Quinta-feira, 19.11.09

Não era preciso ser ministro das finanças nem especialista de finanças públicas para perceber que ia ser necessário outro orçamento rectificativo, como aqui fiz várias vezes (dispensem-me os links). O Governo dizia que não. O Governo fez que sim. Deve ser por estas e por outras que, apesar dos milagres das conferencias alcatifadas, o Finantial Times diz que temos o 4º pior ministro fas Finanças da União Europia. Chamem a LPM outra vez por favor.



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Terça-feira, 21.04.09

O mago Constâncio não vê um banco trafulha à sua frente mas consegue predizer o futuro na economia desabrida dos dias de hoje. Agora sentencia que o decréscimo brutal da receita fiscal não implica um orçamento rectificativo. Se a receita diminui e a despesa corre consoante o previsto, o défice aumenta. Mas para um socialista isto não é uma rectificação.



publicado por Jorge Ferreira às 20:13 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quarta-feira, 18.03.09

Eu bem digo que isto só lá vai com o terceiro Orçamento. O índice de confiança caiu 54% em Janeiro. Histórico, Eng. Sócrates, mais um histórico...



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Sexta-feira, 13.02.09

Cavaco Silva diz que o país não pode "baixar os braços" face aos números absolutamente deprimentes divulgados hoje sobre a economia portuguesa. Da ginástica da crise passa assim a fazer parte o levantar dos braços. O Presidente, aliás, tem muita ginástica à sua espera. É melhor preparar-se para promulgar o terceiro Orçamento do Estado para este ano...



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Sexta-feira, 30.01.09

As notícias dizem que Portugal tem estado continuamente sob alerta laranja. Devido ao mau tempo. Vagas de muitos metros na costa. Temperaturas tão baixas que queimam. Muita, muita, muita chuva. Neve a rodos como não há memória que branqueia cidades e serras. Orçamentos de Estado em catadupa. Foi ontem aprovado o segundo Orçamento para 2009 e é quase certo que teremos o terceiro, se não oferecerem um GPS a Teixeira dos Santos. Ou então, talvez um exemplar da célebre tabuada do Ratinho, que é fácil de encontrar em qualquer papelaria tradicional ou num hipermercado perto de si. De cada vez que o Governo faz um Orçamento, logo no próprio dia a realidade desmente os números.

 

O Primeiro-Ministro fez ontem a quinta comunicação ao país numa semana sobre o caso Freeport, que diz que não é caso. Para um não caso, cinco discursos não está mal. Os bancos continuam a ser investigados no Parlamento e no DCIAP, enquanto os juízes se queixam de devassa política no famoso CITIUS, um sistema informático por onde agora corre toda a movimentação processual nos tribunais. Estamos a habituar-nos a viver em estado de alerta permanente. Dizem que laranja, mas a mim, que não sou daltónico, parece-me mais adequado mudar a cor do alerta para rosa.

(publicado na edição de hoje do Democracia Liberal)

 



publicado por Jorge Ferreira às 21:57 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Sexta-feira, 23.01.09

"Temos de pensar em medidas temporárias. Tenho muitas dúvidas que a descida generalizada dos impostos seja depois reversível", disse com a maior das calmas e tranquilidades, sabendo para que país fala, o ministro Teixeira dos Santos no Parlamento, na apresentação do segundo Orçamento de Estado para 2009. De passagem, o ministro acusou o PSD de eleitoralismo ao propor a baixa dos impostos, tal qual o PS faria se as posições se invertessem. A verdade é que nem um nem outro acreditam na iniciativa privada a sério e ambos, quando no Governo, têm aumentado brutalmente a carga fiscal sobre os cidadãos. Teixeira dos Santos, sabendo muito bem para que país fala, atreveu-se ainda a dizer que esta medida poderia comprometer o regresso, no futuro, à consolidação orçamental, acrescentando que o Governo já adoptou várias descidas pontuais de impostos, que representam mil milhões de euros. Por alguma razão o Finantial Times considera o actual ministro português das Finanças o pior de 19 Estados da União Europeia.

