Quarta-feira, 18.11.09

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, defendeu hoje, na Assembleia da República, que Portugal assumiu «uma posição sensata» ao decidir ratificar o Tratado de Lisboa sem recorrer a referendo. Sensata a decisão. E mentirosa a decisão. Para Luís Amado, um até agora lamentável ministro, quando oscila entre a sensatez e o compromisso, o ministo ama a sensatez.



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Quinta-feira, 29.10.09

União Europeia aceita exigências da República Checa para ratificação do Tratado de Lisboa. Vale a pena não ser capacho e nem todos os joelhos dos líderes europeus conseguem ser dobrados pelo herói de Vale de Maçada.



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Sexta-feira, 02.10.09

Provavelmente os irlandeses dirão "sim" à segunda, no referendo de hoje ao famigerado Tratado de Lisboa. O medo da crise, a chantagem monetária de Bruxelas e a devolução aos irlandeses do comissário perdido, terá invertido o sentido de voto relativamente ao primeiro referendo. Restará então a esperança checa, a esperança polaca e a esperança Cameron.

 



publicado por Jorge Ferreira às 14:45 | link do post | comentar

Quinta-feira, 04.06.09

O Tratado de Nice diz que o Parlamento Europeu tem 736 deputados. O Tratado de Lisboa aumenta esse número para 754. Na diferença desses 18, alguns países ganham, outros países, caso de Portugal, perdem deputados. O Tratado de Lisboa não está em vigor. Mas todos vão fazer de conta que estão. Depende do segundo referendo irlandês, em Outubro e, caso os Conservadores ganhem as próximas eleições inglesas, de um referendo em Inglaterra que David Cameron já anunciou, apesar do Parlamento britânico já ter ratificado o Tratado. Assim, os cidadãos vão eleger 18 deputados fantasmas. Chamam-lhes transitoriamente observadores. Não podem votar mas vão ter ordenado como os outros. Os espanhóis, que elegem quatro desses fantasmas já disseram que não querem esperar cinco anos pela efectividade de funções dos seus deputados fantasmas. Querem uma deliberação do Conselho para resolver. E assim vamos, à margem do Direito, de esquema em esquema, fazendo figura de parvos. Dizem que se trata de uma construção original esta balbúrdia europeia em que vivemos. Eu penso que a maioria dos cidadãos acha que é mas é uma grande trapalhada. Perceberam a abstenção, ou sabem fazer complicações abstractas mas não são capazes de perceber o óbvio?

(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)



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Segunda-feira, 18.05.09

A sede da Comissão Europeia está a arder. Um simbolismo indesejável em vésperas de eleições para o Parlamento Europeu...



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Terça-feira, 12.05.09

Tema: “O Parlamento Europeu e a Cidadania” , no dia 13 de Maio, quarta-feira, às 18.30 horas, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Torre B, Aud. 2 (3º piso). Os oradores são Manuel Monteiro – Fundador do Partido Nova Democracia, Paulo Sande – Director do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal, André Freire – Cientista Político/Professor no ISCTE e Maurits Van der Hoofd – Militante do partido holandês D66 (ELDR/ ALDE).



publicado por Jorge Ferreira às 12:18 | link do post | comentar

Quarta-feira, 06.05.09

É uma pena Paulo Rangel ser federalista. Não fora esse pequeno-grande senão e...



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Sexta-feira, 24.04.09

O CDS vai voltar a aceitar ordens de Bruxelas e do Sr. Martens. CDS passará a ser sinónimo de partido federalista. Ao reingressar no PPE inscreve-se numa multinacional partidária europeia, que tem o programa mais federalista que existe na Europa. Perdeu, definitivamente, qualquer utilidade política. Portas só não perde credibilidade porque ninguém pode perder o que já não tem.



publicado por Jorge Ferreira às 20:14 | link do post | comentar

Sexta-feira, 17.04.09

A mordaça reentrou no debate político pela voz de Paulo Rangel, que acusou o outrora constituinte amordaçante Vital Moreira de querer impor uma mordaça no debate eleitoral das eleições para o Parlamento Europeu. Com aquela pose de anti-fascista das origens o candidato socialista reagiu, ofendido, invocando curriculum anti-mordaça, ainda Rangel não era nascido e acusando o candidato do PSD de desrespeitar a História.

 

A isto tudo chama-se desconversar e não é certamente por acaso que os estudos internacionais apontam para uma abstenção nas eleições de Junho na ordem dos 75% em Portugal. A verdade é que as preocupações dos eleitores são bem outras do que a sorte dos políticos a caminho da prateleira dourada de Estrasburgo, onde, aliás, se decide pouca ou nenhuma coisa, tirando a sorte de um comissário politicamente incorrecto. Aliás, o próprio Vital Moreira considerava em 2004 que a eleição para o Parlamento Europeu era irrelevante. Deve ter mudado de opinião, o que no caso de Vital Moreira, é recorrente.

