Quarta-feira, 3 de Dezembro de 2008

O conflito entre o Ministério da Educação e os professores é o jogo da bolha política. Vamos ver, quando rebentar, quem é que fica a arder com o dinheiro, perdão, com os votos. Uma coisa é certa para mim: os sindicatos dos professores não querem mais nenhuma avaliação senão o simulacro de avaliação que tem existido ao longo dos anos. Por isso, vão sempre adiando as célebres alternativas, vão sempre fugindo a apresentar o seu modelo, vão desrespeitando os acordos que vão fazendo aqui e ali com o Governo. Aliás, não é por acaso que o assunto menos discutido neste conflito é o próprio modelo de avaliação. Porque este é apenas um pretexto para um jogo político mais vasto e telúrico no qual participam, como membros da bolha, a CGTP, o PCP, por via da CGTP, o PS por intermédio do Governo e, veremos, mais dia menos dia, até o Presidente da República. Sim, em Belém, há muita assessoria que comenta os desaforos da maioria ao Presidente com um velho ditado popular: "cá se fazem, cá se pagam". E Belém já teve de engolir a cooperação por duas vezes, com a lei do divórcio e com o Estatuto dos Açores. Ora, em política não há conflitos grátis. No meio disto tudo, os jovens alunos que o sistema de ensino do qual fazem parte os professores não sabe ensinar foram hoje para as escolas e muitos ali ficaram abandonados por não saberem de véspera se os respectivos professores iam ou não dar aulas. Uma tristeza de país.



publicado por Jorge Ferreira às 15:07 | link do post | comentar

2 comentários:
De Helena a 3 de Dezembro de 2008 às 21:29
"os jovens alunos que o sistema de ensino do qual fazem parte os professores não sabe ensinar foram hoje para as escolas e muitos ali ficaram abandonados por não saberem de véspera se os respectivos professores iam ou não dar aulas"

Nao sabe a lei da greve? Deve-se respeitar os direitos das pessoas coisa que este governo nao faz...
(Nao sou professora)


De MFerrer a 3 de Dezembro de 2008 às 18:26
Curiosidades pré-greve, ou pró-greve?

Estatuto da Carreira Docente– Decreto-Lei 15/2007 (15 de Janeiro)
2—A carreira docente desenvolve-se pelas categorias
hierarquizadas de:
a) Professor;
b) Professor titular.
3—À categoria de professor titular, além das funções
de professor, correspondem funções diferenciadas
pela sua natureza, âmbito e grau de responsabilidade.

Estatuto carreira docente, artigo 34
2—São avaliadores:
a) O coordenador do conselho de docentes ou do
departamento curricular ou os professores titulares
que por ele forem designados quando o número de
docentes a avaliar o justifique;

Curiosidades: Não há memória de os professores se terem recusado a candidatarem-se à categoria de professores titulares. ( vide regalias...)

Mas não deixo de me interrogar: Os dirigentes sindicais – em condições legais para o fazerem – candidataram-se ou não?
Tenho cá uma fesada que muitos dos que andam aí pelas arruaças, e a mobilizar criancinhas, que tranquilamente descartam na primeira oportunidade, são os mesmos que correram para apanhar essa titularidade...
é que não há outros...
MFerrer


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