 
Sucede que, apesar do Primeiro-Ministro ter afirmado que desta vez as previsões são “sérias e responsáveis”, a verdade é que a Comissão europeia já se encarregou de desmentir novamente as previsões do segundo Orçamento para 2009, tal qual sucedeu com o primeiro Orçamento para 2009, que no momento em que estava a ser discutido foi destruído pelo próprio Governo com um pacote de medidas anti-crise que punham em causa a seriedade do documento.

 

Por outro lado, o aumento de despesa pública e o abrandamento da economia levam a despesa pública do Estado a pesar pelo menos 50% do PIB pela primeira vez na história. No primeiro Orçamento para 2009 o Governo fez uma batota aritmética. Alterou o método da contabilização das despesas no que diz respeito às contribuições sociais dos funcionários públicos. Esta alteração valeu um corte artificial nas despesas e receitas orçamentadas de 3.149 milhões de euros. O valor do défice ficou igual, mas o peso destas rubricas no PIB diminuiu, o que impossibilitava a comparação com 2008. A partir deste truque e sem que ele fosse visível a olho nu nos mapas do Orçamento o Governo, com as habituais trombetas da propaganda, vangloriava-se de ter conseguido passar o peso do Estado na economia de 46,1% para 46% em 2009 (como se 0,1% fosse um feito…). Mas a realidade, essa realidade que é a verdadeira líder da oposição em Portugal, está lá a trocar as voltas à propaganda financeira de Teixeira dos Santos. É que, considerando o valor de 2009 de acordo com os mesmos critérios utilizados em 2008, o peso do Estado na economia aumentaria, só por si, de 46,1% para 47,8%.

Actualizando a realidade com os dados do segundo Orçamento para 2009, e refazendo as contas temos de considerar que a economia terá crescido 0,3% em 2008 (e não os 0,8% que o Governo previa no primeiro Orçamento) e deverá, segundo o próprio Governo, baixar aos 0,8% este ano, o que não é certo, como o próprio ministro já admitiu, tendo em conta as tais previsões da Comissão Europeia, que apontam para uma baixa até aos 1,6%. Se assim fôr teremos que então o peso da despesa pública no PIB passou para 49,94% em 2008 e crescerá para 49,97% em 2009, chegando assim à barreira dos 50%.

Por último, a agência de notação financeira Standard & Poor’s decidiu também esta semana baixar a classificação que atribui ao risco de crédito do Estado português, passando o rating de “AA-“ para “A+”. As debilidades estruturais da economia portuguesa e as reduzidas expectativas de crescimento do país nos próximos anos são a principal razão para esta decisão que pode ter como resultado um agravamento dos juros a que o Estado obtém financiamento nos mercados internacionais. Mais contas para fazer, eventualmente num terceiro Orçamento de Estado, lá mais para o Verão e que mais uma vez vai agravar a dívida pública.

O rating de uma agência de notação financeira a um Estado mede o risco que existe de este poder vir a falhar um pagamento da sua dívida pública. Quanto mais baixo o rating, maior a ameaça considerada de se vir a registar no futuro uma falha no pagamento. Os ratings da Standard & Poor’s vão de “AAA” a “D”. A Standard & Poor’s tinha, durante a semana passada, lançado o alerta de que iria fazer uma análise mais aprofundada do rating português, com a possibilidade de realizar uma redução. Nas últimas semanas, esta mesma agência também decidiu baixar as classificações atribuídas à Grécia e Espanha.

O mesmo ministro das Finanças desculpou-se com a crise quando reagiu a esta péssima notícia. Mais uma vez passou ao lado da realidade e a realidade puni-lo-á por isso. As debilidades estruturais da economia portuguesa e o peso da dívida já vêm de trás, de muito antes de ter rebentado a crise. O que se passa é que o Governo andou a disfarçar e a crise desempenhou a função de demascarar a falsidade orçamental em que o país vivia.

Um país cuja dívida pública pesa 50% do PIB, o que significa que em cada dois euros que o país produz um é para entregar ao Estado e que tem uma carga fiscal tão penosa como é o nosso caso, não deve certamente as suas dificuldades ao neo-liberalismo, como está na moda dizer e José Sócrates não se cansa de comiciar sempre que pode. Deve-se, sim, ao socialismo, ao despesismo, ao estatismo e ao laxismo na utilização dos recursos públicos.

(publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro)

 



publicado por Jorge Ferreira às 00:12 | link do post | comentar

Segunda-feira, 19.01.09

A economia portuguesa vai contrair-se 1,6 % em 2009, o défice será de 4,6 % do PIB e o desemprego irá aumentar para 8,8 % este ano e 9,1 % no próximo, estima a Comissão Europeia. Estes números são mais negros do que antecipou o Governo há poucos dias. Isto significa que o Governo corre sérios riscos de não conseguir acertar quando corrige. E levanta a hipótese de virmos a ter lá mais para o Verão o terceiro Orçamento do exercício. A confirmar-se será sem dúvida mais um marco histórico dos governos do PS e de Sócrates. Mais um a juntar aos 375.839 momentos em que Sócrates fez história.
 



publicado por Jorge Ferreira às 15:11 | link do post | comentar

Sábado, 17.01.09

Portugal vai ter um novo Orçamento. Sim, isto não é nem uma rectificação, nem um suplemento, como tem sido qualificado pela semântica da crise. É um novo Orçamento, que envergonha o Governo que propôs, o Parlamento que aprovou e o Presidente que promulgou o primeiro Orçamento, que todos, todos, sabiam ser uma mentira, uma falsidade e uma mistificação. E depois queixam-se da (falta de) credibilidade das instituições. Outra trapalhada do Governo Sócrates que, se tivesse acontecido a outros era razão para crise nacional, demissão do Governo e antecipação de eleições.



publicado por Jorge Ferreira às 00:09 | link do post | comentar

Quinta-feira, 15.01.09

O Orçamento de Estado que menos tempo vigorou na história da democracia portuguesa, um nado morto que quando foi aprovado já se sabia que era falso, o que desprestigiou todas as instituições envolvidas, tem os dias contados. Amanhã será rectificado pelo Governo, que tem negado sucessivamente a realidade e por isso respondido tarde e más horas às consequências da crise. A realidade é que continua a liderar a oposição.



publicado por Jorge Ferreira às 14:24 | link do post | comentar

Sexta-feira, 09.01.09

José Sócrates deu uma entrevista esta semana. E com a mesma lata, com a mesma firmeza e com o mesmo grau de convicção falou da recessão que apenas há 56 dias negava, com igual lata, igual firmeza e igual convicção. Isto para já não falar na crise que o seu ministro da Economia comunicou há vários meses que tinha terminado.

 

Desculpem lá mas pessoas assim não dão confiança nem tranquilidade a ninguém. E, sobretudo, não dão credibilidade a um Estado já de si muito mal visto por aí por muitas razões, algumas delas seculares. O Primeiro-Ministro tem tentado desculpar as trapalhadas em que o seu Governo tem andado metido com o chavão de que esta é uma crise que acontece uma vez na vida. Evidentemente que o que José Sócrates diz, no rating das coisas que são para levar a sério está muito mal cotado. Mas eu gostava que José Sócrates fosse o Primeiro-Ministro que acontece uma vez na vida, tal qual o próprio costuma dizer sobre a crise.

 

Temo, porém, que José Sócrates me vá acontecer na vida uma segunda vez. A oposição democrática, o que naturalmente exclui a oposição à esquerda do PS, pelo menos até Manuel alegre fazer o tal partido, se o chegar a fazer, parece competir com o PS na asneirada política. Manuela Ferreira Leite desapareceu outra vez, depois de ter proclamado que depois do período de festas não haveria férias nem fins de semana e que havia que dar combate ao Governo todos os dias. No CDS discute-se quantas dezenas saíram do partido no distrito de Bragança.

 

Esta semana fica marcada por outro episódio lamentável. Poucos dias depois de Cavaco Silva ter promulgado o Orçamento, o ministro das Finanças anuncia a apresentação de um orçamento suplementar. Curiosa semântica esta. Para o Governo teimoso não há nada a rectificar e portanto não haverá orçamento rectificativo. Há sim uma nova situação que “ninguém no mundo inteiro” foi capaz de prever, segundo José Sócrates, e por isso o Governo elabora um apêndice, uma separata, um encarte orçamental. Apetece, caros leitores, por vezes, recorrer ao português vernáculo quando a paciência se esgota. Resistamos…

 

Está, pois, provada a incompetência do Governo, que ainda o primeiro caderno do Orçamento estava em discussão na Assembleia da República já anunciava rectificações, no pacote de medidas contra a crise, às mentiras que lá tinha escrito.