 

A mordaça é um tema sazonal que vai bem com a mitologia de Abril. Pode inspirar até o regresso das canções de protesto sem necessidade de as pedir emprestadas aos Xutos e Pontapés.

 

Paulo Rangel tem razão num ponto: hoje é quase impossível, a não ser para mentes abstractas e esotéricas, discutir a Europa sem discutir a política interna. Basta pensar num debate sobre a utilização dos fundos comunitários na agricultura, no desenvolvimento regional, na formação profissional e em inúmeros programas de apoio ao comércio, à indústria e por aí fora: a forma como foram utilizados e desbaratados pelos Governos do PSD e do PS. Ora lá está: é preciso cuidado com esses debates internos, porque eles podem cair em cima da cabeça do excelente cabeça de lista do PSD…

 

Já ao PS não convém nada a discussão interna. O PS está desejoso de se livrar dos fardos eleitorais e quanto mais irrelevante fôr a participação eleitoral, melhor, porque mais irrelevantes politicamente serão as conclusões a tirar dos resultados. As eleições de Junho correm o risco de se transformar numa grande sondagem paga pelo Estado, que sairá de borla à comunicação social e aos partidos, que ainda receberão um bónus financeiro por aceitarem participar na sondagem…

 

Quanto à mordaça: há mordaças para todos os gostos. O PS quer fugir do debate interno e o PSD quer fugir do debate sobre o modelo federalista da União Europeia e das suas próprias responsabilidades no estado a que isto chegou com vários milhões de fundos comunitários desperdiçados pelo meio.

 

No fundo, a verdadeira mordaça é a mordaça do politicamente correcto que molda o debate de surdos que está em curso e que promete tornar ainda mais desinteressante o sufrágio. E quanto mais irrelevante fôr o sufrágio melhor para ambos: o PS disfarça a crise de credibilidade e de decadência governativa em que está mergulhado e o PSD disfarça a crise de oposição e de afirmação em que se consome há vários anos.

(publicado na edição de hoje do Semanário) 



publicado por Jorge Ferreira às 01:43 | link do post | comentar

Sexta-feira, 10.04.09

Saudações de Direita,

Quem Faz a Moeda,

O Suprapátrida,

Sejamos Práticos,

Alvíssaras,

Ocorreu-me e

O Contratempo Europeu.

 



publicado por Jorge Ferreira às 19:42 | link do post | comentar

Quarta-feira, 25.03.09

Caro Carlos,

 

" A República Checa tornou-se um dos países, saídos do Pacto de Varsóvia, mais dinâmicos em grande parte graças ao investimento europeu no país. Basta andar nas ruas do país para perceber isso."

 

Sim. E daí? O facto de ter beneficiado do investimento europeu não faz de nenhum Estado da União vassalo de qualquer suserano, excepto, está claro, quando falamos de países mal governados, com espírito de pedinte e de subserviência primária às vontades de Bruxelas e dos grandes Estados europeus. Por exemplo, José Sócrates gaba-se, na sua biografia autorizada, que, por sinal, tem sido um fracasso de vendas, de "ter feito ajoelhar a Polónia" para aceitar o Tratado de Lisboa. É contra esta Europa, que quer que quem discorde ajoelhe, eu milito. E é contra esta Europa que a República Checa se pronuncia. Bem sei, caro Carlos, que apenas isto basta para que me rotulem de anti-europeu, cbem como a todos aqueles que ousam discordar. Não faz mal.

 

(publicado no Camara de Comuns)



publicado por Jorge Ferreira às 14:37 | link do post | comentar

Refiro-me à República Checa. O primeiro-ministro Mirek Topolonek vai pedir a demissão nos próximos dias, depois do seu Governo ter sido derrotado no Parlamento. À quinta moção de censura, o Governo da República Checa, de centro-direita, caiu. Tudo graças a um pequeno grupo de deputados dissidentes que faziam parte da coligação no poder e que votaram com a oposição social-democrata por considerarem deficientes as medidas económicas e excessivos os escândalos políticos.

A República Checa exerce a Presidência do Conselho de Ministros da União Europeia, durante a qual tem tido a independência de emitir opiniões politicamente incorrectas sobre a Europa e o rumo da União, que, aliás, muito tem irritado os meios fundamentalistas de Bruxelas e arredores.

