Cheira mal em Portugal, cheira mesmo muito mal. Afinal, referindo «notícias» na comunicação social, o ministro da Defesa referiu a existência de 52 cassetes de escutas realizadas ao longo de quatro meses durante uma entrevista à SIC Notícias, um facto que não era do conhecimento público.Confrontado pelo jornalista com a aparente revelação, Santos Silva declarou que era um dado conhecido através da imprensa, o que não foi comprovado até ao momento.O ministro da Defesa subscreveu ainda a tese de «espionagem política» defendida pelo ministro da Economia Vieira da Silva, declarando que as escutas a José Sócrates foram feitas «em flagrantíssima violação da lei». Eu bem disse que era necessário chamar o homem, já que as coisas estavam a descambar. Vejam só a forma como Sócrtes está a conduzir o seu caso de escutas por comparação com a forma politicamente desastrada como Cavaco se deixou conduzir no seu caso do email de Verão... Ora agora, temos o enorme ministro Santos Silva na televisão em directo a violar o segredo de justiça à grande e à socratesa.
José Sócrates tem pormenores políticos verdadeiramente deliciosos. Durante a campanha eleitoral para as presidencias Augusto ensaiou a malhadagem dizendo que Cavaco Silva faria um golpe de Estado se eleito em Belém. Passaram-se uns anitos, muita água correu nas catanas malhadeiras e, eis se não quando, depois de muito emai, muita intriga, muita plantação de politicabis, muita campanha branca, negra e cinzenta, Sócrates consegue finalmente montar a sua estratégia de contra-golpe: põe Santos Silva no ministério da Defesa, mesmo ao lado do golpista. Deliciosos jogos de guerra...
Augusto Santos Silva é um dos socialistas em exercício mais insuportáveis que conheço. A sua alcunha bem podia ser "o reflector", tal é a fidelidade das suas afirmações ao pensamento profundo do chefe. Agora ataca o jornalista José Manuel Fernandes por ter ido a uma iniciativa de campanha do PSD. Eh pá, tenham lá calma que o pessoal (ainda) não tem de pedir autorização para exercer a profissão...
Excelente discurso de Manuela Ferreira Leite esta tarde sobre os 4 anos de Sócrates. "Intervalo publicitário" é um bom resumo destes 4 anos. O problema é que precisa de fazer milhares deles ao mesmo nível e não há tempo. Santos Silva respondeu malhando com a cassette. O PS já não vai além da cassette.
Os socialistas andam um bocado nervosos. Já sabíamos que quem se mete com o PS, leva. Mas mais recentemente, Santos Silva confessou gostar de malhar na direita e agora, o célebre Candal quer dar um chuto (presumo que chuto aqui signifique pontapé e não propriamente um pedranço...) em Manuel Alegre. Os socialistas são danados para a porrada...
"Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.
Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos."
Este é o artigo de Mário Crespo, no Jornal de Notícias. Vindo de quem admitia há poucas semanas vir a votar em José Sócrates nas próximas eleições, numa entrevista ao semanário económico, não está nada mal, não senhor...
O ministro do golpe de Estado de Cavaco Silva (poderia considerar-se esta profecia de então uma campanha negra de ataque pessoal ao candidato presidencial Cavaco Silva?...), veio dizer que é intolerável que continue a campanha negra contra José Sócrates por causa do Freeport. Tem várias hipóteses: voltar a instituir a censura prévia, processar todas as revistas, todas as rádios, todas as televisões e todos os jornais que têm noticiado o assunto, apelar à delação das fontes por parte dos jornalistas nos termos do Estatuto do Jornalista que fez aprovar no Parlamento com a sua maioria ou, hipótese mais benigna (hum... será mesmo mais benigna?...) governar até às próximas eleições.
O "ministro-do-golpe-de-Estado-de-Cavaco-Silva-se-ganhasse-as-eleições-presidenciais", diz que Manuela Ferreira Leite usa linguagem "de extrema-direita". Sr. ministro, pense bem: considerando o resultado prático da advertência nacional que fez nas presidenciais, tem mesmo a certeza que deseja provocar mais um resultado perverso para o seu partido?
"Em dia frouxo para a caravana de Mário Soares, que não pôde chegar a Bragança por causa de um nevão que cortou as estradas, foi um ministro de José Sócrates quem aqueceu a campanha soarista. Augusto Santos Silva foi a Vila Real lançar o mais duro ataque de um governante a Cavaco Silva, associando a sua eventual eleição a uma tentativa de "golpe de Estado constitucional".
O ministro dos Assuntos Parlamentares não nomeou Cavaco (parece ser palavra tabu para governantes), mas foi claro ao referir várias vezes "o candidato apoiado pela direita". É esse o candidato que, em sua opinião, "manifestamente dá sinais de não perceber o que é a função do Presidente da República". Por isso, Santos Silva deixou o aviso "O que está em causa no domingo é eleição de um Presidente que obedece à Constituição, não é uma tentativa de fazer o que seria um verdadeiro golpe de Estado constitucional."
Diário de Notícias de 16 de Janeiro de 2006.
Esta semana, sob a pilotagem da maioria absoluta socialista, as competencias do Presidente da República foram aletradas através de lei ordinária, sem revisão constitucional. Santos Silva tem mesmo azar. Nem no autor do golpe de Estado, embora sem derramamento de sangue, mas seguramente constitucional, conseguiu acertar.
Através do Pedro Correia cheguei a um texto certeiro de um ministro do PS, o famoso ministro Augusto Santos Silva, ex-apoiante de Manuel Alegre, que decidiu desancar no populismo. Lê-se o texto, regularmente bem escrito (aquele "infrene" vai ser certamente aproveitado pelo Pedro para a série "palavras que eu odeio"), e é impossível não reconhecer Sócrates no populismo tal como o descreve o desajeitado ministro.
"Augusto Santos Silva apoia Manuel Alegre porque considera que a sua candidatura "enriquece o debate político no PS" e porque permite que "todas as correntes de opinião possam estar representadas" nesse debate, o que, segundo explica, não acontecia apenas com as candidaturas de João Soares e José Sócrates. Augusto Santos Silva declara que partilha com Manuel Alegre o "entendimento do que é uma esquerda democrática" e que, apesar de não concordar com todas as ideias de Manuel Alegre, ele é, dos três candidatos, "o que melhor garante o debate de ideias". Augusto Santos Silva foi ministro da Educação dos governos de António Guterres e aproximou-se do PS na altura dos Estados Gerais."
Ler aqui. (Via oportuna memória do Pedro Correia)
Não era outro poeta que estrofava algo como "Mudam-se os tempos mudam-se as vontades...."?
O Governo quis que todos os alunos tivessem aulas de inglês. Convinha então começarem por ensinar ao ministro Augusto Santos Silva a pronunciar think tank como deve ser, e não como se a expressão se escrevesse tink tank, como está a fazer na entrevista que está a dar a Mário Crespo na SIC Notícias.
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