O primeiro vereador eleito pelo Bloco de Esquerda para a Câmara de Olhão já foi objecto no passado de várias queixas-crime e está actualmente envolvido numa transacção de terrenos que é objecto de muitas dúvidas e reclamações entregues no próprio município, diz o Sol. Puf! O que vai agora dizer Louçã no hemiciclo da próxima vez naquele tom pré-bíblico, meio arca de noé, meio apocalipse? Depois do episódio "rodeo" de Salvaterra, só faltava mesmo o aterno triângulo das Bermudas: construção-licença-terrenos. Para quando um árbitrozinho de futebol metido ao barulho?... Há que ir completando a caderneta...
Uma das vantagens de ter tempo para ver televisão é a de medir a cultura política e geral do jornalismo que se vai fazendo. Ontem, por exemplo, uma simpática mas anónima voz-off da RTPN anunciava que uma das novidades do Bloco de Esquerda nesta nova legislatura era apresentar um novo líder parlamentar, José Manuel Pureza, que nunca sequer tinha sido deputado. Pois é: informe-se a simpática e anónima voz off que já havia formas de vida inteligente na Terra antes do Bloco. A mim, aconteceu-me o mesmo em 1995, quando existia PP.
Dado o aumento dos deputados do Bloco de Esquerda é risonho o futuro dos PPR's e das acções de empresas em privatização. Um excelente contributo para a retoma da economia capitalista e de mercado.
Afinal, parece que o Bloco de Esquerda é exactamente igual aos outros partidos. Diz o Daniel Oliveira que por lá se convive mal com a diferença de opinião ( o "lá" é uma dedução minha, já que o nome da coisa é omitido no "post"). Li, entretanto, há dias, num jornal, que o Daniel não está nas listas do Bloco para as eleições de Setembro. Apenas factos.
"No dia em que, por iniciativa da extrema-esquerda, são aprovadas uma série de medidas demagógicas e perigosas para os direitos e liberdades individuais, o pior é que as abstenções cobardes do PSD e do CDS-PP e a posição anti-sigilo bancário de Cavaco Silva já nem sequer constituem surpresa."
André Azevedo Alves, n' O Insurgente.
A proposta do Bloco de Esquerda ou é inútil, porque o que pretende mudar já a lei permite e nesse caso a questão é usar a lei, ou é perigosa porque vai permitir a devassa sem controlo da vida de qualquer pessoa com os sem razão. E se fôr a segunda hipótese a administração fiscal passa a poder mais que o Ministério Público ou o Juiz de Instrução na investigação criminal. Esquizofrénico.
O PS quer pôr o país a ferro e fogo. A reboque do Bloco de Esquerda, pretende sacar cada vez mais dinheiro aos contribuintes. Já é possível quebrar o segredo bancário para efeitos fiscais, por ordem judicial. Mas isso não chega. É preciso que o Estado, sem hipótese de defesa do cidadão, possa entrar pela vida das pessoas adentro sem limites, sem fiscalização, sem controlo. Assim, à far-west: dispara primeiro e pergunta depois.
Digo eu, que não sou de intrigas, que Joana Amaral Dias dava uma boa candidata do Bloco à Camara de Lisboa.
Louçã é um líder partidário como qualquer outro embora a semântica do Bloco lhe chame coordenador, não de uma Direcção (uh, que horror!...) mas de uma Mesa com máiúscula. Entretanto, o futuro risonho que este pessoal nos reserva é a URSS na versão ultra-pobreza, isto é, a Albânia: nacionalizações de tudo o que mexe e proibição dos despedimentos. Livre, livre, livre mesmo só aborto e o comércio de charros. Sempre é um progresso em relação a Enver Hoxha.
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Estão os partidos todos com a cabeça no calendário das eleições, mas é feio assumir.