Agora, os checos não se deixaram condicionar pelo facto de exercerem a Presidência para tomar as decisões que entenderam mais correctas para o seu futuro. Imaginem por breves momentos que tudo isto se passava cá. Aposto, bem apostadinho, que o grande argumento para não fazer cair o Governo seria o de que não se podia pôr em causa o sacrossanto prestígio de Portugal na ordem externa e que era impensável um Governo ser apeado em plena Presidência.

A República Checa mostrou, apenas, que é um Estado independente. Fez muitíssimo bem.

(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal e no Camara de Comuns)

(Foto)

 



publicado por Jorge Ferreira às 12:48 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Terça-feira, 24.03.09

Gosto da Rep. Checa. Não é um país filiado no pensamento único bruxelense, exerce a Presidência do Conselho da União Europeia com carácter próprio e sem correr aos foguetes dos manda-chuvas da União e agora acaba de aprovar uma moção de censura ao Governo, mesmo em plena Presidência. Como é raro hoje vermos Estados independentes...



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Quinta-feira, 19.03.09

As eleições que, na minha opinião, não deveriam sequer existir, e que justamente merecem o desprezo de magotes de eleitores nos vários Estados europeus, estão marcadas. Cavaco Silva, marcou para 7 de Junho as eleições para o Parlamento Europeu. Estão abertas as hostilidades para conseguir cinco anos de uma mão cheia de prateleiras douradas dos partidos.



publicado por Jorge Ferreira às 18:01 | link do post | comentar

É oficial: Durão Barroso foi confirmado como o candidato oficial do PPE, federação europeia dos partidos conservadores/democratas-cristãos, para presidir à Comissão Europeia por mais cinco anos. É oficial: a União Europeia continuará exactamente na mesma, ou seja, nesta apagada e vil tristeza em que se consome e em que consome a Europa no dia-a-dia.



publicado por Jorge Ferreira às 17:44 | link do post | comentar

Quinta-feira, 19.02.09

O Parlamento Europeu aprovou hoje, em Bruxelas, uma resolução sobre a utilização de países europeus pela CIA para transporte e detenção ilegal de prisioneiros, sem qualquer referência específica a Portugal, suprimida por iniciativa da delegação do PS. O PS suprimiu Portugal. Aliás, o PS, cá dentro e lá fora não tem feito outra coisa do que suprimir Portugal. Nem que para isso tenha que suprimir a vergonha e recorrer à mentira e à ocultação. Este PS precisa de ser também suprimido. Quanto ao conluio do centrão de que fala Ana Gomes, ele funciona sempre que é preciso encobrir. Funciona no Parlamento Europeu e funciona em Portugal. Também já provei desse conluio no inquérito parlamentar das privatizações do Banco Totta & Açores e da Mundial Confiança.



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Segunda-feira, 05.01.09

O Governo israelita  recusou os termos do cessar-fogo proposto pelos diplomatas europeus, dizendo que tentou tudo para resolver o problema antes da ofensiva. Obviamente que os diplomatas europeus ficaram sentados nos seus cadeirões enquanto Israel foi atacado e quando o Hamas declarou unilateralmente o fim do último cessar-fogo. Lamentavelmente, a diplomacia europeia é complacente com tudo o que se passa na Palestina, mesmo quando isso se vira contra os próprios palestinianos. Agora é muito mais difícil. Muito mais.



publicado por Jorge Ferreira às 15:17 | link do post | comentar

O Pedro Guedes regressou ao seu Reduto. Em boa hora. Os blogues precisam de gente desalinhada, precisam de contraditório e também precisam de quem saiba escrever bem. É o caso. E nada melhor do que começar com Vaclav Klaus, o incómodo checo que nos próximos seis meses faz de Presidente em exercício do Conselho da União Europeia, que acha que o seu cargo não tem importância nenhuma. É ler Um Homem Interessante - Salvo Seja.



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Domingo, 04.01.09

"Mais uma vez, a União Europeia não falhou naquilo que melhor sabe fazer: pôr o direito ao serviço da política. A solução encontrada no último Conselho Europeu para a entrada em vigor do Tratado de Lisboa é disso exemplo.", escreve Patrícia Caldeiras no Outubro (um nome de blogue a condizer). Acho estes pragmáticos-programáticos uma verdadeira delícia... pelo menos confessam que na União Europeia é mesmo assim: molda-se tudo à superior vontade de uns Iluminati de trazer por casa que a todos querem formatar.



