Quarta-feira, 18.11.09

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, defendeu hoje, na Assembleia da República, que Portugal assumiu «uma posição sensata» ao decidir ratificar o Tratado de Lisboa sem recorrer a referendo. Sensata a decisão. E mentirosa a decisão. Para Luís Amado, um até agora lamentável ministro, quando oscila entre a sensatez e o compromisso, o ministo ama a sensatez.



publicado por Jorge Ferreira às 23:26 | link do post | comentar

Quarta-feira, 16.09.09

O calor dilata os corpos. As campanhas dilatam as ideias. “Portugal só pode ser um país plenamente inserido na Europa quando a Espanha o for, a Ibéria for, a Península Ibérica for um espaço de integração económica e política”, afirmou Luís Amado, por meríssimo acaso o delegado regional dos Negócios externos da Comunidade Autónoma de Lisboa. Já o delegado regional das estradas e pontes, D. Mário Lino, havia ousado sugerir a extinção deste piqueno pormenor burocrático chamado Portugália, há uns anos atrás. Todos iberistas, todos ministros. Que Pátria generosa a minha, que tanto atura com paciência chinesa (chinesa, Dalai Lama, Amado... isto está tudo ligado...).



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Segunda-feira, 18.05.09

Luís Amado, defendeu hoje, em Bruxelas, que Lopes da Mota "tem toda a legitimidade de continuar" na presidência do Eurojust enquanto essa organização assim o entender. Não me surpreende esta posição. Corresponde ao PS sem ética republicana que vigora com Sócrates. Legitimidade tem. Credibilidade e autoridade é que não.
 



publicado por Jorge Ferreira às 17:23 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sexta-feira, 06.02.09

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, reconheceu de forma inaudita e inédita, até aqui pouco usual, que "o país adaptou-se mal ao choque da integração na união económica e monetária" europeia. A "rápida convergência" de Portugal resultou num "processo de divergência paulatino" a partir da integração no "núcleo duro" da moeda única europeia, há dez anos. Daí advieram problemas estruturais para o país, como a existência de um "Estado pouco eficiente, uma economia pouco competitiva e uma sociedade com pouca autonomia, excessivamente dependente do Estado", afirmou o imprudente ministro Amado.


"O Governo procurou reagir" com um programa de reformas e de contenção orçamental, mas a crise internacional veio "interromper um processo de recuperação que o país vinha seguindo", reconheceu o ministro, apontando: "No momento em que é preciso mais intervenção do Estado, o Estado tem limitações e constrangimentos orçamentais inquestionáveis. No momento em que a economia se devia flexibilizar e adaptar rapidamente a uma mudança de ambiente tão drástica, as fragilidades do tecido produtivo português sobressaem. E no momento em que precisávamos de uma sociedade mais forte, com níveis de bem-estar sustentáveis, a fraqueza do tecido social evidencia-se".


Neste contexto, só com "esforço e sacrifício" Portugal se manterá no núcleo duro da União Europeia (UE), a que quis pertencer desde o primeiro momento, frisou o governante.  

 

Estas afirmações passaram relativamente despercebidas e foram feitas num encontro com diplomatas estrangeiros em Lisboa. Evidentemente não passou pela cabeça do assoberbado ministro lembrar que houve muitas vozes que em devido tempo advertiram para a precipitação que seria Portugal aderir ao euro sem, antes disso, cuidar do seu sistema produtivo, fortalecer a sua economia e dar prioridade à convergência nominal. Nessa altura, quem se atrevia a discordar de uma alínea da tabuada do euro era velho do Restelo, radical, extremista, populista. Era preciso forçar a chamada convergência nominal, a qual, como se sabe é bem mais fácil de manipular nos gabinetes dos ministros das Finanças, do que conseguir que a economia verdadeira corresponda à economia formal.

 

Que era preciso entrar no euro para acabar com o défice do Estado, diziam-nos os fundamentalistas do euro. Viu-se. Que era preciso entrar a toda a velocidade no euro para acabar diminuir a dívida pública. Viu-se. Hoje, a dívida pública ascende ao valor recorde de 64% do PIB, segundo os números inseguros do Governo. Estamos conversados sobre o sucesso dos argumentos de quem forçou o euro.

 

Ninguém queria ouvir os argumentos em contrário. Era preciso entrar no euro porque sim. Nunca ouvi a Luís Amado um murmúrio que fosse de dúvida sobre a entrada de Portugal no euro. É por isso que esta confissão espantosa que acaba de fazer, embora inconsequente, visto que graças ao PS e ao PSD o mal está feito, tem um valor específico porque vem de um militante do pensamento único e politicamente correcto que determinou que a União europeia tenha chegado ao estado social, económico e político a que chegou. Luís Amado e os seus amigos bem podem limpar as mãos à parede pela obra que fizeram.

