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Para a jornalista e activista dos direitos humanos (Maria Antónia Palla), a despenalização do aborto é a conquista da “última liberdade” das mulheres, que devem ter o direito de decidir “quando, quantos e se querem ter um filho”, mas é também o reconhecimento do “direito da criança a ser desejada”. Por isso, qualifica de “associações criminosas” aquelas “que dizem às adolescentes para terem filhos, porque elas depois dão-lhes um berço, quando “uma criança precisa de muito mais do que um berço” e “uma mãe adolescente, na melhor das probabilidades, é uma mulher sem futuro”, atira."
Ao que isto chegou. Agora criminoso é ajudar as mães a ter filhos. Já agora a activista de direitos humanos, como quiçá ironicamente é tratada no Público, quererá criminalizar a ajuda ao nascimento? E qual a pena que propõe? Este é um bom exemplo da total inversão de valores que o Sim, no que tem de mais profunda convicção, pensa e só raramente diz. Um desprezo frio, mecânico pela vida humana.
Lídia Jorge parece que chamou ontem "coisa humana" ao embrião. Foi num programa que não tive oportunidade de ver. Socorro-me do
João. Outra pessoa que devia falar mais vezes em defesa do Sim, porque dá certamente votos ao Não. Nesta fase do campeonato, em que os argumentos já estão a ser repetidos até à exaustão, em que a comunicação social, de uma maneira geral não esconde que defende o Sim sem ter a coragem editorial de o assumir, como exemplarmente fez a Rádio Renascença em relação ao não (sim, são uns cobardolas ...) , já só me consegue chocar a frieza insensível de certos humanos para com a sua espécie.
A história da socialista que confessa ter constituído e viabilizado clínicas clandestinas para fazer ABORTOS clandestinos. Chama-se Maria Belo, está tudo
aqui, numa entrada de
Joana Lopes Moreira no Blogue do Não, e o que se pergunta é se o Ministério Público tenciona abrir inquérito ...
Vasco Rato, inesperado
compagnon de route do Bloco do Sim,
elogia-me, supondo que com esses elogios faz mal ao Não. Erra. Se há coisa que faz bem ao Não é mostrar a arrogância intelectual dos defensores do Sim que acham que só um Sim ao
ABORTO tem o direito de ser definitivo, que o Não ao
ABORTO é por natureza provisório e que devem existir tantos referendos quantos os necessários até o resultado dar Sim ao
ABORTO. É de facto uma maçada que a democrcaia quando nasceu tenha nascido para todos...
"A única posição coerente de quem é contra a despenalização da interrupção voluntária da gravidez é assumir, com coragem e dignidade, o pedido de referendo pela repenalização." A sugestão é de José Miguel Júdice, defensor do Sim no referendo do aborto (a palavra maldita que todos os defensores do Sim evitam, sabe-se lá porquê, usar). Que não seja por isso, Ilustre Colega... eu já aqui defendi uma vez que se o Não perder desta vez, os defensores do Não tem a obrigação cívica de continuar a lutar pela realização de novo referendo para resolver o problema, como a esquerda gosta de dizer. Para a esquerda resolver é permitir a abertura de um guichet no SNS e fazer fila para abortar. Para um defensor do Não, resolver, se o Sim ganhar e criar o problema da violação da vida humana, é repenalizar e fechar o guichet. Parece que o mandato de cada referendo é 9 anos, não é assim? É só para ir fazendo contas...
Isto sim merece denúncia pública. O
Gabriel Silva chamou a atenção para a similitude de símbolos do referendo e do impagável Bloco. A CNE não terá uns trocos para contratar um
designer mais criativo? O Bloco, fazendo de conta que é da oposição, lá vai tomando conta disto. Com novos e inesperados
compagnons de route...
Pedro Guedes, cujo
blogue está desde sempre linkado no Tomar Partido ( a ver se consigo mais uma epístola odienta da agente bloquista Helena Pinto só para mim!...), fala desta vez não de qualquer patifaria que tenham feito ao seu simpático Belenenses (ele próprio um clube suspeito dado o antigo nome do seu belo Estádio), mas de outro
jogo sujo.