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Quarta-feira, 17.12.08

O Parlamento Europeu votou hoje a proibição da semana de trabalho superior a 48 horas, desencadeando um confronto com os Estados-membros da UE e as empresas. Nalguns Estados existe a possibilidade, por acordo entre trabalhadores e empresas da semana de trabalho ir além das 48 horas. Para os afanosos deputados europeus não pode ser. Tem de ser tudo igual. Cada Estado não tem liberdade de decidir. Ora aí está o modelo social europeu no seu máximo esplendor decadente. Trabalhar cada vez menos, ganhar cada vez mais e lamentar a chinezização da economia europeia.
 



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Quinta-feira, 11.12.08

A Irlanda vai ser obrigada a realizar o segundo referendo sobre o Tratado de Lisboa, depois de o povo irlandês o ter rejeitado em Junho passado. Nas democracia europeias os referendos realizam-se tantas vezes quantas as necessárias para dar o resultado pretendido. As pessoas que representam actualmente os Estados da União deviam reflectir se estão mesmo à altura da empreitada. Para mim, não estão. E vão cavando mais fundo o divórcio entre os povos e a União. Obviamente espero que os irlandeses voltem a dar uma resposta adequada à batota política, à chantagem política e a todas as manobras no sentido de desrespeitar a sua vontade já legitimamente expressa.



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Terça-feira, 25.11.08

Nada como uma crise económica e financeira para os socialistas mostrarem a sua raça, isto é, o seu verdadeiro, eterno e por vezes oculto amor pela despesa pública e pelo défice. Na foto, um verdadeiro socialista já preparado para nos pôr a todos ainda mais de tanga.

 

 



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Quarta-feira, 19.11.08

Enquanto forem Santer e Cohn-Bendit a criticarem José Barroso, pode Durão dormir descansado no seu cadeirão bruxelense.



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Quarta-feira, 01.10.08

José Barroso acordou. Finalmente umas palavrinhas sobre a crise financeira. E, desta vez, portou-se bem. Apelou à cooperação entre os Estados-membros. Eis o método adequado à vida da União Europeia. Pena que só se lembrem de vez em quando.



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Quarta-feira, 03.09.08

Durão Barroso quer que a Sérvia entre para a União Europeia. Esta nomenclatura bruxelense, definitivamente, não aprende, nem quer aprender nada. Depois queixem-se dos resultados dos referendos.



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Quinta-feira, 10.07.08

Se José Barroso continuar por lá não vem para cá.



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Sexta-feira, 04.07.08

 

Várias semanas depois do não irlandês ao Tratado de Lisboa a Europa não só não morreu, como tem continuado a sua vida perfeitamente normal. O dia a dia é o maior desmentido das teses catastrofistas daqueles que querem impingir um tratado à força.

 

José Sócrates confessou a Eduarda Maio, em declarações prestadas à sua biógrafa, que conseguiu o feito notável de fazer “ajoelhar” a Polónia no último round das negociações que conduziram ao Tratado de Lisboa. Para além desta meio naif, meio repugnante concepção das negociações entre Estados iguais, talvez Sócrates se tenha enganado e, afinal, não tenha conseguido ajoelhar ninguém.

 

Considerando o Tratado como juridicamente morto depois do resultado do referendo irlandês, o Presidente da Polónia decidiu não assinar o decreto que aprova o Tratado na ordem jurídica polaca, mesmo depois do Parlamento o ter aprovado. Afinal, parece que os ajoelhados estão em pé.

 

A recusa do presidente polaco em assinar a ratificação do Tratado de Lisboa e as reservas do Presidente da República Checa em fazer o mesmo, são sinais evidentes de que não é possível prosseguir, sob pena de graves dissabores, o caminho de marchar a toque de caixa, ou melhor, a toque de tratado, por cima de tudo e todos, como se a União fosse um rolo compresso, esquecendo a diversidade de interesses geo-estratégicos.

 

Para os euro-fanáticos os que discordam do caminho único que o movimento federal patrocinado pela França e pela Alemanha quer impor aos cidadãos dos 27 Estados da União Europeia devem ser tratados assim mesmo: ajoelhar. Sujeitar-se. Submeter-se.


Mas esse caminho está votado ao insucesso. O caso da Polónia é paradigmático e vale bem uma aproximação histórica. Entalada entre duas potências europeias que disputam a supremacia na Europa, a Alemanha e a Rússia, a Polónia encara o atlantismo como uma garantia da sobrevivência. Nos últimos três séculos a Polónia tem sido uma soberania, um território e uma pátria intermitente. Após as partilhas negociadas pela Prússia, pela Áustria e pela Rússia e a obtenção da independência no rescaldo da I Guerra Mundial, a Polónia viveu sempre com fronteiras incertas e instáveis.

