hoje que ele próprio, o Governo e o PS tenham interferido na decisão da administração da TVI de suspender a emissão do Jornal Nacional de hoje. Claro que não. Claro que não. Claro que não, Sr. Engenheiro. E nós somos todos tolos... O Congresso chavista do PS nunca existiu. A tirada do jornalismo travestido nunca existiu. Hoje foi um dia de viragem na campanha eleitoral. O resto é conversa e péssimos exemplos do PS, o outrora partido da liberdade. Mas pode ficar descansado Sr. Engenheiro: terá certamente uma avenida com o seu nome num município socialista qualquer perto de si...
 



publicado por Jorge Ferreira às 22:59 | link do post | comentar

Manuela Moura Guedes tinha uma peça pronta sobre o caso Freeport. A corrida em osso chegou mesmo a tempo....



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Nenhuma das três televisões abriu os jornais da uma com a notícia do caso Moura Guedes-Sócrates. O respeitinho é muito bonito...



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Manuela Moura Guedes, cujo tipo de jornalismo não aprecio, foi corrida da TVI e o seu célebre Jornal Nacional das sextas-feiras negras para José Sócrates foi sacudido dos ecrans. Sócrates, o homem que mais poder concentrou nas suas mãos nos 35 anos de democracia, não brinca em serviço, não perdoa, não facilita. O caso Rui Gomes da Silva e Marcelo Rebelo de Sousa mais Pais do Amaral ao pé do caso Sócrates e Manuela Moura Guedes, foi uma brincadeira. Portugal está irrespirável.



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Quarta-feira, 02.09.09

Freeport, licenciatura, submarinos, sobreiros, Jacinto Leite Capelo Rego.



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Sócrates queixa-se que Portas não cumpre regras. Terão sido apresentados apenas hoje?...



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Portas pede a Sócrates para não fazer números. É para rir, decerto....



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Portas trata Sócrates por Primeiro-Ministro em vez de o tratar como candidato a, como devia. Assume um estatuto de inferioridade. Rangel é melhor a debater que Portas.



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Terça-feira, 01.09.09

Está visto que com uma notícia destas a crise vai terminar pela milésima vez. Vem aí discurso de Sócrates...



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Segunda-feira, 31.08.09

Nos dias que correm torna-se necessário não só libertar a empregada de Carolina Patrocínio de Carolina Patrocínio, como também libertar Carolina Patrocínio de José Sócrates. Tanta guerra de libertação...



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Domingo, 30.08.09

Sócrates quer casar toda a gente à força: gays, unidos de facto, tudo o que mexe. Ao mesmo tempo fez uma lei do divórcio profundamente injusta para quem tem menos "direitos sociais" no casamento. Naquela cabecinha pensadora não é capaz de entrar a ideia simples que cada um deve ter a liberdade de não querer a parafernália de problemas a que Sócrates chama enganadoramente de "direitos sociais", que mais não são do que interferencias abusivas do Estado na vida privada de cada um. Safa, que com Sócrates levamos com o Estado porta adentro quer queiramos, quer não. Alguém nos livra deste destino?...



publicado por Jorge Ferreira às 15:08 | link do post | comentar

Quinta-feira, 27.08.09

José Sócrates, considerou hoje que "nunca houve quatro anos" em que se tenham registado tantos progressos no domínio do investimento em políticas e equipamentos sociais, assegurando no futuro "mais investimento público" nesta área. Será que o líder do PS acredita mesmo no que diz? Será que ele vive mesmo cá em Portugal? Devia haver limites para a propaganda.
 



publicado por Jorge Ferreira às 15:50 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Segunda-feira, 24.08.09

Ouvi mesmo agora José Sócrates dizer que quem afirma que a diminuição da taxa de chumbos no ensino se deve ao facilitismo do mesmo, está a insultar o mundo, o planeta, o sistema solar e o próprio Universo, nele incluindo, cito, os professores, os alunos e as famílias. Esta nova mania de Sócrates de confundir insulto com crítica só vem demonstrar duas coisas: a primeira é que não há Luís Paixão Martins que seja capaz de esconder a arrogância do ainda Primeiro-Ministro; a segunda é que Sócrates está sem discurso. Agora é tudo insulto. Ninguém pode criticar nada, que é logo um insulto. Temos que andar todos a toque de caixa, dizer amen a S. Exa. e a todas as barbaridades que tem cometido nestes quatro anos. Se não, cuidadinho, muito cuidadinho, ainda nos mandam um espiãozito lá a casa...



publicado por Jorge Ferreira às 14:06 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Um país de escutas, um país de espiões. Um país vigiado. Um país irrespirável. E tudo sob o comando de um homem só. Como nunca se viu em democracia.



publicado por Jorge Ferreira às 12:38 | link do post | comentar | ver comentários (1)

O insulto degrada quem o profere. Não é o insulto que degrada a democracia. É a mentira e a suspeita que degradam a democracia.



