A Assembleia da República aprovou esta semana o Tratado de Lisboa. Depois de todos os partidos terem prometido um referendo, a verdade é que negaram aos portugueses o direito de se pronunciar directamente sobre o Tratado. Não é por não ser a primeira vez que deixa de ser uma vergonha.
O Tratado em si retira mais uma suculenta fatia de soberania ao Estado. E consolida uma Europa dos grandes Estados, subordinando os Estados mais pequenos à sua vontade e aos seus interesses.
Os portugueses continuam a ser tratados como capachos da vontade de um punhado de dirigentes submetidos a interesses estrangeiros, fazendo-o sem legitimidade, pondo assim em causa o mecanismo da representação política democrática.
(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)
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