 

O Presidente também não fica lá muito bem na fotografia pela segunda vez a seguir ao melodrama politicamente mal conduzido do Estatuto dos Açores. Promulgou uma lei do orçamento que sabia muito bem que não correspondia à verdade. Os jornais disseram que só o fez depois de pedir esclarecimentos ao Governo, que supostamente os deu. Ora, das duas, uma: ou as explicações também não são boas e o Orçamento não devia ter sido promulgado, ou, se o foram, o Governo enganou o Presidente. Nenhuma das hipóteses prova a existência de boa moeda nas instituições da República. Ou em Belém, ou em S. Bento.

(publicado na edição de hoje do Semanário)

 



publicado por Jorge Ferreira às 00:01 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Quarta-feira, 07.01.09

O Governo decidiu apresentar não um orçamento rectificativo mas um orçamento suplementar. De acordo com a semântica passaremos a ter não um mas dois orçamentos. Ora, este orçamento corrigidor não passa de mais um exemplo da incompetência do Governo em lidar com a crise. Tarde e más horas.



publicado por Jorge Ferreira às 17:17 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Segunda-feira, 05.01.09

Cavaco Silva pediu explicações ao Governo sobre o Orçamento mentiroso. Recebeu essas explicações. Promulgou a Lei. Estamos todos mais descansados. Afinal, Presidente e Governo falam-se e convencem-se. O Orçamento, esse pobre coitado, em breve será corrigido.



publicado por Jorge Ferreira às 12:28 | link do post | comentar

Terça-feira, 30.12.08

Cavaco Silva promulgou o Orçamento de Estado mais mentiroso da história da democracia portuguesa. Ainda ontem, a propósito do célebre Estatuto dos Açores, o Presidente dizia: " (...)  nunca ninguém poderá alguma vez dizer que, confrontado com o grave precedente criado pelo Estatuto dos Açores, não fiz tudo o que estava ao meu alcance para defender os superiores interesses do Estado.Nunca ninguém poderá dizer que não fiz tudo o que estava ao meu alcance para impedir que interesses partidários de ocasião se sobrepusessem aos superiores interesses nacionais." Pois bem, em relação a este Orçamento vai poder dizer-se no futuro que Cavaco Silva não fez tudo o que estava ao seu alcance para evitar a grande mentira orçamental de 2009. Foi cúmplice de uma mentira orçamental. É pena.



publicado por Jorge Ferreira às 21:24 | link do post | comentar

Sábado, 27.12.08

O Orçamento do Estado para 2009 é uma farsa absoluta. Não é uma opinião. É um facto que resulta das próprias declarações formais do Governo. E tem de ser promulgado pelo Presidente da República, o que é uma maçada constitucional. Como já alvitrei Cavaco Silva, especialista em boa moeda dificilmente se deixaria associar a moeda falsa.



publicado por Jorge Ferreira às 19:02 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quarta-feira, 17.12.08

O plano anticrise do Governo vai ter um efeito de 0,7 % no crescimento da economia portuguesa em 2009, disse hoje o ministro das Finanças no Parlamento. A somar aos 0,6% já previstos no orçamento? Sem os 0,6% já previstos no orçamento? Qual orçamento? O orçamento rectificado pelo plano anti-crise ou o orçamento virtual já aprovado mas sem redacção final? Mas 0,1%? Quanto é? Nobody knows. PS is a mistery.
 



publicado por Jorge Ferreira às 16:51 | link do post | comentar

Sábado, 13.12.08

Ainda o Orçamento do Estado não está promulgado, publicado e em vigor, e já o Governo faz de conta que não há Orçamento. Este programa extraordinário anunciado hoje pelo Governo para combater a crise já podia e devia ter sido incorporado no Orçamento para 2009. Não o foi por teimosia e incompetência do Governo, assessorado pelo pior ministro das Finanças de 19 dos 27 Estados membros escrutinados pelo Finantial Times. Cada vez se coloca mais a questão: o que fará o Presidente da República? Promulgará um documento mentiroso, já completamente ultrapassado pela realidade? Ainda para mais, cheira-me que neste plano existem medidas e dinheiros já anteriormente anunciados. Ou não? E não chega de gozar com o pagode? No mínimo, em nome da seriedade política e do rigor orçamental, exige-se um orçamento rectificativo, o que seria sem dúvida mais uma trapalhada a juntar a tantas mais que têm caracterizado o Governo de José Sócrates. Um orçamento rectificativo de um Orçamento que formalmente nem chegou a estar em vigor, a bem dizer nem sequer redacção final da Comissão Parlamentar consegue ter por faltas de deputados...



