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De Zé da Burra o Alentejano a 3 de Novembro de 2009 às 11:48
O FIM DO OCIDENTE
A globalização, tal como foi concebida, vai determinar a derrocada económica do ocidente que passará para segundo plano e será ultrapassado pelas as novas superpotências que a globalização ajudou a criar: a China, a Índia e outros países.
O Ocidente caiu na armadilha que interessava às grandes Companhias multinacionais que pretendiam aproveitar-se dos baixos custos de produção no oriente. Como todos sabem, o custo da mão de obra é insignificante no estabelecimento do custo dos bens produzidos no oriente, em virtude dos baixos salários e da inexistência de quaisquer obrigações sociais. Como os produtos aí produzidos se destinam sobretudo à exportação para o ocidente, quando o ocidente perde poder de compra a crise acaba por afectar também as novas potências. Porém, a crise nesses países é e será sempre um menor crescimento económico. Há poucos anos estavam a crescer economicamente na ordem dos dois dígitos e agora o crescimento é bem mais modesto, de apenas 6 ou 7%. Mas será que a isso não se poderá chamar de “crise”?
Os países ocidentais perderam a aposta quando aceitaram a actual "globalização selvagem" sem exigirem aos países do oriente que prestassem às suas populações melhores condições sociais, como: regras laborais justas, melhores salários, menos horas e menos dias de trabalho, férias anuais pagas, assistência na infância, na saúde e na velhice. A única alternativa será a de nivelar os salários e as condições sociais no ocidente pelas do oriente e é a isso que estamos a assistir neste momento. Enquanto algumas empresas não resistem à "concorrência desleal" e fecham as portas para sempre, outras deslocam-se para oriente para assegurar a sua própria sobrevivência o que está a provocar o definhar da economia ocidental e, obviamente, o desemprego. Será que depois de terem atingido um razoável nível social, os trabalhadores ocidentais vão aceitar trabalhar a troco de um ou dois quilos de arroz por dia sem direito a descanso semanal, sem férias, sem reforma na velhice, etc...? Não! Assim, o ocidente está a iniciar um penoso caminhar em direcção ao caos: a indigência e o crime mais ou menos violentos irão crescer e atingir níveis inimagináveis apenas vistos em filmes de ficção que nos põem à beira do fim dos tempos como consta nos escritos bíblicos. Para icentivar a não deslocalização de empresas estão a ser-lhes dadas facilidades fiscais e reduções das contribuições para a Segurança Social que será paga cada vez mais apenas pelos assalariados e pelos pequenos comerciantes e industriais que não têm dimensão de de deslocalizar. A Segurança Social vai ter assim maiores dificuldades em responder às crescentes necessidades.
Quando tudo estabilizar o centro do mundo económico será no oriente e a época áurea do ocidente pertencerá ao passado. A ocidente, A classe média extinguir-se-á a ocidente e restarão uns (poucos) muito ricos, alguns à custa do crime violento e/ou económico, e que habitarão autênticas fortalezas protegidas por todo o tipo de protecções, e que apenas sairão rodeados por guarda-costas dispostos a matar ou a morrer pelo seu “senhor”; haverá, em simultâneo, uma enorme mole de gente desesperada de mendigos e de salteadores que lutam pela sobrevivência a todo o custo e cuja protecção apenas poderá ser conseguida agrupando-se, pois as ruas serão dominadas pelos marginais, ficando as polícias confinadas aos seus espaços próprios e reservadas para reprimir as “explosões” sociais que possam surgir.
PS e PSD são os dois fiéis representantes em Portugal desta política de "Globalização", por isso não podem enjeitar os resultados que estão a surgir.


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