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Domingo, 23.08.09

José Sócrates arriscou finalmente ir à Madeira como líder partidário. Deve estar muito aflito para chegar a este ponto e descer tão baixo...



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Quarta-feira, 19.08.09

É nisto que dá a concentração de poderes num homem só em matéria de serviços de informações, segurança e polícia. Nunca nenhum Primeiro-Ministro teve tanto poder nesta área como o democrático Sócrates. Agora, aguente-se com as suspeitas. Não faltou quem avisasse.



publicado por Jorge Ferreira às 11:52 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sexta-feira, 14.08.09

José Sócrates, já se sabe, tem um jeitinho especial para escolher pessoas. Depois dos rios de tinta do episódio António Preto e outros, convém recordar que existem virtudes especialmente bem distribuídas entre Manuela e José. Vai daí, escolheu Carolina Patrocínio, neta de Vasco Vieira de Almeida (a propósito: o caso Freeport tem férias judiciais?...) para mandatária da juventude. O cargo vale nada, mas a pessoa pode revelar-se um desastre político. Para começar, decidiu mandar os assessores do mandante dar uma grande curva quando estes a procuraram na praia para dar um pulinho à apresentação do programa do PS. Deixou os assessores a falar para aquela voz irritante que nos aparece nos telemóveis quando eles estão desligados e a voz off nos manda voltar a tentar mais tarde. Agora, a menina, uma apresentadora de televisão da geração morangueira açucarada, transcendeu-se e disse numa entrevista que só come cerejas porque a sua empregada lhe tira os caroços das ditas. Eu acho bem. Com mais de meio milhão de desempregados, sabe bem saber que ainda há quem possa dar emprego a outras pessoas, nem que seja para tirar os caroços das frutas. Não deve haver nada pior para as unhas de gel do que o ácido e a glucose da fruta. Carolina está, pois, certa, empregando alguém para os caroços. Apenas espero que lhe paguem tão bem que lhe seja possível ir ali ao centro de emprego mais próximo e recrutar uma mão cheia de desempregados, para os quais me atrevo desde já a deixar aqui algumas sugestões: tirar os ossos da carne, as espinhas do peixe, as nódoas da roupa, arranjar as máquinas lá de casa, forrar sofás, escolher cortinados novos de três em três meses. Sócrates escolheu, assim, a Carolina certa para combater o desemprego. Desgraçadamente, porém, escolheu, novamente o patrocínio errado. Para umas eleições de um país que o próprio se encarregou, com insuperável método, de enviar direitinho para o fundo de um poço, não cai nada bem apresentar gente assim despreocupada e sem problemas na vida aos eleitores. Sobretudo aos eleitores jovens, que se desunham para ter professores de jeito, para ter emprego, para ter casa, enfim, para terem o singelo direito a comprar as suas próprias cerejas sem pedir dinheiro emprestado aos pais. Não são só os ministros que lhe saiem mal. Os mandatários também são um susto. Mas, ao menos desta vez, um susto com a sua piada. O Sócrates "queque" é o máximo.

 

(Cereja com caroço)



publicado por Jorge Ferreira às 18:04 | link do post | comentar

A taxa de desemprego atingiu os 9,1% no segundo trimestre deste ano. O Instituto Nacional de Estatística revela que há 507 mil pessoas sem emprego. Trata-se, sem dúvida de seguir à risca o lema dos cartazes de José Sócrates: "Avançar portugal". O desmprego em Portugal continua a avançar. Mais um feito histórico do glorioso secretário-geral. Revejam os compêndios, actualizem as efemérides.
 



publicado por Jorge Ferreira às 11:26 | link do post | comentar

Quarta-feira, 12.08.09

"Gostava que as virgens ofendidas da política que encontramos hoje no PS e no SIMplex se lembrassem, quando falam das listas do PSD, que o seu candidato a Primeiro Ministro tem um track record em matéria de suspeição que faz parecer António Preto e Helena Lopes da Costa dois pastorinhos de Fátima."