publicado por Jorge Ferreira às 15:58 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Quarta-feira, 10.12.08

Nem quinze dias passaram sobre o dia mágico em que o PS do Parlamento aprovou um Orçamento de Estado do PS do Governo que prevê um crescimento do PIB de 0,6% para 2009. Hoje, o PS do Banco de Portugal disse que entraremos em recessão no final do mês, o que significa que o tal PIB regista um crescimento negativo. Senhor Presidente da República: vai assinar o decreto de promulgação desta Lei mentirosa do Orçamento com prazo de validade técnica já expirado?



publicado por Jorge Ferreira às 00:35 | link do post | comentar

Sexta-feira, 07.11.08

Só mesmo o PS acredita no Orçamento para 2009. Mais ninguém.



publicado por Jorge Ferreira às 14:20 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Segunda-feira, 03.11.08

Portugal vai crescer 0,5% em 2009 e apenas 0,1% em 2010. Esta previsão económica de Outono da Comissão Europeia contrasta com as contas do Governo português apresentadas há apenas 15 dias na proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano, que apontava para um crescimento do PIB de 0,8 por cento em 2009 e de 0,6 por cento no ano seguinte. Já não é só o FMI, que para José Sócrates perdeu credibilidade em apenas 15 dias, mas também a Comissão Europeia a pôr em causa as previsões do Governo. Será que agora Sócrates também vai dizer que a Comissão não tem credibilidade? Quem não tem credibilidade é o Governo, que passa a vida a enganar-se nas previsões! Pode ter votos, mas não tem, credibilidade.
 



publicado por Jorge Ferreira às 11:16 | link do post | comentar

Sexta-feira, 31.10.08

Jaime Gama não aceitou o pedido de rectificação do Governo aos artigos que alteram a Lei de Financiamento dos Partidos, integrados na proposta de Orçamento do Estado para 2009. É uma titude de saudar que dignifica o Parlamento, numa conjuntura especialmente difícil para o efeito, como é o caso de eexistir uma maioria absoluta.
 



publicado por Jorge Ferreira às 11:27 | link do post | comentar

Quarta-feira, 22.10.08

Leis esquivas, leis equívocas, leis dúbias, leis contraditórias, leis conflituantes, leis ocultas, leis dissimuladas, leis confusas, leis baralhadas, leis maldosas, leis esquinadas, leis turvas, leis socialistas. Ou o mal é de quem fornece as pen's ao lamentável Governo ou então há aqui marosca da grossa.



publicado por Jorge Ferreira às 15:37 | link do post | comentar

Sexta-feira, 17.10.08

A crise financeira e económica veio salvar José Sócrates. Num momento em que o Governo estava num beco sem saída, a crise veio fornecer todos os pretextos e dar todas as oportunidades à renovação da maioria socialista. Primeiro, porque é o argumento perfeito para justificar os insucessos da governação, especialmente aqueles que já vêm de trás mas que se tornarão particularmente visíveis em 2009, como é o caso da célebre promessa dos 150.000 desempregados. Depois, porque é o pretexto certo para abrir os cordões à bolsa, aumentar a despesa pública, distribuir dinheiro, se necessário dar folga ao défice ao abrigo das tais circunstâncias excepcionais previstas no Pacto de Estabilidade e Crescimento revisto.

 

O Orçamento para 2009 aí está para o provar. Há muitos ministérios a receber mais dinheiro, as autarquias vão receber mais dinheiro, os funcionários públicos, essa legião de cerca de 700.000 eleitores e respectivas famílias, vão receber mais dinheiro, isto, claro está sem falar dos custos das garantias e avais do plano para amparar os bancos que venham a revelar necessidades de conforto para a obtenção de crédito, na sequência do plano para combater a crise financeira.