 

Em 1919, os polacos queriam a restauração da Polónia anterior ao retalho territorial desenhado pelas potências europeias, mas teve de contentar-se realisticamente com um território menos relevante, extremamente extenso e com uma composição étnica complexa, onde as minorias alemã, russa, ucraniana ou lituana aspiravam com nostalgia ao regresso às suas pátrias de origem.

 

Os aliados estavam confrontados com a necessidade de viabilizar a Polónia. Embora os britânicos apoiassem os desígnios do governo polaco no exílio, que aspirava ao regresso às fronteiras de 1939, os soviéticos tornaram clara a intenção de manter os territórios bielorussos e ucranianos que o pacto  germano-soviético adjudicara à URSS.

 

A solução para o imbróglio consistiu na atribuição de todo o leste da Alemanha à reconstruída Polónia. Estas recomposições territoriais sempre foram apanágio da chamada realpolitik da força, mas o que se tornou trágico foi o sistema adoptado para a transferência da Silésia, da Pomerânia e de parte Prússia Oriental para a administração polaca.

 

Mais de sete milhões de alemães foram sumariamente expulsos do seu património ancestral, como sucedeu com os Sudetas, num processo de limpeza étnica que não se diferenciou muito do plano do Drang nach Osten do III Reich.

 

O presente envenenado que os polacos foram já então ajoelhadamente  obrigados a aceitar, continua para eles a ser uma irritante fonte de insegurança e incerteza. A verdade é que a Silésia e as outras províncias não se situam no Médio Oriente nem na Ásia. O presidente polaco sabe-o melhor que ninguém e por isso de cada vez que ajoelhar se levantará em cada em oportunidade. A Polónia sabe muito bem sopesar o grande poder económico da Alemanha, talvez o verdadeiro e único motor da União Europeia e de quem a Polónia muito depende. Assim, a aproximação aos EUA não será decerto uma conjuntura de política externa polaca, mas uma tendência estratégica de Varsóvia.

 

Quando afirma que a Europa vive a sua pior crise desde a II Guerra Mundial, na sequência do não irlandês, Luís Amado devia pensar um pouco na história da Europa e nas consequências dela. Mas duvido. Tal como os seus colegas das chancelarias europeias, ele quer que todos os países prossigam com a ratificação do Tratado para encurralar a Irlanda, para fazer ajoelhar a Irlanda, tal como Sócrates, do alto da sua limitada dimensão política e de Estado, confessou ter feito com a Polónia em Lisboa. Eles não querem resolver, querem apenas impor. No fundo é outra modalidade dos mesmos conflitos. Sem tanques e sem referendos. Mas com interesses e com estratégias que agravam conflitos em vez de contribuírem para consolidar a paz tão laboriosamente construída nas últimas décadas.


 Sarkozy pode zangar-se e Barroso pode enfurecer-se. Sócrates pode ver a sua carreira tremida e Merkel pode perder a paciência. Em vão o farão, pois a Polónia não é Malta, não é o Chipre. Conhece bem os riscos que o futuro lhe reserva e procura viver uma existência emprestada por uma compensação que não desejou mas à qual teve que se vergar, sob a mira dos canhões de Estaline e da complacência de Roosevelt.

 

E, todavia, a Europa continua a viver o seu dia-a-dia, as instituições europeias continuam a funcionar e sem tratado novo. Que estranho que deve ser para os ditadoretes que a governam.

(publicado na edição de hoje do Semanário)

 



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Terça-feira, 01.07.08

O Presidente polaco, que, como se sabe, é daqueles que em português vernáculo se costuma dizer que os tem no sítio diz que não assina o Tratado da Carreira de Lisboa, porque o mesmo está sem substância devido ao não irlandês. Más notícias para a carreira.



publicado por Jorge Ferreira às 12:35 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Segunda-feira, 23.06.08

"Durão Barroso disse: "não há um plano B" para o chumbo irlandês ao Tratado de Lisboa (http/www. eubusiness.com/news-eu/ 208419320.63/). Após o chumbo, começou logo a falar da alternativa. Esta displicência com a verdade inspira-se num dos seus autores de juventude: "Em geral, aquilo que obtém bom resultado é correcto, e o que fracassa é incorrecto, principalmente se se trata da luta dos homens contra a natureza. Na luta social, as forças que representam a classe avançada registam por vezes fracassos, não porque elas tenham ideias falsas, mas sim porque, na correlação das forças em luta, elas são temporariamente menos poderosas do que as forças da reacção. Assim elas fracassam temporariamente mas, tarde ou cedo, acabam por triunfar.(...) Não há outro meio de fazer a prova da verdade." Pequeno Livrinho Vermelho, Citações do Presidente Mao Tsetung, cap. 22, Editorial Minerva, 1975, p.145-146).|"