 

Rodrigo Adão da Fonseca, no Jamais. Ou o velho provérbio português do "diz o roto ao nu que o aspecto é que conta"...



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Terça-feira, 04.08.09

"Basta que Isaltino repita o que disse Sócrates em pleno rebentar do caso Freeoport e em pleno congresso do PS: o povo é quem mais ordena! Isto é, o eleitorado é mais importante do que o poder judicial. Isaltino já apelou aos oeirenses. O Marquês de Pombal só foi condenado quando largou Oeiras e foi desterrado para Pombal. Em democracia, na pluralista e de Estado de Direito, o povo não pode mais do que o poder judicial. Em Portugal este princípio válido e semivigente também deveria ser eficaz. Não há pior justiça do que aquela que aparece ao povo como impotente."

 

José Adelino Maltez, no Sobre o Tempo Que Passa.



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Quinta-feira, 30.07.09

O braço de ferro de Sócrates contra Cavaco Silva no Estatuto dos Açores acabou. O Estatuto é inconstitucional. Sócrates soma e segue nas derrotas políticas. Uma verdadeira máquina. Mas a declaração do Tribunal Constitucional também devia fazer corar todos quantos, no Parlamento foram aprovando, com ou sem cambalhotas, este absurdo legislativo. Carlos César também aproveita para meter a viola no saco.



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Terça-feira, 28.07.09

Parece de propósito. O ensaio da propaganda de José Sócrates ao encontrar-se com vinte autores de blogues falhou a transmissão via internet. Vai todo um mandato neste singelo episódio.



publicado por Jorge Ferreira às 10:20 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Sexta-feira, 24.07.09

Já ninguém se lembra da revisão de imagem de José Sócrates depois das eleições europeias. Na verdade essa postiça atitude de humildade era tão postiça, tão postiça, que não resistiu quinze dias. Ainda esta semana ficámos a saber que “ainda está para nascer um Primeiro-Ministro” que consiga baixar o défice. Só mesmo o grande, o enorme, o extraordinário José, não Mourinho, mas Sócrates, para cometer a proeza de ter baixado o défice em dois anos e, de seguida, o ter triplicado noutros dois anos. Uma façanha, de facto, mas lamentável.

 

Também esta semana, José Sócrates se voltou a lamentar do facto de o seu Governo, note-se o dele, não o do país, ser mais admirado no estrangeiro do que em Portugal. Ou seja: ou chamou estúpidos aos portugueses, ou chamou ingratos aos portugueses, ou chamou lorpas aos estrangeiros. Para admirar o Governo de José, não Mourinho, mas Sócrates, teríamos de esquecer pelo menos, Mário Lino, Manuel Pinho, Maria de Lurdes Rodrigues, Jaime Silva, e o seu recente, também uma aquisição desta semana trágica para o Governo, Mohammed Saeed Al-Sahhaf, mais conhecido por Teixeira dos Santos.

 

Com uma improvável costela não de Mourinho, mas de Steven Spielberg, José Sócrates classificou a legislatura da sua maravilhosa quanto incompreendida obra de “A Tempestade Perfeita”. Para lhe responder à letra, eu chamá-la-ia antes de “A Legislatura Perdida”. Um filme que até começou benzinho mas que cerce descambou num calvário lamentável de arrogâncias sortidas, promessas falhadas e erros de análise. Teremos a obrigação, todos nós, ingratos eleitores, de admirar tal filme de terror? Para Sócrates, que não cabe no maior espelho à venda no país, sim, sem dúvida. Ter outra opinião, ter outra ideia, desmontar a sua propaganda cada vez mais oca e mentirosa, é coisa que não está prevista na sua Constituição privativa, composta por um artigo único que reza assim: “Espelho meu, espelho meu, já sei que não há melhor Primeiro-Ministro do que eu!”.

