O apoio social aos funcionários públicos anunciado pelo Governo só não é revoltante porque certamente se destina a pessoas com necessidades efectivas. Embora se trate de pessoas que tiveram a enorme sorte de trabalhar para o Estado. Quem tem surpresas na vida mas não tem a sorte de trabalhar para o Estado no meio de todos os azares, está feito. Esta medida do Governo, se o PS estivesse na oposição seria desancada de populismo, demagogia, conjunturalidade e todos os defeitos do catálogo de oposição em circulação. A desigualdade social que o apoio consagra e institucionaliza, entre quem tem o Estado como empregador e quem não tem, não passsa de populismo marreco, ditado pela má consciência do PS relativamente às críticas que lhe são feitas pelas esquerdas quanto às políticas sociais.
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