Nas traseiras do meu quarto existem umas velhas águas furtadas furtivas. São irresistivelemente feias e velhas. Também são traseiras. A tinta descarnada ao longo de décadas de exposição aos elementos deixa-se descarnar às lascas, já sem cores existentes em quaquer catálogo de tintas de alfarrabista. Têm gente, mas não parece. Têm movimento interior, mas pararam no tempo. Têm gatos à volta, mas não se vêem espinhas de peixe, nem detritos urbanos como na estatuária chique do Rossio e dos Restaurdores. De súbito, do breu, irrompem duas luzes. Uma branca em metade de uma janela, outra encarnada na outra metade. Tremlicam. Piscam. Resistem. Apagam-se e eu com elas, sucumbo com a minha depauperada íris à poderosa pálpebra. Mas e de repente, um ténue clarão reacende a meia luz branca e a minha davidiana íris vinga-se e bate a quadriga das golianas pálpebras.
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