 

João César das Neves, no Diário de Notícias.



publicado por Jorge Ferreira às 11:56 | link do post | comentar

Sexta-feira, 20.06.08

"Tenho a maior consideração pela Polónia mas isso, eu não faço. Eu não adio! Não quero olhar para trás e dizer: há aqui um acto de que me envergonho e desse acto eu tenho vergonha. E não o fiz. E eles vieram cá e ajoelharam. Assinaram o acordo dois dias antes das eleições na Polónia". Isto afirmou José Sócrates em declarações à sua biografia autorizada. Será difícil encontrar melhor síntese sobre a forma como esta União Europeia e os políticos que a dirigem olham para quem se atreve a discordar dos caminhos cozinhados nas cimeiras e nos petit comité. Ajoelhar. Ajoelhar. Ajoelhar. Eles não adiam nada excepto quando o povo vota. Aí têm de adiar. O problema é que um dia destes é a União que vai ter de ajoelhar à força dos factos e das crises em que sucessivamente se vai metendo. A Irlanda provocou a última artrose à União. Quanto a Sócrates, um político assim, que vive de ajoelhar os outros, só pode ter futuro. Triste.

 

(publicado no Camara de Comuns)

 

(prótese)



publicado por Jorge Ferreira às 13:25 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Os líderes da União Europeia (UE) aceitaram ontem que terão de esperar pelo menos até à próxima cimeira de Outubro para obterem um esboço de solução para o impasse provocado pelo referendo negativo da Irlanda ao Tratado de Lisboa. Esperar? Ainda não perceberam que o Tratado está ferido de morte? Ainda não perceberam que este caminho não funciona? Ainda não aprenderam que a União não pode continuar a ser feita contra o voto?



publicado por Jorge Ferreira às 10:50 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Era uma vez um império que soçobrou à gula. No início os povos davam as boas vindas aos romanos. Eles traziam-lhes liberdade, paz, desenvolvimento e riqueza. Com o tempo, tornaram-se tão ditadores como os povos que haviam desalojado. Desenvolveram-se focos de revolta. Os romanos endureceram: despejaram ouros pelos campos para domar os camponeses. Mas ao mesmo tempo proibiam, regulavam, impunham. Até que os camponeses, aqui e ali, convenceram alguns chefes locais, longe da sede do Império a ouvi-los. E os romanos começaram a perder. O problema dos romanos é que o império extinguiu-se porque Roma era teimosa e não quis ler os sinais dos tempos.

 

(publicado na Democracia Liberal)



publicado por Jorge Ferreira às 00:23 | link do post | comentar

Quinta-feira, 19.06.08

quem queira lançar umas bombas atómicas sobre a Irlanda, presumo que por causa do resultado do referendo do Tratado! O delírio a que se chega já raia o absurdo.

 

(Via A Destreza das Dúvidas)



publicado por Jorge Ferreira às 18:50 | link do post | comentar

O Primeiro-Ministro irlandês pediu tempo para ultrapassar o impasse que resulta do Não do povo irlandês ao Tratado porreiro. Primeiro, não entendo qual é o impasse. A União não morreu nem desapareceu. Funciona todos os dias. Tem regras, algumas delas bem nocivas, que só existem porque negaram referendos sucessivos aos cidadãos dos Estados. Segundo, não entendo essa do tempo. Querem que os irlandeses se esqueçam? Querem comprar-lhes o voto com mais dinheiro, para que eles deixem de ser ingratos, como o insuportável socialista que Sarkozy meteu no seu Governo na pasta dos Negócios Estrangeiros lhes chamou? Querem mais batota?

 

(publicado no Camara de Comuns)



publicado por Jorge Ferreira às 14:24 | link do post | comentar

Segunda-feira, 16.06.08

A presidência da União Europeia admitiu hoje no Luxemburgo que a vitória do “não” no referendo na Irlanda colocou o processo de ratificação do Tratado de Lisboa num impasse e considerou “arriscado” falar em soluções para o salvar. A questão de fundo já não é salvar o Tratado, mas saber se esta União Europeia tem salvação. Doravante, será que algum tratado passa em referendo? Duvido. Esta União, feita à força, sem ligar à vontade dos cidadãos, considerando-os até secundários, estúpidos e ignorantes, cá para mim, tem os dias contados.



publicado por Jorge Ferreira às 09:52 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Domingo, 15.06.08

Os líderes de ocasião da União Europeia, que odeiam referendos, afinal, amam referendos. Quando perdem um, pedem logo outro!