 

A vida dos políticos tem ciclos. Ciclos de graça e de desgraça. Muitos pensam que a desgraça de Sócrates começou no dia 7 de Junho de 2009, com a vitória impossível de Manuela Ferreira Leite nas eleições europeias. Nada mais enganador. A derrota começou muito antes e o ciclo mau foram metódica e pacientemente construídos por José Sócrates muitos meses antes, sem que o próprio se tenha dado conta disso. O clima que se vive hoje no país é de mudança. E para que essa mudança aconteça nem é necessário que se concretize outra vitória impossível de Manuela Ferreira Leite noutras eleições. Basta o PS perder a maioria absoluta. O código genético de Sócrates é incompatível com o poder relativo.

(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

 



publicado por Jorge Ferreira às 11:24 | link do post | comentar | ver comentários (1)

O final da legislatura fica marcado por um tema recorrente na vida dos portugueses no século XXI: agora é o PSD que quer avaliar a real situação das contas públicas. Agora é o PS que recusa a ideia do Parlamento fazer essa avaliação.

O descontrolo das contas públicas é uma espécie de “karma” nacional. Nos últimos anos o país tem passado a vida a mexer a roda sem que ela saia do mesmo sítio. Faz lembrar um jipe atolado nas areias do antigo Paris-Dakar.

O Estado gasta e, diga-se em abono da verdade, desperdiça muitas vezes,  sistematicamente mais do que aquilo que o país pode, mais do que aquilo que a economia portuguesa consente, mais do que aquilo que a produtividade das empresas portuguesas justifica.

Os dois primeiros anos de José Sócrates pareceram constituir uma saudável excepção a esta situação, que aliás, a consulta dos anais da história parlamentar portuguesa permitirá ver que é uma situação que se discute desde o século XIX.

A fraqueza ancestral das forças nacionais no sentido de produzir riqueza sempre foram disfarçadas com sucessivas fontes de financiamento do exterior. As especiarias da Índia, o ouro do Brasil, as matérias-primas das colónias e os fundos comunitários foram sucessivamente permitindo ao país viver acima das suas possibilidades, fazer uma vida de rico sendo pobre, soltando a preguiça escondida que existe no fundo de cada ser humano. O Estado gastava de mais? Que interessava isso se se sabia que havia sempre alguém que apareceria para pagar?

Desta vez, não há QREN que nos valha. Apesar das aparências orçamentais alcançadas por José Sócrates nos primeiros anos de Governo, a verdade é que a despesa fixa e corrente do Estado nunca se alterou. À parte as doses maciças de propaganda governamental, a realidade substantiva não se alterou. O que significa que num momento de aperto mais uma vez ficariam a nu as debilidades gastadoras do Estado.

Foi justamente o que sucedeu o ano passado e é precisamente o que está a suceder este ano. As contas públicas estão novamente descontroladas. Com a crise económica a receita dos impostos baixou drasticamente. Como a diminuição do défice se fez pelo lado da receita e não, como seria saudável e sustentável, pelo lado da despesa, voltámos à estaca zero.

Bem pode Teixeira dos Santos, qual Mohammed Saeed Al-Sahhaf, o trágico-cómico ministro da informação de Saddam Hussein, vir jurar a pés juntos que as contas públicas não estão descontroladas. O mundo está a ruir à sua volta e, todavia, o ministro das Finanças não repara.

Vira o disco e toca o mesmo.

(publicado na edição de hoje do Semanário)

 



publicado por Jorge Ferreira às 11:22 | link do post | comentar

Terça-feira, 21.07.09

O défice orçamental fixou-se, no final do primeiro semestre deste ano em 7305,8 mil milhões de euros, cerca de três vezes e meia mais do que fora apurado em igual período do ano passado e praticamente o dobro do que tinha sido registado em Maio. É Portugal a avançar, sem dúvida nenhuma. Mas em direcção ao abismo.



publicado por Jorge Ferreira às 10:13 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Sexta-feira, 17.07.09

O relatório final do Tribunal de Contas acusa o contrato de exploração do terminal de contentores de Alcântara de só favorecer os interesses da Liscont, a empresa do grupo Mota-Engil e de ser ruinoso para o Estado. Tinham razão todos aqueles que criticaram na altura própria mais este negócio-PS. Suponho que desta vez José Sócrates não estará disponível para denunciar uma campanha negra com epicentro no Tribunal de Contas. Perante este relatório judicial só resta um caminho ao Governo: pedir desculpa por mais esta mariolinada e recuar. O que tem António Costa a dizer sobre este assunto que diz directamente respeito a Lisboa?



publicado por Jorge Ferreira às 10:28 | link do post | comentar

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