O estonteante Bloco de Esquerda, admirador de Lula-baixa-impostos, amigo da ETA-mata-gente, cuja única presidente de Camara, a impagável Anita, de Salvaterra de Magos, não põe os pés em reuniões de Camara vai para quatro meses, decidiu, sei eu, pedir uma audiência ao Arcebispo Primaz de Bacara Augusta, lá por terras do Minho. Estará este Bloco, sempre tão mata-frades, a caminho da conversão? Será que ainda vamos ver o Bloco de Braga rezar avé-marias e pai-nossos antes das reuniões para agradar ao seu eleitorado em debandada local? Não é este Bloco intrepidamente, militantemente, denodadamente, furiosamente adepto da integral e total separação entre a política e a Igreja? Ou eram?
Louçã diz que seria deselegante comentar o partido de Manuel Alegre. Estranho. Deselegante? Isto é alguma passagem de modelos ou é política? Que bom que era ver o Bloco adoptar o critério da elegância na sua acção política quotidiana. Agora, esta elegância cirúrgica e dirigida traz água no bico ou então muitas insónias. Agora, uma boca à Jumento: Despacho: comovamo-nos com este súbito sentido estético do Bloco.
Uma das personalidades políticas mais negativas, esquivas e dispensáveis da política lisboeta caiu em desgraça no Bloco. Xau Zé! É melhor ir preparando a lapela para a rosa. Quanto ao cartaz, apenas um comentário: é mentira. Pergunto: o que têm a dizer as pessoas que foram subscrevendo a frase enganosa nos outdoors?...
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(publicado n' O Carmo e Trindade)
Pedir a demissão de uma ministra por causa de uma política do Governo equivale a pedir a demissão do Primeiro-Ministro. Se o Bloco acha que o assunto é assim tão grave é a queda do Governo, inerente à do Primeiro-Ministro, que deve pedir.
Manuel Alegre teve uma batelada de votos de várias proveniências nas presidenciais que iam causando a surpresa da segunda volta. A seguir fez o MIC, de que não se conhece trabalho nem rasto. Foi mais para entreter os fiéis que tomaram o gosto à miltância presidencialista do que outra coisa. A força de Alegre está no lugar de deputado e nas entrevistas. O que quer ele? Ser de novo candidato presidencial? Só se fôr no modelo Zenha 1986. Alegre é hoje mais um problema para o Bloco e para o PCP do que para o PS. O PS não quer os votos de Alegre. Quer os do PSD e do meiinho do bloco central.
O Bloco de Esquerda está de candeias ás avessas com o vereador que candidatou a presidente da Camara de Lisboa. Suponho que neste momento o slogan para 2009 será "O Zé não faz falta".
O Parlamento vai discutir no dia 10 de Outubro dois projectos de lei, do Bloco de Esquerda (BE) e dos 'Verdes', que permitem o casamento civil entre duas pessoas do mesmo sexo. Não deixa de ser curioso que quem defende que basta o actual artigo 13º da Constituição para resolver o problema agora propõe uma lei que torne expressa a possibilidade legal do casamento gay. Ora aí está um debate de que a Nação precisa como de pão para a boca. Qual desemprego, qual educação, qual crise financeira mundial, qual pobreza, qual quê. Esté é que é assunto importante pelo qual o país angustiadamente desespera por ver resolvido. Eu diria mesmo que se trata de uma urgência legislativa e que não se compreende como é que o Parlamento, no meio de tantas ninharias, se desleixou. Mas ainda bem que existe um Bloco para assessorar nestas matérias. Curioso vai ser o debate interno nos respectivos Grupos Parlamentares sobre a matéria. Por mim, acho que estamos perante aquelas decisões em que deveria existir liberdade de voto, isto para já não falar no voto nominal. Não existe melhor modo parlamentar de assumpção de responsabilidade individual do deputado pelo voto representativo e de clareza perante os eleitores que o elegeram.
O ícone brasileiro do Bloco de Esquerda Lula da Silva não engana ninguém: desde que o seu Governo assumiu funções em 2003 ascende a 91.413 o número de pessoas que se tornaram funcionários públicos, o que faz com o número total de cargos ultrapasse já um milhão. Se aos funcionários do Executivo forem somados os servidores no activo do Legislativo e do Judicial - cerca de 100 mil -, o Estado brasileiro conta actualmente com 1,1 milhão de servidores, número que sobe para dois milhões quando incluídos os reformados e pensionistas dos três poderes. Pronto: eis a forma como Louçã acabaria com o desemprego. Nacionalizava os desempregados.