 

(publicado no Camara de Comuns)



publicado por Jorge Ferreira às 22:11 | link do post | comentar

Sexta-feira, 13.06.08

O Não ganhou na Irlanda. O Tratado de Lisboa devia ser abandonado como sucedeu à sua mãezinha Constituição europeia e ser negociado um outro que abandone o federalismo.



publicado por Jorge Ferreira às 17:32 | link do post | comentar | ver comentários (1)

José Barroso, o alto funcionário europeu, já disse que o processo de ratificação do Tratado que os irlandeses não acharam porreiro é para continuar. Seria demais esperar bom senso desta nomenclatura europeia que desrespeita o voto popular e só é capaz de de governar nas costas da vontade popular democraticamente expressa. Como previ, está em marcha o rolo compressor. Estes democratas de ocasião vão expulsar a Irlanda da União?



publicado por Jorge Ferreira às 16:54 | link do post | comentar

O ministro da Justiça irlandês admitiu já a vitória do “não” no referendo ao Tratado de Lisboa, confirmando os números que estão a ser divulgados pela imprensa. Segundo a televisão pública, os opositores ao novo tratado europeu foram maioritários em 37 das 43 circunscrições do país. Hoje, sinto-me irlandês. As ameaças e as chantagens de toda a ordem não intimidaram o povo irlandês. A acreditar nas interpretações politicamente correctas, segundo as quais os adeptos desta União não foram votar e os adversários dela é que foram militantemente votar, então temos de concluir que nem os adeptos esta Europa burocrática, distante dos cidadãos e em que os grandes subjugam os legítimos interesses e soberanias dos Estados menos poderosos, se conseguem entusiasmar com os líderes porreiros da União. E fica também claro que o PS e o PSD traíram os seus eleitores não fazendo o referendo porque tiveram MEDO da vontade soberana do povo português. Unma só palavra aos irlandeses: PORREIRO, PÁ!

 

(Foto)

 

(publicado no Camara de Comuns)



publicado por Jorge Ferreira às 16:22 | link do post | comentar

Para acompanhar aqui, no Irish Times.



publicado por Jorge Ferreira às 12:49 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Ainda ninguém sabe os resultados do referendo irlandês. Mas a elevada abstenção dá alento ao Não, mostrando o fraco interesse que o estado actual da União Europeia desperta nos cidadãos. Se o Não ganhar está tudo preparado para meter os irlandeses num "passe-vite".

 

(Foto)



publicado por Jorge Ferreira às 11:11 | link do post | comentar

Quarta-feira, 11.06.08

"Qualquer que seja o resultado, o referendo irlandês sobre o Tratado de Lisboa mostra a insanidade política que é submeter a decisão popular um texto incompreensível para quase toda a gente", Vital Moreira, no Causa Nossa. Uma pérola esta afirmação. Uma pérola.



publicado por Jorge Ferreira às 12:48 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Sexta-feira, 06.06.08

Pela primeira vez desde que começou a campanha o Não lidera as sondagens para o referendo ao Tratado de Lisboa, que se realiza no dia 12 de Junho.De acordo com uma sondagem divulgada pelo jornal Irish Times, o 'Não' recolhe 35% das preferências (mais 17% em relação ao último estudo de opinião divulgado por este jornal há três semanas), enquanto o 'Sim' se fica pelos 30% (menos 5%).É de prever a intensificação das ameaças e da chantagem sobre os irlandeses nos próximos dias. Ainda há esperança.

 

(Irish Times)



publicado por Jorge Ferreira às 13:34 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sábado, 31.05.08

O referendo para ratificação do Tratado de Lisboa, que a Irlanda organiza a 12  de Junho, está a preocupar os partidários do 'Sim', que vêem o número de votantes no 'Não' a crescer de sondagem para sondagem. Os últimos números continuam a dar vantagem ao 'Sim', com 41%. No entanto, o 'Não' cresceu 5%, para os 33%, e começa a preocupar o Governo irlandês. Ler no Sol.



publicado por Jorge Ferreira às 17:17 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sexta-feira, 30.05.08

Vinte e dois anos depois de termos entrado nas Comunidades Europeias e depois de milhões de contos e de euros investidos em tudo e mais alguma coisa, é triste verificar que Portugal piorou a sua situação relativa em comparação com os outros Estados da União Europeia em indicadores sociais e de desenvolvimento. Esse dinheiro foi investido para que o país e os seus cidadãos convergissem com os países e com os povos mais desenvolvidos e o que sucedeu é em vez de convergirmos, divergimos. Desse ponto de vista encontramo-nos todos a viver a consequência de uma oportunidade perdida.

