Depois das europeias o PS entrou em desorientação estratégica. Sócrates simula uma imagem postiça do tipo "humildade democrática", que não convence nem o cãozinho lá da rua. O partido mudou de porta-voz. Quem transporta a voz do PS agora é um secretário de Estado "género Cascais", que vai dizendo o óbvio ululante que a situação impõe. E, nos princípios, as cambalhotas começam a semear a discórdia interna. Esta coisa de proibir à pressa a acumulação de candidaturas soa a batota política conjuntural e deixa alguns socialistas justificadamente irritados. Dispuseram-se ao sacrifício autárquico pelo partido sem saber que não se podiam candidatar a deputado. É o caso de Leonor Coutinho e Sónia Sanfona. Acusam agora a direcção do PS de mudar as regras a meio do jogo. E têm razão. Mas o que me surpreende é que não s etenham indignado com outros casos em que o PS mudou as regras a meio do jogo: aumento de impostos, avaliação de professores, querem mais exemplo?...