 

Reveladoramente, o Orçamento para 2009 mostra que vamos ter mais política da mesma política que sempre tivemos. Vai aumentar a despesa pública sendo o peso do Estado na economia o maior de sempre.

 

Neste Orçamento o Governo retirou um montante de cerca de 3149 milhões de euros ao valor das despesas com pessoal e das receitas com contribuições sociais, devido a uma mudança de metodologia relacionada com o registo da contribuição financeira para a Caixa Geral de Aposentações. O valor do défice público (2,2 por cento do PIB) não sofre qualquer alteração com esta mudança de metodologia. Mas, para comparar a evolução da despesa com os anos anteriores, é necessário acrescentar à despesa e à receita um valor correspondente a 1,8 por cento do PIB.


Assim, a verdade é que, em vez de se estar a apontar, como sugere o relatório do OE, para uma quase estabilização do peso da despesa e receita pública na economia, o que de facto se irá passar no próximo ano é a subida dos dois indicadores para um novo nível máximo histórico.


De 2008 para 2009, utilizando para os dois anos os mesmos critérios contabilísticos, a despesa pública passa efectivamente de 46,1 para 47,8 por cento do PIB, um valor que ultrapassa o registado em 2005 (47,7 por cento), no início da presente legislatura, e que constituía até agora o máximo histórico registado em Portugal.

 

Por outras palavras: o Governo parece estar salvo, num cenário em que à primeira vista parecia fatal para as aspirações eleitorais dos socialistas. É claro que a mais socialismo, a mais estatismo, a mais despesismo tem de subtrair-se menos oposição.

 

Manuela Ferreira Leite não está cá e quando visita Portugal é para apoiar o Governo. Faz sentido. Não esperava outra coisa. Paulo Portas anda entretido a decorar o seu epitáfio político por aí. Sócrates tem o caminho livre à sua frente. A não ser que algo de extraordinário e inesperado aconteça. Mas claro, ninguém faz cenários com o incerto.

 

(publicado na edição de hoje do Semanário)



publicado por Jorge Ferreira às 00:09 | link do post | comentar

Quarta-feira, 15.10.08

Com a situação do país, da economia e das empresas é escandaloso o aumento da despesa pública. E o Ministério da Economia dá o exemplo. Não acredito que a explicação para o aumento de despesa esteja na provisão para coimas a aplicar pela ASAE aos membros do Governo apanhados a violar a lei do tabaco.



publicado por Jorge Ferreira às 19:49 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Terça-feira, 14.10.08

 

Tudo sobre o Orçamento do Estado em tempo real neste sítio criado para o efeito por Paulo Querido. Não falha nada.



publicado por Jorge Ferreira às 20:14 | link do post | comentar

Em 2009 há eleições, a crise vem mesmo a calhar como pretexto para aliviar a contração da despesa pública e como tal o Governo dá o bodo aos pobres. A maioria absoluta vale tudo. Nas migalhas fiscais e na distribuição de dinheiro pelas autarquias para mais despesismo eleitoralista. O Orçamento para 2009 parece ser verdadeiramente socialista.



publicado por Jorge Ferreira às 18:28 | link do post | comentar

Há sensivelmente três semanas recebi do meu banco um crédito pré-aprovado de 16.750 euros, simbolizado num cheque que trazia aposta a informação de que o mesmo não possuía o valor nele pré-inscito mas apenas servia para simbolizar a felicidade creditícia que me estava a ser apresentada. Pensei então: eles não aprenderam nada. Não sabem das minhas finanças pessoais, não conhecem os meus rendimentos actuais, ignoram se eu posso suportar a mensalidade que em letras muito mais pequenas que o tamanho do cheque a brincar lá vinham no prospecto, diga-se, aliás, com um spread de fazer corar uma lampreia. Passados quinze dias ligou-me uma afável funcionária do banco. Pretendia saber, primeiro se eu tinha recebido o milagre lá em casa, segundo, se pretendia contratar o crédito, terceiro o destino que eu dei ao cheque brincadeira, quarto a razão pela qual não queria o crédito. Sinceramente hesitei no tom das respostas. Não gosto de ser mal educado, mas confesso que me apeteceu. Eles não aprenderam nada. Agora, verifico que o Governo socialista, no Orçamento pra 2009prepara-se para criar mais fundos imobiliários para salvar as famílias da bolha dos fundos imobiliários. Apetitoso, sem dúvida. Tal qual o cheque brincadeira que recebi o era. No fundo, eles não aprenderam nada. E mais: estão apenas a tentar salvar o modelo de vida que criticam e que nos últimos anos conduziu ao que agora se vê. De passagem, os socialistas preparam-se para arrecadar mais um tanto de IRS, tirando com uma mão o que estão a dar com a outra. Eles não aprenderam nada.