"Por que razão a afirmação de Joana Amaral Dias (na SICN) de que querem fazer a "chinesização" da Europa não é uma afirmação racista?"
Pacheco Pereira, no Abrupto.
Afinal, a propaganda era verdadeira. O Zé fez mesmo falta. Vai daí, tornou-se o primeiro vereador da CML censurado pela Assembleia Municipal de Lisboa por ter arrendado uma praça pública a uma marca comercial. Imaginem um certo cívico que providenciava cautelarmente tudo e todos em Lisboa, se estivesse agora na oposição ... este conúbio com o tenebroso capitalismo comercial deve ter-lhe custado a reedição do patrocínio do Bloco na próxima eleição. A lista de António Costa começa, assim, a ser feita. Numa palavra: marcaram falta ao Zé que fazia falta.
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A extrema-esquerda, PCP incluído, decidiu policiar as palavras como a ASAE policia tudo e tudo. Por causa da raça e do Dia da Raça que era como se chamava o Dia de Portugal. Revelando a ignorância que tem demonstrado sempre que pode, julga que o Dia da Raça se chamava assim para afirmar as virtudes genéticas dos portugueses. De gente inculta talvez não seja de esperar muito mais. Mas já é de pedir que nos poupem aos complexos e às patetices com que se distraem amiúde. Aqui vai um excerto de um poema de Alberto Caeiro, esse por demais conhecido nazi-fascista-racista-reaccionário-retrógrado-obscurantista-extremista poeta da raça, com dedicatória exclusiva ao Bloco e ao PCP:
ELEGIA DA SOMBRA
Lenta, a raça esmorece, e a alegria
É como uma memória de outrém. Passa
Um vento frio na nossa nostalgia
E a nostalgia torna-se desgraça.
Pesa em nós o passado e o futuro.
Dorme em nós o presente. E a sonhar
A alma encontra sempre o mesmo muro,
E encontra o mesmo muro ao despertar.
Quem nos roubou a alma? Que bruxedo
De que magia incógnita e suprema
Nos enche as almas de dolência e medo
Nesta hora inútil, apagada e extrema?
(…)
O deputado do PS Manuel Alegre, o do BE José Soeiro e a professora catedrática e ex-secretária-geral do Graal Isabel Allegro de Magalhães serão oradores da Festa por Abril e Maio que se realiza a 3 de Junho, no Teatro da Trindade, em Lisboa. Às intervenções seguem-se concertos dos Rádio Macau, de António Manuel Ribeiro e o conjunto Terrakota. Um cocktail de esquerdas decidiu promover uma festa contra a pobreza. Não me parece adequado festejar a pobreza. A festa chama-se festa de Abril e Maio, mas está marcada para Junho. Desfasada do calendário, portanto. Evidentemente que o empobrecimento alimenta o PCP, que não vai em carnavais nem em arraiais, e o Bloco. Agradeça-se a Sócrates. Portugal é o único país da União Europeia onde estas esquerdas têm tantos votos. Além do atraso no desenvolvimento, temos mais este atraso político às costas.
«Ser do BE não queima e está na moda. Não se exige muito, nessa militância. Nenhum patrão se chateia com um garboso membro do Bloco de Esquerda», ironizou hoje Jerónimo de Sousa quando se encontrou com sessenta jovens que aderiram ao PCP. «Ser comunista é muito mais difícil», acrescentou. Bem, na verdade neste ponto, Jerónimo não deixa de ter razão. Na primeira e na segunda frase. Talvez tenha até mais razão na segunda afirmação do que na primeira. Há que reconhecer que hoje, ser amigo ao mesmo tempo da Coreia do Norte, da China, de Castro, das FARC é overdose de dificuldade.
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