É fácil apontar o dedo aos políticos que negociaram os fundos, que decidiram os fundos, que distribuíram os fundos, que gastaram os fundos. E eles terão enormes responsabilidades no fiasco europeu. Mas é preciso perceber que o problema é mais fundo que essa responsabilidade principal. E que esse problema tem que ver com uma falta de exigência cívica colectiva de rigor e competência.

A forma como a sociedade portuguesa se indigna periodicamente com a pobreza, simplesmente a propósito de um relatório internacional ou de um artigo mais polémico de um colunista é um paradigma do que pretendo significar com a falta de exigência cívica de que falo.

É essa cultura de facilidade que perpassa em toda a sociedade de uma forma geral que também explica que se tenha chegado a um ponto em que cada português deve em média quinze mil euros a instituições financeiras. A dívida dos portugueses às instituições financeiras somou quase 150 mil milhões de euros no ano passado, o que significa que cada português, em média, deve 15 mil euros.

Esta é a conclusão do relatório sobre a estabilidade do sistema financeiro divulgado esta semana pelo Banco de Portugal. O montante do endividamento de 2007 representa 91 (!) por cento da riqueza produzida pelo país no último ano. 

 

No mesmo, o banco central manifestou preocupação por a taxa de endividamento dos portugueses ter subido de 124 para 129 por cento do rendimento disponível apenas num ano. E alerta para o perigo de um número elevado de famílias não cumprir as obrigações financeiras porque “o accionamento de hipotecas teria graves consequências do ponto de vista social, dada a importância da habitação como bem de primeira necessidade e o deficiente funcionamento do mercado de arrendamento”. Assim se mede o quanto se vive acima do que se pode e do que se produz em Portugal.

 

Quanto à taxa de poupança dos portugueses, desceu em 2007 pelo sexto ano consecutivo. No ano passado, a poupança foi 7,9 por cento do rendimento disponível. O sobreendividamento e a pobreza são as duas faces do atraso económico e social.

 

A este cenário já de si pouco recomendável regista-se agora uma brutal alta de preços nos combustíveis, com todas as consequências demolidoras que isso tem em toda a economia, desde a desactivação de pequenas empresas, ao sequente desemprego até aos aumentos nos preços da alimentação. Situação que, como facilmente se percebe produz mais pobreza.

 

Ou percebemos todos, Estado e cidadãos, que só se pode começar a dar a volta ao assunto com mais responsabilidade social de todos ou nada feito.

 

 

(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)



publicado por Jorge Ferreira às 16:27 | link do post | comentar

Quarta-feira, 28.05.08

O chefe da União Europeia, como lhe chama The Independent, ameça os irlandeses: ou votam sim no referendo sobre o Tratado de Lisboa ou pagam o preço. Nervos?



publicado por Jorge Ferreira às 19:12 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Domingo, 18.05.08

"Aproveito a sua pergunta - que compreendo - para dizer que, ao contrário do que muita gente diz o Trado de Lisboa é realmente diferente do tratado constitucional. Este pressupunha uma "refundação da Europa, um projecto político, um caminho verdadeiramente supra-nacional de tipo federal para a Europa. Só os Estados têm constituições. Por isso o tratado constitucional supunha (ou pré-supunha a formação de um Estado europeu). Nada disso com o Tratado de Lisboa, que é um tratado de "reforma" ao que existe e não aponta qualquer caminho definitivo em termos de construção política à "nossa" Europa."
 

O Governo reconhece o que sempre negou relativamente à Constituição europeia. São respostas de Manuel Lobo Antunes ao Ricardo Pinheiro Alves. Pode ler-se tudo no Democracia Liberal.



publicado por Jorge Ferreira às 15:37 | link do post | comentar

Quinta-feira, 15.05.08

"Irish prime minister Brian Cowen has warned that he will not tolerate opponents to the EU treaty from within his own party Fianna Fail, raising the prospect of expulsion for any rebels." Ou seja: ou comes e calas ou és expulso. Assim vai a liberdade e a democracia na Irlanda a propósito do referendo sobre o tratado de Lisboa.

 

 

(Via O Insurgente)



publicado por Jorge Ferreira às 12:28 | link do post | comentar

Sexta-feira, 09.05.08

O Presidente da República ratifica hoje o Tratado de Lisboa. Não é uma surpresa. Mas nem por isso deixa de ser um dia triste. Falta o referendo que todos prometeram e não vai haver.



publicado por Jorge Ferreira às 00:44 | link do post | comentar

Quarta-feira, 30.04.08

Lisbon Treaty Irish Referendum Blog - National Platform. O blogue da Plataforma Nacional do Não na Irlanda.

(Via Eclético)



publicado por Jorge Ferreira às 23:11 | link do post | comentar

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