(publicado na edição de hoje do Semanário)

(Foto)

 



publicado por Jorge Ferreira às 00:26 | link do post | comentar

Quinta-feira, 22.01.09

O Governo, certamente com má consciência pelo que se passou com os vôos da CIA, apressou-se no disparate de dizer que Portugal estava disposto a receber presos de Guantanamo, porventura pensando que sempre se teriam poupado umas maçadas e uns trocos se eles tivessem cá ficado quando passaram por cá. Como é próprio dos socialistas, trata-se de cometer um erro depois de se ter cometido outro. Até Freitas do Amaral avisa e bem sobre os riscos. Não se percebe, de facto, o que é que temos a ver com este assunto.



publicado por Jorge Ferreira às 15:05 | link do post | comentar

Sábado, 17.01.09

Portugal não autoriza sobrevoos ou aterragens em aeroportos portugueses de aeronaves que transportem material militar para Israel enquanto se mantiver a operação israelita em Gaza, indicaram hoje fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Ora aqui está um ministro humanitário dia sim dia não. Para Luís Amado, uns seres acorrentados vestidos de cor de laranja tudo bem. Armas para Israel se defender de terroristas tudo mal. Estou comovido com o sentido humanitário deste Mistério, perdão, Ministério. Será que o assunto também vai para a moção de Sócrates para dar uma de esquerda bem pensante?



publicado por Jorge Ferreira às 14:25 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sábado, 20.12.08

Os Governos de Sócrates e de Zapatero, embora diferentes em pormenosres, entendem-se às mil maravilhas. Pensam o mesmo no essencial e fazem essencialmente o mesmo na prática. Luís Amado, o ministro português destacado para a pasta de Gunantanamo, esteve de serviço esta tarde para reafirmar a política de combate á crise através do duche de milhões na construção da linha do célebre TGV. Será que Amado se lembrou de sugerir ao seu congénere espanhol uma vaquinha para receber os presos de Guantanamo em estreita cooperação ibérica, assim como o projecto de Mundial de 2018, no modelo lá e cá, cá e lá, lá mais cá?



publicado por Jorge Ferreira às 20:19 | link do post | comentar

Segunda-feira, 08.12.08

Primeiro, receberam Mugabe como "Grand Seigneur" em Lisboa, na cimeira da fotografia. Agora querem sancioná-lo, como se já não o devessem ter feito na cimeira. Vá lá perceber-se a diplomacia de ocasião.



publicado por Jorge Ferreira às 13:39 | link do post | comentar

Quinta-feira, 04.12.08

O Dalai Lama anda em visita a vários países europeus. Vai encontrar-se com o Presidente francês Nicolas Sarkozy e com os primeiros-ministros da Bélgica e da República Checa. Alguns laureados com o Prémio Nobel da Paz, como o polaco Lech Walesa, deverão igualmente encontrar-se com o líder tibetano. Como se vê só por cá é que vai tendo sucesso a diplomacia de joelho perante os poderosos chineses, que ficam irritadíssimos quando alguém conversa com o Dalai Lama. Que afirmou, aliás, no Parlamento Europeu que não é separatista, apenas pretente uma autonomia para o Tibete. Por cá todos fogem do homem a sete pés com medo de que um chinês escondido a cada esquina vá contar a Pequim a pequena traição. Praticamos em relação à China e, veremos, se em relação a mais alguém, a diplomacia dos agachados.

 



publicado por Jorge Ferreira às 16:42 | link do post | comentar

José Vera Jardim e Paulo Pedroso, dois deputados do PS, ousaram fazer um requerimento ao Governo, formulando perguntas sobre os vôos da CIA que incomodam tanta gente que até alguns escravos de serviço se atrevem a dizer que é um assunto estúpido. Pois bem: dirá um maquiavélico que se trata de uma manobra para colocar alguns socialistas mais amigos do ambiente interno a fazer marcação sobre o assunto à incómoda Ana Gomes, que assim perderia o monopólio político da questão. Dirá um mero jornalista: ai, ai os meninos estão-se a portar mal, cuidado, assim não vão nas listas em 2009, estão preparados para concorrer a umas Camarazitas Municipais?. Dirá um simples cidadão sem quaisquer reservas mentais: ah, bem, até os socilistas desconfiam das afirmações sedativas de Luís Amado.



publicado por Jorge Ferreira às 14:09 | link do post | comentar

Terça-feira, 02.12.08

"Concedo: é muito desagradável e constrangedor um político ser confrontado com o conhecimento cúmplice (em vão se procurará neste caso um despacho "homologo" ou "autorizo"…) de que seres humanos agrilhoados, acorrentados pelos pés, todos meros suspeitos da prática de crimes e consequentemente presuntivamente inocentes, e muitos deles efectivamente inocentes como posteriormente se tem vindo a provar,  foram impunemente passeados em território nacional, nas barbas de polícias, políticos e jornalistas. Politicamente, seria fatal para qualquer político e, no mínimo, criminalmente arriscado." Dedicado a Luís Amado.