publicado por Jorge Ferreira às 15:05 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sexta-feira, 05.09.08

Para o ano há eleições. Então o Governo trata já do assunto e deixa que seja a realidade a ir elaborando o Orçamento para 2009. O impagável ministro Rui pereira anunciou que para o ano há mais dinheiro para as polícias. Com a segurança dos cidadãos tem-se brincado à vontade nos últimos anos. Mesmo o PSD e o CDS dos segredos brincaram com ela quando tiveram o poder. Agora com eleições não se brinca. O PS, pelo menos, não brinca.



publicado por Jorge Ferreira às 15:52 | link do post | comentar

Sexta-feira, 12.10.07
Um Orçamento do Estado é sempre um poço de notícias sem fundo. O imposto que sobe, o imposto que baixa. A medida a mais ou a medida a menos. O investimento público na estrada, na escola, no hospital, na estrada. O Orçamento do Estado é o manual legal do socialismo, no estado actual do Estado, isto é, é o compêndio da despesa pública. E da receita.

Programas, discursos e sound bytes à parte, é no Orçamento que está a política real dos Governos. Por aí se vê como é que um Governo concebe as soluções dos problemas e a filosofia que lhe subjaz.

Uma das grandes novidades do Orçamento para 2008 é que os funcionários públicos vão ter as carreiras “descongeladas”, com a promessa de aumentos reais nos seus ordenados. Compreendo: 2008 é véspera de eleições e Sócrates, apesar de não ter de se incomodar com a débil oposição do CDS e do PSD não é pessoa de arriscar. O discurso para as eleições está à vista: como uma espécie de Salazarinho pus as contas em ordem, como uma espécie de Robin dos Bosques tirei aos ricos para dar aos pobres, como uma espécie de socialista aumentei a ajuda do Estado aos funcionários públicos. Arrumei a casa e agora vem aí o paraíso. É fácil, é barato e dá votos.

O problema é que não só não é verdade, o que é irrelevante em termos eleitorais, como se sabe, como ao não ser verdade é pernicioso a prazo.

É verdade que o défice está controlado, mas à custa das receitas sendo que a despesa do Estado não só não baixa, como aumenta. Isto apesar de todas as medidas que o Governo tem tomado mas que não passam de terapias conjunturais para os sintomas, que não de soluções estruturais para as causas. Agora anuncia-se um agravamento do problema para 2008. Vai afrouxar o combate à despesa do Estado.

O problema, ao contrário do que muitas vezes se diz não está na percentagem do PIB que se gasta com o funcionamento do Estado, mas sim em saber se o país aguenta pagar tanto por tanto Estado. Julgo que toda a gente já percebeu que não aguenta, embora ninguém goste quando lhe toca à porta.

Exemplo típico é o dos professores. Durante anos a fio o ensino foi encarado pelos licenciados como escapatória segura ao desemprego. E foram aumentando os professores. Hoje, o país não tem nem escolas nem alunos suficientes para tantos professores. Mas continua a ter de os pagar. Está bem de ver como isto vai acabar se não se tiver a coragem de fazer o que a realidade impõe.

Resolver o problema seria pôr o Estado a gastar menos. Para isso o Estado tem de deixar de fazer muitas coisas que hoje faz. Para isso precisa de menos funcionários. Não há ninguém que queira pegar neste problema. PS, PSD e CDS já tentaram o Governo no século XXI. Nenhum tocou no problema. Não é de prever que por milagre, um dia mudem.
(publicado na edição d ehoje do Semanário)


publicado por Jorge Ferreira às 10:22 | link do post | comentar | ver comentários (2)

JORGE FERREIRA
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