 



publicado por Jorge Ferreira às 19:55 | link do post | comentar

Quarta-feira, 08.10.08

O Governo quis proteger Durão Barroso no caso dos voos da CIA, diz Luís Amado. Não entendo. Durão Barroso precisa de ser protegido? De quê, se o Governo diz que não há nada a esconder?



publicado por Jorge Ferreira às 14:24 | link do post | comentar

Terça-feira, 07.10.08

Eu não percebi bem ainda qual é o interesse português em reconhecer a independencia do Kosovo. Pode ser que haja, mas convinha explicá-lo aos ignaros cidadãos. O ministro também não explica, aliás, o ministro dos Negócios Estrangeiros socialista nunca explica nada. Mas aparentemente os socialistas têm aqui uma oportunidade de mostrar que têm dois pesos e duas medidas quando se trata de aplicar os bons princípios e o chamado Direito Internacional. O Gabriel Silva, faz o que a assessoria do ministro não fez: mostra-lhe as normas. será que vale a pena?...



publicado por Jorge Ferreira às 19:40 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sábado, 15.03.08
A repressão chinesa voltou a abater-se sobre os tibetanos. Mortos, feridos, acessos cortados para ninguém ver, perigosos monges presos, a barbárie outra vez. Presumo que o Governo não tenha agenda disponível para se pronunciar sobre o assunto. A política de cócoras das Necessidades, obviamente, aconselha-o.

(Bandeira do Tibete)


publicado por Jorge Ferreira às 12:16 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Quinta-feira, 06.12.07
O Dalai Lama, não. Kadhaffi, sim. Shame on you, Mr. Amado!


publicado por Jorge Ferreira às 13:31 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sexta-feira, 26.10.07
Má sorte ser ministro. De mão pendurada, na fila.


publicado por Jorge Ferreira às 13:04 | link do post | comentar

Domingo, 09.09.07
(Dalai Lama)

Tenzin Gyatso, um tibetano mais conhecido por Dalai Lama, vem a Portugal. Por razões óbvias e que são conhecidas, Luís Amado diz que o Governo não o recebe. Obviamente e reconhecidamente Portugal tem uma diplomacia pequenina, curvada aos interesses chineses, que envergonha qualquer cidadão que tenha um módico de sentimento patriótico. É de lembrar que o Partido Comunista chinês esteve no Congresso do PS, sem lamento nem murmúrio do partido que em tempos foi tão sensível à defesa dos direitos humanos no mundo. Bate tudo certo. Tudo menos os princípios. Aplauso para Jaime Gama, experiente diplomata também, mas que agora segunda figura do Estado, receberá o Dalai Lama na qualidade de Presidente da Assembleia da República. "Shame on you, Mr. Amado!"


publicado por Jorge Ferreira às 14:32 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Domingo, 04.03.07
As notícias desta semana são uma boa vitrina da identidade nacional. Os portugueses parece que são dos europeus que mais defendem o seu país, mesmo quando o seu país toma decisões erradas. E que para se reverem nas suas coisas recorrem preferencialmente à História e ao futebol.

Certamente é isso que explica que se atolem num ridículo concurso televisivo sobre a escolha de quem foi o melhor português de sempre, uma tolice verdadeiramente lumpen e ponham bandeirinhas à janela a pedido do Professor Marcelo em quem não votam quando podem e do Sr. Luís Filipe, que acham que ganha dinheiro a mais.

Mas esta semana, repito, foi um grande dia para a identidade nacional. Uma autarca de Felgueiras afirmou perante um Juiz e um Procurador do Ministério Público que todos os partidos tinham contas paralelas. Pretendia-se desculpar pelo facto de o seu também as ter. Convoca-se José Sócrates a esclarecer esta negritude do PS de Felgueiras e pergunta-se ao Ministério Público se vai mandar extrair certidão destas declarações para abrir inquérito. Sendo certo que os portugueses continuarão a amar Portugal, mesmo que nada disto aconteça.

Ficou também a saber-se que a NATO desmentiu Luís Amado sobre informações que este prestou ao Parlamento sobre o caso dos voos da CIA. No fundo parece que estas declarações foram declarações paralelas à verdade. Digamos paralelas para evitar processos e inquéritos que, nalguns casos são extremamente rápidos embora noutros sejam extremamente demorados. Certo mesmo é que os portugueses continuarão a amar Portugal, mesmo que um ministro seja assim posto em causa por uma organização internacional de tanto prestígio e influência como é o caso da NATO.

Ficou ainda a saber-se que, depois dos tempos em que os alunos levavam pancada dos professores, incluindo reguadas nas mãos e nas pernas (vão desculpar-me os leitores este pequeno apontamento auto-biográfico pelo qual vos afianço que jamais esquecerei a minha professora da 2ª classe), agora são os professores que levam pancada dos alunos e, supra-sumo da barbárie, das famílias dos alunos. A disciplina nas escolas continua a ser considerada pelos pedagogos modernos uma violência a que não devem sujeitar-se as criancinhas, futuros estafermos de elite devidamente acolitados pelos energúmenos dos familiares que estão transformados em escolta ilegal. Mas certo mesmo é que os portugueses continuarão a amar Portugal, recorrendo se necessário ao Infante D. Henrique, ao Eusébio e ao Figo para afugentar pesadelos da vida real.

Lá diz o velho ditado: quem feio ama, bonito lhe parece.
(publicado na edição da última sexta-feira do Semanário)


publicado por Jorge Ferreira às 21:54 | link do post | comentar

JORGE FERREIRA
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